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NO PROJETO
Quando o assunto é reforma ou construção de um novo imóvel, a maioria das
pessoas se preocupa com o planejamento dos móveis, a escolha do estilo de
decoração e organização dos espaços. A iluminação dos ambientes é um tema
que fica sempre em segundo plano. Para quem é leigo em arquitetura, fazer a
iluminação de um ambiente parece ser uma tarefa fácil. Afinal, acredita-se que
basta colocar uma lâmpada potente no meio do cômodo. Isso está errado!
Todo bom arquiteto sabe que um projeto luminotécnico bem executado pode
ampliar ambientes, ressaltar a decoração, dar a sensação de aconchego e, até
mesmo, diminuir a conta de energia dos moradores da casa. A seguir,
falaremos mais detalhadamente sobre a importância da iluminação de
ambientes para projetos arquitetônicos. Quer saber mais? Então, acompanhe a
leitura!
Direta
Como o próprio nome já sugere, a iluminação direta é aquela que direciona a
luz para um objeto ou para uma superfície específicos. Alguns exemplos de
iluminação direta são os abajures, as luminárias e os spots de luz.
Uma grande desvantagem desse tipo de iluminação é que, por ser muito forte,
ela nos mantém ativos e acordados. Por isso, é indicada para ambientes que
requerem produtividade, como escritórios e salas de leitura. A iluminação direta
também direciona a nossa atenção para certo ponto, que pode ser a mesa de
estudos ou o computador.
Indireta
Ao contrário do tipo de iluminação anterior, a luz indireta se “espalha” pelo
ambiente, portanto, pode iluminar uma área maior. Por ser menos intensa, esse
tipo de iluminação proporciona uma sensação mais agradável aos olhos,
tornando o ambiente mais calmo, confortável e amigável.
Ao contrário da iluminação direta, por ser mais suave, a luz indireta pode
provocar sono. Por isso, o seu uso é recomendado para quartos, sala de estar
e espaços de lazer. Outro ponto importante sobre a luz indireta é que ela não
provoca calor, enquanto a iluminação direta pode esquentar o objeto que está
abaixo do seu feixe de luz.
Difusa
A iluminação difusa, provavelmente, é a mais conhecida e mais utilizada em
projetos arquitetônicos. Ela se caracteriza pelo uso de uma lâmpada no meio
do cômodo. Embora a luz se “espalhe” pelo espaço, ela se mostra mais
presente que a iluminação indireta, mas também não é tão forte e
desconfortável quando a direta.
Linear
Trata-se de um modelo de iluminação relativamente recente, em que a
iluminação do ambiente é feita por linhas contínuas de luz. O mais comum é o
uso de luminárias lineares para esse tipo de iluminação. Apesar de ser uma luz
forte, ela não agride os olhos e traz uma sensação aconchegante, quando bem
distribuída no ambiente.
De orientação
A iluminação de orientação, como o nome diz, é aquela utilizada para orientar o
fluxo de movimento de pessoas em lugares escuros, como nas escadas dos
cinemas. Esse tipo de iluminação também pode ser usado em corredores,
escadas de residências, corrimões, jardins e ao redor das piscinas.
O objetivo dessa luz não é clarear todo o ambiente, mas indicar o caminho
correto a ser seguido. Portanto, a iluminação de orientação deve ser mais fraca
que as demais. Vale destacar que fios de LED e luzes estilo pisca-pisca não
são indicados para essa tarefa, pois as pessoas podem enrolar os pés nos fios
e se acidentar. A iluminação indireta deve ser feita por lâmpadas embutidas.
Decorativa
Ao contrário dos outros tipos de iluminação, a função da decorativa não é o
efeito da luz, mas a decoração e o efeito decorativo que a iluminação
proporciona. O melhor exemplo de iluminação decorativa é o uso de lustres e
arandelas. Geralmente, esse tipo de luz é utilizado em projetos mais amplos,
sofisticados e com o pé direito maior.
Potência elétrica
Muitas pessoas costumam confundir a potência com a emissão de luz, mas a
primeira opção se refere ao consumo de energia, medido em watts (W).
Analisar a potência das lâmpadas é muito importante para que o projeto
luminotécnico, além de funcional, proporcione maior economia de energia para
os moradores do imóvel. As lâmpadas com maior emissão de luz e menor
potência elétrica são as mais procuradas, pois isso significa que elas
proporcionam uma iluminação adequada, sem gastar tanta energia.
Deve-se pensar na luminária que será usada para as lâmpadas. Alguns dos
suportes diminuem consideravelmente o fluxo luminoso emitido pelas
lâmpadas, mas o consumo de energia continua o mesmo. Portanto, a eficiência
da lâmpada acaba sendo prejudicada. As lâmpadas de LED possuem a melhor
relação de emissão de luz combinada à potência elétrica.
Reprodução de cor
A capacidade de reprodução de cor das lâmpadas é medida por meio do Índice
de Reprodução de Cores (IRC), que indica a eficiência das lâmpadas em
refletir as cores da forma como elas realmente são.
Temperatura de cor
A temperatura de cor é a característica das lâmpadas que provocam o efeito
visual quente, frio ou neutro. Isso significa que, dependendo da lâmpada, as
paredes do seu quarto, por exemplo, podem parecer mais ou menos coloridas.
A luz amarela, considerada quente, possui temperatura de cor de 2700 K,
enquanto a branca, também conhecida como fria, tem cerca de 6500 K.
Existem projetos que contam com a presença de bastante luz natural, o que
facilita a vida do arquiteto, pois a presença dessa luz facilita o planejamento do
projeto luminotécnico e contribui para a economia de energia. No entanto, nem
todo mundo tem o privilégio de morar em uma casa com uma boa iluminação
natural. Nesse caso, o papel do arquiteto é suprir a ausência da luz natural com
a iluminação artificial.
Como você pode notar, a iluminação de ambientes vai muito além de apenas
colocar uma luz em um cômodo para evitar a escuridão. São vários pontos que
devem ser analisados. Um projeto luminotécnico, quando feito corretamente,
pode mudar a vida dos moradores de uma casa.
Isso ocorre porque existem superfícies capazes de refletir a luz, como paredes
brancas, objetos metálicos e espelhos. Portanto, ambientes com cores claras
não precisam de lâmpadas tão fortes. Além disso, cuidado para não direcionar
as luzes para espelhos ou outros objetos refletores.
Ambientes com maior iluminação natural normalmente contam com uma maior
ventilação. Esses dois fatores fazem dos cômodos mais arejados e frescos,
além de trazerem a sensação de tranquilidade.
Como você pôde perceber, fazer a iluminação de ambientes não é uma tarefa
fácil, mas também não é algo impossível. Se você seguir todas as dicas deste
texto, temos certeza de que o seu projeto luminotécnico será um grande
sucesso. Lembre-se sempre de que, apesar de ser o profissional ideal para
essa função, a opinião do cliente deve ser considerada a todo momento
durante um projeto arquitetônico.