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GESTÃO DE TI

Conheça os benefícios da gestão de TI


e saiba como usar de forma estratégica no seu negócio
ÍNDICE
Introdução ............................................................................................... 03

O que é gestão de TI? ........................................................................ 05

Atividades que compõem a gestão de TI ............................... 1 4

Benefícios da gestão de TI ............................................................. 26

Novas tecnologias e a transformação digital ..................... 30

Conclusão ............................................................................................... 33

Sobre a VC-X Sonar .......................................................................... 35

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INTRODUÇÃO
Um dos principais objetivos da gestão de TI é garantir que
os recursos tecnológicos sejam funcionais, seguros e
gerem valor estratégico para as organizações.

A tecnologia está tão presente no nosso cotidiano que


muitas vezes nem nos damos conta dela. Com um
smartphone e acesso à internet, conseguimos otimizar
muitas tarefas: controlamos a agenda, monitoramos a
atividade física e a alimentação, fazemos pesquisas e nos
locomovemos utilizando o GPS.

Nas empresas não seria diferente e os recursos


tecnológicos são essenciais para desempenhar desde
tarefas mais básicas até as análises mais complexas. Em
muitas corporações, a tecnologia já é usada para acesso
dos colaboradores aos prédios por meio de uma portaria
remota, por exemplo. O controle da jornada de trabalho é
feito pelo ponto digital, os dados e arquivos são
armazenados em nuvem e as tomadas de decisões são
feitas com base em análises de dados e sistemas de BI.

O resultado de um estudo da FGV/EAESP sobre o uso de


TI mostrou que os softwares são um dos recursos mais

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importantes para as empresas. Entre as ferramentas mais
utilizadas pelos trabalhadores estão o e-mail, o
navegador e as planilhas. Essas são funcionalidades tão
básicas que só nos damos conta do quanto são essenciais
quando falham ou apresentam alguma instabilidade.

Por ser um pilar tão importante no dia a dia das empresas,


a tecnologia da informação requer uma atenção especial.
Hoje apoiamos quase todas as informações em soluções
de TI, como servidores físicos ou em cloud, na memória de
computadores ou em outros dispositivos, como HDs
e pendrives.

São pouquíssimas as empresas que ainda mantém


arquivos físicos – e quando o fazem, é para casos muito
específicos. Dada a importância da TI, percebemos como
também é essencial que esse serviço seja bem
gerenciado e constantemente monitorado.

Os recursos tecnológicos devem funcionar de forma


correta, estratégica e otimizada, potencializando as
atividades realizadas pelas organizações. Esse é um dos
objetivos da gestão de TI e neste material vamos falar
sobre os principais aspectos que envolvem o
gerenciamento dos recursos tecnológicos.

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O QUE É

GESTÃO DE TI?
“Meu computador travou! O que eu faço?”

Se você já passou pela situação de estar realizando


algum trabalho muito importante, e foi prejudicado por
falhas da tecnologia, provavelmente deve ter acionado o
setor de TI, não é?

A tecnologia da informação é o conjunto de soluções que


permitem a produção, armazenamento, transmissão,
acesso, segurança e uso de dados e informações.

Por algum tempo, essa foi a principal função da TI nas


empresas: prestar suporte, atender a chamados e atuar
de maneira operacional e reativa. Porém, a realidade está
mudando e o setor de tecnologia da informação está se
tornando cada vez mais estratégico.

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Uma das formas de tornar a tecnologia da informação
cada vez mais estratégica é controlando e otimizando o
seu uso. Por isso, cabe à gestão de TI administrar todos
os recursos tecnológicos utilizados no dia a dia do
trabalho de uma empresa: softwares, hardwares, redes
de computadores, periféricos, data centers, sistemas em
nuvem, dentre outros.

O principal objetivo da gestão de TI é fazer com que estes


recursos sejam funcionais, seguros e gerem valor para
as organizações.

Alguns exemplos de funções desempenhadas


pela gestão de TI são:

• Determinar as necessidades de TI para o negócio;


• Implementar novos softwares, hardwares e
sistemas de dados;
• Gerenciar orçamentos e custos com tecnologia;
• Administrar a infraestrutura de TI e realizar
manutenções periódicas;
• Providenciar suporte técnico;
• Realizar o controle de contratos e licenças
de softwares;

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• Fazer a gestão dos profissionais de TI.

Dentre os pilares da gestão de TI, estão:

• As pessoas: os gestores e profissionais da própria


equipe de TI e todos os colaboradores que atuam
como usuários finais da tecnologia;
• As ferramentas: os equipamentos e recursos
da infraestrutura de TI;
• Os processos: a maneira como a TI é aproveitada
pelas organizações. Um conjunto de boas práticas
para utilização dos equipamentos e softwares, além
dos procedimentos para suporte e manutenção de TI.

Com a tecnologia bem organizada por meio da gestão de


TI, a tendência é que a rotina da empresa seja facilitada e
os colaboradores tenham aumento de produtividade, uma
vez que terão os recursos tecnológicos disponíveis e em
pleno funcionamento.
Tudo isso reflete também na qualidade dos serviços e
produtos, já que uma empresa com tecnologia aplicada
torna seus processos mais eficazes, rápidos e assertivos.

A tecnologia precisa ser eficaz e estar disponível para

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que as empresas possam obter o máximo de resultados a
partir das suas funcionalidades. No 1º trimestre de 2021, a
Amazon faturou 837 mil dólares por minuto. Já a Netflix
teve uma receita um pouco menor, mas ainda com
impressionantes 55 mil dólares por minuto.

Agora faça o cálculo de quanto estas marcas deixariam de


faturar se ficassem com o site ou sistemas de pagamento
indisponíveis por 1 hora. Esses exemplos são gigantescos,
mas as perdas em função da indisponibilidade da
tecnologia podem afetar todas as empresas, desde as
pequenas até as médias e grandes.

Outra missão importante da gestão de TI é garantir


segurança aos dados e informações. Inclusive, essa tem
sido uma das grandes preocupações para os gestores de
TI, já que os ciberataques têm gerado prejuízos
significativos.

Uma pesquisa da Check Point mostrou que houve um


crescimento de 146% nos ciberataques globais em 2021. A
estimativa para as empresas não é nada positiva.
Segundo outro relatório, os custos globais com crimes
cibernéticos devem crescer 15% ao ano nos próximos

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cinco anos, chegando a US$ 10,5 trilhões por ano até
2025.

Gestão de TI x Governança de TI:


é a mesma coisa?
Gestão e governança de TI não são sinônimos, mas são
conceitos que se complementam. Enquanto a governança
de TI atua em um nível mais estratégico, com foco no
planejamento e nas diretrizes, a gestão de TI
concentra-se no uso diário das tecnologias disponíveis
nas empresas.

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A governança de TI é parte da governança corporativa,
um conjunto de valores, regras e processos que regem os
mecanismos de gestão das empresas e permitem
direcionar e controlar as corporações de forma
organizada. A governança de TI surge justamente em
função do processo de digitalização das organizações.
Quanto mais dados e informações armazenadas, mais
controle sobre a TI e sobre a segurança da informação as
empresas precisam ter.

Nesse sentido, a governança de TI dá as diretrizes para o


gerenciamento e uso da TI dentro das empresas. Ela
direciona e monitora o uso de recursos, determinando
regras e políticas de como a tecnologia será utilizada.
Como função básica de um planejamento estratégico, a
governança de TI precisa adotar ações para prevenção
de riscos e estabelecer processos de monitoramento e
fiscalização constantes, garantindo que as diretrizes
sejam cumpridas por todas as pessoas envolvidas.

Enquanto isso, a gestão de TI preocupa-se mais com a


aplicação dessas diretrizes no uso diário das ferramentas
e tecnologias. Sua atuação acontece nos níveis tático e
operacional, executando o que foi definido como

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melhores práticas aos objetivos do negócio.

Como já pudemos ver, a gestão de TI é centrada em


entregar performance e fazer com que os recursos
tecnológicos funcionem com o mínimo de falhas. Ela
planeja, executa, entrega e monitora os projetos de TI,
buscando satisfação de todos os públicos da organização
com relação à tecnologia.

Por atuar em um nível mais estratégico, a governança de


TI tem como função alinhar a tecnologia aos objetivos
estratégicos da organização, fazendo com que ela seja um
facilitador para que a organização conquiste seus
objetivos.
Além disso, tem o dever de acompanhar o que está sendo
realizado pela concorrência, trazer tendências de
mercado e promover uma boa relação com órgãos
governamentais e fiscalizadores, traçando estratégias
para o cumprimento de todas as questões legais.

Um exemplo de atividade relacionada à governança de TI


foi a adequação das empresas à Lei Geral de Proteção de
Dados, que regula as atividades de tratamento de dados
pessoais no Brasil. Esse processo de adequação, em

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muitos casos, foi conduzido pela TI, que precisou adaptar
ou desenvolver novos recursos tecnológicos e definir
diretrizes para cumprir os requisitos da Lei, mantendo as
atividades alinhadas aos objetivos organizacionais.

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ATIVIDADES QUE COMPÕEM A

GESTÃO DE TI
Para garantir que a tecnologia gere valor para as
organizações, a gestão de TI inclui diversas atividades,
como a gestão de ativos e da infraestrutura de TI, o
controle do inventário, o gerenciamento de equipes e de
projetos. Falaremos sobre os detalhes de cada uma delas
a seguir.

INFRAESTRUTURA DE TI
Se a maioria das empresas possuem seu negócio
baseado em tecnologia, o bom funcionamento das
atividades dependerá também de uma infraestrutura de
qualidade. A infraestrutura de TI é formada por todos os
equipamentos e dispositivos necessários para executar a
TI nas empresas.

Os componentes da infraestrutura de TI também podem


ser chamados de ativos, ou seja, são todos os elementos
de tecnologia, virtuais ou físicos, que compõem uma
organização e geram algum tipo de valor para ela.
Os ativos de TI são considerados estratégicos porque
impactam o desempenho e as entregas de praticamente
todos os setores de uma empresa. Uma pesquisa da
Forrester, por exemplo, apontou que as empresas podem
perder de 1 a 10 milhões a cada hora de downtime (tempo
de inatividade) de serviços, aplicações e redes.

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São ativos de TI:
• Elementos de hardware: equipamentos físicos
utilizados nas empresas, como servidores e data
centers, nobreaks, impressoras, computadores
e notebooks
• Softwares: programas, aplicativos e sistemas que
facilitam a execução de tarefas, a coleta de dados e a
geração de relatórios. Os softwares podem ser
licenças de terceiros ou ainda desenvolvidos
internamente;
• Banco de dados
• Redes de computadores
• Outros dispositivos físicos, como telefones
e impressoras

Todos os ativos devem ter qualidade para que funcionem


adequadamente, minimizando o risco de falhas e
trazendo mais segurança e longevidade à infraestrutura
de TI.

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Ao criar um projeto de infraestrutura de TI, o ideal é que
ele tenha capacidade de atender as demandas da
empresa por, no mínimo, 10 anos, de acordo com as
normas técnicas nacionais e internacionais, como a
ANSI/TIA/EIA.

Por isso, a etapa de aquisição de equipamentos também


é muito importante na gestão de TI, já que é preciso fazer
uma avaliação detalhada a respeito do custo-benefício
em comparação às necessidades da empresa.

A cada ano, as empresas investem mais na infraestrutura


e na gestão de TI. Uma pesquisa indicou que, em 2020,
esses investimentos representaram uma média de 8,2%
da receita das empresas. Esse índice é a despesa total
destinada à TI, incluindo: equipamento, instalações,
suprimentos, software, serviços e custo com pessoal.

Com investimentos tão relevantes, é preciso ter um


controle cuidadoso sobre a infraestrutura de TI. Tudo
começa com um inventário de TI, ou seja, um
mapeamento dos recursos de tecnologia disponíveis na
organização, apontando em detalhes as características de
cada um e como estão sendo aproveitados.

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INVENTÁRIO DE TI
Sabe quando você vai ao supermercado, compra alguns
itens, mas chega em casa e percebe que já tinha todos
eles armazenados na sua despensa? Pois é, isso também
pode acontecer nas empresas. É por isso que um
inventário atualizado ajuda a otimizar o uso dos recursos,
evitando desperdícios e contribuindo para uma potencial
redução de custos.

A palavra inventário pode ter diversos significados, mas


no meio empresarial, significa uma lista de todos os bens
que a empresa possui. Assim, o inventário de TI é uma
relação de todos os ativos que compõem a
infraestrutura de TI. Para facilitar a organização,
normalmente os ativos são divididos em categorias,
como: softwares, hardwares e periféricos, por exemplo.

O inventário deve ser atualizado constantemente e ter


especificações detalhadas sobre cada um dos ativos:
quantidade disponível, modelo, fabricante, se está em uso
ou em estoque, o nº do patrimônio (caso a empresa utilize
esse tipo de registro), o responsável por aquele
equipamento, a data de aquisição e de garantia, dentre
outras informações.

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Se a sua empresa ainda não possui um inventário de TI,
é importante iniciar esse trabalho o quanto antes. A partir
desse levantamento, será possível ter um overview sobre
ativos de TI que a empresa tem à disposição, identificando
necessidades que ainda não foram atendidas ou recursos
que poderiam ser melhor aproveitados.

Para que o inventário de TI seja utilizado de forma


inteligente, a sua atualização constante deve ser parte da
rotina de gestão de TI. Os equipamentos deixam de ser
utilizados, os responsáveis podem mudar, e todas essas
informações devem ser mantidas atualizadas neste
controle.

Mais do que ter as informações à disposição, é preciso


utilizá-las de forma estratégica e uma maneira de fazer
isso é por meio da gestão de ativos de TI.

GESTÃO DE ATIVOS DE TI
A gestão de ativos de TI é um conjunto de atividades
voltadas para monitorar e controlar os ativos de
tecnologia de uma empresa. Como já mencionamos, essa
atividade começa, na prática, a partir do inventário de TI e
do uso estratégico dessas informações.

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Por meio de um controle contínuo ou periódico, os ativos
são acompanhados durante toda a sua vida útil. Um
elemento de hardware como o computador, por exemplo,
tem estágios bem definidos de vida útil: compra,
implantação, suporte, manutenção e desuso.

Por meio da gestão de ativos de TI, a empresa poderá


prever quando adquirir um novo equipamento, onde será
instalado, agendar suporte e manutenções periódicas e
também saber quando desabilitar o seu uso porque se
tornou obsoleto ou está apresentando falhas. Faz parte
da gestão de TI conhecer o ciclo de vida e saber em qual
etapa cada ativo da empresa se encontra.

Mas a gestão de ativos não é focada somente nos meios


físicos. Como foi dito, os softwares são essenciais nas
organizações e a gestão de ativos também vai se
preocupar com o controle das licenças da empresa: quais
são os softwares contratados, as datas de contratação e
expiração das licenças, quem são os colaboradores que
fazem uso de softwares e, ainda, se há licenças sem uso e
que podem ser canceladas.

Há até mesmo uma metodologia específica para a gestão


de licenças, chamada Software Asset Management

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(SAM). Uma pesquisa da KPMG no Brasil mostrou que
essa prática, quando bem estruturada nas empresas, leva
a otimização de custos relevantes: em média, entre 5% e
8% por ano, podendo alcançar, no primeiro ano de
adoção, de 30 a 40%.

Da mesma forma que para os equipamentos físicos,


também é importante levar em conta o ciclo de vida de um
software: desde a aquisição, passando pela implantação,
upgrades, até chegar na renovação dos planos e licenças.

Por meio da gestão de ativos, é possível ter um


cronograma organizado de vencimento de licenças,
garantias e contratos de TI, evitando que os
colaboradores fiquem sem suas ferramentas de trabalho.
Já imaginou se softwares financeiros e de gestão de
pessoas fiquem indisponíveis justamente no dia de
fechamento da folha de pagamento, por exemplo?

Para tornar todas essas informações úteis e acessíveis no


processo de gestão de ativos TI, é importante reuni-las
em um único local. É por isso que hoje já existem diversas
plataformas no mercado especializadas na gestão de
ativos de TI, oferecendo a opção de cadastro do inventário

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e a configuração de alertas automáticos para notificar
sobre o vencimento de licenças, contratos e garantias,
dentre outras funcionalidades.

GESTÃO DE EQUIPE
Se um dos pilares da gestão de TI são as pessoas, essa
função também contempla o gerenciamento da equipe.
Esse trabalho tem se tornado um desafio cada vez maior
para as empresas, já que a demanda por profissionais de
tecnologia vem tendo um crescimento maior do que a
oferta de mercado.

Conforme dados da Brasscom, o Brasil forma 46 mil


profissionais com perfil tecnológico por ano, mas seriam
necessárias 70 mil para atender a necessidade do
mercado. Estima-se que até 2024 a demanda do setor
cresça a 421 mil profissionais.

Esses números já estão refletindo na oferta de vagas.


Dentre os 25 cargos com mais demanda no Brasil nos
últimos cinco anos, metade estão diretamente
relacionados ao setor de TI. Por isso, também cabe à
gestão de TI atrair e reter esses talentos para as
organizações.

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Porém, mais do que gerenciar a própria equipe de TI,
também é importante promover uma conscientização do
uso da tecnologia entre todos os colaboradores da
organização. Isso pode acontecer por meio de
treinamentos, da disponibilidade de informação e da
prestação de suporte, quando necessário, fazendo com
que todos os profissionais maximizem o uso da tecnologia
disponível, a fim de melhorar a performance e a entrega
de resultados.

GESTÃO DE PROJETOS
Com a tecnologia cada vez mais no centro dos negócios, a
gestão de TI também precisa tomar frente de diversos
projetos de implantação ou adequação de recursos.
Projeto é um conjunto de atividades que são realizadas
em grupo e tem como objetivo final a produção de um
produto ou serviço. Como exemplos de projetos de TI
podemos citar o desenvolvimento de softwares ou novas
funcionalidades (no caso de empresas SaaS) ou o
desenvolvimento de soluções internas, como
ferramentas de CRM e de comunicação entre a equipe.

Existem metodologias – ou frameworks – específicas


para a gestão de projetos de TI, que são aplicadas com o

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objetivo de estruturar o projeto e evitar possíveis erros.
Por meio de um método, é possível ter uma visão clara de
cada etapa do projeto, definindo quem serão os
responsáveis por cada tarefa ou atividade, qual será o
cronograma de entregas e os resultados esperados.

Conheça algumas das metodologias para gestão de


projetos de TI:
• COBIT ® – Control Objectives for Information and
Related Technology: criada pelo ISACA (Information
Systems Audit and Control Association), é voltada à
governança de TI. É uma metodologia com foco no
nível estratégico, apresentando diferentes tipos de
métricas para padronizar a forma de pensar e de
analisar os dados. Para aprender sobre essa
metodologia, a ISACA disponibiliza alguns materiais
em seu próprio site, já traduzidos para o português.
Os profissionais interessados podem, inclusive,
buscar uma certificação em COBIT ®.

• ITIL – Information Technology Infrastructure


Library: é um conjunto de cinco livros que falam
sobre como gerenciar um departamento de
tecnologia, abordando etapas que vão desde a

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estratégia até a melhoria continuada dos serviços de
TI. Essa metodologia é destinada às camadas mais
operacionais, com o intuito de transformar os
objetivos de negócio em soluções de tecnologia. Para
a ITIL, também há uma certificação específica.

• Scrum: esse é um tipo de metodologia ágil que pode


ser aplicado a qualquer tipo de gestão de projetos,
não sendo exclusiva para a área de TI. Apesar disso,
costuma ser bem eficiente quando aplicada no
desenvolvimento de algo cujo o resultado final seja
um produto, como um software, por exemplo. No
método Scrum, existem papéis e etapas bem
definidas para tornar o processo produtivo, rápido e
eficiente: a) product backlog, quando os requisitos e
necessidade do produto final são definidos, em
ordem de prioridade; b) sprint, o período estabelecido
para que equipe trabalhe na entrega de cada uma
das tarefas; c) daily scrum, checkpoints periódicos
para que cada membro da equipe faça um follow-up
do andamento das atividades pelas quais está
responsável.

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OS BENEFÍCIOS DA

GESTÃO DE TI
A tecnologia chegou nas empresas para facilitar a rotina
de trabalho e potencializar resultados. Mas a gestão da TI,
quando bem estruturada, traz benefícios que vão além da
entrega de performance e figura no nível estratégico das
corporações que querem inovar e se diferenciar.

Um dos principais ganhos para as empresas que adotam


a gestão de TI é o controle dos ativos, que ajuda a
empresa e os gestores a visualizar todos os recursos
tecnológicos disponíveis. Além de saber onde e por quem
estão sendo utilizados, também é possível evitar a
aquisição de novos equipamentos sem necessidade,
prevenindo o desperdício de recursos.

Quando se tem acesso a indicadores e relatórios, a


tomada de decisão é mais rápida e assertiva. Nesse
sentido, é possível prever recursos orçamentários para a
área de TI e ter previsibilidade a partir de um histórico de
uso e de desempenho. Perguntas básicas como: “Há
muitos computadores? Há dispositivos sobrando? Os
recursos precisam ser realocados?”, podem ser
respondidas a partir de dados e informações a respeito
dos ativos de TI.

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Por meio da gestão de TI, é possível agir de forma
preventiva, identificando possíveis falhas antes mesmo
que elas venham a acontecer. Se há necessidade de uma
adequação dos recursos disponíveis, por exemplo, se
algum equipamento precisa ser substituído ou se alguma
licença precisa ser renovada.
Com esse tipo de cuidado, os ativos de TI passam a ter um
melhor desempenho e contribuem para uma maior
produtividade das equipes. Quanto mais a empresa

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fornece ativos em pleno funcionamento, mais eficiente se
torna o trabalho.

Outro ponto chave da gestão de TI é a segurança da


informação, já que um vazamento de informações ou um
ciberataque prejudica o desempenho e fere a imagem do
negócio. A definição de processos de segurança, a adoção
de medidas preventivas e a conscientização de todos os
envolvidos na empresa são fundamentais na gestão de TI.

Como a tecnologia perpassa todos os âmbitos da


empresa, esse cuidado também reflete nas relações com
o ambiente externo. O consumidor, por exemplo, percebe
e valoriza marcas que disponibilizam recursos
tecnológicos para melhorar a experiência de consumo.
Afinal, quem já não teve um prejuízo – de tempo ou
financeiro – em função de uma “falha no sistema” de
alguma empresa?

Leia mais: O que é omnichannel?

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NOVAS TECNOLOGIAS E A
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Cada vez mais rápido, a transformação digital e a adoção
dos recursos tecnológicos tem deixado de ser uma opção
para ser parte essencial das empresas que não querem
ficar para trás na evolução do mercado. Ela já era uma
realidade e ganhou ainda mais força com a pandemia,
quando negócios inteiros tiveram que operar somente no
digital. Quem já tinha tecnologia incorporada ao negócio,
saiu na frente.

Para se ter uma ideia de como a transformação digital


vem impactando as estratégias corporativas, uma
pesquisa mostrou que oito em cada dez (80%) empresas
brasileiras estão adotando ou pretendem adotar
tecnologias emergentes como forma de reagir aos efeitos
da crise. Segundo uma pesquisa da Fundação Getulio
Vargas (FGV), os principais projetos de tecnologia tem
como tema a Inteligência Analítica (Analytics), a
governança de TI, Inteligência Artificial, IoT (Internet das
Coisas) e Cloud Computing.

Com isso, a demanda por profissionais de tecnologia


também começa a apresentar novos requisitos. Segundo
aponta a Brasscom, o mercado demandará nos próximos
anos pessoas capacitadas para atuar com Internet das

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Coisas, segurança digital, Big Data, Nuvem e Inteligência
Artificial (AI).

Nesse sentido, a gestão de TI também passa por uma


renovação. Com a chegada de novas tecnologias, surgem
novas demandas, novos processos e desafios. Por isso, é
importante seguir a máxima do “básico bem feito” para
que o setor de TI e as empresas estejam preparados para
absorver e implantar a chegada das novas tecnologias
nos seus negócios.

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CONCLUSÃO
A gestão de TI é composta por uma série de funções e
atividades que buscam alinhar a tecnologia aos objetivos
estratégicos das organizações, fornecendo meios e
recursos para que estes sejam alcançados. Dessa forma,
a tecnologia da informação deixa de ser um mero recurso
operacional e técnico nas empresas para se tornar um
diferencial competitivo frente à concorrência do mercado.

Um inventário de TI e um cronograma de contratos e


licenças organizados podem parecer tarefas simples, mas
quando aliados a um processo de gestão bem definido,
geram dados e informações valiosas para que a
tecnologia da informação torne-se, de fato, um setor
central e extremamente relevante para as corporações.

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