Você está na página 1de 1

O pagode romântico ou pagode paulista é um estilo de pagode (uma divisão do samba) e originado no

início dos anos 90 na cidade de São Paulo.


Esse subgênero se tornou um fenômeno comercial, com o lançamento de dezenas de artistas e grupos
como Art Popular, Exaltasamba, Negritude Junior, Raça Negra, Só Pra Contrariar, Os Travessos, Soweto,
entre outros. Sua massificação nas emissoras de rádios e TVs ajudou a melhorar a arrecadação de direitos
autorais e fez com que as músicas norte-americanas ficassem em segundo lugar em arrecadação durante
toda essa década.[5]
O grupo Raça Negra foi quem mais tipicamente caracterizou essa nova vertente, que estava destinada a
tomar lugar dos pagodeiros "de raiz".
Após anos de grande sucesso, em que os pagodeiros tradicionais invadiram os canais de comunicação,
venderam muitas cópias de seus discos, fizeram diversos shows e se tornaram conhecidos nacionalmente,
começou o declínio da popularidade de músicos, ao mesmo tempo em que uma vertente mais romântica
do pagode o outros estilos assemelhados cresciam como itens preferidos do público. Na esteira do exemplo
do pagode, que atingiria grande sucesso comercial, alguns grupos começaram a lançar novidades mais
híbridas.[6] Embora alguns raros sambistas “tradicionais” também tivessem abocanhado fatias desse bolo,
grande parte dos bem-sucedidos dos anos 1990 era constituída pelos então denominados “pagodeiros
paulistas”, constelação de grupos musicais originados na periferia de São Paulo, cujos membros
apresentavam certa semelhança em seus atributos sociais. Em geral, tratava-se de jovens suburbanos do
sexo masculino, nascidos entre as décadas de 1960 e 1970, que ocupavam posição social precária, isto é,
que se encontravam destituídos de educação formal, formação profissional e emprego fixo, além da situação
financeira desfavorável. Todos eles, no mais, compartilhavam o entusiasmo em suas adolescências com as
produções dos sambistas cariocas dos anos 1980.
À imagem e semelhança desses sambistas do Rio – os tradicionais “pagodeiros”, conforme a imprensa e os
pares estabelecidos os classificaram nos anos 1980 –, os debutantes paulistas organizaram seus próprios
grupos: incorporavam os mesmos instrumentos musicais consagrados pelos ídolos, no caso, o tantã,
o repique de mão e o banjo – causadores de certa desconfiança nos membros mais tradicionais daquele meio
–, que sucediam os instrumentos mais tradicionais surdo, tamborim e cavaquinho. O uso exacerbado de
instrumentos musicais eletrificados nos arranjos, o flerte e a mescla nas composições com estilos musicais
execrados pelos tradicionalistas, como o charme, o rap e sertanejo, a inserção recorrente de motivos
românticos nos versos e as extravagâncias nas maneiras de se vestir, de se apresentar e de se portar
constituíram um conjunto de elementos a suscitar a fúria dos artistas conhecidos da música popular e de seus
porta-vozes.

SAMBA-ROCK
Samba-rock é nome dado a um gênero musical e a um estilo de dança, ambos com origens na década de
1950.
Como gênero musical, o gênero teve mais destaque nas décadas de 1960 e 1970. Podem ser citados como
principais expoentes do estilo Jorge Ben Jor, Erasmo Carlos, Bedeu, Bebeto e o Clube do Balanço. A dança
une os movimentos do rockabilly com o gingado brasileiro de se dançar samba. Nasceu ao som dos
primeiros DJs, depois, das equipes de som. Tecnicamente, nas composições de samba-rock, é feito um
deslocamento da acentuação rítmica, cujo compasso binário de samba (2/4) é adaptado ao compasso
quaternário (4/4) do rock e da soul music, utilizando, ainda, naipes de metais importados dos grupos
de soul e funk americanos.

Você também pode gostar