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AMBIENTES DE TRABALHO
7.1. Considerações Gerais
i. Factores principais:
a) Iluminação
b) Temperatura;
c) Odores;
d) Ruidos;
e) Vibrações;
7.2. A Iluminação
A iluminação é, sem dúvidas, um aspecto que não pode ser descurado e a sua
inobservância resulta em sérias consequências, tais como: danos visuais, baixa
produtividade e elevado índice de acidentes, além da nefasta influência psicológica
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sobre as pessoas. Por isso, a iluminação do local de trabalho deve ser tanto quanto
possível natural e depende muito da forma do edifício. Nas figuras que se seguem,
mostra-se a influência da forma do edifício e na iluminação natural, e adiante dão-se
os níveis de iluminação mínimos que a prática aconselha.
≈ 15%
≈ 5% ≈ 6%
≈ 5% ≈ 10%
Telhado em duas águas com Telhado em duas águas com Cobertura tipo shed com
faixas translúcidas contínuas lanterins e área translúcidas área translúcida igual
iguais a 1/10 da área do piso iguais a 1/3 da área do piso a 1/3 da área do piso
≈ 5% ≈ 5%
Telhado em duas águas com Tecto plano com faixas Cobertura tipo shed com
faixas translúcidas contínuas translúcidas contínuas área translúcida igual
iguais a 1/3 da área do piso iguais a 1/5 da área do piso a 1/5 da área do piso
ii. Iluminação artificial – Que mesmo sendo de custo mais elevado que o da da
iluminação natural, a iluminação artificial é relativamente económica
considerando as suas vantagens, como o possível aumento da produtividade, a
diminuição do número de acidentes, de erros e de interrupções do processo
produtivo. É de referir que o homem tem um limite de capacidade para manter
a sua atenção concentrada sobre um determinado objectivo, e esse limite
depende, em grande parte, da boa iluminação.
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7.2.1. Iluminação de áreas industriais
Quando os edifícios fabris têm mais que um piso, as alturas são limitadas a 2,5
ou 3,5 metros e os tectos são quase sempre lisos e pintados com cores claras o que
permite uma melhor difusão da luz. Neste caso, são sempre preferídos os aparelhos
com lâmpadas fluorescentes, com armadura do tipo industrial, muitas vezes com o
sistema de iluminação de brilho devido, a pequena altura de montagem.
S
2
Sb máx = hm
3
hm
Sa máx = 1.5 hm
3
operadores. Por sua véz, a altenativa de se colocar as linhas de armaduras
paralelamente as linhas das máquinas ou bancadas dá uma impressão geral mais
agradável. Porém, nem sempre é possível obter-se o benefício das duas distribuições
simultâneas. E é de sublinhar que, em indústrias, as boas condições de visibidade no
plano de trabalho são mais importantes do que a uma impressão geral mais
agradável.
As naves têm geralmente um tipo de tecto especial que permite obter luz natural no
seu interior. Porém, independentemente do tipo de construção, torna-se necessária
uma iluminação artificial adicional. E este resultado consegue-se geralmente
aplicando-se armaduras com reflectores com coberturas, de maneira que aluguma luz
seja dirigida para cima, para diminuir o contraste entre o tecto e as armaduras.
Nos casos de estruturas de pé direito alto (mais de 7 metros) as fontes de luz devem
ser montadas a uma altura superior à das pontes rolantes existentes e de todo o
equipamento. Neste caso deverá usar-se armaduras de cone estreito, equipadas com
lâmpadas de vapor de mercúrio ou ainda lâmpadas de sódio de alta pressão.
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7.2.2.1. Escritórios
Estes dois sistemas podem funcionar a bateria ou gerador electrico que pode se
ligar automaticamente nos casos em que se regista uma falha na rede principal de
fornecimento de energia eléctrica à fábrica.
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Deste modo, a iluminação para recintos e áreas de tarefas visuais simples e
casuais é mais baixa quando comparada coma de recintos de tarefas visuais muito
exactas. A tabela 7.1 apresenta os níveis de iluminação recomendados para diferentes
ambientes de trabalhos industriais.
7.3. A Ventilação
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7.3.1. Tipos de Ventilação
7.3.1.1. Ventilação natural
As dimensões das aberturas em edificações idustriais devem ser tais que permitam a
entrada e saída de ar em volume suficiente para assegurar as trocas de ar
necessárias, sem que se notem correntes de ar. A velocidade de ar nessas aberturas
não deve ser superior a 1,5 m/s, para não provocar situações de desconforto.
No que diz respeito á ventilação recomendável, a Tabela 7.2 indica as taxas horárias
de troca de aconselhaveis.
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Tabela 7.2 – Ventilação recomendada.
LOCAL TROCAS DE AR POR HORA
Sala de reunião 5 a 10
Escritórios 3a6
Secções de máquinas em geral 6 a 10
Fundições 20 a 30
Instalações de pinturas 30 a 60
Laboratórios 4a6
Salas de controlo 10 a 15
Salas de bombas 10 a 15
Salas de compressores 10 a 12
FORNO FORNO
Escudo
térmico
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O grande volume normalmente ocupado pelas condutas s ventiladores deve ser
considerado na fase do ante-prejecto do edifício, pois que poderá interfirir com
soluções arquitetónicas e estruturais, bem como com os sistemas de iluminação,
transportes internos, etc.
Área
fechada
∴
∴∴
∴∴
∴∴∴∴
∴
Porta
∴∴∴
∴∴∴ fechada
∴∴∴ ∴∴ ∴∴ ∴
∴ ∴∴∴ ∴∴∴
∴
∴∴∴
∴∴∴∴∴∴ ∴
∴ ∴
ERRADO CERTO
7.4. Acustica
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A influência nociva dos ruídos sobre a produtividade poderá ser mais grave em
actividades que requieram concentração mental e continuidade nas orações o que é
válido especialmente para serviços administrativos, secções de projectos e locais de
atendimento médico e social na indústria.
90 Nível de perigo
85 Nível de alarme
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IIº Critério: Para uma exposição de 8 horas por dia apresentam-se 3 curvas que
limitam 3 zonas distintas:
• Zona I – situada abaixo da curva 1. Os níveis sonoros nesta zona não
são perigosos;
• Zona II – situada acima da curva 2. Os níveis sonoros nesta zona são
perigosos;
• Zona III – situada entre as curvas 1 e 2. Esta zona é considerada de
alarme.
110
100
2)
Intensidade sonora [dB]
3) II
90
2)
1)
80 3)
III
70
I 1)
60
50
40
31,5 63 125 250 500 1000 2000 4000 8000 16000 31500
Frequência [Hz]
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i. Insonorização das fontes ruidosa – pretende-se com a insonorização das
fontes de ruído baixar a intensidade sonora para valores não prejudiciais ao
ouvido. Isto consegue-se através de:
• Instalação de capots insonorizantes sobre os elementos ruidosos;
• Instalação de silenciadores sobre os orifícios de aspiração ou descarga de
máquinas;
• Revestimento de superfícies vibrantes por materiais amortecedores
(absorventes);
• Substituição de pecas metálicas por outros materiais, nomeadamente
plasticos, borracha, etc.
iii. Insonorização dos locais de trabalho – Pode-se também diminuir o ruído nos
locais de trabalho fazendo o tratamento das paredes, tecto e pavimento,
revestindo os com materiais absorventes, tais como: lã de vidro, feltro, cortiça,
etc. Da energia associada a uma onda sonora que incide sobre uma parede,
parte da energia é reflectida, a outra é obsorvida e outra é transmitida. O valor
de energia reflectida será tanto menor quando maior for o coeficiente de
absorção sonorados materiais das paredes, tectos e pavimentos e dos
revestimentos insonorizantes, se os hover.
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7.4.3.2. Protecção individual
Se não for possível obter uma solução suficiente para reduzir o ruído por
qualquer das medidas indicadas anteriormente é conveniente recorrer-se a protecção
individual. Os protectores auriculares mais comuns säo os rolhões e os tapa-orelhas.
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