Você está na página 1de 49

Sumário

Apresentaçã o 03 Hora de cantar: a bailarina 28

Introduçã o 09 Noçõ es de linhas retas: Dança do


robô 29
Orientaçã o aos professores 11
Caminhando entre planetas 30
Caminhada sonora 15
Caminho de linhas retas 31
A sala de aula é um espaço sonoro 16
Hora de cantar: zig zag zum 32
Orquestra maluca 17
Noçõ es de formas com linhas
Sacolinhas musicais 18 sinuosas: Lá na estrada em
curva 33
O mundo é cheio de sons! 20
Noçõ es de formas com linhas
Passeio pela loresta 21 retas: Chapé u de trê s pontas 35

Artes integradas: Noçõ es de linhas Batucada do corpo 37


sinuosas 22
Bolinhas dançantes ligeiras 40
A caneta bailarina 23
Bolinhas dançantes delicadas 41
Desenho com linha de barbante 24
Mú sica com palitos 42
Siga o mestre! 25
Bexigas e tecidos musicais 44
Imitando formas 26
Musica teatral 45
Dança para bailarinos e bailarinas 27
Apresentação

E ste Produto Educacional é o resultado de meu trabalho como


professora de Arte para crianças do 1º Ano do Ensino Fundamental
na escola pú blica e de dois anos de estudo e pesquisa, dentro do
Programa de Pó s-Graduaçã o em Docê ncia para a Educaçã o Bá sica da UNESP de
Bauru, sob a orientaçã o e supervisã o da professora Dra. Maria do Carmo Monteiro
Kobaysahi.
Fruto de um encontro entre uma professora e um livro. Buscando materiais
que dessem suporte ao meu trabalho enquanto educadora, encontrei na
biblioteca da escola o livro “Pedagogias em Educaçã o Musical”, das autoras Teresa
Mateiro e Beatriz Ilari. Ao folheá -lo, logo no inıćio deparei-me com a histó ria de
vida de Emille Jaques Dalcroze, seu trabalho enquanto compositor e pedagogo
musical, e os elementos da Rıt́mica Dalcroze. Fiquei encantada com a descoberta,
e pude perceber as possibilidades que seus preceitos ofereciam aos conteú dos do
Currıćulo Comum em Arte para o Ensino Fundamental de Bauru
Apó s o encontro com este livro, participei de diversos cursos, tanto de
Rıt́mica Dalcroze como també m da abordagem Orff-Schulwerk (Trabalho Escolar
de Orff, em traduçã o livre), onde pude encontrar pessoas e ensinamentos que me
izeram perceber que o ensino da Mú sica, da Dança, do Teatro e das Artes Visuais
pode acontecer de forma integradora, colocando a criança em contato com seu
potencial criativo e imaginaçã o.
Jaques Dalcroze, criador da Rıt́mica Dalcroze, e Carl Orff, da abordagem
Orff-Schulwerk, foram dois pedagogos musicais europeus, que na primeira
metade do sé culo XX, modi icaram, in luenciaram e in luenciam até hoje a
Educaçã o Musical. Suas ideias, muito semelhantes com relaçã o à educaçã o
musical das crianças, partem do pressuposto de que o desenvolvimento musical
inicia-se na corporalidade, ou seja, para se aprender Mú sica, seus elementos
devem ser vividos corporalmente.
No entanto, ao colocar o corpo como o primeiro instrumento musical, ele
transita entre as outras linguagens artıśticas, de Dança e Teatro, vivenciando e
aprendendo os elementos artıśticos de forma integral.
Ao contextualizarmos as ideias desses pensadores musicais em nossa
realidade de sala de aula, poderemos vislumbrar o rol de opçõ es que temos para

3
Apresentação
oportunizar aos nossos alunos uma aprendizagem signi icativa, lú dica e
pertinente ao universo da criança.
Assim, espero que o leitor vislumbre as possibilidades que esses pedagogos
musicais - Jaques Dalcroze e Carl Orff, com suas ideias de uma educaçã o musical e
artıśtica que pensa na criança integralmente - podem oferecer à prá tica educativa
dos arte-educadores. Pensar a Mú sica como elemento aglutinador, o todo artıśtico
para o todo da criança, contemplando seu corpo, suas funçõ es sensó rio-motoras,
sua capacidade criadora, imaginaçã o e sensibilidade, para oferecer-lhe uma
educaçã o pela Arte e para a Arte.

Karina Torquato.

4
Apresentação
Dançar, cantar, ouvir mú sica, criar condiçõ es para que nossas crianças
enriqueçam seus repertó rios musicais e artıśticos é o trabalho da educaçã o dos
anos iniciais, da Educaçã o Infantil ao Ensino Fundamental. Nosso processo de
aprender – conhecer-nos e conhecer o mundo social afetivo, sonoro, tá til,
gustativo e visual depende muito das emoçõ es que perpassam pelo nosso corpo e
nossas mentes!
Os aprendizados nestes anos nã o podem dispensar a preocupaçã o com o
corpo que se desenvolve, cresce e que quer tudo conhecer. Poré m, a Mú sica e a
Dança sã o partes integrantes de todos os momentos de nossas vidas. Tanto é
verdade que no momento que escrevo a apresentaçã o da pesquisa “Pedagogias
Musicais Ativas e Suas Contribuiçõ es para o Ensino da Arte no 1º Ano do Ensino
Fundamenta”, a qual traz també m as orientaçõ es de como utilizá -las em sala de
aula, em açõ es lú dico musicais, ouço Carmina Burana, e nã o é ao acaso. Esta ó pera
foi escolhida, justamente, para acionar a imaginaçã o e a fantasia e nos mostrar que
emoçõ es sentimos nesse momento. A experiê ncia sensıv́el de viver a mú sica de
Carl Orff, uma das bases para a criaçã o do texto que lhes apresento. A
atemporalidade da mú sica é nıt́ida nessa ó pera, Orff inspirado por poesias escrita
dos sé culos XII e XIII, compõ e uma obra que nos leva da alegria a tristeza, nã o
precisamos saber o que diz a letra, a roda da fortuna nos chama, a mú sica é
universal.
Para a Educaçã o, Orff e Gunild Keetman, sua colaboradora, criaram uma
abordagem inovadora para a Educaçã o Musical infantil, sendo a Mú sica o
elemento que combina o movimento, o canto, o toque e o improviso. Seu trabalho
icou mais conhecido como “Orff-Schulwerk”, sendo Schulwerk, Trabalho Escolar.
Emile Jacques Dalcroze criou um sistema de ensino de Mú sica tendo no
movimento corporal expressivo um trabalho diferencial e reconhecido no mundo
todo, provavelmente por sua divulgaçã o na Europa, a partir da dé cada de 1930, e
mundialmente difundido. A uniã o dos estudos destes dois professores, mú sicos e
pesquisadores trouxe, desde o inıćio do sé culo XX, formas de ensinar Mú sica sem
dissocia-la do movimento e improvisaçã o, na qual pessoas de todas as idades
podem participar. Pouco conhecido no Brasil, mas nã o menos importante,

5
Apresentação
acreditamos que esse trabalho que apresentamos apoiará as açõ es de outros
professores com as crianças, pois sã o formas fá ceis, com recursos simples, mas de
grande repercussã o junto a elas, tal a irmaçã o decorre de nossas observaçõ es
durante a realizaçã o da pesquisa, pois foram nossas parceiras em todo percurso
de realizaçã o. Por tê -la executado e avaliado podemos a irmar sobre sua
exiguidade e entusiasmo da professora e das crianças. A realizaçã o deste trabalho
possibilitou-me conhecer novos horizontes, me certi icar do poder dos nossos
corpos, dos nossos sentimentos e do poder da Mú sica, da Dança e do movimento,
em uma é poca que nossas crianças se debruçam cada vez mais em tecnologias da
informaçã o e comunicaçã o, deixando seus corpos inertes e sem emoçõ es
integrais, apenas nos dedos e nas açõ es mentais trazer essa pesquisa e suas
realizaçõ es para nó s e dar possibilidades de fazer mente, corpos e emoçõ es
pulsarem conjuntamente. Agradeço o tempo que estive com a Karina, muito
aprendi e muito, ainda, quero aprender sobre a temá tica desse trabalho.

Maria do Carmo Monteiro Kobayashi.

6
Apresentação
SOBRE A AUTORA

Karina Torquato estudou piano desde os seis anos, mas parou quando
terminou o Ensino Mé dio. Mesmo assim, continuou amando a mú sica e as artes.
Tanto que fez faculdade de Educaçã o Artıśtica com Licenciatura em Mú sica, e
virou professora de Arte! Trabalha em escolas pú blicas municipais e estaduais.
Ela foi aluna e é orientada pela professora Kobayashi no curso de pó s-graduaçã o
em Docê ncia na Educaçã o Bá sica, da Unesp de Bauru. Na escola municipal, atua
com crianças de Ensino Fundamental 1, e adora os 1º s Anos. Acredita que a
educaçã o deve ser lú dica, pois o espıŕito infantil nã o suporta as amarras das
carteiras escolares por muito tempo. Bem, e como fazer isso? Pensando como
criança! Foi assim que ela escreveu esse livro, como se estivesse dando aula para
seus alunos, imaginando que contava uma histó ria para crianças!


SOBRE A ORIENTADORA

A professora Maria do Carmo Monteiro Kobayashi dá aulas para quem quer
ser professor e pedagogo, nos cursos de Artes Visuais e Pedagogia, da UNESP de
Bauru. Ela també m dá aula para aqueles que já sã o professores e querem
aprender um pouco mais ainda e voltam à Universidade nos cursos de pó s-
graduaçã o. Ela ama o trabalho que faz! A professora Kobayashi tem um escritó rio
cheio de brinquedos e jogos, porque o que ela mais ama em seu trabalho é
descobrir como melhorar a educaçã o para as crianças. Ela estuda muito para isso!
E passa todo o seu conhecimento aos seus alunos para que eles possam ser os
melhores professores para as crianças. Ah! Ela també m ama gatos!

7
Apresentação
SOBRE AS ILUSTRADORAS

MARIA CLARA

Maria Clara Torquato de Moura é ilha da Karina Torquato. Ela tem 14 anos,
e começou a desenhar por hobby aos 8. Este foi seu primeiro trabalho como uma
desenhista “pro issional”, e ela diz que foi uma ó tima experiê ncia trabalhar com a
mã e. Futuramente quer fazer mais coisas assim. Ela conta que o estilo e o traço das
ilustraçõ es foram feitos para remeter a desenhos de crianças, com alguns toques
para icar mais consistente, e que foi muito agradá vel para ela captar esse estilo
infantil de desenho. Os desenhos foram feitos na mesa digitalizadora que ganhou
da sua mã e, em seu aniversá rio de 11 anos. Ela disse ter icado feliz por ter
ajudado a fazer este trabalho!

MARIANA SANTI

Mariana Santi, foi estudante da UNESP, e hoje é uma artista muito talentosa,
cuidando com carinho dos trabalhos que as pessoas encomendam com ela. A
autora deste trabalho encantou-se com seus desenhos e icou muito feliz por ela
ter aceito o convite em fazer a arte inal e a diagramaçã o deste livro.

8
Introdução

B em-vindos ao mundo má gico da Mú sica, da Arte, da brincadeira! Um


mundo como toda criança gosta, cheio de diversã o!
Aqui, temos um monte de ideias que foram surgindo por causa de
outras ideias, que se juntaram e formaram uma coleçã o de ideias, para você s,
professores de Arte, usarem com as crianças, em suas aulas, e transformando tudo
em novas ideias!
Sã o atividades de Mú sica, Dança e Teatro, junto com as Artes Visuais,
transformadas em Mú sica e Movimento, embasadas no componente curricular
Arte, do Currıćulo Comum para o Ensino Fundamental de Bauru (2016), do 1º ano
do Ensino Fundamental, junto com as ideias de dois pedagogos musicais incrıv́eis:
Emile Jaques Dalcroze e Carl Orff.

Émile Jaques Dalcroze

Figura 1 – Disponıv́el em: http://www.kvl.cch.kcl.ac.uk/THEATRON/biographys/biodalcroze.html


Acesso em Agosto de 2018.

Carl Orff

Figura 2 – Disponıv́el em: https://www.orff.de/en/life/educational-works/


Acesso em Agosto de 2018.

9
Introdução
Eles pertenceram à primeira geraçã o dos pedagogos em Mú sica Ativa, no
inıćio do sé culo XX, poré m, suas ideias permanecem em consonâ ncia com o nosso
tempo, cheias de um aprendizado permeado pela ludicidade e alegria, em sintonia
com o universo das crianças.
As ideias de Dalcroze e Orff se resumem em duas palavras: Mú sica e
Movimento. Colocam o corpo como o primeiro instrumento musical a ser
utilizado pela criança, para que ela vivencie a mú sica, internalize sutilmente seus
elementos, e assim, possa se aventurar em experiê ncias musicais e artıśticas.
Este livro é para ser lido pelos professores junto de seus alunos, como se
fosse um livro de histó rias, mas que se transformam em atividades artıśticas!
Aqui, vamos conhecer e praticar a Mú sica e o Movimento atravé s das brincadeiras.
Vivenciar e aprender a arte de forma divertida!

10
Orientação aos professores

A s atividades aqui apresentadas foram pensadas para serem acessıv́eis


a todos os professores de Arte que nã o sã o especializados em Mú sica,
Dança e Teatro. Essas atividades contemplam alguns conteú dos
curriculares do componente Arte, para o 1º Ano do Ensino Fundamental,
pertencente ao Currıćulo Comum Para o Ensino Fundamental (BAURU, 2016), do
Sistema Municipal de Ensino de Bauru.
As atividades podem ser desdobradas e reelaboradas para as diferentes
realidade das escolas e grupos de crianças, e també m podem ser utilizadas em
outros anos do Ensino Fundamental, e até mesmo na Educaçã o Infantil. Alé m
disso, estã o alinhadas com as diretrizes curriculares da Base Nacional Curricular
Comum – BNCC (BRASIL, 2017), principalmente por promoverem a integraçã o
das linguagens artıśticas.
O ritmo, elemento primordial da Mú sica, foi o ponto central desenvolvido
nas atividades, por ser o elo de ligaçã o entre Mú sica, Dança e Teatro. Poré m, a
escuta ativa e o canto també m estã o presentes, fazendo parte dos processos de
aprendizagem musical. Alé m disso, priorizou-se conteú dos que fossem possıv́eis
de serem trabalhados por meio do corpo como instrumento musical e cê nico, do
movimento e de objetos lú dicos com possibilidades rıt́mico-sonoras, que sã o mais
acessıv́eis aos professores e escolas em geral.
Essas atividades podem ser entrelaçadas com os conteú dos das Artes
Visuais, os quais, a maioria dos professores de Arte, tê m maior familiaridade. O
foco, entretanto, é em Mú sica e Movimento, atravé s de açõ es lú dicas, pertinentes
ao universo infantil.
As atividades de dança e movimento priorizam a improvisaçã o, mas com a
orientaçã o dos professores. A nó s professores cabe o direcionamento das açõ es
realizadas pelos alunos, mas eles sã o os protagonistas de suas criaçõ es.
A criaçã o coletiva, os processos de criaçã o colaborativos, també m devem
ser incentivados, para que os pró prios alunos possam sentir o protagonismo de
suas açõ es. E importante, ao inalizar determinados trabalhos, que os grupos
apresentem suas criaçõ es uns aos outros, na pró pria sala de aula e sem esperar
datas especiais.
A educaçã o musical ativa dentro dos preceitos da Rıt́mica Dalcroze e da

11
Orientação aos professores
criança, portanto a Arte, em sua completude, transpassa as diversas linguagens
artıśticas, interligando-as, colocando o corpo como o instrumento primordial
para todo o aprendizado. Ao desenvolver as capacidades sensó rio-motoras por
meio de uma educaçã o musical e artıśtica ativa, a criança sai do limite de sua
carteira escolar, e passa a explorar o espaço ao seu entorno, ampliando seus
limites, aprendendo a respeitar o espaço do outro, alé m de desenvolver seus
processos criativos e o fazer artıśtico.
Nessa perspectiva de uma aprendizagem artı́stica integral, a criança
desenvolve-se e reconhece a Arte como algo alé m da pintura e do desenho, e o
mais importante, reconhece-se capaz de produzir sua pró pria arte, em Mú sica,
Dança, Teatro e Artes Visuais. Assim, esperamos que as sugestõ es aqui
apresentadas possam auxiliar e enriquecer o trabalho docente.
A seguir, veremos os objetivos e os conteú dos curriculares abordados nas
atividades propostas

CAMINHADA SONORA
Objetivos: espera-se que a criança ouça os sons do ambiente, percebendo
as sonoridades ao entorno de si. O professor poderá anotar as observaçõ es dos
alunos, para posteriormente, conversarem em sala de aula sobre a experiê ncia
sonora.
Conteú do curricular abordado: em Mú sica, fonte sonora.

ORQUESTRA MALUCA
Objetivos: Espera-se que a criança perceba as possibilidades sonoras nos
objetos de uso cotidiano, presentes na sala de aula.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, fonte sonora. Timbre,
andamento e intensidade do som també m sã o conteú dos musicais presentes
nesta açã o pedagó gica.

MÚSICA COM SACOLINHAS E OUTROS OBJETOS


Objetivos: espera-se que a criança perceba o objeto como fonte sonora, seu
timbre e suas possibilidades enquanto “instrumento musical”.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, fonte sonora, timbre,
ritmo, duraçã o e andamento. Em Dança, sequê ncias e variaçõ es rıt́micas.

12
Orientação aos professores
PASSEIO PELA FLORESTA
Objetivos: espera-se que a criança reproduza o andar dos animais,
vivenciando assim, o andamento musical que sua representaçã o reproduz, e,
atravé s da narrativa feita pelo professor, que a criança represente os animais à sua
escolha em açõ es cotidianas da vida em seu habitat.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, ritmo, andamento, fonte
sonora e timbre (as crianças, ao imitarem os animais, imitam també m o som
emitido por eles). Em Dança, movimentos expressivos, locomoçã o, orientaçã o no
espaço. Em Teatro, gestualidade.

ARTES INTEGRADAS: NOÇÕES DE LINHAS E FORMAS


Objetivos: espera-se que a criança vivencie corporalmente os conceitos
relativos a um dos elementos primordiais do desenho, que é a linha, para
aprimorar sua gestualidade, coordenaçã o motora e capacidade criadora,
re letindo em seu modo de desenhar, e na sua percepçã o sobre linhas e formas.
Espera-se que a criança desenvolva sua expressividade e noçõ es espaciais.
Conteú dos curriculares abordados: em Artes Visuais, noçõ es de linhas e
formas. Em Mú sica, ritmo e andamento. Em Dança, movimentos expressivos,
locomoçã o, orientaçã o no espaço. Em Teatro, gestualidade, percepçã o de
possibilidades de movimento, orientaçã o no espaço.

BATUCADA DO CORPO
Objetivos: espera-se que o aluno seja capaz de acompanhar a pulsaçã o,
andamento e ritmo por meio de percussã o corporal com palmas e estalos,
desenvolvendo a noçã o de ritmo por meio da palavra cantada e dos gestos.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, ritmo, fonte sonora, timbre,
duraçã o e andamento. Em Dança, locomoçã o.

BOLINHAS DANÇANTES DELICADAS


Objetivos: espera-se que o aluno execute o movimento necessá rio e que o
objeto utilizado para tanto – a bolinha de tê nis – represente esse movimento,
percebendo assim, a intencionalidade gestual.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, andamento. Em Dança,
expressividade e intencionalidade atravé s do movimento.

13
Orientação aos professores
BOLINHAS DANÇANTES LIGEIRAS
Objetivos: espera-se que o aluno consiga executar os movimentos com o
corpo e com a bolinha de tê nis de acordo com o tempo, andamento e ritmo da
mú sica.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, andamento e ritmo. Em
Dança, locomoçã o e sequê ncias rıt́micas.

MÚSICA COM PALITOS


Objetivos: espera-se que o aluno vivencie corporalmente e com o uso de um
objeto – palito grande de plá stico - frases rıt́micas de compassos biná rios (dois
tempos, como a marcha) e terná rios (trê s tempos, como a valsa), criando
movimentos dançados.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica, duraçã o, ritmo e
andamento. Em Dança, locomoçã o e sequê ncias rıt́micas.

BEXIGAS E TECIDOS MUSICAIS


Objetivos: espera-se que a criança vivencie corporalmente, utilizando
objetos lú dicos, as iguras rıt́micas de tempos mais longos e em andamentos mais
lentos.
Conteú dos curriculares abordados: em Mú sica: duraçã o e andamento. Em
Dança, locomoçã o, deslocamento. Em Teatro, percepçã o do corpo enquanto peso
e possibilidades de movimento.

MÚSICA TEATRAL
Objetivos: espera-se que o aluno seja capaz de desenvolver capacidades
para trabalhar individualmente e em grupo, utilizando elementos das linguagens
artıśticas para criar coletivamente movimentos dançados, plá sticos e expressivos
de representaçã o de uma histó ria musical.
Conteú dos curriculares abordados: em Dança, movimentos expressivos,
orientaçã o no espaço, locomoçã o. Em Teatro, gestualidade, percepçã o do corpo e
possibilidades de movimento. Em Mú sica, expressã o, intencionalidade na mú sica.

14
Caminhada sonora

Vamos começar a caminhar pela escola!


De ouvidos bem abertos e atentos, prestando atençã o aos sons à nossa
volta. Temos que icar em completo silê ncio!
Andando pelo corredor das salas de aula, o que podemos ouvir?
Agora vamos ao pá tio! E també m ao refeitó rio…
Quais sons devem ter na cozinha?
Será que podemos ouvir os sons da rua? Vamos perto do portã o para tentar
ouvi-los!
Vamos dar uma voltinha pela secretaria e pela diretoria…
Em cada lugar, vamos parar, fechar os olhos, e apenas ouvir os sons…
Hora de voltar para a sala de aula!

15
A sala de aula é um espaço sonoro!

Vamos descobrir o que temos em nossa sala de aula e que pode se


transformar numa fonte sonora! Mas o que é fonte sonora? E tudo aquilo que pode
emitir um som. Podemos transformar os objetos da sala de aula em instrumentos
para brincar com a mú sica! Vamos experimentar?

Estes sã o apenas alguns exemplos! Você s podem encontrar muitas outras
possibilidades em sua sala de aula. E depois já podem partir para a Orquestra
Maluca!

16
Orquestra maluca

Vamos escolher quatro “instrumentos musicais” diferentes, para brincar


com a mú sica. Faremos uma orquestra maluca! Esses instrumentos serã o os
objetos da sala de aula. Por exemplo, os lá pis, cadernos ou livros, carteiras e
ré guas. Dividir a turma em quatro grupos, um para cada instrumento. A
professora, ou o professor, será o primeiro regente. Ela sinaliza para cada naipe da
orquestra quando for a vez de tocar. Um gesto amplo e grandioso, o volume
aumenta, o gesto vai diminuindo, o volume diminui també m. Um gesto rá pido, o
som é rá pido, e um gesto lento, o som ica mais lento també m (esse é o andamento
da mú sica!). E há o gesto de corte do som. Vamos tentar? Para variar, os alunos
podem ser regentes! Um aluno de cada vez rege o grupo todo, ou, um aluno para
cada naipe.

17
Sacolinhas musicais

Vamos usar objetos diferentes para fazer mú sica? Siiim!!!


Que tal as sacolinhas de plá stico, dessas que usamos para colocar as
compras do supermercado?
Basta esticar e balançar a sacolinha no ritmo e na pulsaçã o das mú sicas!
Podemos dançar e tocar nossa sacolinha musical ao mesmo tempo! E criar uma
coreogra ia. Fazemos alguns passos, como andar para frente e tocamos a
sacolinha. Mais uns passos para o lado direito, tocamos a sacolinha novamente. Do
outro lago agora, e depois, para trá s. Pronto! Uma coreogra ia super animada! Isso
é só uma ideia, junto com a professora, ou o professor, podemos criar mil ideias!
Aqui vai a dica de uma mú sica bem legal para tocarmos nossas sacolinhas
junto! E uma mú sica tocada pela Orquestra de Vegetais. Isso mesmo, uma
orquestra onde os instrumentos musicais sã o feitos com legumes, como cenouras,
abó boras e aipo!
A mú sica “Transplants”, do grupo The Vegetable Orchestra encontra-se
disponıv́el em: <https://www.youtube.com/watch?v=kKrx1gWI_Vk>

18
Sacolinhas musicais
Outra ideia bem legal é dividir a classe em grupos, e cada grupo cria um
ritmo diferente para tocar. Cada grupo terá seu momento de tocar e poderã o tocar
juntos també m. E uma orquestra de sacolinhas!
Alé m das sacolinhas, existem muitos outros objetos que podemos usar para
fazer e acompanhar mú sicas! Podem ser palitinhos de churrasco, jogo de varetas
coloridas, aquelas bem grandes que costumam ter nas escolas, colheres e copos
de plá stico! Até as folhas de papel, soltas, quando chacoalhadas, fazem som!
As cantigas infantis e o folclore tem muitas mú sicas para serem utilizadas. E
aqui, mais algumas sugestõ es para serem utilizadas em sala de aula: “Samba Lelê ”,
cançã o popular infantil; “Concerto No. 1 Primavera”, de Vivaldi, “Marcha Turca”, de
Mozart. Vamos pesquisar, tocar, dançar e criar mú sicas com os objetos?

19
O mundo é cheio de sons!

Professores, se possıv́el apresente aos alunos vıd


́ eos contendo variadas
fontes sonoras, vindas da natureza, como o som das á guas da chuva, rios,
cachoeiras e mares, o som dos animais, os sons da cidade, das nossas casas e por
im, dos instrumentos musicais! No YouTube existem diversos canais com estes
conteú dos, vale a pena pesquisar!
Outra ideia interessante é trazer para a sala de aula objetos variados, potes,
panelas, tampas, tubos, e assim, ir montando uma orquestra maluca para todos
fazerem muitas experimentaçõ es sonoras em. E muito interessante ilmar ou
mesmo gravar a produçã o sonora dos alunos, para que eles possam ver o
resultado de suas criaçõ es, e assim, sentirem-se protagonistas nos processos de
aprendizagem.

20
Passeio pela floresta

Como os animais andam? Será que andam como a gente?


Vamos imitar!
Alguns andam muito rá pido! Outros muuuito devagaaaar... Alguns andam se
arrastando. Outros pulam sem parar!
Agora vamos ouvir sobre os animais. A professora, ou o professor, vai contar
uma histó ria sobre a vida deles, na loresta.
Qual deles você é ? O leã o? O passarinho? O urso? A formiguinha?
Vamos brincar de ser nosso bichinho preferido.
Para imitar o andar dos bichos, pode-se utilizar a mú sica “Cada Bicho Tem”,
da Kitty Driemeyer. Para imaginar a vida na loresta, a mú sica “Cançã o Kaiapó ”, do
Grupo Mawaca, é uma boa pedida! Encontramos essas mú sicas facilmente no
YouTube.

21
Artes integradas:
Noções de linhas Sinuosas

As linhas sã o os elementos principais dos desenhos. E a partir das linhas que
desenhamos formas, iguras e escrevemos as letras do alfabeto. Mas as linhas nã o
estã o presente só em desenhos e pinturas, elas també m estã o nas roupas, objetos
e até mesmo em nossos movimentos. Nó s podemos desenhar, ver e até pegar as
linhas, como as de barbante e costura! Assim, teremos a apresentaçã o de vá rias
atividades em que vamos utilizar a linha como elemento principal para nos guiar
no desenho, nas brincadeiras, na dança e na mú sica!
Entã o vamos começar a trabalhar com as linhas? Vamos! Para começar,
vamos conhecer a histó ria que uma professora de Arte contou a seus alunos: a
histó ria da Caneta-Bailarina...

22
Caneta bailarina

A professora de Arte chegou na sala de aula e conversou com seus alunos:


“crianças, eu tenho que dizer que hoje teremos uma visita muito especial: a
Caneta-Bailarina! A Caneta-Bailarina veio dançando, usando seu lindo tutu. Você s
podem pensar que é só uma caneta como qualquer outra, mas nã o é nã o! A Caneta-
Bailarina sempre amou dançar e veio fazer uma apresentaçã o especial para as
crianças no seu palco super diferente: um caderno! Olhem só como ela dança. Ela
faz voltas e voltas! E muitas piruetas! E vejam só : o caderno icou todinho
desenhado! Foi a dança da Caneta- Bailarina!”
Agora é nossa vez: vamos pegar nosso lá pis e fazer ele dançar! Podemos até
pintar umas partes do nosso desenho. Agora ele é uma obra de arte!

23
Desenho com linha e barbante

Para continuar nossa aventura no mundo das linhas, vamos brincar com a
linha de barbante! As linhas de barbante servem para tantas coisas! Para fazer
tapetes, cortinas, pulseiras...e servem até para desenhar! Com uma linha de
barbante, podemos criar diversas formas, como minhocas, uma lor, uma pedra,
cıŕculos, e o que nossa imaginaçã o permitir! Vamos experimentar? Peguem uma
linha de barbante, e no chã o, façam um desenho bem sinuoso, com curvas. Depois,
passem o desenho para o papel, usando lá pis ou canetinha! Agora, coloquem seu
desenho ao lado do desenho de barbante e veja se estã o bem parecidos! Se
quiserem, tirem uma foto!

24
Siga o mestre!

Agora, é a vez de brincar de “siga o mestre”. Só que quem manda é o


barbante!
Vamos deixar o barbante se movimentar e poderemos copiar com nosso
corpo!
Como será que temos que fazer pra icar igual a esse barbante? Ficar na
ponta dos pé s e erguer os braços lá no alto, para imitar o barbante bem
esticadinho, ou, abaixar pertinho do chã o, se dobrarem o barbante, deixando ele
pequenininho. Cair para o lado e para o outro, lado, girar, subir, abaixar! E só seguir
o mestre barbante! Vamos brincar junto de nossos amigos!

25
Imitando formas

Com as linhas de barbante vamos desenhar


E com o corpo, as iguras imitar!
Essa rima é para fazermos uma nova experiê ncia, agora, usando nosso
corpo! Pegue um pedaço de barbante, e no chã o, crie uma forma para que outra
criança possa imitar com o corpo, deitando-se ao lado da igura feita de barbante.
Vamos ver o que nosso corpo pode fazer com essa ideia?

26
Dança para bailarinas e bailarinos

Vamos dançar como a bailarina? As bailarinas e bailarinos dançam de forma


suave e luida, como se estivessem desenhando linhas sinuosas com os seus
movimentos de braços e pernas. O corpo parece que irá lutuar! Vamos tentar
dançar como bailarinas e bailarinos? Vamos deixar o movimento suave, longo,
como se quisé ssemos alcançar bem longe, desenhando no ar. Vamos usar o espaço,
levar nossos movimentos para o alto e para baixo, para os lados, girando, criando
nosso pró prio desenho, imaginando como se estivé ssemos deixando nossos
passos desenhados no chã o.
Quando desenhamos e nossas mã os se movimentam levemente como a
Caneta-Bailarina, nossas linhas ganham contornos muito mais bonitos! Agora que
aprendemos a dançar suavemente como a Caneta-Bailarina, vamos criar um novo
desenho com nosso lá pis-bailarino dançando em seu caderno-palco?

27
Hora de cantar: A bailarina
Hora de Cantar!

A Bailarina

Ela, a bailarina
Está sempre a dançar
Com os seus lindos passos,
Chega até a lutuar.
Ela, a bailarina
Está sempre a dançar
Com os seus lindos passos
Ela desenha no ar.

28
Noções de linhas retas:
Dança do robô

Vamos continuar brincando com linhas?


Legal!
Sabe quem gosta de linhas retas? O robô Zig-Zag-Zum!
Você sabe dançar como este robô ? Pois ele dança só em linhas retas. Vamos
tentar?
Podemos escolher uma mú sica eletrô nica, do tipo que ouvimos em jogos de
videogame 8-bit para ser a trilha sonora da nossa dança! No Youtube encontramos
vá rios vıd
́ eos com esse tipo de mú sicas. A professora, ou o professor, irá ajudar a
encontrar vá rias mú sicas divertidas para dançar!

29
Caminhando entre planetas

Esse robô viaja pelo espaço sideral.


Agora, alguns sã o planetas e outros sã o robô s.
Os planetas icam parados e os robô s caminham entre eles, mas só em linha
reta!
A professora vem e encosta na cabeça de um planeta. Agora ele é um robô !
E encosta na cabeça do robô . Agora ele é um planeta!
Todos podem brincar de robô s e planetas!

30
Camnho de linhas retas

Agora temos um caminho, desenhado no chã o, só com linhas retas. Vamos
andar por ele, conforme o ritmo da mú sica, se for lento, andar devagar, se for mais
rá pido, mais rá pido iremos andar!
Podemos até fazer um desa io: quem consegue andar pelo caminho em
menos tempo! Ou, em cada parte do caminho, temos que andar quatro passos, em
outra parte, seis passos, em outra parte, oito passos. Podemos criar vá rias
possibilidades para brincar como caminho de linhas retas!
Depois de aprendermos a cantar a mú sica do robô Zig-Zag-Zum, podemos
criar uma coreogra ia, e entã o, desenhar nosso querido robô , viajando entre os
planetas, com sua dança robó tica!

31
Hora de cantar: Zig Zag Zum
Hora de Cantar!

Zig-Zag-Zum

Zig Zag Zum


Ele gosta de dançar
Um robô intergalá tico
Vai te conquistar
Zig-Zag-Zum, Zig-Zag-Zum
Com seus movimentos robó ticos
Vai te conquistar!

32
Noções de formas com linhas
sinuosas: Lá na estrada em curva

Agora iremos cantar uma cançã o muito antiga e popular, que existe em
vá rios paıśes. Aqui no Brasil, essa cançã o fala de um carro com um pneu furado, na
estrada, e que foi consertado com “michelin”.

Lá na estrada em curva fez um furo no pneu


Lá na estrada em curva fez um furo no pneu
Lá na estrada em curva fez um furo no pneu
Consertamos com Michelin

Cada palavra da cançã o tem um gesto especı́ ico, vamos ver:


Lá: apontar com o polegar para trás e por cima de seu ombro.
Na estrada: sinalizar com as mãos paralelas.
Em curva: continuar o gesto, fazendo uma curva com as mãos paralelas.
Um furo: com o dedo indicador, simular que está furando o pneu.
No pneu: com a outra mão, fazer uma forma redonda, simulando o pneu.
E agora vem o desa io! A cançã o tem que ser repetida vá rias vezes, e, a cada

33
Noções de formas com linhas
sinuosas: Lá na estrada em curva
repetiçã o, tiramos as palavras e fazemos somente o gesto. Todo mundo junto, até
cantarmos somente com os gestos, o som ica silencioso. Ganha quem conseguir
icar em silê ncio, sem falar nenhuma palavrinha da cançã o, só fazendo os gestos!
E pensando bem, na estrada em curva e no pneu, que tipo de linha usamos
para desenhar essas coisa!
E pensando bem, na estrada em curva e no pneu, que tipo de linha usamos
para desenhar essas coisas? Isso mesmo! As linhas sinuosas! Sã o elas que formam
o cı́rculo! Vamos desenhar formas com linhas sinuosas e circulares?s? Isso
mesmo! As linhas sinuosas! Sã o elas que formam o cıŕculo! Vamos desenhar
formas com linhas sinuosas e circulares?

34
Noções de formas com linhas
retas: Chapéu de três pontas

Agora vamos apresentar uma outra cançã o para brincar com o som e o
silê ncio, que é uma melodia bastante conhecida em alguns lugares do mundo, e
també m muito antiga. Por aqui, ela se chama “Chapé u de trê s pontas”.
O meu chapé u tem trê s pontas
Tem trê s pontas o meu chapé u
Se nã o tivesse trê s pontas
Nã o seria o meu chapé u.

Para cada palavra, um gesto diferente. Cantamos vá rias vezes, e em cada
repetiçã o, eliminamos uma palavra, mantendo apenas o gesto. No inal, faremos
apenas os gestos, e o som será em silê ncio!
O meu: coloca-se a mã o no peito, sinalizando que algo lhe pertence.
Chapé u: colocar os braços e as mã os, com as pontas dos dedos encostadas
umas nas outras, acima da cabeça, simbolizando o chapé u.
Tem trê s: sinalizar o numeral utilizando trê s dedos da mã o.

35
Noções de formas com linhas
retas: Chapéu de três pontas
Pontas: mostrar com uma mã o, o cotovelo dobrado do outro braço.
Se nã o tivesse: sinalizar, com a cabeça e o dedo indicador, a negativa.

Essa cançã o nos faz lembrar uma forma conhecida como triâ ngulo. O
triâ ngulo é feito com qual tipo de linha? Isso mesmo, com linhas retas! Muitas
outras formas sã o feitas com linhas retas, como o quadrado e o retâ ngulo, e muito
mais. As pipas-peixinho sã o desenhadas com linhas retas!
Vamos fazer desenhos de formas e iguras com linhas retas?

36
Batucada do corpo

O nosso corpo é o nosso melhor instrumento musical!


Podemos cantar e podemos batucar com as mã os, pernas e pé s, criando
ritmos e brincadeiras com sons, palavras e acompanhar as melodias. Muito legal!
Vamos experimentar?
Primeiro, vamos conhecer o jogo da “Batucada do Corpo”. Esse jogo é
dividido em fases, de oito tempos – oito batucadas, e cada fase tem um tipo de
percussã o corporal. Vamos bater palmas, bater as mã os nos joelhos e estalar os
dedos. O andamento pode ser mé dio, e ir aumentando aos poucos. Podemos
sentar em roda e até mesmo dividir o grupo em duplas ou trios.
Começamos batendo as mã os nos joelhos, contando até oito.
Depois, batendo as mã os joelhos e palma, alternadamente, até oito.
Em seguida, mã os no joelho, palma e estalo com as duas mã os, contando até
oito.
Logo depois, joelho, palma, estalo, palma, chegando até o oito.
E termina no joelho, contando até oito.

37
Batucada do corpo
Ganha quem nã o errar a sequê ncia!
E claro, podemos inventar vá rias outras sequencias!
Se izermos em duplas ou trios, podemos bater palmas nas mã os dos
colegas també m! Vamos tentar criar?
Podemos usar palmas e estalos para acompanhar o ritmos das mú sicas
també m! Por exemplo, a cançã o “Marcha Soldado”:

Legenda dos gestos:


PA: palmas P: pé
CO: bater as mã os nas coxas E: estalo
CD: bater a mã o direita na coxa direita ED: estalo mã o direita
CE: bater mã o esquerda na coxa esquerda EE: estalo mã o esquerda
Os gestos da batucada serã o feitos nas sıĺabas que estã o marcadas em
vermelho.

Vamos batucar e cantar em roda, todo mundo de pé . E depois, sair andando,
dançando e batucando pela sala, sem perder o ritmo!

Podemos inventar mil e uma maneiras de juntar a batucada do corpo com as


nossas cançõ es preferidas.
Tem mais um jeito de acompanhar cançõ es com a batucada do corpo:
seguir o ritmo das palavras! Isso mesmo! Você s podem escolher as palavras que
querem batucar no corpo, e assim, acompanhar versinhos de um poema, trava-
lın
́ guas, ou fazer uma mú sica cantada, meio tocada e meio dançada! Vejam a
cançã o “Borboletinha” com palmas e estalos:

38
Batucada do corpo
Legenda dos gestos:
PA: palmas - vermelho
E: estalos - azuis

Agora podemos criar gestos e batucadas para recitar versos e cantar, é só
seguir o ritmo das palavras! A professora, ou o professor, irá ajudar! Vamos lá !

39
Bolinhas dançantes ligeiras

Agora as bolinhas querem dançar mais rapidinho, pulando, saltando e


andando pelo espaço!
Com uma mú sica alegre e ligeira, vamos andar pela sala, de um jeito bem
dançante, ao mesmo tempo em que jogamos a bolinha de uma mã o para a outra.
Podemos fazer isso vá rias vezes, e quando a professora, ou o professor pedir,
vamos bater a bolinha no chã o e pegar de volta, e depois, jogar para cima e pegar
de volta, sempre no ritmo da mú sica. Sem parar de andar dançando!
Podemos ouvir a mú sica e escolher quais partes faremos as jogadas para o
chã o, para o alto ou de uma mã o para a outra, podemos dividir os amigos em
grupos e cada grupo fará uma parte, podemos inventar mais mil ideais! Mã os à
obra e vamos dançar com a bolinha! Como sugestã o de mú sica, um “tap dance”,
que pode ser encontrada no YouTube. Disponıv́el em: <https://www.youtube.
com/watch?v=PNSJWKtJE1w>

40
Bolinhas dançantes delicadas

Agora é a vez das bolinhas!


Mas dá pra brincar de bola até sentado, sabia?
Só tem que ser mais devagar.
Sabe por que disso?
E que a bolinha també m quer muito dançar!
Vamos sentar no chã o, um de frente para o outro e ir empurrando a bolinha
para o amigo no ritmo da mú sica.
Olha como a bolinha vai.
Rolando, rodando, girando…
E a dança da bolinha!

41
Música com palitos

Os palitos sã o ó timos acompanhadores de mú sicas!


Com eles podemos acompanhar os sons beeeeem longos.
Ou os sons mais rá pidos.
Podemos usar para acompanhar o ritmo e as batidas da mú sica, os sons das
palavras e muito mais.
Podemos pesquisar junto com a professora, ou o professor, vá rias mú sicas
para usarmos os palitos batuqueiros.
Mas aqui tem uma sugestã o de uma mú sica bem legal, que é dividida em
quatro frases e entre cada frase tem trê s tempos, que é onde percutimos os palitos.
Por isso essa mú sica se chama “Los Tres Golpecitos”, de Carlos Gianni, que em
portuguê s quer dizer, os trê s golpinhos. Sã o os golpinhos dos palitos!
As quatro frases se repetem quatro vezes, e em cada repetiçã o, aparece um
som diferente, assim, podemos criar uma dança aonde em cada uma das partes,
uma parte diferente do corpo entra na dança. Em todas as vezes os palitos repetem
os trê s golpinhos.

Parte 1: parados, movimentam apenas os braços, de acordo com a frase,

42
Música com palitos
sã o trê s movimentos para cada frase. Ao inal de cada frase, trê s golpinhos com
os palitos.
Parte 2: andamos trê s passos, de acordo com o ritmo da frase musical, os
braços é que icam parados.

Parte 3: agora andamos e mexemos os braços. Continuamos com os trê s


golpinhos.

Parte 4: dançamos livremente e sem esquecer dos trê s golpinhos ao inal de


cada frase.

Fá cil e divertido, nã o? A professora, ou o professor, irá ajudar a turma!


Ah, esta mú sica está no YouTube, disponıv́el em:
<https://www.youtube.com/watch?v=xWbwC5v7ELk>

43
Bexigas e tecidos musicais

As bexigas sã o leves e andam lutuando pelo ar ...


Que tal usá -las para acompanhar mú sicas mais lentas?
Imagine que lindo, uma nota musical bem longa, sendo acompanhada por
uma bexiga lutuante?
Experimentem cantar as notas mú sicas, dó , ré , mi, fá , sol, cada vez que se
canta uma nota, joga a bexiga para cima, quando ela descer, podemos lança-la
novamente para cima, ao mesmo tempo em que cantamos a pró xima nota. Nã o
vale deixar a bexiga cair no chã o! O tempo de cada nota é lento, da medida em que a
bexiga sobe e desce.
Agora, vamos ouvir uma mú sica e acompanha-la com a dança das bexigas.
Muitas crianças irã o lançar as bexigas pelo ar, e será uma mú sica e dança bem
colorida!
Ah! Podemos usar tecidos para brincar com a mú sica també m. Os lenços de
tule, aquele tecido que se usa para fazer o vé u do berço dos bebê s, sã o muito leves e
lutuantes. Podemos jogá -los para o alto e eles irã o cair lentamente, como as
bexigas.
Os outros tipos de tecido, como o cetim ou a malha, podem ser usados em
mú sicas lentas e rá pidas també m. Podemos fazer tiras de tecidos e usá -las junto
com os passos de dança para acompanhar as mú sicas escolhidas
por crianças e professores. Vamos criar?

44
Música teatral

Você s sabiam que existem mú sicas que contam histó rias e podem até se
transformar em um teatro dançado?
Podemos ouvir a mú sica e criar os gestos e a coreogra ia que irã o mostrar
nossas ideias para quem estiver nos assistindo.
Para fazermos nossa criaçã o, iremos usar mú sicas tocadas por uma
orquestra sinfô nica! Um compositor francê s, muito antigo, lá do inal do sé culo XIX
e inıćio do sé culo XX, chamado Camille Saint-Saë ns, criou um conjunto de mú sicas
para orquestra chamada “Carnaval dos Animais”. Sã o vá rias mú sicas que
descrevem os personagens, e a abertura ica a cargo dos leõ es, que sã o os reis das
lorestas, em sua marcha triunfal.
Aqui, vamos ver uma ideia para a marcha dos leõ es e outra para o aquá rio,
ou seja, para os peixes.
Vamos imaginar que somos os animais reis das lorestas, entrando em
nosso palá cio e des ilando aos sú ditos?
E como seria a vida nadando como pequenos peixinhos coloridos num

45
Música teatral
aquá rio? Será que esse aquá rio tem esconderijos e plantas aquá ticas?
Vamos ouvir a professora, ou o professor, que nos guiará nessa brincadeira
musical. E depois, vamos criar com nossos colegas outras aventuras
musicais para explorar os sons dessas e de outras mú sicas!
Podemos dividir a classe em grupos, onde uns serã o os cantores e outros
serã o os atores-dançarinos.
Depois, podemos apresentar nossa criaçã o para os outros grupos e até
mesmo para crianças de outras turmas. Sã o muitas ideias e possibilidades!
Ah! Aqui vai o link do “Carnaval dos Animais”, de Camille Saint-Saë ns para
todos conhecerem essas mú sicas de brincar com a imaginaçã o!

“Marcha dos Leõ es”, disponıv́el em:


< https://www.youtube.com/watch?v=rE4CATvZ188>
“Aquá rio”, disponıv́el em:
<https://www.youtube.com/watch?v=OAQ6rAs9DA&list=PL5EDDC3CD0
593C9E0&index=7>

Seguindo estes links, encontramos a obra completa “Carnaval dos Animais”,


e poderemos usar nossa imaginaçã o para criar um teatro musical!
Nã o esqueçam de pesquisar outras mú sicas també m.
No repertó rio popular e folcló rico para crianças encontramos muitas
cantigas que contam histó rias.
Mã os à obra com a imaginaçã o!
Podemos dividir a classe em grupos, onde uns serã o os cantores e outros
serã o os atores-dançarinos.

46

Você também pode gostar