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07/05/2022 17:21 UNINTER

GEOMETRIA ANALÍTICA
AULA 3

Prof. Ricardo Alexandre Deckmann Zanardini

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CONVERSA INICIAL

Quando pensamos em retas, temos muitas aplicações no cotidiano.


Linhas retas compõem as

bordas de objetos tais como mesas retangulares,


armários e molduras de quadros, dentre outros.

Também aparecem
computacionalmente nas bordas de uma tabela, em gráficos ilustrando a variação
de valores tais como preço, produção etc., em delimitadores de páginas da
internet e muito mais.

Uma reta está associada a quantidades proporcionais e


para representarmos matematicamente uma

reta, precisamos de uma equação


associada a ela. Em particular, na geometria analítica,

aprenderemos diferentes
maneiras de escrevermos equações de retas. Aprenderemos a identificar

posições
relativas entre retas, determinar a intersecção, caso exista e calcular o
ângulo formado por

retas.

TEMA 1 – EQUAÇÃO REDUZIDA E EQUAÇÃO GERAL DA RETA

Uma forma muito comum de


representarmos uma reta é por meio da equação reduzida. A

equação reduzida tem


a forma

em que a e b são constantes.

Dizemos que a é o coeficiente angular e que o termo b é o


coeficiente linear. O coeficiente

angular está associado à inclinação da reta e


o coeficiente linear indica o ponto no qual a reta
intercepta o eixo y.

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Podemos pensar em uma aplicação real associada a uma reta. Para isso,
vamos imaginar que em

um certo local o litro de água mineral custa R$ 0,50.


Como o total a ser pago é proporcional à

quantidade de água adquirida, temos a


tabela a seguir, que apresenta o total a ser pago em função

da quantidade adquirida.

Quantidade Total
(R$)

0 0,00

1 0,50

2 1,00

3 1,50

4 2,00

5 2,50

Observe que o respectivo gráfico é uma


reta.

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Uma outra aplicação muito comum


relacionada a retas e que será abordada com mais detalhes

em disciplinas
futuras é o que chamamos de mínimos quadrados. Em um problema de mínimos

quadrados, não temos uma reta que passa sobre os pontos dados, mas que se
aproxima da melhor

forma destes pontos. Problemas de mínimos quadrados aparecem


em diversas situações reais. Por

exemplo, podemos analisar o que ocorre com o


custo quando há variações na produção. A tabela a

seguir mostra a relação entre


a quantidade produzida por uma determinada empresa e os

respectivos custos.

Produção Custo
(R$)

10 123,00

12 145,00

15 190,00

18 226,00

20 240,00

23 285,00

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Em duas situações distintas temos exemplos relacionados a retas.


Mas como é possível obter os

valores de a e de b para que tenhamos a respectiva


equação reduzida da reta?

Há diversas formas. Veremos a seguir alguns exemplos.

Exemplo: Sabendo que a equação reduzida da reta r é y=ax+b,


encontre a equação da reta que

passa pelos pontos A(2, 7) e B(6, 19).

Resolução: Uma forma simples para encontrarmos a equação da reta


que passa pelos pontos A e

B é substituirmos as coordenadas de cada um desses


pontos na equação y=ax+b. Assim, podemos

obter os coeficientes a e b da equação


reduzida da reta.

Vamos considerar, inicialmente, o


ponto A(2, 7). Note que x=2 e y=7. Vamos substituir os valores

de x e y na
equação y=ax+b:

7=a.2+b

Multiplicando a por 2, temos

7=2a+b

ou, equivalentemente,

2a+b=7

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Vamos substituir agora as


coordenadas do ponto B (6, 19) na equação y=ax+b. Neste caso, x=6 e

y=19.
Portanto

19=a.6+b

Multiplicando a por 6 temos

19=6a+b

que corresponde a

6a+b=19

Como temos duas variáveis e duas


equações, vamos resolver o seguinte sistema linear

Há vários métodos destinados à resolução de sistemas lineares. Vamos


utilizar um conhecido

como método da adição. Relembrando, o método da adição


consiste em multiplicarmos as duas
equações por números convenientes de modo
que, somando as duas equações, possamos obter

uma nova equação com apenas uma


variável. Calculando o valor dessa variável, basta substituí-la em
uma das duas
equações originais para que possamos obter o valor da outra variável.

No caso do sistema

podemos multiplicar a primeira


equação por -1. Essa multiplicação faz com que, ao somarmos as
duas equações,
seja possível obtermos uma nova equação contendo agora apenas a variável a.

Multiplicando cada termo da primeira equação por (-1), temos

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Agora podemos somar, termo a termo,


as duas equações, ou seja, vamos calcular os valores de
-2a+4a, -b+b e -7+19.
Sendo assim, temos

o que resulta em

4a=12

a=12/4

a=3

Como já sabemos o valor de a,


podemos calcular o valor de b substituindo este valor em uma

das duas equações.


Vamos substituir a por 3 na primeira equação, ou seja, em 2a+b=7, para que
possamos calcular o valor de b:

2(3)+b=7

Multiplicando 2 por 3, temos

6+b=7

b=7-6

b=1

Sabendo que a=3 e que b=1, a equação cartesiana da reta, na


forma reduzida, que passa pelos
pontos A e B corresponde a y=3x+1.

Exemplo: Obtenha a equação reduzida da reta r que passa pelos


pontos A(4, 1) e B(6, 5).

Resolução: Vamos resolver este exemplo de uma forma mais direta


para vermos como é simples
a resolução:

Para A(4, 1), temos

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Para B(6, 5), temos

A partir das duas equações, temos o sistema

Substituindo na primeira equação, temos

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Logo, a equação reduzida é

Como na equação reduzida, o termo a é conhecido como coeficiente


angular, também podemos

obter a equação a partir de um ponto pertencente à reta


e da respectiva inclinação. Basta utilizarmos
.
O termo m é o coeficiente angular da reta (o mesmo que a na equação y=ax+b)

e é
dado por  ou também por , onde  é
a inclinação da reta.

O exemplo a seguir ilustra o uso dela.

Exemplo: Um desenvolvedor de games precisa da equação reduzida


da reta para poder fazer a

trajetória, representada em vermelho, da aeronave


que tem uma inclinação de 78° em relação à
horizontal e está, inicialmente, no
ponto A de coordenadas (300, 100), conforme a figura a seguir.

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Com base nessas informações, qual é a respectiva equação


reduzida?

Resolução:

A partir da equação reduzida da reta, podemos determinar, por


exemplo, qual é a inclinação da

reta, qual a intersecção da reta com o eixo y,


se um dado ponto pertence à reta e muito mais. Nos
exemplos a seguir veremos isso
com detalhes.

Exemplo: Determine a inclinação da reta r de equação y=1,2x+3.

Resolução: A inclinação da reta r é dada pelo coeficiente


angular a, que é igual à tangente do
ângulo de inclinação dessa reta.
Como a=1,2, podemos obter a inclinação da reta através da equação

donde

o que
resulta em

Portanto, a inclinação da reta r é igual a 50,19°. Relembrando,


o valor do arco tangente de 1,2 é

obtido facilmente com o uso de uma


calculadora científica.

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Exemplo: Qual é o ponto de intersecção da reta r de equação


y=1,2x+3 com o eixo y.

Resolução: O ponto de intersecção


da reta r com o eixo y ocorre quando x é igual a 0. Neste
caso, vamos
substituir x por 0 na equação y=1,2x+3.

y=1,2(0)+3

y=0+3

y=3

Portanto o ponto de intersecção procurado tem coordenadas (0,


3).

Note que, quando x é igual a 0, o valor de y coincide com o


valor de b da equação y=ax+b.

Exemplo: Verifique se o ponto P(5, 9) pertence à reta r de


equação y=1,2x+3.

Resolução: Para verificarmos se um


determinado ponto pertence ou não a uma reta, se ao
substituirmos as
coordenadas deste ponto na equação da reta, a igualdade precisa valer. No caso
do

ponto P(5, 9), basta substituirmos x por 5 e y por 9 na equação y=1,2x+3.

9=1,2(5)+3

9=6+3

9=9

Como a igualdade se verifica, podemos afirmar que o ponto P(5, 9)


pertence à reta de equação
y=1,2x+3.

Exemplo: Considere a reta t representada na figura a seguir.

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Com base nas informações apresentadas, escreva a equação


reduzida da reta t.

Resolução: Note que neste caso


temos a inclinação da reta t em relação ao eixo x e temos

também o ponto de
intersecção da reta com o eixo y. Sabemos que a equação reduzida de uma reta
corresponde a

onde a é o coeficiente angular e b é o coeficiente linear. Sendo assim,


conhecendo os valores de

a e de b podemos encontrar a equação desejada.

O coeficiente angular a
corresponde à inclinação da reta t com o eixo x. Sabemos que essa

inclinação é
igual a 30°. Como

e como

temos que .

O coeficiente linear b é igual a 4, pois esse é o valor de y no


ponto de intersecção da reta t com
o eixo y. Como já temos os valores de a e de
b, podemos escrever a equação reduzida da reta t como

sendo

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Exemplo: Uma viga reta tem inclinação de 30º e está apoiada em


uma torre de 8 metros de
altura. A distância entre o outro ponto onde a viga
será apoiada e a torre é igual a 10 metros.

Qual é a equação reduzida da reta associada a essa viga e quais


são as coordenadas do ponto

Q?

Resolução: A equação reduzida é


dada por

Como , temos . Logo,

Para obtermos b, utilizaremos as coordenadas do ponto P(10,


8). Assim

Portanto,

Para obtermos as coordenadas de Q, vamos considerar x=0:

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Assim, Q(0; 2,33)

Além da equação reduzida, temos a equação cartesiana na forma


geral: . É uma

outra maneira de
representarmos a equação de uma reta. A forma geral é útil, por exemplo, quando
queremos calcular a distância de um ponto a uma reta.

Exemplo: Seja a reta r definida pela equação reduzida . Escreva a equação de r na


forma
geral.

Resolução: A forma geral da equação da reta é dada por . Considerando a equação

, subtrairmos y dos dois membros,


ou seja, passarmos o y que está positivo no primeiro

membro para o segundo


membro, mas agora com o sinal negativo:

De forma equivalente, temos

que é a respectiva equação geral.

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Veremos a seguir outras formas de representarmos as retas.

TEMA 2 – EQUAÇÃO VETORIAL E EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS

Uma forma muito simples e muito


útil de representarmos retas é a forma vetorial. A ideia

consiste em, a partir


de um ponto pertencente à reta e de um vetor que tem a mesma direção da
reta, multiplicarmos
o vetor direção por um número real t, que varia de menos infinito até infinito,
e

com isto, gerar todos os pontos da reta. Logo,

Graficamente, temos alguns exemplos de pontos pertencentes à


reta r para alguns valores de t.

Exemplo: Obtenha a equação vetorial da reta r que contém o ponto


A(1, 2) e tem direção dada
pelo vetor .

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Resolução: A figura a seguir mostra o ponto e o vetor:

A equação vetorial é dada por

Logo,

Graficamente, temos

Exemplo: Um desenvolvedor de games precisa da equação vetorial


da reta para poder fazer a

trajetória, representada em vermelho, da aeronave


que tem uma inclinação de 78° em relação à

horizontal e está, inicialmente, no


ponto A de coordenadas (300, 100), conforme a figura a seguir.

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Sabendo que o vetor  possui uma


inclinação de 78° em relação à horizontal, qual é a
respectiva equação
vetorial?

Resolução: A resolução é muito


simples. Como temos A(300, 100) e , basta

substituirmos estes elementos na equação

Logo,

que é a respectiva equação vetorial.

Quando separamos os termos em x e y de uma equação vetorial em R2


ou os termos em x, y e z

de uma equação vetorial em R3, temos as


equações paramétricas.

Para compreendermos melhor, temos um exemplo: escreva as


equações paramétricas da reta
que passa por A(300, 100) e tem vetor
diretor .

Resolução:

Exemplo: Obtenha as equações paramétricas da reta r que contém o


ponto A(1, 2) e tem direção
dada pelo vetor .

Resolução: Sabemos que a equação


vetorial corresponde a

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Sendo assim, as equações paramétricas são:

onde .

Exemplo: Determine uma equação vetorial da reta r que passa


pelos pontos A(1, 3, 6) e B(-2, 3,

3).

Resolução: Vamos utilizar os pontos A e B para definirmos um


vetor direção: .

Logo, vamos fazer .

Subtraindo as respectivas
componentes, temos

o que
resulta em

Como
a equação vetorial de r corresponde a

temos

onde .

Exemplo: Encontre uma equação vetorial para a reta r que contém os


pontos A(1, 2, 1) e B(2, 3,

3).

Resolução: Podemos observar os pontos A e B na figura a seguir.

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Para escrevermos uma equação


vetorial para a reta r, precisamos de um vetor direção. Faremos
:

Agora que já temos um vetor direção, podemos obter a equação


vetorial de r. Sabemos que

Logo,

onde .

A figura abaixo apresenta o vetor  e


a reta r.

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TEMA 3 – EQUAÇÕES SIMÉTRICAS

Outra forma de representarmos uma reta é por meio das equações


simétricas. Observe que se

considerarmos as equações paramétricas de uma reta,


isolando t e igualando as equações, temos as

equações simétricas. Para


compreendermos melhor, temos o seguinte exemplo.

Exemplo: Obtenha as equações simétricas da reta r que contém o


ponto A(1, 2) e tem direção

dada pelo vetor .

Resolução: Na figura a seguir temos o ponto A(1, 2) e o vetor :

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Sabemos que a equação vetorial da reta corresponde a

e que as equações paramétricas são

Para obtermos as equações simétricas, vamos considerar,


primeiro, .

Isolando t, temos:

Vamos considerar agora a equação  e


em seguida vamos isolar t.

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Finalmente, vamos igualar as equações  e .


Assim, temos

que são as equações simétricas da reta


que r que contém o ponto A(1, 2) e tem direção dada
pelo vetor .

Observe que nos numeradores de cada fração temos as coordenadas


do ponto A e nos
denominadores as componentes do vetor .

Sendo assim, podemos escrever, de


uma forma geral, as equações simétricas para retas em R2:

Para retas em R3, temos:

No exemplo anterior, obtivemos as equações simétricas a partir


das equações paramétricas, mas
agora que temos as respectivas fórmulas, podemos
escrever as equações simétricas de uma forma
simples e direta substituindo as
coordenadas de A e as componentes de  na respectiva
fórmula.

Exemplo: Quais são as equações simétricas da reta r que passa


por A(2, 3, 4) e tem direção de
?

Resolução: Substituindo as coordenadas de A e as componentes de  em

temos

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que são as respectivas equações


simétricas.

Exemplo: A partir das equações simétricas  da reta r, obtenha as respectivas


equações reduzidas.

Resolução: Como estamos tratando de uma reta em R3, as


equações reduzidas são dadas por

ou seja, escrevemos y e z em função da variável x.

Desta maneira, a partir das


equações

temos:

 e ,

pois precisamos relacionar y com x e


também z com x.

Considerando a equação ,
temos:

A partir da equação ,
temos

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Sendo assim, as respectivas equações reduzidas são

TEMA 4 – ÂNGULO ENTRE RETAS

Dentro da Geometria Analítica e em


muitas áreas do conhecimento, é importante sabermos
calcular o ângulo formado
por duas retas. Para obtermos o ângulo entre retas, utilizaremos a fórmula

, com

onde  e
 são os vetores diretores das
retas r e s. Graficamente, temos:

Exemplo: Determine o ângulo entre as retas r1 e r2


de equações

 e

Resolução: Os vetores diretores de r1


e r2 são, respectivamente,  e
. Para

determinarmos qual é o
ângulo  entre as retas r1 e r2
vamos utilizar esses vetores. Sabemos que o

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ângulo  pode
ser calculado através da relação

Vamos substituir os vetores  e


 por  e
. Logo

Calculando o produto escalar e os respectivos módulos dos


vetores, temos

Portanto, o ângulo  entre as retas


r1 e r2 é igual a 59,44°.

Dizemos que duas retas são ortogonais quando o ângulo entre elas
é igual a 90°.
Simultaneamente, duas retas são ortogonais quando o produto
escalar dos respectivos vetores
diretores é igual a zero:  onde  e
 são as direções de  e ,
respectivamente.

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Se  e  são concorrentes, então  e  são perpendiculares.

Duas retas são concorrentes


quando há um ponto de intersecção entre elas.

Exemplo: Mostre que as retas r e s


dadas por

 e

são ortogonais.

Resolução: A ortogonalidade entre


duas retas pode ser mostrada facilmente. Basta calcularmos o

produto interno
entre os vetores direção  e  das retas r e s. Se  for igual a 0, as retas r e s são
ortogonais. Em particular,  e . Vamos calcular o produto .

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Como o produto interno  é


igual a 0, as retas r e s são ortogonais.

Duas retas são paralelas quando o


ângulo entre elas é igual a 0.

Exemplo: Considere as retas g e h definidas pelas equações


vetoriais g=(1, 9, 6)+t(3, -2, 4) e h:(0,

3, -5)+t(-6, 4, -8). Mostre que g e h


são paralelas.

Resolução: Vamos utilizar a relação   para


podermos mostrar que as retas g e h

são paralelas. Para isso, basta mostrarmos


que o ângulo  formado entre elas é igual a 0°.
Os vetores
diretores de g e h são, respectivamente,  e
.

Inicialmente precisamos substituir


os vetores  e   por
 e .
Fazendo isto,
temos

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Portanto, as retas g e h são paralelas, pois o ângulo entre elas


é igual a 0°.

TEMA 5 – INTERSECÇÃO ENTRE RETAS

Quando existe um ponto P comum às retas r1 e r2,


dizemos que elas possuem intersecção.

A intersecção entre segmentos de retas é muito comum de ser


observada no cotidiano. Na
representação de uma grade ou na trajetória
retilínea de objetos podemos ter intersecções.

Mas como podemos encontrar a intersecção entre retas, caso


exista? No exemplo a seguir,
veremos os detalhes.

Exemplo: Considere as retas

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 e .

Determine, caso exista, o ponto P de intersecção destas retas.

Resolução: Duas retas são concorrentes quando há um ponto de


intersecção entre elas. Caso
haja um ponto de intersecção entre as retas w e s,
então existe um valor de h e um valor de t tal que
as equações paramétricas de w
e de s podem ser igualadas em relação aos termos x, y e z.

Os termos que possuem as variáveis t e h devem estar no


primeiro membro e os termos
independentes no segundo membro

que corresponde a

Agora, precisamos resolver este sistema de equações lineares.


Note que temos três equações e
duas variáveis. Sistemas assim são chamados de
sistemas sobredeterminados. Uma maneira de
verificarmos se há uma solução para
este sistema é resolvermos, por exemplo, as duas primeiras

equações e, em
seguida, verificarmos se a solução obtida satisfaz a terceira equação.

Considerando apenas as duas


primeiras equações, temos

Para podermos resolver o sistema pelo método da adição, vamos


multiplicar a segunda equação
por -1

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o que resulta em

Vamos agora somar os termos correspondentes dessas equações

Para resolvermos a equação

vamos somar 2t com 0

Para que possamos obter o valor de t, precisamos agora


dividir os dois termos da equação por 2

donde

ou, na forma decimal, t=-0,5.

Vamos agora encontrar o valor de h. Para que possamos encontrar


o valor de h, vamos substituir
t por -0,5 em uma das duas equações do sistema
que acabamos de resolver. A escolha é feita

aleatoriamente. Substituindo t por


-0,5 na equação

temos

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Multiplicando 5 por -0,5, temos

Vamos agora somar 2,5 nos dois membros

o que resulta em

que é igual a

Dividindo os dois membros por -2, temos

Dividindo -2 por -2 e 1,5 por -2, temos

Agora que já calculamos os valores de t e de h, precisamos


verificar se estes valores também
satisfazem a terceira equação do sistema
original. Para isso, vamos substituir os valores de t e de h na

equação

Como t= -0,5 e h= -0,75, temos

Multiplicando 2 por -0,5 e 4 por -0,75, temos

Somando -1 com -3

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Como a igualdade se verificou, t=-0,5 e h=-0,75 correspondem


à solução do sistema

Neste caso, podemos concluir então que as retas w e s são


concorrentes. Vamos agora
determinar as coordenadas do ponto de intersecção
dessas retas.

As coordenadas do ponto de intersecção podem ser obtidas com a


substituição de t nas
equações paramétricas de w ou com a substituição de h nas
equações paramétricas de s. A escolha é

aleatória. Vamos substituir t=-0,5 nas


equações de w

Multiplicando os respectivos valores, temos

O próximo passo é realizar a somas indicadas

Logo, o ponto de intersecção das retas w e s é P(-0,5, 1,5,


2).

FINALIZANDO

Vimos,
nesta aula, que as retas são importantes ferramentas na resolução de problemas
abstratos
e na resolução de problemas reais. Aprendemos que é possível obtermos a equação

reduzida ou a equação geral a partir de algumas informações, tais como dois


pontos dados ou a
partir da inclinação da reta e de um ponto pertencente a ela.
Vimos, também, que além da equação
reduzida e da equação geral, podemos ter
também a equação vetorial, as equações paramétricas, as

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equações simétricas.
Aprendemos a calcular o ângulo entre duas retas, analisar posições relativas

entre retas e a obter o ponto de intersecção entre retas.

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