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AULA 2

PROJETO LUMINOTÉCNICO
E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Profª Juliana Loss Vicenzi


INTRODUÇÃO

Para criar um bom projeto luminotécnico, é importante conhecer as fontes


de luz e como elas se comportam dentro dos seus artefatos, que seriam as
luminárias. Sendo assim, no primeiro tema desta aula serão abordados os
sistemas de iluminação e como eles distribuem a luz no espaço. No Tema 2 serão
descritos os tipos de luminárias e suas características de instalação e de
distribuição da luz. Nos Temas 4 e 5 serão detalhados as principais fontes de luz
utilizadas em projetos de iluminação, os principais tipos de lâmpadas e suas
características e o diodo emissor de luz (LED), identificando suas possibilidades
de uso. E, no último tema, trataremos dos itens de proteção das luminárias, tanto
para melhorar o conforto do usuário quanto para melhorar a performance da
iluminação.

TEMA 1 – SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA LUZ

A iluminação artificial é criada por meio de fontes de luz, que podem ser
lâmpadas ou luminárias, chamadas de sistemas de iluminação. Os sistemas de
iluminação direcionam ou distribuem a luz e podem ser classificados como:

• Sistema direto: direciona 90% a 100% da iluminação para a superfície ou


o plano de trabalho, incidindo diretamente neles. É o sistema mais comum
utilizado; dessa forma, também o mais simples de ser especificado. A
desvantagem desse sistema é que pode provocar ofuscamento, reflexões
indesejadas e sombras. Ele pode ser downlight ou uplight.

Figura 1 – Sistema direto

Crédito: Vicenzi, 2021.


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• Sistema indireto: direciona de 90% a 100% da iluminação para o teto ou
para alguma superfície que a redireciona, através de reflexão, para o
ambiente. A luz produzida por esse sistema é mais suave e raramente
apresenta sombras e ofuscamentos. Trata-se de um sistema que consome
mais energia, quando comparado ao sistema direto, pois na reflexão se
perde uma parcela da luz, então, é necessário o uso de mais luz para se
chegar a um mesmo nível de iluminação do sistema direto.

Figura 2 – Sistema indireto

Crédito: Vicenzi, 2021.

• Sistema direto-indireto: é o sistema que mescla os dois tipos de iluminação,


direta e indireta, o que gera uma boa distribuição de luz e mais
uniformidade. Esse é um sistema muito indicado para mesas de trabalho,
já que direciona a luz para a tarefa com a luz direta, mas também uniformiza
o entorno do local, com a luz indireta, gerando maior conforto para os
usuários.

Além da distribuição, a forma como a luz é direcionada também influencia


no resultado do projeto luminotécnico. Principalmente para o sistema direto, as
luminárias têm características de distribuição da luz diferentes. Sistemas com luz
difusa usam o difusor, um vidro ou acrílico que direciona a luz de forma mais
uniforme, sendo muito indicadas para iluminação geral de ambientes. Em geral, o
ângulo de abertura desse tipo de iluminação é de 120°.

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Figura 3 – Sistemas de iluminação e distribuição da luz

Crédito: Pics721/Shutterstock.

Já as luminárias direcionadas fazem com que a luz seja direcionada para


um ângulo específico, concentrando e criando fachos. Esse tipo de sistema é mais
indicado para iluminação de destaque. Os fachos variam assim sua abertura:

• ângulo fechado: em geral, de 5° a 20°;


• ângulo médio: em geral, de 25° a 40°;
• ângulo aberto: em geral, de 40° a 60°.

Figura 4 – Luminárias direcionadas

Crédito: Vicenzi, 2021.

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TEMA 2 – TIPOS DE LUMINÁRIAS

As luminárias podem direcionar a luz, potencializar ou modificar seu efeito.


Para se escolher a luminária mais adequada, é necessário entender como a luz
irá se difundir através desse equipamento. A característica da forma e do material
da luminária pode alterar a maneira como a luz é distribuída. Luminárias com
superfícies refletoras potencializam a quantidade e direcionam a luz. Já luminárias
com fechamentos difusores têm uma luz mais distribuída, ideal para iluminação
geral de ambientes.

Figura 5 – Luminárias

Crédito: Oliver Huitson/Shutterstock.

Em relação à classificação das luminárias, elas podem ser classificadas


conforme a sua fixação. A seguir, iremos detalhar cada tipo de fixação de
luminária.

2.1 Embutida

Esse tipo de luminária é fixado de forma embutida em uma superfície, em


forros de gesso, por exemplo, ou piso. As luminárias embutidas são luminárias
técnicas, que podem ter luz geral ou direcionada, e essa característica vai
depender do formato e do material da luminária. Os seus modelos mais comuns
têm luz direta, mas existem também alguns modelos de luminária embutida com
luz indireta.

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Figura 6 – Luminária embutida

Créditos: Francesco Scatena/Shutterstock; Bespaliy/Shutterstock.

2.2 De sobrepor ou aplicada

A luminária de sobrepor ou aplicada é fixada a uma superfície. Esse tipo de


fixação é muito usado quando não existe possibilidade de se rebaixar um forro.

Figura 7 – Luminária de sobrepor ou aplicada

Crédito: Vh-Studio/Shutterstock.

2.3 Pendente

A luminária pendente é fixada por meio de um fio, que possibilita que a luz
fique mais próxima à superfície que se quer iluminar. Ela é muito utilizada como
luz de tarefa, para intensificar planos de trabalho ou áreas de refeição. Os seus
modelos podem ser técnicos ou decorativos, ajudando a compor o ambiente.

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Figura 8 – Luminária pendente

Crédito: Tawatchai Chaimongkon/Shutterstock.

A sua distribuição da luz pode ser direta, indireta, direta e indireta ou focal.

Figura 9 – Distribuição da luz de luminárias pendentes

Fonte: Erco, [S.d.].

2.4 Projetada

Esse tipo de luminária é muito utilizado em locais onde o direcionamento


da luz é importante, como em lojas. Em geral, as luminárias projetadas são fixadas
em trilhos e a sua principal característica é a flexibilidade, tanto de posição quanto
de direcionamento da luz. São luminárias com luz direta e focal, usadas para
destacar objetos e produtos.

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Figura 10 – Luminária projetada

Crédito: A1 Store/Shutterstock.

2.5 Sistemas modulares

Os sistemas modulares ficaram mais comuns com a inserção do LED no


mercado. São luminárias que podem ter comprimentos variados e também podem
combinar diferentes tipos de luminárias no mesmo sistema. Uma calha ou trilho,
que pode ser embutido, de sobrepor ou pendente, fixa as luminárias, criando uma
unidade na instalação. Tratam-se de sistema flexíveis, com os quais é possível
montar diferentes possibilidades de luz.

Figura 11 – Sistemas modulares

Fonte: Lumini, 2020.

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2.6 Arandela

A arandela é uma luminária fixada na parede e pode ser embutida ou de


sobrepor. Existem modelos de luminárias técnicas, mas a arandela é muito
utilizada como luz de tarefa, para aumentar a iluminação em áreas de trabalho ou
como luminária decorativa, compondo o design dos ambientes.

Figura 12 – Arandela

Fonte: Lumini, 2020.

2.7 Luminária de mesa

A luminária de mesa consiste em uma luminária apoiada em mesas ou


superfícies, ali posta para complementar uma iluminação já existente. Assim como
as arandelas, as luminárias de mesa são utilizadas como luz de tarefa, para
aumentar a luz em áreas de trabalho ou como luminária decorativa, se integrando
ao design de interiores.

Figura 13 – Luminária de mesa

Fonte: Lumini, 2020.

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2.8 Luminária de piso

A luminária de piso é uma luminária solta, apoiada no piso, muito utilizada


como peça decorativa ou como complemento de luz quando não é possível fixar
a iluminação no teto ou na parede.

Figura 14 – Luminária de piso

Fonte: Lumini, 2020.

TEMA 3 – LÂMPADAS

Para escolher as lâmpadas ou fontes de luz de um projeto, é necessário


fazer algumas perguntas:

• Quais são os efeitos desejados?


• Será usada luz difusa, foco ou luz decorativa?
• Qual a temperatura de cor adequada?
• Boa reprodução de cor é importante?
• Eficiência energética é fator importante?
• Qual o orçamento disponível para a iluminação do projeto?
• Será(ão) usada(s) automação e/ou dimerização?

Essas perguntas irão direcionar a escolha da melhor fonte de luz. Para


avaliar a melhor opção a ser utilizada, devemos verificar principalmente as
características: forma da distribuição da luz, índice de reprodução da luz (IRC),
cor da luz (temperatura de cor), eficiência energética e vida útil.

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Existem três principais tipos de lâmpada disponíveis no mercado:

1. Lâmpadas de incandescência: produzem luz mediante aquecimento – a


passagem de luz através do filamento aquecido gera a iluminação do
ambiente. Nessa categoria encontram-se as lâmpadas incandescentes
(que não são mais produzidas, pela sua baixa eficiência) e as halógenas.
2. Lâmpadas de descarga de gás: sua luz é produzida pela radiação emitida
pela descarga elétrica num gás, por intermédio de uma mistura gasosa
composta de gás e vapor metálico. A excitação dos elétrons produz a luz.
São representadas pelas lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e
vapor de mercúrio.
3. Lâmpadas de LED: lâmpadas com componente eletrônico, que utiliza
materiais semicondutores, que, em passagem de corrente elétrica, produz
a luz.

É importante saber, na hora da escolha da luminária/lâmpada, que as


lâmpadas têm diferentes tipos de base, as mais comuns com em torno de sete
tipos de fixação. A base da lâmpada tem como função a conexão elétrica do
produto e sua fixação ao soquete da luminária. Se a base da lâmpada for diferente
da base da luminária, não será possível instalá-la. A Figura 15 representa os
formatos das bases das lâmpadas, e na descrição de cada lâmpada teremos qual
base é utilizada para cada tipo.

Figura 15 – Formatos das bases das lâmpadas

Fonte: Stella, 2021.

Iremos, a seguir, ver as lâmpadas mais usadas no mercado e suas


principais características.

3.1 Halógenas

As lâmpadas halógenas são uma evolução das lâmpadas incandescentes,


que tinham baixa eficiência energética. Nas halógenas, o bulbo é de quartzo e
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nele é adicionado halogêneo, o que torna a luz mais uniforme e dá maior
durabilidade à lâmpada. Os principais modelos desse tipo de lâmpadas são:
bipinos; e as lâmpadas que adicionam um refletor que muda a direção e foco da
luz – dicroicas, halopar PAR e halospot AR. As principais características dessas
lâmpadas é o seu excelente IRC e temperatura de cor mais quente, entre 2.700 K
a 3.000 K.

3.1.1 Halopin ou halógena bipino

A halopin ou halógena bipino é uma lâmpada com dimensões reduzidas,


por isso muito utilizada para luminárias decorativas e montagens de marcenaria.
Também é a base para as lâmpadas halógenas refletoras. A sua distribuição da
luz é de em torno de 230°, com uma boa distribuição de luz. Quando usada para
conferir destaque, necessita de uma luminária que direcione a luz. Tem IRC de
100 e temperatura de cor de 2.700 K. Sua vida útil é de 2.000 horas. Sua potência,
de 40 w e fluxo luminoso de 460 lm. Sua eficiência é baixa, de em torno de 11,5
lm/w. Com ela é possível dimerizar. Para a halopin, a base para conectar na
luminária é G9 ou G4, que são dois pinos que se conectam na base da luminária.

Figura 16 – Lâmpada halopin ou halógena bipino

Crédito: Ivaschenko Roman/Shutterstock.

3.1.2 Halógena dicroica

A halógena dicroica consiste de uma lâmpada bipino a que é adicionado


um refletor dicroico, que projeta 100% da luz para frente, com um terço do calor.
Essa característica de direcionar a luz resulta em uma luz focal e, dessa forma, a
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sua luz é usada para destaque. Tem IRC de 100 e temperatura de cor de 2.700 K
a 3.000 K. Sua vida útil é de 4.000 horas. Sua potência, de 35 w a 50 w. Ela
possibilita dimerizar. Na sua base temos GU 10 e GU4, também dois pinos que
conectam a lâmpada à luminária. Ela pode ser usada em luminárias embutidas,
de sobrepor, pendentes ou em spots direcionáveis. Os seus fachos mais comuns
são de 10º e 36º.

Figura 17 – Lâmpada halógena dicroica

Crédito: Jultud/Shutterstock.

3.1.3 Halopar PAR

A halopar PAR consiste de uma lâmpada bipino a que é adicionado um


refletor parabólico que direciona a luz, mas com foco mais suave. É usada para
luz de destaque e, em alguns casos, para iluminar espaços. Tem como
característica o fechamento em vidro. Seu IRC é de 100 e possui temperatura de
cor de 2.800 K e vida útil de 2.000 horas. Seus três modelos existentes estão
relacionados com a potência e o fluxo luminoso. A PAR16, que tem base GU10,
potência de 50 w, é muito semelhante à lâmpada dicroica. A PAR 20 tem base
E27, 50 w de potência e ângulo em torno de 30°. A PAR 30 tem base E27, 75 w
de potência e ângulo de 30°. Em todas é possível a dimerização. A escolha entre
os modelos depende do pé-direito ou da distância que se quer alcançar. Para pé-
direito simples, de em torno de 2,50 m, em geral se usa lâmpada PAR20; já para
pé-direito duplo, a PAR 30 é a mais indicada, mas claro que isso sempre irá
depender do projeto e do efeito desejado.

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Figura 18 – Lâmpada halopar PAR

Crédito: Roman Samokhin/Shutterstock.

3.1.4 Halospot AR

Assim como as lâmpadas anteriores, a AR também é composta de uma


lâmpada bipino em que é adicionado um refletor com excelente definição de foco.
Essa é a principal característica dessa lâmpada: um foco muito concentrado,
criando marcações bem definidas. Por isso, ela é utilizada para luz de destaque.
Tem IRC de 100, temperatura de cor de 3.000 K e IRC de 100. Sua vida útil é de
3.000 a 4.000 horas. Ela tem duas opções de potência: AR70, de 50 w; e AR111,
de 100 w. Assim como a lâmpada PAR, a escolha de um de seus modelos
depende da distância que se quer atingir. Nesse tipo de lâmpada, também é
possível a dimerização. Os seus fachos mais comuns são de 8° e 24°.

3.2 Fluorescentes

As lâmpadas fluorescentes estão na categoria das lâmpadas de descarga


de baixa pressão. Foram criadas como alternativa mais econômica às lâmpadas
incandescentes. Os seus principais modelos são as lâmpadas tubulares e as
fluorescentes compactas. A lâmpada tubular tem distribuição de luz de 360° e é
muito utilizada em luminárias com refletor em alumínio, para aproveitamento da
luz direcionada para cima. A principal característica dessa lâmpada é a luz
uniforme que é gerada, sendo por isso muito usada para iluminação geral.

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A lâmpada fluorescente possui dois tamanhos de diâmetro, T5 e T8; e dois
tamanhos de comprimento, 60 cm e 120 cm. Essas características irão variar sua
potência e fluxo luminoso. O IRC da lâmpada fluorescente é baixo, mas melhorou
com a evolução das lâmpadas e, atualmente, fica em torno de 80. A temperatura
de cor varia de 3.000 K a 6.000 K. Para dimerizar, precisa de reator dimerizável e
lâmpada compatível. Sua vida útil é de 24.000 horas.
A grande preocupação que essa lâmpada gera é com o seu descarte, já
que possui mercúrio na sua composição. Ela não pode ser descartada no lixo
comum e sim por empresa especializada. Para conectar eletricamente a lâmpada
fluorescente é necessário um reator, que transforma a energia de chegada em um
padrão que atende à lâmpada. O seu reator também consome energia, em torno
de 20 w, para lâmpadas de 40 w. Isso aumenta consideravelmente o consumo do
sistema (lâmpada e luminária). Com a chegada da tecnologia LED, as lâmpadas
fluorescentes têm sido substituídas por modelos daquela tecnologia, que têm
menor consumo energético, maior vida útil e cujo descarte não necessita de
tratamento especial.

Figura 19 – Lâmpadas fluorescentes

Créditos: Sukpaiboonwat/Shutterstock; Kryzhov/Shutterstock.

TEMA 4 – LED

A tecnologia do LED tem evoluído muito nos últimos anos e seu


desenvolvimento possibilita inúmeras formas de uso. Suas principais
características são baixo consumo de energia, durabilidade, pouca necessidade
manutenção, dimensões reduzidas, baixa emissão de calor e valor quase nulo de
radiação ultravioleta. Como é um componente eletrônico combinado com fósforo
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para produzir luz branca, a temperatura de cor e o IRC das lâmpadas de LED
variam muito, dependendo do seu fabricante. Esse é um ponto de atenção na hora
da escolha do produto: alguns fabricantes produzem LED com excelente
reprodução de cor, acima de 90; mas alguns as produzem com IRC abaixo de 80,
diminuindo a sua qualidade da iluminação.
A principal característica da lâmpada em LED é o seu tamanho reduzido e
a sua flexibilidade de usos e, também, formato: linear, circular etc. As suas
luminárias podem ter bases de lâmpadas convencionais e também ter o LED já
integrado ao seu sistema, o que chamamos de luminárias com LED integrado.
Para o formato de lâmpadas convencionais, pode-se encontrar todos os modelos
que vimos com sistema halógeno e com potências variadas. É possível encontrar
a versão em LED das lâmpadas de bulbo, dicroicas, PAR, AR e tubulares.

Figura 20 – Lâmpadas LED (1)

Crédito: Eightstock/Shutterstock.

Para o sistema integrado, dois principais tipos: perfis e luminárias. Os perfis


de LED consistem em uma fita ou placa de LED dentro de um perfil de alumínio,
que melhora a dissipação de calor. Os perfis possuem um fechamento em acrílico
que deixa a luz mais difusa e com menos marcação dos pontos de luz. As
lâmpadas de LED podem ser embutidas, de sobrepor, pendentes; e são muito
usadas para iluminação geral e também para criar detalhes em marcenaria. Para
perfis que ficarão aparentes, é indicado que o difusor seja alto, para evitar marcar
os LEDs.

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Figura 21 – Lâmpadas LED (2)

Fonte: Lumini, 2020.

A forma de fixação das lâmpadas de LED depende dos elementos de


arquitetura ou marcenaria existentes nos projetos. Elas podem ser fixadas em
detalhes de marcenaria (primeira imagem da Figura 22), embutidas em gesso ou
madeira (segunda imagem da Figura 22), fixadas em sancas (terceira imagem da
Figura 22) ou sobrepostas em marcenaria ou gesso (quarta imagem da Figura
22). A escolha do formato desses perfis irá depender da sua forma de fixação e
de como se quer o efeito da luz.

Figura 22 – Formas de fixação de lâmpadas de LED

As luminárias com LED integrado têm placas ou fitas de LED fixadas no


seu interior. Os seus formatos são muito variados e o fechamento da luminária
reflete no resultado da luz – por exemplo, luminárias com difusores possuem
iluminação difusa e luminárias com lentes criam foco.

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Figura 23 – Luminárias com LED integrado

Fonte: Lumini, 2020.

A distribuição e o ângulo de abertura da luz da lâmpada de LED


dependerão das características de formato e material da luminária.

Figura 24 – Distribuição e ângulo da luz de lâmpadas LED

Fonte: Erco, [S.d.].

TEMA 5 – SISTEMA DE PROTEÇÃO E FILTROS

As luminárias têm sistemas de proteção e filtros que possibilitam melhorar


a performance, modificar a cor da luz, reduzir o ofuscamento e também proteger
o sistema contra água e entrada de objetos sólidos.

5.1 Proteção ao ofuscamento

Para reduzir o ofuscamento, são utilizados nas luminárias elementos que


impedem a visualização direta da luz. Os principais são:

• Difusor acrílico: fechamento da luminária que impede a visualização direta


da fonte de luz e torna a luz mais difusa. Também protege o sistema contra
entrada de partículas.

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Figura 25 – Difusor acrílico

Crédito: Roman Yastrebinsky/Shutterstock.

• Aletas: proteções para evitar visão direta da fonte de luz. Geralmente


associadas a refletor de alumínio, aumentam o fluxo da luminária e são
recomendadas para melhoria do conforto do usuário.

Figura 26 – Aletas

Crédito: Addkm/Shutterstock.

• Grade ou louver: proteção para evitar visão direta da fonte de luz. Se usada
em luz direcionada, o foco da luz perde um pouco a sua precisão. É
recomendado para aumentar o conforto em áreas onde a luz pode atingir
diretamente o usuário.

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Figura 27 – Grade ou louver

Fonte: Stella, 2021.

5.2 Modificação de cor ou efeito

Os filtros são acessórios fixados na lâmpada ou luminária com o propósito


de bloquear a radiação ultravioleta ou modificar/corrigir a cor da luz. São muito
utilizados em iluminação cênica – os filtros de radiação ultravioleta, principalmente
em museus.

Figura 28 – Filtro de lâmpada

Crédito: Vicenzi, 2021.

5.3 Sistema de proteção

Para se utilizar luminárias em áreas úmidas, ou externas, ou em áreas com


grande concentração de partículas sólidas, é necessário escolher modelos com
proteção e fechamento especial. Toda luminária possui um índice de proteção (IP)
que a caracteriza e que é composto de dois números, em que o primeiro indica a
proteção contra partículas sólidas e o segundo, a proteção contra água. Para uso
interno, as luminárias possuem IP 20; já para áreas molhadas, como banheiros,
IP 44 ou IP 54 são indicados; para áreas externas, é adequado o uso do IP 65; e,
em luminárias de piso externas, que podem ficar submersas, recomenda-se IP 67.
Além de a luminária ter um IP adequado a seu uso em áreas úmidas ou sujeitas
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a intempéries, é necessário que haja uma instalação elétrica especial para evitar
risco aos usuários.

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