Você está na página 1de 31

Lição nº 06 e 07

Sumário:
– SISTEMADE
ILUMINAÇÃO ZENITAL

– OS ELEMENTOS DE
CONTROLO DA LUZ
NATURAL

Universidade Técnica de Angola · Licenciatura em


Arquitetura e Urbanismo · Conforto Ambinetal · 3º Ano

Dezembro de 2023
2

Conceitos Fundamentais

 Tipos de aberturas/sistemas para iluminação zenital?


 Vantagens e desvantagens dos diferentes sistemas de iluminação
zenital?

 Os sistemas de controlo da luz natural variam entre os fixos, móveis e


intermedios. Dê um exemplo para cada tipo?

 Para além do controlo da luz natural, quais são as outras funções


destes elementos?

 A utilização dos sistemas de controlo de luz natural é preferencial no


interior ou no exterior a edificação? Justifica o seu argumento.
3

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA
LUZ NATURAL.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Os sistemas de controlo da luz natural variam entre os fixos,


móveis e intermedios. Dê um exemplo para cada tipo?

 Para além do controlo da luz natural, quais são as outras funções


destes elementos?

 A utilização dos sistemas de controlo de luz natural é preferencial


no interior ou no exterior a edificação? Justifica o seu argumento.
4

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL

▰PRINCÍPIOS GERAIS
A iluminação zenital compreende vãos criados na
cobertura para gerar entrada de luz através deles.

É uma excelente estratégia para alcançar uma melhor


penetração e uniformidade de luz em edifícios de plantas
profundas e pé-direito elevado, tais como galpões industriais,
edifício de escritórios, museus e shoppings centers.
Contudo, apresenta também algumas inconveniências.

 Iluminação zenital deve ser controlada, pois os vãos


permitem a entrada abundante de luz solar, mas também
de calor.

 pode produzir ofuscamento e reflexos não são desejáveis


nas tarefas visuais;
Galpão industrial uniformente iluminado com
recurso a claraboias
 como não satisfaz as necessidades de vistas à paisagem
exterior, deve complementar mais que substituir as janelas.
5

TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO
NATURAL
▰ILUMINAÇÃO ZENITAL: Tipologias
A iluminação zenital pode ser dos seguintes tipos:

 Clarabóia horizontal;
 Clarabóia vertical;
 Clarabóia Tubular;
 Abertura dente de serra/shed;
 Lanternim;
 Átrio;
 Domo (cúpula) e;
 Pátio.

Tipos de aberturas para iluminação zenital


6

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL

▰Clarabóias Horizontais
Abrem‐se directamente para o céu sem obstruções.

Oferecem duas vantagens importantes:

 primeiro proporcionam uma iluminação muito


uniforme em grandes áreas no interior, enquanto,
que a iluminação natural obtida por janelas se
limita a uns poucos metros de profundidade.

 Em segundo lugar, as aberturas num plano


horizontal recebem muito mais luz que os verticais.
7

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóias Horizontais
Desvantagem
 É difícil proteger da luz solar directa as aberturas no plano
horizontal;
 E consequentemente evitar o ofuscamente e um aumento
indesejável da carga térmica no Edifício.
Vão de entrada de luz natural zenital
Segundo Viana e Gonçalves1, para evitar um aumento igual á 100 % da área de piso.
indesejável da carga térmica no edifício, a área útil do vão
zenital não deve ultrapassar 10% da área do piso.

Contudo, isto é uma recomendação genérica que deve ser


observada individualmente para cada tipologia de zenital como
também os materiais empregues nas superfícies.

1. VIANNA, Nelson Solano; GONÇALVES, Joana Carla – Iluminação e


Vão de entrada de luz natural zenital
arquitectura. São Paulo: Virtus, 2001.
inferior á 10 % da área de piso.
8

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóias Horizontais
RECOMENDAÇÕES

O desenho de uma clarabóia horizontal deverá obedecer às seguintes estratégias


(Lechner, 2001):

1. Sempre que possivel, a clarabóia deve encontrar-se alta no espaço que pretende
iluminar, para que a máxima claridade (brilho intenso) da mesma fique além do plano
de trabalho e do campo de visão do observador evitando o ofuscamento.

2. Posicionar a clarabóia junto à parede Sul (se possível). Qualquer parede e


especialmente a parede Sul, pode ser usada como reflector difuso da luz;

3. Usar dispositivos de sombreamento interiores ou exteriores de forma a manipular


(controlar, bloquear e/ou redireccionar) a entrada de radiação solar directa no edifício.
(esta última recomendação será desenvolvida nos próximos subtemas)

LECHNER N., Heating, cooling, lighting : design methods for architects, New York : Wiley, cop. 2001
9

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóias Horizontais
RECOMENDAÇÕES

Clarabóia elevada
Escola Agassiz, HMFH Architects, Inc.
10

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóias Horizontais
RECOMENDAÇÕES

Paredes podem ser utilizadas como


fonte de reflexão da luz
11

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóias Horizontais
RECOMENDAÇÕES

Reflectores interiores e exteriores podem ser


utilizados para evitar a luz solar directa.
12

TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO
NATURAL
▰ Clarabóia tubular

Caracteriza-se por um vão em forma


de semiesfera vidrada, que conduz
a iluminação natural para dentro
do edifício através de um tubo
reflexivo.
13

TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO
NATURAL
▰Clarabóia tubular em edifícios com mais de um andar.
14

TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO
NATURAL

▰ILUMINAÇÃO ZENITAL através de garrafas de plástico recicladas

Consiste em levar luz natural a locais utilizando


garrafas de plástico translúcidas recicladas. Um
conceito que proporciona tecnologia simples,
de baixo custo, e facilmente replicável, para
atender as necessidades básicas de
comunidades em desenvolvimento.
15

TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO
NATURAL
▰ILUMINAÇÃO ZENITAL através de garrafas de plástico recicladas
A sua implementação é simples, sendo necessário, quando instalada em telha metálica:
 uma garrafa de plástico de 1,5 litros;
 uma chapa de 22cm x 25cm do mesmo material da
cobertura;
 Água e cloro;
 Sua instalação requer o uso de uma rebitadeira;
 uma pistola de cola e;
 uma serra para abrir o orifício na cobertura.

Estima-se que a vida útil de cada “Litro de Luz” é de


aproximadamente 8 anos.
16

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóia Vertical, Lanterim, e abertura dente de serra
Caraterizam-se como vãos com faces verticais para entrada de luz zenital. A grande
diferença entre eles é que, o lanternim geralmente está aberto a mais de uma orientação.

São menos problemáticos do que as clarabóias horizontais, por permitirem através


do seu desenho bloquear de forma mais eficaz a radiação directa. A grande vantagem
das clarabóias verticais é a natureza difusa da luz. Grande parte da luz solar directa é
reflectida no tecto, e difunde‐se facilmente no interior.

Clarobóia vertical Lanterim Abertura dente de serra/shed


17

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Lanternim
Caracteriza-se por ser um vão com duas faces verticais opostas para entrada de luz.

 Os cuidados ao projectar um lanternim devem


ser os mesmos ao se utilizar uma abertura
lateral (a face voltada para Norte merece
tratamento da insolação).
 Geralmente a laje de cobertura é executada
com “abas” prolongadas com o intuito de
proteger contra a penetração directa do sol,
tornando-a difusa e uniforme ao longo do dia.

 Utilizar uma cobertura com materiais claros,


permite reflectir mais luz no ambiente.

Tem maior desempenho quando orientado à


Norte e Sul.
18

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
ZENITAL
▰Clarabóia Vertical e abertura dente de
serra

Apresentam apenas uma orientação.

 Quando estão orientadas a Norte, consegue captar mais


luz solar intensa ao longo do dia.

 As aberturas a Sul proporcionam uma fonte de luz


baixa, porém constante e com pouco ofuscamento.

 As aberturas a Este e Oeste têm menos horas de


iluminação natural directa quando comparadas as
orientadas a Norte.
19

TÉCNICA DE ILUMINAÇÃO
NATURAL
▰ILUMINAÇÃO ZENITAL: Átrio
Caracteriza-se por ser uma cobertura translúcida muito utilizada em edificações de
multiplos andares para captação de iluminação natural para áreas de circulação
comum. A luz solar que entra por ele será directa.
20

TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO
NATURAL
▰ILUMINAÇÃO ZENITAL: Domo
Carateriza-se por uma grande cúpula tránslucida muito utilizada em edificações de
grande altura para captação de iluminação natural para áreas de uso comum, a
semelhança do átrio. A luz solar que entra por ele será directa.
21

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA
LUZ NATURAL.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Os elementos de controlo da luz solar têm como


função, controlar a passagem de radiação solar
melhorando as condições térmicas, luminosas e
visuais no interior dos edifícios.
Podem ser aplicados no exterior ou interior da
edificação.
22

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA
LUZ NATURAL.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Utilização no exterior
A radiação solar directa é bloqueada antes de penetrar no ambiente,
reflectindo apenas a luz no interior e resulta assim numa pequena
quantidade de calor recebida.

 Utilização no interior
A radiação solar atravessa o vidro, e segue em direcção ao elemento de
controlo interno, para em parte ser reflectida e absorvida no ambiente,
resultando em ganhos térmicos relativamente maiores.
23

OS ELEMENTOS DE CONTROLO
DA LUZ NATURAL.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Exemplo de controlo da iluminação através


Exemplo de controlo da iluminação através de palas de prateleira de luz aplicado no interior
aplicadas no exterior - Edifício Oscar Niemeyer - Belo
Horizonte - MG

Fonte: http://www.dicadaarquiteta.com.br/2015/02/iluminacao-natural.html?m=1
24

OS ELEMENTOS DE CONTROLO
DA LUZ NATURAL.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

▰Deve‐se ainda, ter em atenção aos materiais que utilizam, pois eles devem
ser executados com materiais que absorvam pouca radiação e reflectem uma
percentagem consideravem da mesma (radiação). Ex.: perfins de aluminio,
madeira, plástico, telas de linho, lã ou seda, entre outros.

▰De preferência devem ser pintados em cor clara para contribuir na


distribuição uniforme da luz natural no interior.

▰A sua escolha deve ponderar não só as questões térmicas e de iluminação,


mas também as questões visuais, permitindo uma relação entre o ambiente
interior e exterior, ou ainda as questões de privacidade.
25

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA
LUZ NATURAL.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

O uso de sistemas de grelhas (desde simples grades de


madeira até sistemas pre-fabricados em cimento ou
material cerâmico) pode ser muito eficaz como filtro de
radiação solar, e oferece vantagens em termos de
ventilação natural e privacidade.
Reduz contudo a vista para o exterior.
26

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA LUZ


NATURAL.

TIPOLOGIAS DE ELEMENTOS DE CONTROLO DA LUZ NATURAL

Sistemas de controlo da luz natural, que podem ir dos elementos estáticos (fixos) aos dinâmicos
(móveis ou ajustáveis) e até à combinação de ambos. Dentro dos múltiplos sistemas de controlo
da luz natural, é conveniente ressaltar aqui os mais importantes.
Fixos
▰Geralmente elementos externos, como pergólas, palas, brises verticais, horizontais e brises
mistos, e ainda elementos vazados como as grelhas.
Móveis
▰Estores, persianas retráteis, persianas e brises verticais e horizontais ajustáveis, aletas
giratórias, toldos ajustáveis, cortinas, etc.
Espaços Intermédios
▰Varandas, galerias, marquises, alpendres.
Vegetação
▰A vegetação pode ser usada como filtro de calor e luz dos pisos inferiores do edifício.
27

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA LUZ


NATURAL.

FIXOS
▰Geralmente elementos externos, como pergólas, palas, toldos fixos,
brises verticais, horizontais e brises mistos, ainda elementos vazados
como as grelhas.
▰Por estarem ligados rigidamente ao edifício sem a possibilidade de
regulação – apresentam uma eficiência que não depende
exclusivamente do utente, mas de estudos que dizem respeito a
orientação das fachadas e a trajectória solar; a dimensão e posição dos
seus elementos.
28

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA LUZ


NATURAL.

MÓVEIS
▰Estores, persianas retráteis, brises verticais e horizontais
ajustáveis, aletas giratórias, toldos ajustáveis, cortinas, etc.
▰Permitem maior possibilidade de regulação, de acordo com a
necessidade de controlo da luz solar por parte dos utilizadores.

Brises verticais ajustáveis

Estore Cortinas Persiana retrátel Toldo ajustável


29

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA LUZ


NATURAL.
ESPAÇOS INTERMÉDIOS

▰Varandas, galerias, marquises, alpendres.


São normalmente entendidos como o espaço da edificação que estabelece a transição entre o
ambiente internos e externos. Caracterizam‐se como espaços que permite a entrada de luz natural
aos espaços directamente ligados a eles, e protegem da radiação solar directa e da chuva.
Dependendo da profundidade, podem criar escurecimento dos ambientes internos.

varanda Galeria (arcada)

Alpendre
30

OS ELEMENTOS DE CONTROLO DA LUZ


NATURAL.

VEGETAÇÃO

▰A vegetação pode ser usada como filtro


de calor e luz dos pisos inferiores do
edifício.
▰Nas regiões quentes como em Angola,
é preferível a utilização de árvores de Árvores sombreando uma fachada
folha perene (persistente), de modo a
proporcionar sombra ao longo de todo o
ano.
▰O redimento depende da altura da árvore,
do tamanho da copa, e da distância em
relação ao edifício.

Comportamento de árvores de folhas caducas


no verão e no inverno, respectivamente.
OBRIGADO
PELA ATENÇÃO

Você também pode gostar