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USO DA LUZ NATURAL EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIO

Erika Ciconelli De Figueiredo1


Maria Augusta Justi Pisani2

Apoio: FAPESP -

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade analisar a luz natural em edifícios comerciais e/ou de escritórios e
demonstrar os pontos que poderiam ser aprimorados para atingir iluminâncias maiores do que as
que existem atualmente nas áreas mais internas, próximas ao eixo de circulação vertical. A
abordagem será feita do ponto de vista da geometria da insolação e das especificações dos
vidros.

O uso da iluminação e ventilação natural em edifícios sempre fez parte dos desafios enfrentados
por arquitetos nos processos projetuais, no entanto, com a crise energética no início da década
de 1970, estas questões ganharam maior importância. Contudo a preocupação com economia de
energia e uso de recursos naturais nem sempre se traduzem para a obra finalizada.

Como São Paulo é uma cidade com temperaturas que podem chegar até 37ºC 3, a preocupação
maior acaba sendo com o bloqueio do calor para redução de custos de ar condicionado, e a
solução utilizada é o uso de vidros refletivos. Como boa parte deste tipo de vidro reflete para fora
do edifício o calor e a luz natural, a compensação para a baixa luminosidade no interior do edifício
se faz por meio da iluminação artificial, o que eleva desnecessariamente o custo de uso e
manutenção do edifício.

Foi analisado aqui um edifício na cidade de São Paulo: Edifício Comendador Yerchanik
Kissajikian (CYK), na Avenida Paulista. Foram considerados elementos fundamentais para o
desenvolvimento da análise a área dos vedos translúcidos, a altura do pé direito, a transmitância
luminosa do vidro e a orientação do edifício.

Palavras chave: Iluminação natural. Edifícios de escritórios. Conservação de energia. Vidros.

1 Arquiteta. Mestranda do curso de pós-graduação da UPM na área de conforto ambiental.


erika@contempora.com.br
2 Professora Doutora Arquiteta. Leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, graduação e pós-graduação. augusta@mackenzie.br.
3 Segundo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
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ABSTRACT

This work has as a goal to analise daylight in comercial and/or office buildings and demonstrate
issues that could be improved to achieve higher iluminance than those existent today in inner
spaces, closer to buildings’ core. The approach is going to be done from the solar insolation
geometry and types of glass point of view.

Daylight and natural ventilation has always been part of architects’ challenges, nevertheless with
the beginning of energetic crises during the 70s, these issues became more important. However
there are not many projects with energy saving and use of natural resources concern in the
finished building.

As São Paulo is a city with temperatures that can reach 37 º C, the major concern is eventually
blocking the heat to reduce costs of air conditioning, and the solution for this issue is the use of
reflective glass. As much of this type of glass reflects back the warmth and daylight, the
compensation for low luminosity inside the building is done by means of artificial lighting, which
unnecessarily increases the cost of using and building maintenance.

One building were analysed in São Paulo city: Edifício Comendador Yerchanik Kissajikian (CYK),
at Avenida Paulista. Key elements were considered to analysis development such as glass area,
ceiling height, glass’ light transmittance and building orientation.

Key words: Daylight. Office buildings. Energy conservation. Glass.

Eixo: Meio ambiente e sustentabilidade


Tópicos: Construção e Cidade
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USO DA LUZ NATURAL EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIO

Introdução

Os generosos panos de vidro, que em teoria teriam a função de trazer luz natural para
dentro da obra e fazer a conexão com o exterior, servem apenas como propaganda para a
locação dos pavimentos (WILLIS,1995). A distribuição desequilibrada da luz natural gera
duas situações: luz excessiva nas áreas próxima às aberturas, gerando ofuscamento, e
praticamente ausência dela no interior do edifício. Os usuários cujas estações de trabalho
recebem luz solar direta são obrigados a descer as persianas para melhorar o conforto
visual. Essa situação os obriga também a acionar o sistema de iluminação artificial, gerando
gastos desnecessários. Nas áreas centrais dos edifícios normalmente não há luz natural por
conta do rápido decréscimo da iluminância advinda das aberturas. Esse tipo de
circunstância não é incomum e áreas que necessitariam da luz artiticial como um
complemento da luz natural para a obtenção da iluminância recomendada pela norma, são
prejudicadas à medida que o sistema de iluminação fica ligado durante toda a jornada de
trabalho.

A constatação do elevado consumo de energia nos edifícios de escritórios, a


incompatibilidade dos projetos com as características locais, a deficiência do mercado de
projetos detalhados de iluminação natural e a necessidade do aprofundamento neste
assunto impulsionaram o desenvolvimento deste trabalho.

É necessário ressaltar a importância dos vidros planos utilizados nos edifícios de escritórios.
Os chamados vidros refletivos possuem propriedades térmicas, isto é, asseguram um alto
grau de reflexão dos raios solares, barrando, por conseqüência, o calor e parcela
significativa da luz natural. Há diversos tipos de vidros, com diferentes coeficientes de
transmissão de ultravioleta, calor e luz visível, especificcidades que não serão abordados
neste artigo.

A norma brasileira para iluminância de interiores ABNT NBR 05413-1992 prescreve que haja
no mínimo 500 lux sobre uma mesa de trabalho. Do ponto de vista técnico atender a
iluminância mínima satisfaz a questão de enxergar com clareza e precisão para realizar
tarefas do cotidiano do trabalho. Do ponto de vista fisiológico o olho humano se adapta
melhor à luz natural do que a artificial, pois a luz artificial não reproduz as cores da luz
natural e também não tem variação de tons ao longo do dia (CORBELLA & YANAS, 2003).

Se a questão para o projeto de arquitetura fosse apenas enxergar não haveria necessidade
em se preocupar com a fonte luminosa, porém a luz natural não somente agrega mais
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qualidade ao ambiente em termos de reprodução de cor, como ajuda na sintetização de


hormônios vitais ao bem estar.

Essa variação de tons de cor da luz tem grande importância frente ao relógio biológico
porque “a luz é o sinal ambiental mais importante que informa ao nosso corpo que horas
são” (SHARMAN E ROBERTS apud LOCKLEY, 2008, p. 2). Ao longo do dia o aumento e a
diminuição da produção de hormônios e neurotransmissores acontecem em alguns períodos
do dia e a luz é a maior responsável. (SHARMAN E ROBERTS, 2008).

Os avanços tecnológicos da década de 40, quando houve a introdução da lâmpada


fluorescente (WILLIS, 1995) e da década de 50, quando houve melhoria da mesma e do ar
condicionado, trouxeram a independência do edifício em relação à natureza e ao terreno,
porém os gastos com energia aumentaram. Esta carga somente foi percebida quando houve
a crise mundial do petróleo em 1973 e o mundo começou a ter preocupação de que alguns
recursos naturais eram finitos e que se fazia necessário repensar a maneira como a energia
elétrica, por exemplo, era gasta.

Metodologia

1. Levantamento bibliográfico sobre a iluminação natural em edifícios, com ênfase na


cidade de São Paulo.

2. Seleção do edifício Edifício Comendador Yerchanik Kissajikian (CYK) e redesenho das


plantas no programa AutoCAD com o objetivo de fazer simulações computacionais
somente de iluminação natural no Relux Pro.

3. Medição in loco utilizando um luxímetro modelo LDR 208, adquirido em 2009, calibrado,
da marca Instrutherm, cujo certificado de calibração encontra-se no apêndice deste
trabalho. Foi utilizada uma trena eletrônica com mira a laser modelo TR-180, também
da marca Instrutherm, adquirida em 2010, calibrada e com certificado de calibração no
apêndice do trabalho. A trena foi necessária para determinar com precisão as distâncias
do ponto escolhido até a área envidraçada com o objetivo de produzir uma malha em
lux4 para o estudo. Uma trena convencional foi necessária para auxiliar na medição de
trechos abaixo de 30 cm, assim como na marcação dos 75 cm do piso (plano de
trabalho) para posicionar o luxímetro.

4Lux é a iluminação produzida pelo fluxo luminoso de um lúmen, uniformemente distribuída sobre um
metro quadrado de superfície.
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A medição com o luxímetro foi feita dentro e fora do edifício para obter a porcentagem
de luz visível que passa pelo vidro e compará-la com o valor fornecido pelo fabricante.
Tentou-se avaliar ao menos três pavimentos (o primeiro andar tipo, um andar
intermediário e o último pavimento tipo) em cada edifício, porém como muitas empresas
não permitiram a entrada em suas dependências foi optado por apenas um pavimento
por edifício.

A luz natural foi mensurada a uma altura de 75 cm do piso acabado, com as lâmpadas
desligadas. Os vidros não foram limpos antes das medições. A altura escolhida (75 cm)
é a altura padrão do plano de trabalho pela norma brasileira e internacional.

4. Modelagem dos pavimentos no programa Relux Pro a partir da digitalização das


imagens das plantas feita no programa AutoCAD com o objetivo de analisar e comparar
os resultados obtidos in loco. No Relux Pro há a variável de limpeza do vidro para o
cálculo de luz natural e ela foi considerada na melhor condição, ou seja, limpo, para
obteção do máximo desempenho do material.

5. Análise dos resultados segundo o tamanho das aberturas, a altura do pé direito, os


sistemas de sombreamento e os tipos dos vidros.

6. Discussão dos resultados

Projeto e clima

Projetar de acordo com o clima não é mais uma posição ecológica ou idealista (MASCARÓ,
1991), mas uma necessidade frente ao consumo de energia e ao impacto das soluções
adotadas no meio ambiente. Os custos de manutenção dos edifícios estão cada vez mais
elevados, seja pela necessidade da demanda ou pelo aumento das tarifas das
concessionárias.

Para diminuir estes custos há estratégias de projeto que devem ser seguidas, como
posicionar o edifício no terreno de maneira a conseguir menor carga térmica possível,
proteger adequadamente as áreas envidraçadas evitando bloqueio da visão e aumento do
consumo da iluminação artificial, dimensionar adequadamente o tamanho das aberturas e
usar materiais condizentes com a região.
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As peles de vidros, desde o começo do seu uso em 1950 nos arranha-céus de Chicago e
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Nova York, “não tinham um propósito financeiro, a não ser como publicidade” (WILLIS,
1995, p. 134). Desde então enormes áreas envidraçadas em edifícios viraram sinônimo de
empresas bem sucedidas.

As cortinas de vidro, além de agregarem valor ao empreendimento, o transformam


imediatamente em uma estufa. A partir daí começam os cálculos para fazer da estufa um
local de trabalho habitável. Neste momento entram os vidros refletivos que impedem que
boa parte do calor passe para dentro do ambiente, porém assim como deixam o calor do
lado de fora, deixam também a luz natural.

Na década de 50, nos Estados Unidos, onde a necessidade da luz natural havia sido suprida
pelo advento da lâmpada fluorescente e os custos com energia elétrica eram extremamente
baixos, impactando pouco no valor da manutenção, a importância da luz natural foi
substancialmente diminuída. Aqui no Brasil essa questão não foi diferente. A luz natural
passou a não ter importância e deu lugar a tecnologia, principalmente porque nos útlimos
dez anos a indústria de lâmpadas melhorou substancialmente o Índice de Reprodução de
Cores (IRC) dos seus produtos, aproximando-os ao IRC do sol.

A qualidade da luz natural e o aumento das temperaturas internas estão diretamente ligados
aos vedos dos edifícios. Os materiais utilizados terão tanto impacto nas áreas internas como
externas, transformando as contruções em ilhas de calor. As altas temperaturas dos vidros
na fachada afetam proporcionalmente o meio onde o projeto está inserido, prejudicando o
conforto dos pedestres dentro do lote e contribuindo para o aumento do calor na região.

Hoje, porém, o cenário tem se modificado a ponto de alguns proprietários de


empreendimentos solicitarem soluções mais favoráveis do ponto de vista ambiental. Mais
uma vez não por uma questão ideológica, mas por ser um mercado novo e igualmente ou
mais rentável que o anterior.

5 In 1955, Shultz and Simmons noted that glass walls had “no financial purpose except as
advertising”.
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Edifício Comendador Yerchanik Kissajikian (CYK)

O edifício Comendador Yerchanik Kissajikian localiza-se na Avenida Paulista, 901, entre as


estações de metrô Trianon-Masp e Brigadeiro. O lote possui saída para a Alameda Santos.

Figura 1 Planta de localização do Edifício CYK. Fonte: Google maps, 2009.

O edifício que foi projetado pelo arquiteto Carlos Alberto Francisco Villar da KV&A
Arquitetura em 1999 e foi concluído em 2003. A edificação possuiu uma diferença de 2,50m
entre o primeiro e o segundo piso, 19 andares, dois subsolos e uma loja. As lajes variam
entre 1.100m e 1.300m², e o declive entre ruas é de mais de 6m (Revista Projeto Design, set
2003, p. 56). Segundo o arquiteto Carlos Villar, por conta do ruído do local e de questões
térmicas foram especificados vidros laminados de 10 mm de espessura, vedados por
gaxetas de monômero de etileno-propileno e dieno (EPDM) (Revista Projeto e Design, set
2003, p. 59). Todos os caixilhos são fixos.

As medições “in loco” no edifício foram feitas em 20/05/2010 às 9h30 e da área externa às
9h55. A medição externa foi realizada ao lado da grade da frente do edifício, que faz divisa
com a calçada, e o luxímetro assinalou em torno de 16.450 lux.

O céu estava bastante encoberto no horário da medição dentro do 15º pavimento com
alguns picos de iluminação solar direta.
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Figura 2 Edifício CYK. 20/05/2010.

O pavimento avaliado estava em reforma e no horário da medição ainda não havia


trabalhadores no local. O conjunto ao lado, voltado para a Alameda Santos, é ocupado por
um banco e o ar condicionado estava desligado.

A planta tipo do 1º ao 15º andar encontra-se abaixo e em seguida o corte (Revista Projeto
Design, set 2003, p. 58 e 60). O pé direito é de 2,80m em todos os pavimentos tipo, exceto
no térreo, que é de 8,50m (Revista Projeto Design, set 2003, p. 58), e no último andar,
segundo o corte.

Figura 3 Planta do pavimento tipo do 1º ao 15º andar do Edifício CYK. Fonte: a partir da
Revista Projeto Design, set 2003, p. 60.
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Figura 4 Corte longitudinal do Edifício CYK. Fonte: Revista Projeto Design, set 2003, p. 58.

A= 3.750 lux, B= 3.200 lux, C= 11.300 lux (com sol), D= 945 lux, E= 190 lux e F= 181
lux

Todos os pontos foram medidos na altura do plano de trabalho, a 0,75m do piso. Os pontos
A, B e C foram medidos rente ao lado interno da fachada, no eixo dos montantes dos
caixilhos. Os pontos D e E distam da fachada principal (Avenida Paulista) 2,93m e 8,14m
respectivamente e ambos distam 3,58m da fachada lateral. O ponto F dista 9,52m da
fachada principal e 11,13m da fachada lateral. As distâncias foram medidas com trena
eletrônica e os caixilhos foram mirados, não o vidro. Abaixo estão algumas fotos do local em
questão no período correspondente.
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Figura 5 15º Pavimento do Edifício CYK. Figura 6 15º Pavimento do Edifício CYK.
20/05/2010. 20/05/2010.

Figura 7 15º Pavimento do Edifício CYK. Figura 8 15º Pavimento do Edifício CYK.
20/05/2010. 20/05/2010.

Figura 9 15º Pavimento do Edifício CYK. Figura 10 15º Pavimento do Edifício CYK.
20/05/2010. 20/05/2010.
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Análise

Apesar da grande área envidraçada o interior do pavimento é bastante escuro. O valor da


transmissão luminosa foi verificado fazendo a divisão da porcentagem da iluminância interna
pela externa e tem-se aproximadamente 22%. Adotou-se esse valor para a simulação
computacional no programa Relux Pro.

Observando o coeficiente constata-se que este vidro não prioriza a iluminação natural, mas
a térmica e a acústica, como ressaltou o arquiteto Carlos Villar na reportagem da Revista
Projeto Design de setembro de 2003.

Outro ponto importante a ser levantado é o tamanho das aberturas em relação à área de
piso. Abaixo se pode observar a proporção em planta.

Figura 11 Análise de áreas envidraçadas do pavimento tipo do Edifício CYK.

Mesmo com 375,45m² de aberturas por andar a luz natural decresce com rapidez no sentido
do bloco de circulação vertical, como podemos ver no gráfico abaixo.

Com relação à questão da iluminação natural há muita luz nas bordas do edifício e a queda
da luminosidade é muito rápida, mesmo tendo contribuição das fachadas laterais, como se
pode perceber no gráfico a seguir.
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Gráfico 1 Iluminância média do 15º pavimento - fachada da Avenida Paulista.

Outro ponto interessante é a relação do pé direito com a profundidade do edifício. Embora o


pé direito livre de 2,80m seja alto para um edifício comercial (não é raro encontrar edifícios
com pé direito mais baixo para otimização do empreendimento) ele não é alto suficiente
para levar luz natural para áreas mais afastadas das janelas. Abaixo encontra-se o corte
esquemático da relação altura e profundidade, desenhado de uma fachada até a metade do
pavimento tipo.

Figura 12 Corte longitudinal esquemático da relação altura do pé direito e profundidade do


pavimento.

Mesmo com aberturas nas fachadas laterais, a contribuição luminosa natural principal é da
Avenida Paulista, na parte da manhã, e da Alameda Santos, na parte da tarde por conta da
orientação do edifício e porque não há outros edifícios tão próximos quanto nas laterais. A
orientação do edifício é essencial em um projeto de iluminação natural, porém, como no
caso do CYK, a escolha da tipologia do edifício e sua orientação foi óbvia devido à
conformação do lote. O lote foi aproveitado ao máximo, contudo isso implicou no custo de
manutenção da edificação.
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Estudo em maquete eletrônica

Gráfico 2 Gráfico de iluminância para o dia 21/3 às 12h.

Este gráfico mostra que não há possibilidade de trabalhar somente com a luz natural, tendo
em vista que 500 lux há apenas até 1,40m das fachadas. No entanto, como esse cálculo foi
feito para céu encoberto, como recomenda a Commission Internationale de l’Eclairage (CIE)
e, como essa não é a realidade ao longo do ano, posicionar estações de trabalho rente à
fachada causará desconforto devido à possibilidade de luz solar direta, elevando a
iluminância para mais de 10.000 lux e causando ofuscamento para quem trabalha.

Como se observa na planta e nos cortes abaixo, apesar do edifício todo ser revestido por
uma pele de vidro a iluminância cai muito rapidamente, tendo em vista que ela não
consegue atingir áreas muito distantes da fachada (próximo ao bloco de circulação vertical).

Gráfico 3 Gráfico de iluminância - seção longitudinal para o dia 21/3 às 12h.


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Gráfico 4 Gráfico de iluminância – seção transversal para o dia 21/3 às 12h.

Figura 13 Perspectiva do 15º pavimento tipo com cálculo de iluminação natural.

Considerações Finais

Este estudo de caso demonstrou a importância da avaliação prévia da iluminação natural


em edifícios de escritórios. Os resultados dessas simulações podem alimentar o processo
projetual para que a iluminação natural contribua de forma eficiente durante o uso dos
edifícios e a iluminação artificial seja utilizada apenas como um complemento, diminuindo os
gastos energéticos e melhorando a qualidade do ambiente interno.

Referências bibliográficas

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 05413-1992.

CIE – COMMISSION INTERNATIONALE DE L’ECLAIRAGE. Technical Report. Viena, 1970.


Cópia para impressão 1996.

CORBELLA, Oscar e YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os


trópicos. Rio de Janeiro, 2003.

MASCARÓ, Lucia. Energia na edificação. Estratégia para minimizar seu consumo. São
Paulo, 1991.
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REVISTA PROJETO DESIGN. Planos inclinados da fachada-cortina acompanham


aumento da área de laje. São Paulo, n. 283, p. 56-60, set. 2003.

SHARMAN, Cheryl e ROBERTS, Joan. Dispositivos ajudam esclarecer papel da luz na saúde.
Scientific American Brasil, 2008.
<http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/dispositivos_ajudam_esclarecer_papel_da_luz_na_saude
_imprimir.html.> Acesso em 14 abr, 2010.

WILLIS, Carol. Forms follows finance. New York, 1995.

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