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MANUAL DE ATENDIMENTO

INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO
2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação

dos direitos autorais (Lei n.º 9.610/1998)

Informações e contatos

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios

SGAS 605 – Conj. A – 70.200-904 – Brasília/DF

Telefone: (61) 3348-7799

www.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Equipe Técnica


Robson Braga de Andrade Andrea Restrepo Ramirez

Carmen Lúcia Lima de Souza

Diretor-Presidente César Roriz de Souza

Guilherme Af Domingos Cláudia Alvez do Valle Stehling

Débora Teixeira Alli

Diretora Técnica Demian Lubé Rodrigues Condé

Heloisa Regina Guimarães de Menezes Eduardo Amadeu Massara Brasileiro

Fernanda França Faria

Diretor de Administração e Finanças Helbert Danilo Freitas de Sá

Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho João Fernando Nunes de Almeida

José Altamiro da Silva

Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios Ludovico Wellmann da Riva

Gerente Luiz Carlos Rebelatto dos Santos

Enio Queijada de Souza Newman Maria da Costa

Gerente Adjunto Rafael Hermogenes Silva de Souza

Augusto Togni de Almeida Abreu Sylvia Cassimiro Pinheiro

Valéria Jurema Bento Ferreira

Victor Rodrigues Ferreira

R000 Manual de Atendimento Individual do Agronegócio:

Publicação detalha os serviços oferecidos pela Unidade de

Atendimento Setorial Agronegócios do Sebrae Nacional nas

carteiras das cadeias produtivas – Brasília : Sebrae,

2015.

160p.

ISBN – 0000000000000

1. Manual de Atendimento 2. Perl do produtor rural. 3.

Cadeias Produtivas I. Título

CDU: 00000000000)
SUMÁRIO

INSTITUCIONAL AGRONEGÓCIO ............................................................................................. 5

A ATUAÇÃO DO SEBRAE NO AGRONEGÓCIO NACIONAL E UFs ......................................... 7

CADASTRO AMBIENTAL RURAL ............................................................................................ 11

LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................................................................................19

SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA - SUASA ................ 25

FINANCIAMENTOS ...................................................................................................................31

SUSTENTABILIDADE .............................................................................................................. 39

PERFIL DO PRODUTOR RURAL ............................................................................................. 43

CARTEIRAS DE PROJETOS DA UNIDADE DE ATENDIMENTO SETORIAL

AGRONEGÓCIOS ......................................................................................................................51

APICULTURA E MELIPONICULTURA ............................................................................... 53

CAFÉ .................................................................................................................................. 63

DERIVADOS DA CANA ..................................................................................................... 69

FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS ..............................................................................81

FRUTICULTURA ................................................................................................................ 87

HORTICULTURA ................................................................................................................ 93

LEITE E DERIVADOS ....................................................................................................... 101

MANDIOCULTURA .......................................................................................................... 109

ORGÂNICO ........................................................................................................................ 113

OVINOCAPRINOCULTURA ............................................................................................... 117

PRODUÇÃO DE TILÁPIA EM TANQUE ESCAVADO ...................................................... 127

PRODUÇÃO DE OSTRAS NATIVAS ................................................................................133

SILVICULTURA ................................................................................................................ 139

SUINOCULTURA.............................................................................................................. 143

VITIVINICULTURA ........................................................................................................... 149


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Apresentação do Sebrae

Institucional Agronegócio

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada

sem ns lucrativos, criada em 1972 com a missão de promover a competitividade e o desenvolvi-

mento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte no país.

Por meio de parcerias com os setores público e privado, o Sebrae atua como uma agência

de desenvolvimento e de consultoria com ações de acesso a mercado, gestão, inovação e tec-

nologia.

O Sebrae possui uma longa e rica experiência em projetos para o desenvolvimento de peque-

nos negócios. Essa expertise, iniciada nos setores da indústria, comércio e serviço, foi levada

para o campo com o intuito de estimular a capacitação técnica, o associativismo e a formação

de grupos setoriais com a comercialização coletiva e a realização conjunta de atividades. O

objetivo principal é agregar valor à produção do micro e pequeno empreendedor rural por meio

de práticas agrícolas sustentáveis e gestão empresarial, buscando novos canais de comerciali-

zação, respeitando a cultura e as vocações econômicas de cada região.


MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

O agronegócio é um dos motores do crescimento econômico brasileiro e o pequeno produtor é um ator

importante nesse contexto. A agricultura familiar é decisiva no abastecimento interno e ganha expressão no

desenvolvimento socioeconômico do país. As iniciativas do Sebrae nesse setor têm resultado no incremento

da organização social e do desenvolvimento econômico local, com evidentes vantagens para o empreendedor

e para a sociedade.

No Brasil, o agronegócio é uma atividade próspera, favorecida por um clima diversicado, água e energia

solar abundante. De acordo com o gráco abaixo o país possui cerca de 851 milhões de hectares com 159,1

milhões de ha destinados a pecuária, 71 milhões de ha para agricultura e produção de alimentos, ocupando

apenas 8% de todo território nacional. Com o incremento de tecnologia, o Brasil tem aumentado a produtivi-

dade por área ocupada, segundo dados da Embrapa, e possui potencial para aumentar a produção de alimen-

tos em 40% em virtude da demanda mundial de alimentos.

Gráco 1 – Uso da Terra no Brasil – 851 milhões de ha

11%
1%
93,9
7,6

19% 159,1
423,3 50%
Cidades e Infraestrutura

Agricultura/Produção deAlimentação

Pecuária

71 Florestas Plantadas

8% Florestas nativas em propriedades rurais

95,8 Florestas nativas em áreas não privadas

11%

Fonte: MAPA/CNA

Diante deste aspecto, o Sebrae oferece no atendimento aos pequenos empreendimentos rurais a

busca pela inovação e difusão tecnológica nos negócios rurais de forma a prossionalizar a gestão da

propriedade, facilitando a acesso a mercados, por meio do aumento da competitividade dos agronegócios

de pequeno porte.

É a partir dessa história de desenvolvimento que o Sebrae apresenta esse manual que visa auxiliar impor-

tante parcela de produtores rurais, bem como gestores e técnicos-operacionais, na melhoria do atendimento

oferecido no balcão e 0800 para o cliente entender a dinâmica de apoio oferecido pela instituição.

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

A atuação do
Sebrae no
Agronegócio
nacional e UFs

Um dos grandes desaos para o Brasil e para o dade e dá uma boa perspectiva, dado o grande po-

mundo, dado o cenário futuro projetado é de aten- tencial em termos de terra arável, disponibilidade de

der a demanda alimentar em quantidade e qualida- água e mão de obra.

de, produzindo mais e melhor, de maneira susten-


O desao é encontrar formas de crescimento da
tável e responsável.
produção sem comprometer os recursos naturais.

Anos após anos o Brasil vem se consolidando


Para que possamos investir em sistemas produ-
como líder mundial nas exportações agrícolas. Se-
tivos sustentáveis, conservação e recuperação de
gundo especialistas, o país é uma das nações mais
áreas nativas e aumento da qualidade de vida de po-
preparadas para suprir a futura demanda de alimen-
pulações, é necessário compreendermos a importân-
tos, ganhando mercados e gerando renda para seus
cia do setor rural, dos agronegócios, sobretudo os
agricultores no processo. O caminho agora é o de
segmentos conduzidos notadamnte por agricultors
planejamento, investimento e desenvolvimento de
familiares e micro e pequenos produtores.
tecnologias. Isso implica em aumento de produtivi-

7
Os produtores rurais de menor porte necessitam de informa-

ções simples e sistematizadas que visem facilitar o entendimento

de como linhas de crédito, por exemplo, podem nanciar as suas

atividades, como a gestão ambiental da propriedade adequada pode

contribuir na produtividade e como a melhora da qualidade de vida

está intrinsecamente ligada à sustentabilidade.

Assim como entidades públicas e privadas do setor do agrone-

gócio necessitam de informações para que possam compor qua-

dros de estudo com ns de planejamento e execução, os pequenos

e médios produtores rurais também necessitam de informações

práticas e simples que os auxiliem sobre o intuito de direcionar

ações para a melhoria e eciência na competitividade, aumentando

o emprego e a renda dos diferentes segmentos do setor.

Atualmente produtores rurais enfrentam diculdades, bem

como impossibilidade em realizar operações, seja por meio do

Cadastro Ambiental Rural (CAR), ou até mesmo na efetivação

de nanciamentos. Sendo assim, a Unidade de Atendimento Se-

torial – Agronegócios (Uagro) do Sebrae, em articulação com

parceiros estratégicos, possui a missão de contribuir para o de-

senvolvimento dos empreendimentos de micro e pequeno porte

da área dos Agronegócios.

Por meio de sua carteira de projetos, a Uagro apresenta alterna-

tivas para os agricultutores familiares e micro e pequenos produ-

tores rurais em empreendedorismo individual, na inovação e tec-

nologia e em práticas sustentáveis. A exemplo do que acontece em

outros setores, o agronegócio brasileiro é um setor em expansão e

necessita de instituições que colaborem com a organização e com

desenvolvimento de métodos e processos que garantam cadeias

produtivas ecazes e ecientes.

O Sebrae Nacional desenvolve, em parcerias com outras institui-

ções, projetos que possibilitam a competitividade e a sustentabilidade

dos pequenos negócios rurais. Os resultados estão nos 26 Estados e

no Distrito Federal, devido ao número de pessoas que acreditam ser

capazes de contribuir ao fortalecimento da economia do país.

Nesse contexto, a Uagro apresenta soluções técnicas que levam

ao público, de uma forma interativa, informações sobre atuação de

gestores e coordenadores dos negócios rurais, demonstran-

do os caminhos pelos quais é possível agregar e disseminar

o conhecimento. Sendo assim, as carteiras de projetos nas

UFs atuam de maneira coletiva ou em atendimentos individuais aos

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

produtores rurais, por meio de projetos setor/segmento do agro-

negócio.

Para exercer seu papel de promoção,competitividade e o desen-

volvimento sustentável dos empreendimentos de pequeno e médio

porte, a Uagro oferece soluções em produtos e serviços, elabora-

das para auxiliar os pequenos produtores na tomada de decisões

diárias, distribuídas em projetos de atendimento.

Os projetos de atendimento se dividem em dois tipos: setorial

que atendem um mesmo setor (Agronegócio, Comércio, Indústria

ou Serviço), organizados coletivamente pelo Sebrae, em uma de-

terminada região, e por segmento, com projetos estruturados em

conjunto com parceiros; e público-alvo, considerando a região, o

setor econômico e o segmento. Somado a isso, também ocorre o

atendimento individual de modo presencial ou a distância.

O agronegócio se diversica, passando a incorporar cada vez mais

inovações de produtos e de processos, integrando-se com os demais

setores da economia.

Os desaos para o agronegócio são de produção, preservação e

competitividade. Sendo assim, é necessário abrir novas oportunidades

para que os produtores se mantenham sempre atualizados para aten-

der aos novos padrões de consumo.

As próprias mudanças nos padrões de consumo alimentar, a

necessidade de integração nas cadeias produtivas, a questão da

degradação ambiental e do uso de insumos são constatações que

reforçam as perspectivas apontadas.

Com foco na formulação de políticas ambientais e de sanidade

animal e vegetal, o desenvolvimento sustentável precisa estar ali-

nhado ao desenvolvimento do agronegócio tendo como base o uso É com grande


correto dos recursos naturais.
satisfação que
Os expressivos números da agricultura do país justicam a ne-
oferecemos mais
cessidade de trabalhos como esse. A iniciativa do Sebrae contribui

para a melhoria dos processos produtivos, assim como na quali-


uma ferramenta
cação gerencial dos produtores rurais. de interação e
Possuímos todas as vantagens competitivas para aumentar a divulgação sobre
produção, gerando emprego e renda, assegurando nossos inesti-
o Agronegócio.
máveis ativos ambientais.

A elaboração deste material visa oferecer informações aos aten-

dentes da central de atendimento 0800, subsidiando seu trabalho

com informações precisas.


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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

CADASTRO
AMBIENTAL
RURAL

CONHEÇA O CADASTRO

AMBIENTAL RURAL E AS

PRINCIPAIS DÚVIDAS.
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro O cadastro possibilita o planejamento ambiental e

eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, econômico do uso e ocupação do imóvel rural.

que tem por nalidade integrar as informações am-


A inscrição no CAR é pré-requisito para acesso à
bientais referentes à:
emissão das Cotas de Reserva Ambiental e aos be-
 Situação das Áreas de Preservação Permanen- nefícios previstos nos Programas de Regularização
te - APP; Ambiental – PRA e de Apoio e Incentivo à Preserva-
 Situação das áreas de Reserva Legal; ção e Recuperação do Meio Ambiente, ambos deni-
 Situação das orestas e dos remanescentes de dos pela Lei 12.651/12.
vegetação nativa;
O cadastro só pode ser realizado pelo computador.
 Situação das Áreas de Uso Restrito e;
O produtor deve entrar na página do CAR na internet
 Situação das áreas consolidadas das proprieda-
(http://www.car. gov.br) e baixar o programa Mó-
des e posses rurais do país.
dulo de Cadastro, que se encontra no canto inferior
Criado pela Lei 12.651/2012 no âmbito do Sistema
esquerdo da página.
Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SI-

NIMA, o CAR se constitui em base de dados estraté- O modelo de Cadastro permite o Cadastro de Imo-

gicos para o controle, monitoramento e combate ao veis (Imóvel Rural, Imóvel Rural de Povos e Comuni-

desmatamento das orestas e demais formas de dades Tradicionais ou Imóvel Rural de Assentamento

vegetação nativa do Brasil, bem como para plane- da Reforma Agrária).

jamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

Sicar - Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural

BRASIL Acesso à informação Participe Serviços Legislação Canais

 Acessar intranet

Central de
Comunicação

Para dúvidas ou problemas


relacionados ao CAR entre em contato
com o canal oficial através do email
ouvidoria@florestal.gov.br.

Inicial Sobre Baixar Enviar/Retificar Consultar Legislação Suporte


Seja bem-vindo O que é o CAR Módulo de Cadastro Cadastro do Imóvel Situação do CAR Consulte as normas Central de ajuda

Utilizando o guia abaixo, você encontrará informações sobre cada etapa do Cadastro Ambiental Rural. Passe o cursor sobre cada item para obter
mais detalhes.

Módulo de Cadastro Baixar Imagens Cadastro do Imóvel Enviar Cadastro Recibo de Inscrição Retificação do Cadastro Análise do Imóvel Adesão ao PRA CRA Prazos e Atualizações

Cadastro Envio / Retificação Análise


Através do CAR - Módulo de Cadastro Após realizado o cadastro do seu imóvel, faça A Análise do Imóvel é realizada pelo Órgão
(baixar), você poderá realizar o cadastro de o envio das informações pelo SICAR e caso Estadual, podendo submeter o cadastro para
seus imóveis (Imóvel Rural, Imóvel Rural de necessário, realize as retificações. retificação e/ou solicitar adesão ao PRA
Povos e Comunidades Tradicionais ou Imóvel (Programa de Regularização Ambiental).
Rural de Assentamento da Reforma Agrária). Mais informações
Mais informações
Mais informações

Baixar Módulo de Enviar/Retificar Consultar


Cadastro do Imóvel
Cadastro Situação do
Faça o envio do .CAR
Windows | Linux | Mac CAR
Saiba a situação do CAR

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Ao selecionar Baixar Módulo de Cadastro, o produtor deverá selecionar o estado em que o imóvel está

localizado.

Sicar - Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural

BRASIL Acesso à informação Participe Serviços Legislação Canais

 Acessar intranet

Central de
Comunicação

Para dúvidas ou problemas


relacionados ao CAR entre em contato
com o canal oficial através do email
ouvidoria@florestal.gov.br.

Inicial Sobre Baixar Enviar/Retificar Consultar Legislação Suporte


Seja bem-vindo O que é o CAR Módulo de Cadastro Cadastro do Imóvel Situação do CAR Consulte as normas Central de ajuda

Selecione o AC - Acre AL - Alagoas AP - Amapá

estado do AM - Amazonas BA - Bahia CE - Ceará

seu imóvel
rural: DF - Distrito Federal ES - Espirito Santo GO - Goiás

MA - Maranhão MT - Mato Grosso MS - Mato Grosso do Sul

MG - Minas Gerais PA - Pará PB - Paraíba

PR - Paraná PE - Pernambuco PI - Piauí

RJ - Rio de Janeiro RN - Rio Grande do Norte RS - Rio Grande do Sul

RO - Rondônia RR - Roraima SC - Santa Catarina

SP - São Paulo SE - Sergipe TO - Tocantins

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Caso esteja de acordo com os termos de uso, baixar o programa conforme o sistema operacional que de-

sejar (Windows, Linux ou Mac)

Sicar - Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural

BRASIL Acesso à informação Participe Serviços Legislação Canais

 Acessar intranet

Central de
Comunicação

Para dúvidas ou problemas


relacionados ao CAR entre em contato
com o canal oficial através do email
ouvidoria@florestal.gov.br.

Inicial Sobre Baixar Enviar/Retificar Consultar Legislação Suporte


Seja bem-vindo O que é o CAR Módulo de Cadastro Cadastro do Imóvel Situação do CAR Consulte as normas Central de ajuda

Termos de Uso: Selecione o sistema operacional:


Baixar O presente Termo de Compromisso consititui-se no
Módulo de compromisso formal do signatário, de reconhecer,
concordar e acatar, em caráter irrevogável,
Windows

Cadastro: irretratável e incondicional, não apenas aos


comandos previstos no art. 29 da Lei nº12.651, de Requisitos mínimos:
25 de maio de 2012, e do uso de imagens - Processador multinúcleo de 1,3 GHz ou mais
georrefenciadas e do Módulo de Inscrição do CAR rápido;
CE - Ceará - Windows Server® 2003 R2 (32 bits e 64
- disponibilizados pelo Ministério do Meio
<< selecionar outro estado Ambiente - MMA, no âmbito do Sistema Nacional bits);
de Cadastro Ambiental Rural - SICAR, obtidos no - Windows Server® 2008 ou 2008 R2 (32 bits
site www.car.gov.br, são de propriedade do MMA, e 64 bits);
cuja finalidade é auxiliar o cumprimento da - Windows 7 (32 bits e 64 bits);
obrigação de cadastro no registro público - Windows 8 (32 bits e 64 bits);
eletrônico de âmbito nacional e a integração das
informações ambientais dos imóveis rurais, ao
qual comprometo a utilizar única e exclusivamente Baixar(Windows)
para o registro das informações ambientais, car.exe
conforme determina a citada Lei e o Decreto
nº7.830, de 27 de outubro de 2012 e demais
regulamentos e atos normativos relacionados, cuja
comprovação dos dados declarados dar-se-á
somente pela emissão do Recibo de Inscrição no
CAR, não sendo reconhecida qualquer outra forma
de documento.

Li e estou de acordo com os termos
de uso

Por meio do programa Módulo de Cadastro, o permanente, de uso restrito, áreas consolidadas e de

proprietário poderá: baixar imagens de satélite de Reserva Legal, quando existir. Em seguida deverá ser

um determinado município; cadastrar o imóvel e respondido um questionário, fornecendo informa-


visualizá-lo; enviar os arquivos de imóveis ca- ções complementares sobre a situação do imóvel. Ao
dastrados e gravados, e retificar o cadastro de terminar o cadastro, o proprietário deverá selecionar
imóvel já finalizado.
Finalizar e deverá armazenar o protocolo de preen-

Na opção Cadastro de Imóveis, acessará o botão chimento do CAR que será emitido pelo programa.

Cadastrar Novo Imóvel e selecionará o tipo de imóvel


Após nalizar o cadastro ou reticação do Imó-
que irá cadastrar. Após identicar o responsável pelo
vel Rural, o mesmo deverá ser enviado ao SiCAR
cadastramento, deverá fornecer dados e informações
pela internet para emissão do Recibo de Inscrição
de identicação do proprietário ou possuidor de com-
no CAR.
provação da propriedade ou posse; e de identicação

do imóvel, incluindo a localização dos remanescen- Selecionando a opção Gravar Para Envio, o sis-

tes de vegetação nativa, das áreas de preservação tema gerará um arquivo com a extensão “.car” que

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

deverá ser armazenado em seu computador. Após formações complementares ou promova a correção e

salvar o arquivo, acesse a opção Enviar. Em caso adequação das informações declaradas.

de sucesso, você receberá uma mensagem conr-


A inscrição no CAR poderá ser considerada pen-
mando o envio/reticação e o recibo para salvar ou
dente ou cancelada em qualquer momento, em
imprimir.
função do não atendimento de noticações de pen-

As inscrições recebidas pelo SiCAR por meio do dências ou inconsistências detectadas pelo órgão

Módulo de Cadastro serão submetidas às regras de competente nos prazos concedidos, ou por motivo

validação e análise automática e, posteriormente, se- de irregularidades constatadas. O demonstrativo

rão analisadas e validadas por parte do órgão am- da situação das informações declaradas poderá ser

biental competente, dos documentos, dados e infor- acompanhado na página (www.car.gov.br) na opção

mações apresentados. Pendências e inconsistências Consultar Situação do CAR, no canto inferior direito

serão comunicadas ao responsável pela inscrição, da página.

para que, dentro dos prazos estabelecidos, preste in-

LEGISLAÇÃO RELACIONADA

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.2, DE 5 DE MAIO DE 2014 Dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétri-

cos, magnéticos e eletromagnéticos; altera a Lei no4.771,


Dispõe sobre os procedimentos para a integração, execu-
de 15 de setembro de 1965; e dá outras providências.
ção e compatibilização do Sistema de Cadastro Ambiental

Rural-SICAR e dene os procedimentos gerais do Cadas- DECRETO N.6.514/2008

tro Ambiental Rural- CAR. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao

DECRETO N.8.235/2014 meio ambiente, estabelece o processo administrativo fe-

deral para apuração destas infrações, e dá outras provi-


Estabelece normas gerais complementares aos Progra-
dências.
mas de Regularização Ambiental dos Estados e do Distrito

Federal, de que trata o Decreto no 7.830, de 17 de outubro LEI N.11.428/2006

de 2012, institui o Programa Mais Ambiente Brasil, e dá


Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa
outras providências.
do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências

DECRETO Nº 7.830/2012
LEI N.11.284/2006
Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o
Dispõe sobre a gestão de orestas públicas para a pro-
Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter
dução sustentável; institui, na estrutura do Ministério do
geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que
Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria
trata a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras
o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF;
providências.
altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, 5.868,
LEI Nº 12.651/2012 de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis 1998, 4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de

nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezem- agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá

bro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revo- outras providências.

ga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, LEI N.10.650/2003


de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67,
Dispõe sobre o acesso público aos dados e Mensagem de
de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Veto informações existentes nos órgãos e entidades inte-
LEI N.11.934/2009 grantes do Sisnama.

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

O cadastrante físico deverá informar; CPF; Data de Nas-


Perguntas e Respostas
cimento; Nome; e Nome de Mãe. O cadastraste jurídico

1. O que é o CAR? deverá informar: CNPJ da Empresa/Instituição; Nome da

Empresa/Instituição; Nome Fantasia.


O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro eletrôni-

co, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por Quanto ao imóvel deverá informar; Nome do Imóvel; UF

nalidade integrar as informações ambientais referentes (Unidade da Federação/ Sigla do Estado, ex: PR, SC, RS);

à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP, Município; CEP; Descrição de Acesso ao Imóvel; Zona de

das áreas de Reserva Legal, das orestas e dos rema- Localização: (Rural ou Urbana); Endereço de Correspon-

nescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Res- dência (Endereço/Logradouro; Número; Complemento;

trito e das áreas consolidadas das propriedades e posses CEP; Bairro; UF; Município; E-mail; Telefone). CCIR (Ca-

rurais do país. Criado pela Lei 12.651/2012 no âmbito do dastro do Imóvel Rural), emitido junto ao número no IN-

Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - CRA. Se o imóvel pertencer a uma empresa, serão preen-

SINIMA. chidos os nomes dos representantes legais do imóvel rural

e adicionados os nomes de pessoas físicas ou jurídicas


2. Para que serve o CAR?
que integram o domínio do imóvel declarado.
O CAR é a principal ferramenta prevista na nova lei am-
9. O que acontecerá se eu não aderir ao CAR?
biental para a conservação do meio ambiente, a adequação

ambiental de propriedades, o combate ao desmatamento Instituições nanceiras não concederão crédito agrí-

ilegal e o monitoramento de áreas em restauração, auxi- cola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários

liando no cumprimento das metas nacionais e internacio- de imóveis rurais que não estejam inscritos no CAR. Tam-

nais para manutenção de vegetação nativa e restauração bém não será permitida a emissão de Cota de Reserva

ecológica de ecossistemas. Ambiental as propriedades ou posses que não estiverem

inseridas no CAR.
3. Quem deve se inscrever no CAR?
10. Quais são os benefícios do CAR?
Todas as propriedades ou posses rurais devem ser ins-

critas no CAR. Isso independe da situação de suas terras: A inscrição no CAR é pré-requisito para acesso à emissão

com ou sem matrícula, registros de imóveis, ou transcri- das Cotas de Reserva Ambiental e aos benefícios previstos

ções. O intuito do CAR é a regularização ambiental, e não nos Programas de Regularização Ambiental – PRA e de

a regularização fundiária. Apoio e Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio

Ambiente, que disponibilizam os seguintes benefícios:


4. O CAR é obrigatório?

Sim. O Novo Código Florestal, Lei no 12.651, de 2012, esta-


 Possibilidade de regularização das APP e/ou Re-

serva Legal, vegetação natural suprimida ou alterada


belece que todos os imóveis rurais sejam cadastrados no
até 22/07/2008 no imóvel rural, sem autuação por
CAR. Além disso, o Poder Público está oferecendo todas
infração administrativa ou crime ambiental;
as ferramentas necessárias para o devido cumprimento
 Suspensão de sanções em função de infrações
da Lei.
administrativas por supressão irregular de vegetação
5. Devo pagar alguma coisa para realizar o CAR?
em áreas de APP, Reserva Legal e de uso restrito,

Não. Não é necessário pagar qualquer valor no preenchi- cometidas até 22/07/2008.vt

mento do cadastro.  Obtenção de crédito agrícola, em todas as suas

6. Como fazer o CAR? modalidades, com taxas de juros menores, bem

como limites e prazos maiores que o praticado no


O preenchimento deverá ser realizado eletronicamen-
mercado;
te pela internet. Basta acessar o site www.car.gov.br e
 Dedução das Áreas de Preservação Permanente,
seguir as instruções. O proprietário poderá ainda fazer o
de Reserva Legal e de uso restrito, base de cálculo
download do Módulo de Cadastro do seu estado (cada es-
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural-I-
tado possui um módulo diferente) e realizar uma versão
TR, gerando créditos tributários;
o-line para posteriormente encaminhar ao sistema
 Isenção de impostos para os principais insumos
7. O que é preciso declarar no CAR?
e equipamentos, tais como: o de arame, postes de

O CAR é composto de dados pessoais do proprietário ou madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração

possuidor rural, podendo ser pessoa física ou jurídica, do solo, dentre outros utilizados para os processos

além de dados cadastrais e da localização georreferen- de recuperação e manutenção das Áreas de Preser-

ciada das Áreas de Preservação Permanente, áreas de vação Permanente, de Reserva Legal e de uso res-

Reserva Legal e áreas de uso restrito. trito.

8. Quais são os documentos necessários para o 11. Pequenas propriedades devem fazer o CAR?

cadastro? Sim. Será um procedimento simplicado para identicar o

16
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

proprietário, comprovar a posse, identicar o perímetro do

imóvel, as APPs e remanescentes que formam a Reserva

Legal.

12. O que fazer se um proprietário tiver mais de um

imóvel?

Deve fazer um cadastro para cada propriedade, conside-

rando que áreas contíguas (áreas vizinhas e que fazem

limite uma com a outra) de um mesmo proprietário, devem

possuir um único cadastro.

13. Depois que realizar o CAR, o que acontecerá?

Após a validação das informações inseridas no Sistema,

será gerado um demonstrativo da situação ambiental do

imóvel. Essa situação poderá́ ser considerada regular em Endereços Importantes


relação às áreas de interesse ambiental ou, caso possuam
Cadastro Ambiental Rural
algum passivo, serão consideradas pendentes de regula-
http://www.car.gov.br/#/
rização.

14. Somente o proprietário pode fazer o cadastro


Ministério do Meio Ambiente
de sua área?
http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/
Não. O sistema permite que um representante faça a ins-
cadastro-ambiental- rural
crição da propriedade ou posse de outra pessoa. No caso

de apenas inserir os dados repassados pelo proprietário.

No caso o proprietário pode solicitar para que alguém ope- Governo Federal

re o sistema http://www.brasil.gov.br/meio-

15. Qual é o prazo para realizar o CAR? ambiente/2014/05/conheca-o-passo- a-passo-

para-efetuar-o-cadastro-ambiental-rural
O prazo para realização do CAR sofreu prorrogação, tendo

como limite o dia 5 de maio de 2016.

17
18
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Licenciamento
Ambiental

O licenciamento ambiental congura um rele- biental. Para as atividades listadas, o licenciamento é

vante instrumento da política nacional de meio am- essencial. No entanto, essa relação é exemplicati-

biente cujo objetivo é agir preventivamente sobre a va e não pretende esgotar todas as possibilidades, o

proteção do bem comum do povo - o meio ambiente que seria impossível, mas funciona como norteador

– e compatibilizar sua preservação com o desenvol- para os empreendedores. Atividades comparáveis ou

vimento econômico-social. Ambos, essenciais para com impactos de magnitude semelhante têm grande

a sociedade, são direitos constitucionais. A meta é probabilidade de também necessitarem de licencia-

cuidar para que o exercício de um direito não com- mento. Novamente, a consulta ao órgão ambiental

prometa outro igualmente importante. elucidará essa dúvida.

A licença ambiental é, portanto, uma autorização Para cada etapa do licenciamento ambiental, é ne-

emitida pelo órgão público competente. Ela é conce- cessária a liçenca adequada no planejamento de um

dida ao empreendedor para que exerça seu direito empreendimento ou de uma atividade, a liçenca pré-

a ̀ livre iniciativa, desde que atendidas as precau- via (LP); na construção da obra, a licença de instala-

ções requeridas, a m de resguardar o direito co- ção (LI) e na operação ou funcionamento, a licença

letivo ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. de operação (LO).

Importante notar que, devido à natureza autorizativa


A LP deve ser solicitada na fase preliminar do pla-
da licença ambiental, essa possui caráter precário.
nejamento da atividade. É ela que atestará viabili-
Exemplo disso é a possibilidade legal de a licença ser
dade ambiental do empreendimento, aprovará sua
cassada caso as condições estabelecidas pelo órgão
localização e concepção e denirá as medidas mi-
ambiental não sejam cumpridas
tigadoras e compensatórias dos impactos negativos

O licenciamento é composto por três tipos de li- do projeto. Sua nalidade é denir as condições com

cença: prévia, de instalação e de operação. Cada uma as quais o projeto torna-se compatível com a preser-

refere-se a uma fase distinta do empreendimento e vação do meio ambiente que afetará.

segue uma seqüência lógica de encadeamento. Es-


Após a obtenção da licença prévia, inicia-se então
sas licenças, no entanto, não eximem o empreende-
o detalhamento do projeto de construção do empre-
dor da obtenção de outras autorizações ambientais
endimento, incluindo nesse as medidas de controle
especícas junto aos órgãos competentes, a depen-
ambiental determinadas.
der da natureza do empreendimento e dos recursos

ambientais envolvidos. Atividades que se utilizam de A licença de operação autoriza o interessado a

recursos hídricos, por exemplo, também necessita- iniciar suas atividades. Tem por nalidade aprovar a

rão da outorga de direito de uso desses, conforme os forma proposta de convívio do empreendimento com

preceitos constantes da Lei N. 9.433/97, que institui o meio ambiente e estabelecer condicionantes para a

a Política Nacional de Recursos Hídricos. continuidade da operação.

As licenças não são exigidas para todo e qualquer Para obtenção de licença de empreendimento,

empreendimento. A Lei N. 6.938/81 determina a neces- o produtor deverá dirigir sua solicitação ao órgão

sidade de licenciamento para as atividades utilizadoras ambiental competente para emitir a licença, poden-

de recursos ambientais, consideradas efetiva e poten- do esse ser o Instituto Brasileiro do Meio Ambien-

cialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer te e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os

forma, de causar degradação ambiental. órgãos de meio ambiente dos estados e do Distrito

Federal (Oemas) ou os órgãos municipais de meio


A Resolução Conama 237/97 traz, em seu Anexo
ambiente.
I, um rol de atividades sujeitas ao licenciamento am-

19
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

LEGISLAÇÃO RELACIONADA

LEI COMPLEMENTAR N.140/2011 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos,cria o

Sistema Nacional de Gerenciamento


Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput

do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21
a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº8.001,
e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do de 13 de março de 1990, que modicou a Lei nº7.990, de
exercício da competência comum relativas à proteção das 28 de dezembro de 1989.
paisagens naturais notáveis, àproteção do meio ambiente,
LEI N.6.938/1981
ao combate àpoluição em qualquer de suas formas e àpre-
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
servação das orestas, da fauna e da ora; e altera a Lei
seus ns e mecanismos de formulação e aplicação, e dá
no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA N.237/1997 LEI

N.9.433/1997

Sim. A lei estipula que é obrigação do empreendedor bus-


Perguntas e Respostas
car o licenciamento ambiental junto ao órgão competente,

desde as etapas iniciais do planejamento de seu empreen-


1. O que é o licenciamento ambiental?
dimento e instalação até a sua efetiva operação.
O licenciamento ambiental é um procedimento técnico-

administrativo pelo qual o órgão ambiental competente 6. Quais licenciamentos são feitos pelo Governo

avalia empreendimentos potencialmente causadores de Federal (Ibama)?


impacto ambiental, autorizando, ou não, sua instalação e O Ibama é responsável pelo licenciamento de atividades
operação. com signicativo impacto ambiental de âmbito nacional

ou regional, a saber:
2. Como é feita a avaliação para o licenciamento am-

biental?  localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Bra-

sil e em país limítrofe; no mar territorial; na plata-


A avaliação envolve o estudo da localização do empre-
forma continental; na zona econômica exclusiva; em
endimento, do seu porte e dos processos construtivo e
terras indígenas ou em unidades de conservação do
produtivo utilizados, a m de vericar se suas caracte-
domínio da União:
rísticas podem provocar interferências negativas no meio
 localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Es-
ambiente, tais como a poluição do ar, a geração de resí-
tados;
duos, a intervenção em cursos d’água e a supressão de
 cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os li-
vegetação nativa.
mites territoriais do País ou de um ou mais Estados;

3. Por que é necessário o licenciamento ambiental?  destinadas a pesquisar, lavrar, produzir, beneciar,

O licenciamento é uma exigência legal. Destina-se a, entre transportar, armazenar e dispor material radioativo

outros, permitir ao órgão ambiental: proteger o meio am- em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear

biente para as futuras gerações, proteger os ecossistemas, em qualquer de suas formas e aplicações, mediante

com a preservação de áreas representativas, planejar e parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear

scalizar o uso dos recursos ambientais garantir a quali- (CNEN);

dade dos recursos renováveis, racionalizar o uso do solo,  bases ou empreendimentos militares, quando cou-

do subsolo, da água e do ar, proteger áreas ameaçadas de ber, observada a legislação especíca.

degradação 7. Quanto tempo demora a obtenção da Licença Am-

4. Quais empreendimentos requerem licencia- biental?

mento ambiental? O tempo de análise é muito variável, em função da com-

Estão sujeitos ao licenciamento ambiental a construção, a plexidade do empreendimento. De modo geral, não havendo

instalação, a ampliação e o funcionamento de estabeleci- pendências, é respeitado o prazo previsto na Resolução CO-

mentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, NAMA nº237: 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o

considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem requerimento até seu deferimento ou indeferimento, res-

como os capazes, sob qualquer forma, de causar degra- salvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiên-

dação ambiental. cia pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses.

5. É necessário buscar o licenciamento ambiental? 8. O empreendimento já existe, como regularizá-lo?

20
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

21
21
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Inicialmente é necessário vericar se o tipo de empreen- servas de pescados


dimento está sujeito ao licenciamento ambiental. Em caso  Preparação, beneciamento e industrialização
positivo, deve-se seguir o procedimento de obtenção de
de leitee derivado
Licença de Operação.
 Fabricação e renação de açúcar
9.Como posso solicitar a abertura de um processo  Reno / preparação de óleo e gorduras vegetais
de licenciamento junto ao Ibama?  Produção de manteiga, cacau, gorduras de ori-

Os empreendedores que desejarem solicitar abertura de gem animal para alimentação


processo objetivando licenciar ou regularizar empreendi-  Fabricação de fermentos e leveduras
mentos junto ao Ibama, deverão fazê-lo exclusivamente,  Fabricação de rações balanceadas e de
por meio do endereço eletrônico do Serviços online (ht-
alimentos preparados para animais
tps://servicos.ibama.gov.br/ctf/).
 Fabricação de vinhos e vinagre

Antes de iniciar o processo, o empreendedor deverá se  Fabricação de cervejas, chopes e maltes


inscrever no Cadastro Técnico Federal (CTF) e declarar  Fabricação de bebidas não alcoólicas, bem
atividade exercida relacionada aos empreendimentos pas- como engarrafamento e gaseicação de águas
síveis de licenciamento ambiental.
minerais

Esse procedimento é realizado pelo preenchimento de um  Fabricação de bebidas alcoólicas

formulário eletrônico contendo informações básicas sobre o Indústria de couros e peles


empreendimento. As informações constantes do formulário  Secagem e salga de couros e peles
são necessárias para que o Ibama avalie a competência para
 Curtimento e outras preparações de couros e
o licenciamento frente às normas legais existentes.
peles
10. Que tipos de empreendimentos estão sujeitos  Fabricação de artefatos diversos de couros e
ao licenciamento ambiental? peles

O Anexo 1 a Resolução do Conselho Nacional de Meio Am-  Fabricação de cola animal

biente – CONAMA nº237/1997, estabeleceu os principais 11. Como posso saber quais são os projetos que
tipos de empreendimentos que estão sujeitos ao licencia- estão em licenciamento no Ibama?
mento ambiental, no caso de atividades do produtor rural
Todos os processos que solicitam abertura de processo
podem constar:
junto ao Ibama objetivando o licenciamento ambiental

Uso de recursos naturais estão disponibilizados no site do Ibama/Licenciamento–

Consulta
 Silvicultura

 Exploração econômica da madeira ou lenha – Empreendimentos. A pesquisa pode ser realizada por

esubprodutos orestais tipo de empreendimento, nome de empreendimento, Es-

 Atividade de manejo de fauna exótica e criadou-


tado/Município, por licença emitida (Tipo e número), por

número de processo, nome do empreendedor ou CNPJ do


ro de fauna silvestre
empreendedor. No site estão disponibilizadas as caracte-
 Utilização do patrimônio genético natural
rísticas do empreendimento e os principais documentos
 Manejo de recursos aquáticos vivos
relacionados ao licenciamento do projeto.
 Introdução de espécies exóticas e/ou genetica-
12. Como é feito o processo de licenciamento?
mente modicadas
O processo de licenciamento ambiental possui três etapas
 Uso da diversidade biológica pela biotecnologia
distintas: Licenciamento Prévio, Licenciamento de Instala-
Atividades agropecuárias
ção e Licenciamento de Operação.

 Projeto agrícola
 Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao Iba-
 Criação de animais
ma na fase de planejamento da implantação, al-
 Projetos de assentamentos e de colonização
teração ou ampliação do empreendimento.Essa

Indústria de produtos alimentares e bebidas licença não autoriza a instalação do projeto, e

 Beneciamento, moagem, torrefação e fabrica- sim aprova a viabilidade ambiental do projeto

ção deprodutos alimentares e autoriza sua localização e concepção tecno-

 Matadouros, abatedouros, frigorícos, charquea- lógica. Além disso, estabelece as condições a

das ederivados de origem animal serem consideradas no desenvolvimento do

 Fabricação de conservas projeto executivo.

 Preparação de pescados e fabricação de con-  Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da

22
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

obra ou instalação do empreendimento. O pra- 15. Ao iniciar instalação do empreendimento

zo de validade dessa licença é estabelecido pelo licenciado posso receber acompanhamento?

cronograma de instalação do projeto ou ati- Sim. O monitoramento do processo de licenciamento am-

vidade, não podendo ser superior a 6 (seis) biental tem por objetivo manter o controle permanente, a

anos. Empreendimentos que impliquem desma- partir do momento em que se inicia a instalação do em-

tamento depende, também, de “Autorização de preendimento licenciado. É um instrumento para avaliar

se as previsões de impactos e as medidas de prevenção


Supressão de Vegetação”.
e controle sugeridas nos estudos ambientais mostram-se
 Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada
adequadas durante a implantação e operação do empre-
antes de o empreendimento entrar em opera-
endimento.
ção, pois é essa licença que autoriza o início do

funcionamento da obra/ empreendimento. Sua As atividades de acompanhamento e monitoramento dos

impactos ocorrem em dois níveis distintos:


concessão está condicionada à vistoria a m

de vericar se todas as exigências e detalhes  do empreendedor, responsável pela proposição

técnicos descritos no projeto aprovado foram e execução do Programa de Acompanhamento

desenvolvidos e atendidos ao longo de sua ins- e Monitoramento dos impactos decorrentes da

talação e se estão de acordo com o previsto nas implantação do empreendimento ou atividade,

LP e LI. O prazo de validade é estabelecido, não que é apresentado ao longo do processo de li-

podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e supe- cenciamento ambiental para subsidiar a obten-

rior a 10 (dez) anos. ção das licenças ambientais;

13. Posso fazer o processo pela internet?  do órgão ambiental licenciador, que acompanha

SIm. Os empreendedores que desejarem solicitar abertura o programa proposto pelo empreendedor, ava-

de processo objetivando licenciar ou regularizar empreen- liando e scalizando o seu cumprimento.

dimentos junto ao Ibama, deverão fazê-lo exclusivamen- 16. Existem prazos após o licenciamento am-
te, por meio do endereço eletrônico do Serviços online biental?
(Serviços - Licenciamento Ambiental Federal) do Ibama.
Sim. A licença ambiental é um documento com prazo de
Antes de iniciar o processo, o empreendedor deverá se
validade denido no qual o órgão ambiental estabelece
inscrever no Cadastro Técnico Federal (CTF) e declarar
regras, condições, restrições e medidas de controle am-
atividade exercida relacionada aos empreendimentos pas-
biental a serem seguidas pela atividade que está sendo
síveis de licenciamento ambiental (ver anexo da Resolução
licenciada. Ao receber a Licença Ambiental, o empreen-
CONAMA nº237/97). É imprescindível ler atentamente o
dedor assume os compromissos para a manutenção da
Manual do Sistema do CTF, no site do IBAMA - “Serviços
qualidade ambiental do local em que se instala.
on line” - “Manual do Sistema”.

Na fase inicial do licenciamento (apresentação de um pro-

jeto novo) o empreendedor deverá se cadastrar como Ge-

renciador de Projetos (ver Tabela de Atividades no Manual

do Sistema), indicando a tipologia da sua atividade, por

exemplo: gerenciador de projetos - usinas hidrelétricas.


Endereços Importantes
Após receber a Licença de Operação o empreendedor de-

verá alterar sua categoria de atividade para a atividade Ibama

nalística, no caso do exemplo anterior, Serviços de Utili- http://www.ibama.gov.br/licenciamento/

dade - geração de energia elétrica.


Ministerio do Meio Ambiente
14.Qual é a legislação da qual devo me informar
http://www.mma.gov.br/estruturas/dai_
para saber mais sobre o Licenciamento Am-
pnc/_arquivos/pnc_caderno_ licenciamento_
biental?
ambiental_01_76.pdf

As principais diretrizes para a execução do licenciamento

ambiental estão expressas na Lei N.6.938/81 e nas Reso- Ministério do Meio Ambiente

luções CONAMA N.001/86 e nº237/97. Além dessas, re- http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/

centemente foi publicada a Lei Complementar N.140/2011, licenciamento-e- avalia%C3%A7%C3%A3o-

que discorre sobre a competência estadual e federal para ambiental/licenciamento-ambiental

o licenciamento, tendo como fundamento a localização do

empreendimento.

23
24
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Sistema
Unicado
de Atenção
à Sanidade
Agropecuária
(SUASA)

Sistema Unicado de Atenção à Sanidade  Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Pe-

Agropecuária - SUASA é o novo sistema de inspe- cuários.


ção, organizado de forma unicada, descentralizada
O SISBI-POA tem por objetivo a harmonização e
e integrada entre a União (por meio do Ministério da
padronização dos procedimentos de inspeção dos
Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que coorde-
produtos de origem animal.
na o sistema, como Instância Central e Superior, os

estados e Distrito Federal, como Instância Interme- O SISBI-POV, por sua vez, é responsável pela ins-

diária, e os municípios, como Instância Local, pela de peção dos produtos de origem vegetal.
adesão voluntária.
Para a agricultura familiar, a importância da im-
Seu objetivo é garantir a saúde dos animais e a
plantação do SUASA é a facilitação da produção e
sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e
inserção dos produtos no mercado formal – local, re-
dos serviços e a identidade, qualidade e segurança
gional e nacional. Este é um importante aspecto, pois
higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos nais
possibilita a comercialização dos produtos em todo o
destinados ao consumo.
território nacional, quando inspecionados por qual-
Fazem parte do SUASA quatro sub-sistemas brasi-
quer uma das instâncias do SUASA, ou seja, pelos
leiros de inspeção e scalização, isto é:
municípios, estados, Distrito Federal ou União.
 Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
Outro aspecto é sobre o trâmite para aprovação
Origem Animal –SISBI-POA.

 Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de


e registro dos projetos agroindustriais, que com a

Origem Vegetal –SISBI-POV. descentralização do serviço de inspeção, poderá ser

 Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos mais rápido e menos oneroso. Isso poderá, também,

Agrícolas. impulsionar a implantação de novas agroindústrias.

25
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

LEGISLAÇÃO RELACIONADA
INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 36/2011 o Sistema Unicado de Atenção à Sanidade Agropecuária,

e dá outras providências.
Altera o Anexo I da IN 19/2006 (Requisitos para adesão

dos Estados, municípios e DF ao SISBI- Produtos de Ori- LEI N. 9.712/1998

gem Animal) Altera a Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, acrescen-

DECRETO N.5.741/2006 tando-lhe dispositivos referentes à defesa agropecuária.

Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei no 8.171, LEI N. 8.171/1991 (Lei Agrícola)

de 17 de janeiro de 1991, organiza Dispõe sobre a política agrícola.

Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Pecuários -


Perguntas e Respostas
SISB- IP.

1. O que é o SUASA? 5. O que é o SISB?

É o Sistema organizado sob a coordenação do Poder É o Sistema integrante do SUASA que tem por objetivo

Público nas várias instâncias federativas, no âmbito de sua harmonizar e padronizar os procedimentos de inspeção e

competência, incluindo o controle de atividades de saú- scalização dos produtos de origem animal e vegetal em

de, sanidade, inspeção, scalização, educação, vigilância todo o país.

de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de


6. Qual a importância do SISB?
origem animal e vegetal.
Contribuir para a oferta de alimentos saudáveis aos con-
2. Qual o objetivo do SUASA?
sumidores. Possibilitar maior inserção dos produtos da

Padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção, a agricultura familiar no mercado formal – local, regional e

m de garantir a segurança alimentar. nacional. Maior integração entre os serviços de inspeção

federal, estadual e municipal, reduzindo o comércio de


3. Qual a importância do SUASA?
produtos sem inspeção.
Para a agricultura familiar a importância da implantação

do SUASA é a facilitação da produção e inserção dos pro- 7. Posso considerar que o SUASA facilitará minha

dutos no mercado formal –local, regional e nacional. Este é vida como produtor rural?
um importante aspecto, pois possibilita a comercialização Sim. O sistema vem simplicando as exigências
dos produtos em todo o território nacional quando inspe- estruturais e burocráticas para o registro sanitário das
cionados por qualquer uma das instâncias do SUASA, ou pequenas agroindústrias. Antes, elas tinham que cumprir
seja, pelos municípios, estados, Distrito Federal ou União. os mesmos requisitos das grandes indústrias de proces-
Outro aspecto é sobre o trâmite para aprovação e registro samento de alimentos, o que levava grande parte desses
dos projetos agroindustriais, que com a descentralização estabelecimentos à informalidade.
do serviço de inspeção, poderá ser mais rápido e menos
8. Com o SUASA-SISB posso comercializar meus
oneroso. Isso poderá, também, impulsionar a implantação
produtos em todo território nacional?
de novas agroindústrias.
Sim. Com a adesão, os produtos podem ser comerciali-
4. Como é formado o SUASA?
zados em todo o Brasil, diferentemente dos que possuem
São quatro os Sistemas integrantes do SUASA que têm
apenas selos municipais ou estaduais, cuja comercializa-
por objetivo inspecionar e scalizar os produtos de
ção é apenas interna.
origem animal e vegetal e os insumos agropecuários. São
9. Quais são as instâncias do SUASA?
eles:
Para cada instância participante do SUASA, é previsto um
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
conjunto de atividades. São elas as Instância Central e Su-
Animal - SISBI-POA.
perior, Instância das Instâncias Intermediárias (Estados e

Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Distrito Federal) e Instância Local (municípios ou consór-

Vegetal - SISBI-POV. cios de municípios).

Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Agrícolas -


10. Quais são as funções da Instância Central e

SISBI- IA. Superior do SUASA?

26
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

27
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

À Instância Central e Superior, compete: VI - a auditoria, a supervisão, a avaliação e a coordenação das

ações desenvolvidas nas Instâncias intermediárias e locais;


I - a vigilância agropecuária de portos, aeroportos e postos

de fronteira internacionais e aduanas especiais; VII - a representação do País nos fóruns internacionais

que tratam de defesa agropecuária;


II - a xação de normas referentes a campanhas de con-

trole e de erradicação de pragas dos vegetais e doenças VIII - a realização de estudos de epidemiologia e de apoio

dos animais; ao desenvolvimento do Sistema Unicado de Atenção à

Sanidade Agropecuária;
III - a aprovação dos métodos de diagnóstico e dos produ-

tos de usos veterinário e agronômico; IX - o aprimoramento do Sistema Unicado de Atenção à

Sanidade Agropecuária;
IV - a manutenção do sistema de informações epidemio-

lógicas; X - a cooperação técnica às outras instâncias do Sistema Uni-

cado de Atenção à Sanidade Agropecuária;


V - a regulamentação, regularização, implantação, imple-

mentação, coordenação e avaliação das atividades refe- XI - a manutenção das normas complementares de defesa

rentes à educação sanitária em defesa agropecuária, nas agropecuária; e

três Instâncias do Sistema Unicado;


XII - a execução e a operacionalização de atividades de

28
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

certicação e vigilância agropecuária, em áreas de sua IV - cadastro dos prossionais atuantes em sanidade;

competência.
V - execução dos programas, projetos e atividades de edu-

11. Quais são as funções das Instâncias Intermediárias cação sanitária em defesa agropecuária, na sua área de

(Estados e Distrito Federal) do SUASA? atuação;

Competem as Instâncias Intermediárias as seguintes ati- VI - cadastro das casas de comércio de produtos de usos

vidades: agronômico e veterinário;

I - vigilância agropecuária do trânsito interestadual de ve- VII - cadastro dos laboratórios de diagnósticos de doenças;

getais e animais;
VIII - inventário das doenças e pragas diagnosticadas;

II - coordenação e execução de programas e campanhas


IX - execução de campanhas de controle de doenças e
de controle e erradicação de pragas dos vegetais e doen-
pragas;
ças dos animais;

X - educação e vigilância sanitária;


III - manutenção dos informes nosográcos;

XI - participação em projetos de erradicação de doenças


IV - coordenação e execução das ações de epidemiologia;
e pragas; e

V - coordenação e execução dos programas, dos pro-


XII - atuação em programas de erradicação de doenças e
jetos e das atividades de educação sanitária em sua área
pragas.
de atuação;
13. Como pequeno produtor, devo me preocupar
VI - controle da rede de diagnóstico e dos prossionais de
com scalização à produção primária e ao auto-
sanidade credenciados;
consumo?
VII - coordenação e compilação das informações referen-
Não. Fica dispensada de registro, inspeção e scaliza-
tes às atividades de sanidade agropecuária; e
ção a produção rural primária para o autoconsumo e para

VIII - Auditagem e outras atividades em relação às instân- a preparação, manipulação ou armazenagem doméstica de

cias locais. produtos de origem agropecuária para consumo familiar.

14. Como posso me informar mais sobre o SUASA?


12. Quais são as funções da Instância Local (mu-
Por meio do Decreto 5.741/2006, que organiza o Sistema
nicípios ou consórcios de municípios) do SUASA?
Unicado de Atenção à Sanidade Agropecuária e dá ou-
Competem a Instância Local na sua jurisdição, plena aten-
tras providências.
ção à sanidade agropecuária, tratando das seguintes ati-

vidades: 15. Como pequeno produtor, devo aderir ao SU-

ASA?
I - cadastro das propriedades;
Quem deve aderir ao SUASA são os Estados e municípios,
II - inventário das populações animais e vegetais;
cando a cargo do pequeno produtor procurar saber se o

III - controle de trânsito de animais e vegetais; seu município e seu Estado já aderiram ao sistema.

Endereços Importantes
Ministério do Desenvolvimento Agrário
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-suasa/
sobre-o- programa

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-
MAPA/ pagina-inicial/animal/produto-nal/sisbi

Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento


http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/le/camaras_
setoriais/ Carne_bovina/34RO/34%C2%AARO_SUASA_
SISBI.pdf

29
30
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

FINANCIAMENTOS

Conheça os programas e

projetos com a nalidade de

promover o desenvolvimento

das atividades rurais

dos pequenos e médios

produtores.

Com a nalidade de promover o desenvolvimento preservação permanente (APP), reserva legal (RL)

das atividades rurais dos pequenos e médios produ- e de uso restrito (UR) mediante recuperação, re-

tores rurais, proporcionando o aumento da renda e composição, regeneração ou compensação. Além da

a geração de empregos no campo, os governos pos- necessidade legal de adequação ambiental, o nan-

suem linhas para o nanciamento rural. ciamento pode ser uma excelente oportunidade para

que pequenos e médios produtores rurais não ape-


Para apoiar o produtor nesse sentido, existem
nas se adequem às normas ambientais, mas também
vários projetos e programas direcionados para a as-
ampliem sua capacidade produtiva, bem como seu
sistência técnica e nanciamento das práticas sus-
acesso ao mercado.
tentáveis, tanto por parte do governo federal, como

de governos locais e outras instituições Adotando ações voltadas para o uso racional e

manejo dos recursos naturais, principalmente do


Os recursos naturais são considerados, na Cons-
solo, da água e da biodiversidade, os produtores ru-
tituição Federal brasileira, bens públicos de uso co-
rais colaboram também para promover a agricultura
mum. Por conta disso, a legislação diz que sua ges-
sustentável, aumentar a oferta de alimentos e melho-
tão é de responsabilidade das instituições públicas e
rar os níveis de emprego e renda no meio rural.
prevê multas para o caso de danos a esse patrimônio.

Por isso, todo o estabelecimento rural – seja proprie- As linhas de nanciamento servem para a estru-

dade ou posse – está sujeito à legislação ambiental turação de circuitos locais e regionais de produção,

brasileira, que inclui dentre suas principais normas a beneciamento, processamento, armazenamento e

Lei de Crimes Ambientais ao Código Florestal. comercialização, com o objetivo de melhorar suas

condições de atuação no mercado de alimentos.


Em vigor desde 2012, o novo Código Florestal bra-

sileiro criou exigências para o produtor rural, como O pequeno e médio produtor pode pleitear as mo-

o Cadastro Ambiental Rural (CAR), um instrumento dalidades de crédito rural como pessoa física ou jurí-

obrigatório para todos os proprietários e possuidores dica. Ano a ano, o governo Federal tem alocado cada

de imóveis rurais no Brasil, considerado o principal vez mais recursos para o crédito rural. A maior parte

instrumento da regularidade ambiental no campo. do dinheiro destina-se a créditos de custeio para co-

Após o preenchimento do CAR, o produtor rural deve brir os gastos rotineiros com as atividades no campo.

também aderir ao Programa de Regularização Am- Esse dinheiro é tomado diretamente nos bancos ou

biental(PRA), que trata da regularização de área de por meio das cooperativas de crédito.

31
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

adaptação às mudanças climáticas. Todos eles po-


Perguntas e Respostas
dem ser nanciados pelo Programa ABC. São eles:

1. Como pequeno produtor rural, quais são os  Recuperação de Pastagens Degradadas.


programas de crédito que posso acessar?  Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e

O pequeno e médio produtor pode pleitear as modali- Sistemas Agroorestais (SAF).

dades de crédito rural como pessoa física ou jurídica.  Sistema Plantio Direto (SPD).

As linhas de nanciamento servem para a estrutu-  Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN).

ração de circuitos locais e regionais de produção,  Florestas Plantadas.

beneciamento, processamento, armazenamento e  Tratamento de Dejetos Animais.

comercialização, com o objetivo de melhorar suas  Adaptação às Mudanças Climáticas.

condições de atuação no mercado de alimentos. 4. Como posso ser nanciado pelo Programa
ABC?
Existem vários projetos e programas direcionados
O interessado deve dirigir-se à instituição nanceira
ao nanciamento, tanto por parte do governo federal,
credenciada de sua preferência que informará qual a
como de governos locais e outras instituições. São
documentação necessária, analisará a possibilidade
alguns deles:
de conceder o crédito e negociará as garantias. Após
 Programa ABC para Redução da Emissão de
a aprovação pela instituição, a operação será enca-
Gases de Efeito Estufa na Agricultura;
minhada para homologação e posterior liberação dos
 Programa Nacional de Fortalecimento da Agri-
recursos pelo BNDES. A maior parte dos recursos
cultura Familiar (PRONAF)
contratados para o Programa ABC até o momento
 Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor
(mais de 80%), foram pelo Banco do Brasil, via Pou-
Rural (PRONAMP)
pança Rural.
 Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)

2. O que é o Programa ABC para Redução da Emis- 5. Quais são os benefícios?

são de Gases de Efeito Estufa na Agricultura? O BNDES nancia até 100% do valor dos investi-

mentos, observado o limite de até R$ 2 milhões por


É uma linha de crédito rural para incentivar práticas
cliente, por ano- safra. O limite pode ser elevado para
de agricultura e pecuária de baixo carbono. Corres-
R$ 3 milhões quando se tratar de nanciamento para
ponde a parte do Plano ABC (Agricultura de Baixo
implantação de orestas comerciais. A taxa de juros
Carbono) voltada para oferecer recursos ociais para
é de 4,5% ao ano para produtores rurais que se en-
nanciamento da adoção de tecnologias que diminu-
quadrem como beneciários do Pronamp e 5% ao
am as emissões de gases de efeito estufa pelos pro-
ano, para os demais casos. No caso de nanciamen-
dutores rurais brasileiros. Foi criado em 2010 pelo
to às cooperativas para repasse aos cooperados, o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
limite refere-se a cada cooperado beneciado pelo
Para o ano-safra 2014/2015, conta com R$ 4,5 bi-
nanciamento. Pode haver a concessão de mais de
lhões de recursos disponíveis. É nanciado com re-
um nanciamento para o mesmo cliente,por ano-sa-
cursos do BNDES, Caderneta de Poupança Rural
fra, quando a atividade requerer e car comprovada
e Fundos Constitucionais.
a capacidade de pagamento do cliente.
3. O que é o Plano ABC?
O plano ABC nancia;
O Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às
 ABC RECUPERAÇÃO: Recuperação de pasta-
Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma
gens degradadas.
Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricul-
 ABC PLANTIO DIRETO: Implantação e melhora-
tura (Plano ABC), é parte da Política Nacional de Mu-
mento de sistemas de plantio direto.
danças Climáticas e dos compromissos assumidos
 ABC INTEGRAÇÃO: Implantação de sistemas de
pelo Brasil na Convenção das Partes para o Clima
integração lavoura-pecuária, lavoura-oresta,
(COP-15). É o plano setorial do governo federal para
pecuária-oresta ou lavoura-pecuária-oresta
a redução de emissões na produção agropecuária,
e sistemas agroorestais.
com metas estabelecidas até 2020. O Programa ABC
 ABC FLORESTAS: Implantação, manutenção e
tem seu braço voltado ao nanciamento. Existem
melhoramento do manejo de orestas comer-
sete programas no Plano ABC, seis deles referen-
ciais, inclusive aquelas destinadas ao uso indus-
tes às tecnologias de mitigação e um com ações de
trial ou à produção de carvão vegetal.

32
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

33
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

 ABC AMBIENTAL: Adequação ou regulariza- Pecuária e Abastecimento. O objetivo é estimular a

ção das propriedades rurais frente à legislação recuperação de áreas degradadas destinadas à pro-

ambiental, inclusive recuperação da reserva le- dução agropecuária e que apresentam desempenho

gal, de áreas de preservação permanente, re- abaixo da média da região para o tipo de cultura ou

cuperação de áreas degradadas e implantação criação, além de incentivar a adoção de sistemas que

e melhoramento de planos de manejo orestal sigam a legislação ambiental.

sustentável.
8. Quem pode solicitar o PRODUSA?
 ABC TRATAMENTO DE DEJETOS: Implanta-

ção, manutenção e melhoramento de sistemas Produtores rurais, pessoas físicas, pessoas jurídicas e

de tratamento de dejetos e resíduos oriundos cooperativas de produtores rurais, sendo necessário

de produção animal para geração de energia e solicitar a um agente nanceiro (banco), que fornecerá

compostagem. as exigências conforme modalidade de crédito.

 ABC FIXAÇÃO: Estímulo ao uso da xação bio- 9. Quais são os benefícios do PRODUSA?
lógica do nitrogênio.
O PRODUSA permite a aplicação de seus recursos
6. Quais são os prazos de pagamento? em diferentes tipos de atividades, de acordo com o

Depende do projeto nanciado, podendo variar entre valor contratado. O limite de crédito é de R$ 400 mil,

5 anos, para projetos de implantação de viveiros de com taxas de juros que variam de 5,75% ao ano, para

mudas orestais (com carência de dois anos) até 15 projetos em áreas degradadas, e de 6,75% ao ano,

anos para projetos de implantação e manutenção de para outras situações.

orestas comerciais e para produção de carvão ve-


O PRODUSA nancia até R$ 300 mil por beneciário
getal (com 8 anos de carência).
para implantação de sistemas orgânicos de produção
7. O que é o Programa de Estímulo à Produção agropecuária. Projetos de implantação e ampliação
Agropecuária Sustentável (PRODUSA)? de sistemas de integração lavoura pecuária e silvi-

É uma linha de nanciamento com recursos do cultura (iLPS). Correção e adubação dos solos, recu-

BNDES e coordenada pelo Ministério da Agricultura, peração de pastagens, uso das várzeas já incorpora-

34
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

das ao processo produtivo e projetos de adequação quais se enquadram agricultores familiares, pesca-

ambiental de propriedades rurais. dores artesanais, extrativistas com práticas ecolo-

gicamente sustentáveis, aquicultores, maricultores,


Financia até R$ 400 mil para investimento em recu-
piscicultores, silvicultores, quilombolas e indígenas
peração de areas degradadas, que receberão recur-
que pratiquem atividades produtivas agrícolas.
sos conforme previsto em projeto técnico.

10. Quais são os prazos de pagamento do PRODUSA? Para solicitar o PRONAF, é necessário ter a Declara-

ção de Aptidão ao PRONAF (DAP) válida, nos termos


O prazo de reembolso varia de 5 a 8 anos, chegando
estabelecidos pela Secretaria de Agricultura Fami-
até 12 anos no caso de orestas plantadas.
liar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário
11. O que é o Programa Nacional de Fortalecimen-
(MDA), emitida por agentes credenciados pelo MDA,
to da Agricultura Familiar (PRONAF)?
observado ainda que:
O PRONAF é destinado a apoiar as atividades pro-
A) É exigida para a concessão de nanciamento no
dutivas exploradas com o emprego direto da força
âmbito do PRONAF;
de trabalho da agricultura familiar. Financia o inves-

timento destinado à implantação, ampliação e mo- B) Deve ser elaborada para a unidade familiar de
dernização da infraestrutura de produção e serviços produção, prevalecendo para todos os membros da
agropecuários e não agropecuários no estabele- família que compõem o estabelecimento rural e ex-
cimento rural ou em áreas comunitárias próximas. plorem as mesmas áreas de terra;
Possui diferentes linhas de nanciamento, dentre
C) Pode ser diferenciada para atender às característi-
elas, linhas de crédito especícas para a agricultura
cas especícas dos beneciários do PRONAF.
sustentável: PRONAF Floresta, PRONAF Agroecolo-

gia e PRONAF Eco. Os créditos podem destinar-se a:

12. Quem pode solicitar o PRONAF? E quais os A) CUSTEIO: Destinam-se a nanciar atividades agro-
critérios? pecuárias e não agropecuárias, de beneciamento ou

O público do PRONAF é dividido em grupos, nos de industrialização da produção própria ou de terceiros

35
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

enquadrados no PRONAF, de acordo com projetos es- O PRONAMP nancia;


pecícos ou propostas de nanciamento.  Construção reforma ou ampliação de benfeito-

rias e instalações permanentes;


B) INVESTIMENTO: Destinam-se a nanciar ativida-
 Irrigação, açudagem, drenagem, proteção e re-
des agropecuárias ou não agropecuárias, para im-
cuperação do solo.
plantação, ampliação ou modernização da estrutura
 Destoca orestamento e reorestamento.
de produção, beneciamento, industrialização e de
 Formação de lavouras permanentes. Formação
serviços, no estabelecimento rural ou em áreas
ou recuperação de pastagens
comunitárias rurais próximas, de acordo com proje-
 Eletricação e telefonia rural.
tos especícos.
 Aquisição de animais de pequeno, médio e
C) INTEGRALIZAÇÃO DE COTAS-PARTES PELOS grande porte, para criação, recriação, engorda
BENEFICIÁRIOS NAS COOPERATIVAS DE PRODU- ou serviço.
ÇÃO: Destinam-se a nanciar a capitalização de co-  Aquisição de equipamentos empregados na me-
operativas de produção agropecuárias formadas por dição de lavouras.
beneciários do PRONAF. Os créditos individuais,  Despesas com projeto ou plano (custeio e ad-
independentemente da classicação dos beneciá- ministração). Recuperação ou reforma de má-
rios a que se destinam, devem objetivar, sempre que quinas, tratores, embarcações, veículose equi-
possível, o desenvolvimento do estabelecimento rural pamentos, bem como aquisição de acessórios
como um todo. ou peças de reposição, salvo se decorrente de

13. O que é o Programa Nacional de Apoio ao sinistro coberto por seguro.

Médio Produtor Rural (PRONAMP)?  Aquisição de máquinas, tratores, veículos, em-

barcações, aeronaves, equipamentos e imple-


É uma linha de crédito federal com foco nos médios
mentos, desde que destinados especicamente
produtores rurais, que visa apoiar o desenvolvimen-
à atividade agropecuária.
to das atividades rurais, aumentar a renda e a ge-
15. O que é o Programa Nacional de Crédito Fun-
ração de emprego no campo e nanciar despesas
diário (PNCF) e quais são seus benefícios?
normais de custeio da produção agrícola e pecuária.
O Programa Nacional de Crédito Fundiário é um
14. Quem pode solicitar o (PRONAMP) e quais
programa que oferece condições para que trabalha-
são os benefícios?
dores rurais com pouca ou nenhuma terra possam
Proprietários rurais, posseiros, arrendatários ou par-
comprar imóvel rural. Os recursos são alocados por
ceiros que tenham, no mínimo, 80% de sua renda
subprojetos, como os de Aquisição de Terras (SAT),
bruta anual originária da atividade agropecuária ou
por exemplo.
extrativa vegetal e possuam renda bruta anual de até

R$ 1,6 milhões. Para solicitar o PRONAMP, o inte- Este programa visa dar condições para que o pro-

ressado deve dirigir-se à instituição nanceira cre- dutor rural compre um imóvel rural ou aumente

denciada de sua preferência, que informará qual a a área de sua propriedade, incentivando-o a se

documentação necessária, analisará a possibilidade desenvolver e forma independente e propiciar o

de concessão do crédito e negociará as garantias. acompanhamento écnico. Podem participar do

Após a aprovação pela instituição, a operação será programa agricultores rurais, trabalhadores rurais

encaminhada para homologação e posterior libera- sem terra, proprietários de terra inferior ao mó-

ção dos recursos pelo BNDES. dulo rural e pequenos produtores rurais, com, no

mínimo. Podem participar do programa agriculto-


Como benefícios do PRONAMP, o limite de crédito
res rurais, trabalhadores rurais sem terra, proprie-
para empreendimento individual é de R$ 385 mil por
tários de terra inferior ao módulo rural e peque-
ano-safra. Nos empreendimentos coletivos, esse va-
nos produtores rurais, com, no mínimo, 5 anos de
lor sobe para R$ 20 milhões, respeitado o limite indi-
experiência rural nos últimos 15 anos.
vidual de R$ 385 mil por participante.
Se o trabalhador rural se enquadrar nos critérios so-
A taxa de juros é de 5,5% ao ano. A periodicidade
licitados pelo programa, deve procurar o Sindicato
de pagamento do nanciamento poderáser mensal,
dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais ou da
trimestral, semestral ou anual, de acordo com o uxo
Agricultura Familiar do seu município ou entrar em
de receita do produtor rural.
contato com a UTE, para solicitar o nanciamento

36
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

e encaminhar todos os seus documentos pessoais,

como:

 RG;

 CPF;

 Comprovante de residência;

 Comprovante de votação da última eleição;

 Caso o solicitante seja casado, teráque apresen-

tar também os documentos do cônjuge.

O trâmite do processo se inicia na elaboração da pro-

posta do projeto de nanciamento, que deverápassar

pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural

Sustentável, para que seja declarada a elegibilidade

tanto da terra quanto dos beneciários. Em seguida,

a proposta segue para a UTE que, após fazer as ve-

ricações, a encaminha para o Conselho Estadual de

Desenvolvimento Rural Sustentável.

O agricultor pode, por meio do nanciamento, cons-

truir sua casa, preparar solo, comprar materiais e

insumos, ter acompanhamento técnico e o que mais

for necessário para se desenvolver de forma inde-

pendente, além de nanciar a terra.

Endereços Importantes

Banco Central do Brasil

http://www.bcb.gov.br/?PRONAFFAQ

Banco Nacional de Desenvolvimento Economico

e Social http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/

bndes/bndes_pt/Institucional/ Apoio_Financeiro/

Programas_e_Fundos/pronamp.html

Ministério do Desenvolvimento Agrário http://www.

mda.gov.br/sitemda/tags/pncf

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/

sites/default/bndes_pt/ Galerias/Arquivos/produtos/

download/Circ008_11_SEAGRI.pdf

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-

sustentavel/plano-abc

37
38
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

SUSTENTABILIDADE

A consciência sobre a necessidade de conciliar

ganhos econômicos com a preservação ambiental e

o bem-estar social mudou nas ultimas décadas.

Atitudes sustentáveis praticadas como princípios

em pequenas propriedades ou em empresas de to-

das as atividades econômicas, envolvendo todos os

trabalhadores e colaboradores, estão promovendo o

estabelecimento de uma nova cultura de produção e

prestação de serviços responsáveis.

A sustentabilidade possui um conceito sistêmico,

relacionado com a continuidade dos aspectos eco-

nômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade

humana. Para isso, devemos compreender que os

recursos naturais devem ser tratados como um bem

coletivo e não apenas como propriedade privada. O

pequeno e o médio produtor rural devem estar com-

promissados em garantir a médio e longo prazo um

planeta em boas condições para o desenvolvimento

das diversas formas de vida.

39
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

7. Onde pesquisar/encontrar fornecedores sustentáveis


Perguntas e Respostas
de insumos como papel, plástico, embalagens, entre

outros?
1. O que é sustentabilidade?
No momento, é necessário um pouco de pesquisa para en-
Sustentabilidade é toda atividade economicamente
contrar fornecedores sustentáveis de insumos em geral. A
viável, socialmente justa e ambientalmente adequada. A
maioria deles está acessível via internet.
sustentabilidade possui um conceito sistêmico, relaciona-
8. Quais são as instâncias de governo que pequenos
do com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais,
produtores rurais devem recorrer a respeito de meio
culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a
ambiente?
ser um meio de congurar a civilização e atividade huma-

nas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as Para vericar se sua atividade necessita de licenciamento

suas economias possam atender as suas necessidades e ambiental, pequenos produtores devem interagir com: Ór-

expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo gão Estadual de Meio Ambiente – OEMA: responsável pela

tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas natu- emissão delicenças ambientais, parainstalaçãoe operação

rais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eciência de empresas;

na manutenção indenida desses ideais.  .Ibama: nos casos de licenciamento orestal. O

Ibama possui superintendências em todos os Esta-


2. Quais os benefícios da adoção de ações de susten-
dos da Federação e no Distrito Federal, em condi-
tabilidade?
ções de orientar o licenciamento; Órgão Municipal
Garantir a médio e longo prazo um planeta em boas condi- de Meio Ambiente: muitas prefeituras já dispõem
ções para o desenvolvimento das diversas formas de vida. de uma entidade para orientar o empresário sobre

questões ambientais.
3. O que é o desenvolvimento sustentável?
9. O que é reciclagem?
É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da ge-
É o processo de transformação dos resíduos sólidos que
ração atual e garantir as necessidades das futuras gerações.
envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-

4. Qual a contribuição da Cultura da Sustentabilidade -químicas ou biológicas, com o objetivo de transformá-los

para o futuro da humanidade? em insumos ou novos produtos.

10. O que são resíduos sólidos?


A Cultura de Sustentabilidade será a responsável pelo

avanço desejado nas questões socioambientais que de- É todo o material, bem, substância ou objeto descartado,

saam a sociedade neste momento. Sem conhecimento, resultante de atividades humanas em sociedade. Ape-

envolvimento e ação, a sustentabilidade não será uma sar da denominação, os semissólidos, os gases contidos

realidade e continuará sendo um desejo de consumo em recipientes e os líquidos cujas particularidades tornem

da humanidade por um futuro e um presente melhores e inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou

sem crises. em corpos d’água, também são considerados resíduos só-

lidos.
5. Qual é a importância da adesão das pequenas pro-
11. É possível ter lucro e ser competitivo com atitudes
priedades ruraisàsustentabilidade?
sustentáveis?
As pequenas propriedades rurais são grandes fornece-
Sim, é possível como também recomendável sob o pon-
doras de alimentos e produtos para o país. Os pequenos
to de vista econômico. Ao reduzir o consumo de recur-
negócios e empreendimentos são aliados fundamentais
sos naturais, especialmente água e energia, os empre-
para a promoção da sustentabilidade e do desenvolvimen-
endimentos também economizam recursos nanceiros.
to sustentável brasileiro.
Atitudes sustentáveis praticadas como princípios em

6. Qual a importância das certicações que apontam empresas de todas as atividades econômicas, envolven-

produtos e serviços sustentáveis? do todos os trabalhadores e colaboradores, promovem

o estabelecimento de uma nova cultura de produção e


Elas são a principal referência para consumidores e mer-
prestação de serviços responsáveis. Economia e ecolo-
cado reconhecerem a autenticidade de produtos e servi-
gia são compatíveis, especialmente no ambiente empre-
ços sustentáveis. A idoneidade das certicadoras, res-
sarial
ponsáveis pelo processo de aprovação e fornecimento
12. Por onde começar a atuar sustentavelmente nos
dos selos, éa garantia da qualidade dos bens e serviços
pequenos negócios?
atestados. As certicações de sustentabilidade funcionam

como uma marca extra, que agrega valor e conabilidade à Os maiores desaos nas práticas sustentáveis, estão re-

marca da empresa ou indústria responsável pela produção lacionados a diminuir o uso de matéria prima, diminuir as

ou prestação de serviços sustentáveis. emissões de carbono e gerar o mínimo de resíduos possí-

40
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

vel. Vocêpode fazê-lo pelos processos de ecoeciencia e de melhoria de desempenho ambiental voltados, por exem-

redução de desperdícios. plo, na redução de desperdícios, na eciência energética,

uso racional de água, otimização das matérias primas e


13. É mais complexo para os pequenos negócios atuar
reaproveitamento de resíduos. A instituição dispõe de fer-
de acordo com os princípios da sustentabilidade?
ramentas e produtos que podem ser disponibilizados às
Guardando-se as diferenças e características entre os em-
micro e pequenas empresas por meio de projetos, consul-
preendimentos, em termos gerais atuar sustentavelmente
torias e outras ações em todas as unidades da Federação.
pode ser menos complexo para as micro e pequenas em-

presas do que para as grande empresas. As adequações


15. É possível se ter uma visão de negócios integrada à

a serem feitas na rotina dos processos produtivos e da


da gestão sustentável?

prestação de serviços são menores e menos complexas, Toda empresa ou negócio visa lucro e sempre de-

comparando-se com os grandes empreendimentos. Nas pende de recursos naturais para obter matérias primas,

pequenas propriedades rurais as atitudes sustentáveis água e energia para desenvolver seus produtos e servi-

podem ser iniciadas pela economia de recursos naturais, ços. Portanto, a gestão sustentável éinerente ao mundo

principalmente de energia e água, como na atenção para dos negócios. Não há incompatibilidade entre atividade

se evitar desperdícios em todos os sentidos. empresarial e sustentabilidade. Ao contrário, quanto mais

sustentável for o empreendimento - em termos econômi-


14. Como o SEBRAE pode apoiar as pequenas proprie-
cos, ambientais e sociais -, melhor serão os resultados do
dades na área da sustentabilidade?
negócio.
O SEBRAE pode apoiar na implementação de programas

Endereços Importantes

SEBRAE

http://sustentabilidade.SEBRAE.com.br/portal/site/Sustentabilidade-

de/menuitem.98c8ec93a7cfda8f73042f20a27fe1ca/?vgnextoid=f-

39f249ae28e5310VgnVCM1000002af71eacRCRD

41
42
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

PERFIL DO
PRODUTOR
RURAL

Conheça o perl do

produtor rural

Existe hoje no Brasil uma elevada heterogenia ao

que se refere ao perl produtivo, econômico e social

dos produtores rurais. Atualmente os produtores es-

tão cada vez mais integrados as novas tecnologias

da informação, transformando-os em empreendedo-

res de sucesso. Também sabemos que grande parte

dos produtores rurais do país, produzem diversas

culturas, trabalham com mão de obra familiar e res-

pondem por grande parte dos alimentos disponíveis

no mercado interno.

No entanto, em razão das particularidades do seg-

mento, é preciso investir cada vez mais em sistemas

produtivos sustentáveis, aumentando sua qualidade

de vida.

43
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

LEGISLAÇÃO RELACIONADA

LEI N.12.512/2011 ritorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida re-

presentada por Títulos da Dívida Agrária e dá outras


Institui o Programa de Apoio à Conservação Ambien-
providências.
tal e o Programa de Fomento às Atividades Produ-

tivas Rurais; altera as Leis nºs 10.696, de 2 de julho LEI N.8.629/1993

de 2003, 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e 11.326,


Promove a regulamentação dos dispositivos consti-
de 24 de julho de 2006.
tucionais relativos à reforma agrária,

LEI COMPLEMENTAR N.123/2006


LEI N.5.868/1972

Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da


Cria o Sistema Nacional de Cadastro Rural, e dá ou-
Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das
tras providências.
Leis no8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991,

da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, apro- LEI N.4.771/1965

vada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de


Institui o Código Florestal e suas alterações (1972,
1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da
1989, 1993, 2001, 2006, 2009), fazendo referência à
Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e
pequena propriedade rural ou propriedade rural fa-
revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e
miliar.
9.841, de 5 de outubro de 1999.
LEI N.4.504/1964
LEI N.9.393/1996
Dispõe sobre o Estatuto da Terrat
Dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Ter-

Para o SEBRAE, os produtores rurais adquirem sta-


Perguntas e Respostas
tus equivalente ao de empresas quando estão aptos

1. Quem são os produtores rurais no Brasil? a comercializarem seus produtos. No caso, isso equi-

vale a obtenção ou do CNPJ, ou a Inscrição Estadual


São aquelas pessoas físicas ou jurídicas que explo-
de produtor rural (IE) ou NIRF ou DAP ou registro
ram a terra, com ns econômicos ou de sub-
geral de pesca.
sistência, por meio da agricultura, da pecuária, da

silvicultura, do extrativismo sustentável, da aquicul- 4. Quais são as atividades agrícolas mais impor-

tura, além de atividades não-agrícolas, respeitada a tantes em nível econômico agregado?

função social da terra. Existem a commodities agrícolas de exportação

2. Quem é considerado Produtor Rural para o SE- como a soja, o açúcar, o café, a carne entre outros

BRAE? que contribuem para a balança comercial do País.

Contudo, também existem produtos agropecuários


Para ns de atendimento do SEBRAE, são consi-
de consumo interno que possuem grande importân-
derados produtores rurais as pessoas físicas que
cia para a obtenção de renda dos produtores rurais
explorem atividades agrícolas e/ou pecuárias, nas
como os produtos hortícolas, a criação de pequenos
quais não sejam alteradas a composição e as ca-
animais entre outros.
racterísticas do produto in natura, e que faturem até

3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) 5. O que dene o Código Florestal para os Produ-

por ano e possuam inscrição estadual de produtor, tores Rurais brasileiros?

DAP, CNPJ ou NIRF (Número de Inscrição na Receita A Lei 4.771/1965, que institui o Código Florestal e
Federal). Soma-se a esse grupo o dos pescadores suas alterações (1972, 1989, 1993, 2011,2006, 2009),
com registro Geral de Pesca. faz referência à pequena propriedade rural o proprie-

3. Quando é que os Produtores Rurais adquirem dade rural familiar em seu artigo 1,

status equivalente ao de empresas? Parágrafo 2, inciso I: “I –Pequena propriedade rural

44
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

45
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o Considera-se agricultor familiar e empreendedor fami-

trabalho pessoal do proprietário ou posseiro e de sua liar rural aquele que pratica atividades no meio rural,

família, admitida a ajuda eventual de terceiro e cuja atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:

renda bruta seja proveniente, no mínimo, em oitenta


I –Não detenha, a qualquer título, área maior do que
por cento, de atividade agroorestal ou do extra-
4 (quatro) módulos scais
tivismo, cuja área não supere: a) Cento e cinquenta

hectares, se localizados nos estados de Acre, Pará, II –Utilize predominantemente mão de obra da pró-

Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapáe Mato Grosso pria família nas atividadeseconômicasdeseuestabele-

enas regiões situadas ao norte do paralelo 13 S, dos cimentoouempreendimento;

Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridia-


III –tenha percentual mínimo da renda familiarorigi-
no de 44 W, do estado de Maranhão ou no Pantanal
nada de atividadeseconômicasdoseuestabelecimen-
mato-grossense ou sul-mato-grossense; b) Cinquen-
toouempreendimento, na forma denida pelo poder
ta hectares, se localizada no polígono das secas ou
executivo (redação dada pela Lei 12.512, de 2011).
a leste do Meridiano 44 W, do Estado de Maranhão
IV –Dirija seu estabelecimento ou empreendimento
e, c) Trinta hectares, se localizada em qualquer outra
com sua família. Parágrafo 1 - O disposto no inciso
região do País. Dessa forma, O Código Florestal foi a
I do caput este artigo não se aplica quando se tratar
primeira norma legal a estabelecer a denição e o
de condomínio rural ou de formas coletivas de pro-
critério de enquadramento da propriedade rural o
priedade, desde que a fração ideal por proprietário
familiar ou de pequeno porte, sem, contudo, manter
não ultrapasse 4 (quatro) módulos scais. Parágrafo
a denominação introduzida nas demais legislações.
2 –São também beneciários desta Lei:
6. O que são pequenos empreendimentos rurais?
I – Silvicultores que atendam simultaneamente a to-
São produtores rurais que possuem receita bruta de
dos os requisitos de que trata o caput deste artigo,
até R$3.600.000,00 - estabelecida na Lei Comple-
cultivem orestas nativas ou exóticas e que promo-
mentar nº 123/2006.
vam o manejo sustentável daqueles ambientes;

7. Como os Produtores Rurais brasileiros estão


II – Aquiqultores que atendam simultaneamente a
agregando maior valor a seus produtos?
todos os requisitos de que trata o caput de este arti-

Buscando a prossionalização da gestão da proprie- go e explorem reservatórios hídricos com superfície

dade e o conhecimento do mercado dos produtos é total de até 2 há(dois hectares) ou ocupem até 500

possível melhorar os processos e a qualidade dos metros cúbicos de água, quando a exploração se

produtos por meio da implantação de Boas Práticas efetivas em tanques-rede;

Agrícolas, a obtenção de certicações entre outras


III – Extrativistas que atendam simultaneamente aos
ações que agregam valor ao produtos e facilitam o
requisitos previstos nos incisos II, III e IV do caput
acesso a mercados.
deste artigo e exerçam essa atividade artesanalmen-

8. Como o SEBRAE pode me auxiliar? te no meio rural, excluídos os garimpeiros e faisca-

dores;
O SEBRAE oferece um conjunto de soluções por

meio de palestras, ocinas, cursos, kits educativos IV – Pescadores que atendam simultaneamente aos

e consultoria. É preciso apenas procurar a unidade requisitos previstos nos incisos I, II, III e IV do caput

mais próxima do SEBRAE na sua cidade. deste artigo e exerçam a atividade pesqueira artesa-

nalmente;
9. O que é Agricultura Familiar?
V – Povos indígenas que atendam simultaneamen-
É um meio de organização das produções agrícola,
te aos requisitos previstos nos incisos II, III e IV do
orestal, pesqueira, pastoril e aquícola que são ge-
caput do art. 3 (Incluído pela Lei 12.512, de 2011);
renciadas e operadas por uma família e predominan-

temente dependente de mão- de-obra familiar, tanto VI – Integrantes de comunidades remanescentes de

de mulheres quanto de homens. quilombos rurais e demais povos e comunidades tra-

dicionais que atendam 64 simultaneamente aos in-


10. Quem pode ser considerado Agricultor Familiar
cisos II, III e IV do caput do art. 3 (Incluído pela Lei
e Empreendedor Familiar Rural?
12.512, de 2011).

46
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

47
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

11. Qual é o tratamento dado aos Produtores Rurais II - Grupo "B"

pelo Imposto da Propriedade Territorial rural – ITR


Beneciários que possuam renda bruta familiar
e o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais - CNIR?
nos últimos 12 meses de produção normal, que

A partir da lei 9.393/1996, que dispõe sobre o Impos- antecedem a solicitação da DAP, não superior a

to da Propriedade Territorial Rural - ITR em seu art. R$20.000,00 (vinte mil reais) e que não contratem

2, parágrafo único, referência às pequenas glebas trabalho assalariado permanente.

rurais como sendo aquelas exploradas pelo produtor


III - Grupo "A/C"
rural ou com o auxílio de sua família. Essa denição

utiliza os mesmos montantes de área referenciados Agricultores familiares assentados pelo PNRA ou be-

no Código Florestal em seu art. 1 parágrafo 2, Inciso neciários do PNCF que:

I. Novamente, a caracterização da pequena proprie-


a) tenham contratado a primeira operação no Grupo "A";
dade rural tem como foco a exibilização da nor-
b) não tenham contratado nanciamento de custeio,
ma ou a isenção do pagamento do imposto tratado
exceto no próprio Grupo "A/C".
nesta legislação. Soma-se esse fato a instituição do

Sistema Nacional de Cadastro Rural, regulamentado IV - Agricultores familiares que:


pela Lei 5.868/1972 em seu art.7. Por esse Sistema,
a) explorem parcela de terra na condição de proprie-
caso o proprietário rural não possua outro imóvel,
tário, posseiro, arrendatário, comodatário, parceiro,
a área não excedente a 25 (vinte e cinco) hectares,
concessionário do PNRA ou permissionário de áreas
quando cultivada pelo produtor rural ou por sua famí-
públicas;
lia, também não serátributada pelo ITR.

b) residam no estabelecimento ou em local próximo,


12. Qual é a principal política pública de âmbito nacio-
considerando as características geográcas regio-
nal à agricultura em pequenas propriedades rurais?
nais;
É o Programa Nacional de Fortalecimento da Agri-
c) não detenham, a qualquer título, área superior a
cultura Familiar – Pronaf, que destina-se a estimular
quatro módulos scais, contíguos ou não, quantica-
a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra
dos conforme a legislação em vigor;
familiar, por meio do nanciamento de atividades e

serviços rurais agropecuários e não agropecuários d) obtenham, no mínimo, 50% da renda bruta

desenvolvidos em estabelecimento rural ou em áreas familiar da exploração agropecuária e não agrope-

comunitárias próximas. cuária do estabelecimento;

13. Quem são os beneciários do Pronaf? e) tenham o trabalho familiar como predominante

na exploração do estabelecimento, utilizando mão


São beneciários do Programa Nacional de Fortale-
de obra de terceiros de acordo com as exigências
cimento da Agricultura Familiar (Pronaf) os agricul-
sazonais da atividade agropecuária, podendo manter
tores e produtores rurais que compõem as unidades
empregados permanentes em número menor que o
familiares de produção rural e que comprovem seu
número de pessoas da família ocupadas com o em-
enquadramento mediante apresentação da “Declara-
preendimento familiar;
ção de Aptidão ao Pronaf (DAP)” ativa, em um dos

seguintes grupos: f) tenham obtido renda bruta familiar nos últimos 12

meses de produção normal, que antecedem a soli-


I - Grupo "A"
citação da DAP, de até R$360.000,00 (trezentos e
Agricultores familiares assentados pelo Programa Na- sessenta mil reais), considerando neste limite a soma
cional de Reforma Agrária (PNRA) ou beneciários do de 100% do Valor Bruto de Produção (VBP), 100%
Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) que do valor da receita recebida de entidade integrado-
não contrataram operação de investimento sob a égi- ra e das demais rendas provenientes de atividades
de do Programa de Crédito Especial para a Reforma desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, rece-
Agrária (Procera) ou que ainda não contrataram o limite bida por qualquer componente familiar, excluídos
de operações ou de valor de crédito de investimento os benefícios sociais e os proventos previdenciários
para estruturação no âmbito do Pronaf. decorrentes de atividades rurais;

48
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

V – Demais beneciários: são também benecários  Destoca,orestamento e reorestamento;

do Pronaf, mediante apresentação de DAP válida, as  Formação de lavouras permanentes;

pessoas que:  Formação ou recuperação de pastagens;

 Eletricação e telefonia rural;


a) atendam, no que couber, às exigências previstas
 Aquisição de animais de pequeno, médio e
no tópico IV - Agricultores familiares - e que sejam:
grande porte, para criação, recriação, engorda
1 - pescadores artesanais que se dediquem à pesca ou serviço;
artesanal, com ns comerciais, explorando a ativi-  Aquisição de equipamentos empregados na me-
dade como autônomos, com meios de produção pró- dição de lavouras;
prios ou em regime de parceria com outros pescado-  Despesas com projeto ou plano (custeio e ad-
res igualmente artesanais; ministração);

2 - aquicultores que se dediquem ao cultivo de or-


 Recuperação ou reforma de máquinas, tratores,

embarcações, veículos e equipamentos, bem


ganismos que tenham na água seu normal ou mais
como aquisição de acessórios ou peças de re-
frequente meio de vida e que explorem área não su-
posição, salvo se decorrente de sinistro coberto
perior a dois hectares de lâmina d'água ou ocupem
por seguro; e
até 500 m³ de água, quando a exploração se efetivar

em tanque-rede;
 Aquisição de máquinas; tratores; veículos, ob-

servado o disposto no MCR 3-3-6 a 3-3-8; em-


3 - silvicultores que cultivem orestas nativas ou
barcações; aeronaves; equipamentos e imple-
exóticas e que promovam o manejo sustentável da-
mentos, desde que destinados especicamente
queles ambientes;
à atividade agropecuária.

b) se enquadrem nas alíneas "a", "b", "d", "e" e "f" do 15. Onde posso me informar mais a respeito do
tópico IV - Agricultores familiares - e que sejam: perl do Produtor Rural na minha região?

1 - extrativistas que exerçam o extrativismo artesa-


No site do IBGE em consulta ao censo agropecuário
nalmente no meio rural, excluídos os garimpeiros e
brasileiro
faiscadores;

2 - integrantes de comunidades quilombolas rurais;

3 - povos indígenas;

4 - demais povos e comunidades tradicionais. Endereços Importantes


Obs. A Lei 11.326, de 2006, estabelece as di-
SEBRAE
retrizes para a formulação da Política da Agricultura

Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, e o http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSE-


seu artigo 3º dene quem é considerado agricultor BRAE/artigos/Novos- h%C3%A1bitos-do-produ-
familiar e empreendedor familiar rural. tor-rural-revelam-uso-de-tecnologias

14. O que pode ser nanciado através do Pronaf? SEBRAE

Investimentos individuais ou coletivos relativos aben- http://www.SEBRAE.com.br/sites/Portal-


se serviços necessários ao empreendimento, desde SEBRAE/ufs/pa/ pa%E2%80%93SEBRA-
que constituam um projeto de investimento e estejam E%E2%80%93a%E2%80%93z/Produtor-Rural
diretamente relacionados com a atividade produtiva-
SEBRAE
ede serviços, e destinados a promover o aumento da

produtividade e da renda do produtor rural, ou eco- http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSE-

nomia dos custos de produção, observado o disposto BRAE/ufs/rr/SEBRAEaz/ Cartilhas-para-o-Pro-

no Manual de Crédito Rural (MCR). São nanciá- dutor-Rural

veis itens como:


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
 Construção, reforma ou ampliação de benfeito- mento http://www.agricultura.gov.br/cooperati-
rias e instalações permanentes; vismo-associativismo/ associativismo-rural
 Obras de irrigação, açudagem, drenagem, prote-
IBGE
ção e recuperação do solo;

www.ibge.gov.br

49
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

50
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

CARTEIRAS DE
PROJETOS DA UNIDADE
DE ATENDIMENTO
SETORIAL
AGRONEGÓCIO

51
52
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

APICULTURA E
MELIPONICULTURA

53
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

legislação adotada pela União Européia para o este


Perguntas e Respostas
produto é a Directiva 2001/110/CE (COMUNIDADE

1. Qual a diferença entre apicultura e meliponicul- EUROPÉIA, 2001).

tura? Instruções Normativas

A APICULTURA é a criação da abelha Apis Mellifera. Instrução Normativa Nº 22, DE 24 de novembro de


É conhecida no Brasil como a abelha africanizada, 2005 Aprova o Regulamento Técnico para Rotula-
abelha europeia, Europa ou “oropa”. Essa abelha foi gem de Produto de Origem Animal embalado.
introduzida no Brasil após o descobrimento, pelos
3. Quero trabalhar com apicultura/meliponicultura.
religiosos europeus, em busca de cera para a con-
Como iniciar na atividade apícola ou meliponícola?
fecçao de vela e uso do mel. Em 1956, foram introdu-

zidas no Brasil abelhas africanas, que formaram O primeiro passo é fazer um curso de apicultura ou

um híbrido chamado comumente de “abelha africa- meliponicultura. As abelhas são seres extremamen-

nizada”. Essas abelhas, são mais defensivas que as te sensíveis e que dicilmente perdoam erro no seu

européias e mais resistentes a doenças. Assim como manejo. Assim, buscar capacitação é essencial. Di-

as européias puras, elas possuem ferrão no abdômen versas instituições realizam cursos básicos de api-

para defesa da colmeia. cultura: SEBRAE, Senar, Emater. Além dessas insti-

tuições, é comum que as associações de apicultores


A MELIPONICULTURA é a criação de abelhas nativas
façam também cursos de apicultura, credenciados
do Brasil. São abelhas que já existiam no país antes
junto à CBA (Confederação Brasileira de Apiculto-
da introdução da Apis, e tem como característica a
res).
ausência de ferrão. Assim, elas se defendem com as

mandíbulas e patas. A meliponicultura trata de di- 4. Sou apicultor e tenho um apiário, que produz
versas espécies, sendo as mais comumente criadas: por exemplo 100kg de mel, e quero vender esse
Jataí, Uruçú, Mandaçaia, Jandaíra, Tiúba, Tubí, entre mel embaladinho e com lacre, adesivo, como faço,
outras. A produtividade dessas colmeias é bem me- preciso registrar empresa e essas coisas todas?
nor que a da Apis, sendo a Tiúba a mais produtiva
Para a comercialização regularizada do seu mel você
(até 10 litros de mel/colmeia). O mel dessas abelhas
vai precisar de no mínimo:
também é diferente, possuindo teor de água mais

elevado se comparado ao mel de Apis. Por serem


 Rótulo Adequado (IN 22/2005 / Ministério da

Agricultura);
animais nativos do Brasil, a criação dessas espécies

é regulamentada pelo Ibama.


 Casa de mel ou entreposto com Serviço de Ins-

peção Municipal sendo permitido o fraciona-


2. Quais são alguns dos decretos e normativas que
mento;
regulamentam o setor produtivo de Apicultura?
 CNPJ ou inscrição estadual (caso seja produtor

Legislação rural);

Como seu empreendimento possui pouca escala, é


No Brasil, a legislação tem quinze anos (Instrução Nor-
aconselhável buscar uma marca coletiva de uma as-
mativa nº 11, de 20 de outubro de 2000), e quatorze
sociação. Assim, você se utiliza das instalações (casa
para os outros produtos apícolas, tais como geléia real,
de mel ou entreposto) para obter o selo de inspeção
pólen apícola, própolis, apitoxina e cera de abelhas, que
municipal, que permite a comercialização no seu Mu-
estão inseridos na legislação de 2001 (Instrução Nor-
nicípio. Caso ainda não exista essa marca coletiva,
mativa nº 3, de 19 de janeiro de 2001). Atualmente,
procure o escritório do SEBRAE mais próximo, que
consta no RIISPOA (Decreto n°30.691/52) somente o
pode ajudar sua associação ou cooperativa nessa ini-
mel e a cera de abelhas. Esse documento encontra-se
ciativa.
em processo de revisão.

5. Gostaria de saber como e onde posso vender


Para regulamentar a legislação do mel entre os pa-
mel de abelhas. Moro próximo a uma capital.
íses do Cone

A comercialização de mel é regulamentada pelo Mi-


Sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), existe o
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Regulamento Técnico Mercosul "Identidade e Quali-
(no caso de comércio interestadual), pela Secretaria
dade do Mel" (MERCOSUL/ GMC/RES. Nº 89/99). A

54
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

55
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

de Agricultura do Estado (comércio estadual) e Se-  denominação (nome) de venda do produto de

cretaria de agricultura (Comércio municipal). Depen- origem animal: o nome do produto de origem

dendo do local em que deseje comercializar, deve-se animal deve ser indicado no painel principal do

atender às exigências de onde se deseja realizar a rótulo em caracteres destacados, uniformes

comercialização. em corpo e cor, sem intercalação de desenhos

e outros dizeres. O tamanho da letra utilizada


Caso seja uma pequena quantidade de mel, é inte-
deve ser proporcional ao tamanho utilizado para
ressante procurar uma associação na sua região e
a indicação da marca comercial ou logotipo caso
vericar os procedimentos que os outros apicultores
existam;
utilizam para comercializar seu mel. Provavelmen-
 lista de ingredientes: a lista de ingredientes deve
te eles envasam pequenas quantidades e comercia-
ser indicada no rótulo em ordem decrescente de
lizam diretamente ao consumidor. Em quantidades
quantidade, sendo os aditivos citados com fun-
maiores, o mel pode ser comercializado em baldes
ção e nome e número de INS;
(ou tonéis) para cooperativas e/ou entrepostos que
 conteúdos líquidos: o(s) conteúdo(s) líquido(s)
comprem na região. Independente do caso, as con-
deve(m) ser indicado(s) no painel principal do
dições onde o mel foi extraído devem atender as
rótulo de acordo com o Regulamento Técnico
exigências sanitárias mínimas exigidas.
Especíco;
6. Quais os dizeres obrigatórios que devem conter  identicação da origem;
um rótulo de mel?  nome ou razão social e endereço do estabele-

cimento;
Conforme Instrução Normativa 22 de 2005 (Min.

Agricultura) A rotulagem de produto de origem ani-


 nome ou razão social e endereço do importador,

no caso de produtos de origem animal impor-


mal embalado deve apresentar, obrigatoriamente, as
tado;
seguintes informações:

56
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

 carimbo ocial da Inspeção Federal; lação de um apiário com 20 colméias. No entanto,

 Categoria do estabelecimento, de acordo com a recomenda-se ainda que, caso o futuro apicultor não

classicação ocial quando do registro do mes- tenha experiência na criação de abelhas, que comece

mo no DIPOA; com 3-4 colmeias para se familiarizar com as abe-

 CNPJ; lhas e seu manejo. Uma vez aprendido o manejo, é

 conservação do produto; possível iniciar na atividade montando e mantendo

 marca comercial do produto; um apiário com cerca de R$ 10.000, sendo que esse
 identicação do lote; valor varia diante dos preços dos insumos de norte a
 data de fabricação; sul do país. O SEBRAE realizou estudo de viabilidade
 prazo de validade; econômica para a apicultura, cujo link segue abaixo e
 omposição do produto; que apresenta maiores detalhes deste custo:
 indicação da expressão: Registro no Ministério
http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSEBRAE/bis/
da Agricultura SIF/DIPOA sob nº-----/-----; e
Estudo-de- Viabilidade-Econ%C3%B4mica-da-Apicul-
instruções sobre o preparo e uso do produto de
tu
origem animal comestível ou alimento, quando

necessário. 9. Quais são as certicações disponíveis para os

7. O que é a certicação no mel? produtos da apicultura?

A certicação é um mecanismo de avaliação da con- O produto das abelhas pode possuir as certicações:

formidade. É um processo de avaliação que segue  orgânico: certicação que assegura que de-
normas e critérios, nacionais e internacionais, para terminado produto, processo ou serviço segue
vericar o cumprimento de certos requisitos. Assim, as normas e práticas da produção orgânica.
a certicação verica se exigências estabelecidas  Comércio Justo: certicação para produtos e
para o produto são atendidas. serviços que seguem critérios especícos de

comercialização (sem intermediação especula-


São aspectos positivos de uma certicação:
tiva, com garantia de preço justo aos produtores
1. A certicação é feita para ver se o produto “cum-
etc.) e socioambientais (garantia de preserva-
pre regras pré-estabelecidas” e para comunicar isso
ção da saúde das pessoas e do meio ambiente).
ao consumidor.
 Certicação de Produto Kosher: Conceito

2. A avaliação tem roteiro-padrão, os avaliadores usado dentro da comunidade judaica mundial

seguem protocolos formais amplamente reconheci- como uma “garantia da qualidade de alimentos

dos e internacionalmente aceitos. supervisionados por um rabino ou rabinato”, o

que os torna alimentos autorizados para consu-


3. O produtor sabe como e o que será avaliado.
mo dentro das normas religiosas, conforme as
4. O certicado emitido é o atestado de que o produ- leis judaicas.
to está conforme os requisitos estabelecidos.
 Certicação no âmbito do Sistema Brasileiro de

É importante que o apicultor conheça os critérios Avaliação da Conformidade – Inmetro.

de certicação, quais os procedimentos e requisitos 10. Quais são os produtos das abelhas e que tipos
que sao avaliados. Cabe destacar que os requisitos de atividades eu posso desenvolver na apicultura?
avaliados pela certicação são denidos pelas partes
A apicultura produz diversos produtos e serviços co-
interessadas, em conjunto: os organismos certica-
merciais e comercializáveis:
dores; as empresas do setor; os especialistas; as au-

toridades acadêmicas ou públicas. Os interessados


 Própolis: é uma substância resinosa obtida pe-

las abelhas através da colheita de resinas da


podem participar e opinar por meio dos editais de

consulta pública, fóruns e outros. Os programas de ora (pasto apícola) da região, e alteradas pela

certicação são participativos e buscam o consenso ação de enzimas contidas em sua saliva. A cor,

entre as partes envolvidas. sabor e o aroma da própolis variam de acordo

com sua origem botânica. As propriedades an-


8. Quanto custa iniciar na apicultura?
tibióticas e fungicidas desta substância, que em

O custo para iniciar na atividade é o custo de insta- nossa língua se chama própole, eram conhe-

57
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

58
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

cidas desde a mais remota antiguidade pelos

sacerdotes egípcios e pelos médicos gregos e

romanos, assim como por algumas culturas sul

americanas.

 Pólen: O pólen apícola é coletado nas plantas pelas

abelhas, que o transportam em suas patas, mais


precisamente nas corbículas (cestas de pólen). Ao
receber a insalivação, o pólen é enriquecido com
enzimas e vitaminas, sendo estocado nos alvéolos
dos favos.
 Apitoxina: Apitoxina é o composto ativo pre-
sente no veneno das abelhas e é conhecido
por vários efeitos benécos para a saúde resul-
tantes da sua administração. Além disso, seu
uso se disseminou fortemente no mundo para
uso cosmético, uma espécie de “botox natural.
 Mel: Produto adocicado proveniente do néctar
das ores, coletado e processado pelas abelhas.
É o produto das abelhas mais comum e de uso
milenar pela raça humana.
 Geléia Real: Alimento produzido para uso exclu-
sivo das rainhas dos enxames. É um produto al-
tamente valorizado e de grande valor comercial,
com inúmeras propriedades.

 Além desses produtos, a apicultura também

permite os seguintes serviços:

 Remoção de Enxames: É frequente nas cidades

a instalação de enxames em prédios e residên-

cias. Para sua remoção é muito comum a co-

brança pelos serviços de remoção de enxames,

prestados por apicultores especializados nessa

atividade.

 Polinização: Há diversas plantas que aumen-

tam a qualidade dos seus frutos e até mesmo

sua produtividade com o uso de polinização por

abelhas, tanto Apis quanto abelhas nativas. Nos

cultivos de maçã e melão, por exemplo é co-

mum os apicultores serem pagos para colocar

as colmeias no local para polinizar as plantas e

aumentar a produção. Os valores variam local-

mente, mas geralmente giram em torno dos R$

50,00 por colmeia, num período de 15 dias.

11. O SEBRAE possui consultoria para apicultores?

Além dos cursos básicos de apicultura que são mi-

nistrados por diversas instituições, como o SEBRAE,

Senar, Emater, Universidades que tenham a cadeira

de Apicultura nos cursos de Agronomia, Veterinária

e Zootecnia, o SEBRAE também realiza consultoria

na área de apicultura. O foco de grande parte des-

sas consultorias é na tecnologia e inovação, por meio

do produto nacional SEBRAEtec. O SEBRAEtec é um

59
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

produto do SEBRAE que oferece consultorias em tec- cam cerca de 80% de ociosidade nos entrepostos bra-

nologia e inovação, a custos subsidiados. 80% do custo sileiros. Assim, o apicultor deve concentrar-se em sua

da consultoria é do SEBRAE, e 20% do produtor rural. produção e produtividade. A construção de entrepostos

Assim, é possível pagar consultoria a preços reduzidos, e casas de mel devem ser coletivas, de modo a reduzir

com o apoio do SEBRAE. Existe hoje um banco de con- os custos operacionais para cada apicultor individu-

sultores em apicultura em diversos estados do país. Por almente. Além disso, deve-se pensar também no uso

meio dos projetos de atendimento, que na sua maioria dessas unidades, uma vez que elas geram custo duran-

são vinculados a associações e cooperativas o SEBRAE te todo o ano, mas funcionam somente 3 a 4 meses por

realiza acompanhamento bem próximo para o desen- ano, dependendo da região onde forem instaladas.

volvimento da apicultura brasileira. Diante disso, reco-


13. Sou apicultor. O que o SEBRAE pode fazer por mim?
menda-se que o apicultor associe-se a sua associação

regional para que facilite esse processo. O SEBRAE realiza atendimento ao agronegócio como

um todo. Entre os segmentos prioritários para o SE-


12. Vale a pena construir um entreposto para minha
BRAE, encontra-se a apicultura. Assim, o SEBRAE
produção individual?
oferece cursos, capacitações, palestras, seminários e

De modo geral, não vale a pena. Um entreposto de mel consultorias aos apicultores de todo Brasil. De modo

apresenta um custo elevadíssimo, o que, salvo raríssi- geral, os projetos do SEBRAE possuem o seguinte foco:

mas exceções, é um investimento muito grande para Gestão, Acesso ao Mercado, Empreendedorismo, Ino-

pequenos produtores. Há estimativas da ABEMEL (As- vação e Tecnologia e Cooperativismo. Diante disso, é

sociação Brasileira de Exportadores de Mel) que indi- interessante ressaltar que o apicultor vinculado a uma

60
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

cooperativa ou associação possui maior facilidade em

acesso a este apoio, uma vez que é possível direcio-

nar melhor os recursos de um projeto para um grupo

maior de produtores. Procure o SEBRAE mais próxi-

mo, e eles informarão quais as opções disponíveis na

sua região. Hoje o SEBRAE tem 27 projetos de api-

cultura, e atende cerca de 13.000 apicultores todos os

anos, em todas as regiões do país.

14. Quais são as regras para criação de abelhas sem

ferrão?
Endereços Importantes
A meliponicultura é autorizada pelo IBAMA, desde que
ABEMEL
o número de colônias não ultrapasse 50 c o l m e i a s .
brazilletsbee.com.br/abemel.aspx
Ultrapassado esse limite, o meliponicultor deve pleite-

ar o registro de seu meliponário para que não sofra CBA

sanções legais. Por serem espécies nativas da fauna http://brasilapicola.com.br/

brasileira, o comércio interestadual de espécies, sem o Camara Setorial do Mel e produtos das abelhas
consentimento dos órgãos ambientais é proibido. http://www.agricultura.gov.br/camaras-seto-

riais-e-tematicas
15. Qual o regulamento para comercializar mel de

abelhas sem ferrão? Portal Abnt SEBRAE

http://www.abntcatalogo.com.br/SEBRAE/se-
No Brasil ainda não existe regulamentação federal
torial/
para a comercialização de mel de abelhas sem ferrão.
Portal do SEBRAE
São inúmeras espécies e subespécies, e o mel delas
http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSE-
é completamente diferente em suas características,
BRAE/Busca?q=apicultura
procedimentos para extração e conservação. Alguns

estados brasileiros, de forma independente e no âm- Embrapa

bito de sua autonomia elaboraram leis estaduais para http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/

a regulamentação do mel de abelhas nativas da sua FontesHTML/Mel/ SPMel/

região. Essa iniciativa contribui para o comércio local Guia de uso e aplicação de normas técnicas da
do mel de abelhas sem ferrão, mas não permite a co- cadeia apícola
mercialização interestadual. http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSE-

BRAE/bis/Guia-de-uso-e- aplica%C3%A7%-
De modo geral, o mel de abelhas sem ferrão apresenta
C3%A3o-de-normas-t%C3%A9cnicas-da-ca-
teor de água acima de 20%. Assim, é um mel de rápida
deia- ap%C3%ADcola
fermentação caso não seja conservado sob refrigera-

ção. Além disso, algumas espécies de abelhas sem Estudo de viabilidade econômica da apicultura

ferrão constroem parte de suas colmeias com ter- http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSE-

ra/estrume, de tal sorte que devem ser tomados cuida- BRAE/bis/Estudo-de- Viabilidade-Econ%-

dos para evitar a contaminação do mel. A extração do C3%B4mica-da-Apicultura

mel com sugadores ortodônticos (sugador de dentista) Dados setoriais: Exportação e Mercado Interna-
é altamente recomendada por proporcionar velocidade cional
de trabalho e limpeza do procedimento, evitando a con- http://brazilletsbee.com.br/dados-setoriais.aspx
taminação.

61
62
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

CAFÉ

63
64
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

sejado).
Perguntas e Respostas
6. Qual a importância em se preservar e incremen-
1. A recepa é uma poda drástica que deve ser re-
tar a concentração de matéria orgânica em solos
comendada para a renovação da parte aérea do ca-
cultivados com café, referindo-se à distribuição do
feeiro. Trata-se de uma prática simples, mas que
sistema radicular do cafeeiro?
possui algumas técnicas que devem ser respeita-
Considerando-se que mais de 80% do sistema radi-
das para o bom desenvolvimento da planta após
cular do cafeeiro concentra-se no primeiros 30 cm de
a poda. Neste sentido, explique por que a recepa

deve ser realizada a uma distância de 30 a 40 cm solo, a presença da matéria orgânica garantirá maior

do nível do solo? capacidade de retenção de água que será disponibi-

lizada às plantas, liberação gradativa de nutrientes


Para que haja maior garantia da presença de gemas
para absorção pelas raízes da placa supercial, além
seriadas capazes de originar novos ramos ortotrópi-
de contribuir para a menor taxa de compactação de
cos responsáveis pela reconstituição da parte aérea
solo.
do cafeeiro. Em caso de cortes mais severos, existe

grande possibilidade de não ocorrer brotação orto- 7. O que é escaldadura das folhas do cafeeiro e

trópica e as plantas não se desenvolverem como es- suas causas?

perado.
Trata-se de um problema siológico que resulta em

2 Por que é obrigatória a realização da poda por perda da cor das folhas e necrose do tecido, com

decote em cafeeiros esqueletados? perda da capacidade fotossintética. É causado pelo

aumento excessivo da temperatura das folhas que é


Para que ocorra a quebra da dominância apical exer-
severamente agravado por situações de décit hí-
cida pelo meristema apical do ramo ortotrópico sobre
drico.
as gemas existentes na planta e consequentemente,

a brotação lateral plagiotrópica desejada ocorra de 8. Quais são os sintomas de deciência de zinco
forma vigorosa e uniforme. no cafeeiro.

3. O orescimento do cafeeiro é caracterizado Folhas novas encarquilhadas, quebradiças e anadas


como sendo gregário, ou seja, ocorre de forma se- e diminuição do comprimento da região internodal
melhante/sincronizada numa mesma região. Expli- dos ramos ortotrópicos e plagiotrópicos.
que esse evento siológico com base em fatores
9. Por que a deciência de Boro causa baixo pega-
climáticos regionais.
mento oral no cafeeiro?
O orescimento do cafeeiro é fortemente inuencia-
O nutriente Boro é um dos responsáveis pela for-
do pela temperatura e precipitação da região. Numa-
mação do tubo polínico nas ores do cafeeiro e sua
determinada região, na qual o regime pluviométrico
ausência impede que haja a fecundação do óvulo no
e a variação da temperatura é uniforme, há grande
ovário da or.
inuência no desenvolvimento das plantas durante a

fase de vegetação e também, após a diferenciação 10. Porque a secagem forçada com uso de seca-
das gemas orais até culminar na antese. dores articiais com temperaturas acima de 40ºC

4. O sistema radicular do cafeeiro é constituído por prejudica a qualidade do café?

4 tipos de raízes. Cite-os.


As altas temperaturas podem promover danos sio-

Raíz pivotante, raízes axiais, raízes da placa super- lógicos irreversíveis na membrana plasmática das

cial e raízes de fora da placa supercial. células dos grãos de café, promovendo sua ruptura e

a exposição do conteúdo celular à oxidação e perda


5. Qual a função das gemas cabeça-de-série pre-
de características originais.
sentes no ramo ortotrópico do cafeeiro?
11. Segundo a metodologia de avaliação de cafés es-
Originar ramos ortotrópicos que podem ser conside-
peciais da SCAA, a partir de qual pontuação um lote
rados como “broto ladrão” em caso de plantas não
de café pode ser considerado como “café especial?
podadas (*não desejado) ou como novos ramos em

caso de renovação da parte aérea do cafeeiro (*de- 80 pontos.

65
[MAIA] MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

12. Quais os 10 atributos sensoriais avaliados no

café durante a degustação segundo a SCAA.

Aroma/fragrância, sabor, nalização, acidez, corpo,

equilíbrio, uniformidade de xícaras, xícara limpa, do-

çura e nota geral.

13. Quantos grãos “Quakers” podem existir numa

amostra de café torrado para que ele seja aceito

como “café especial” segundo a SCAA?

Nenhum.

14. Com relação à adaptabilidade térmica, qual a

diferença entre a espécie Coea arabica da espé-

cie C. canephora.

O Coea canephora é mais tolerante à temperatura

mais elevada quando comparado ao C. arabica, sen-

do recomendado para cultivos em regiões de menor

altitude e latitude.

15. Por que a colheita bem feita ainda é a melhor

alternativa para controle da broca-do-café?

Pelo fato da broca-do-café ser uma praga que infes-

ta apenas lavouras de café, ou seja, com a retirada

do único alimento desse inseto da área de cultivo,

o grão de café, há uma diminuição signicativa da

densidade populacional da praga e sua capacidade

de reinfestação é reduzida nas safras seguintes.

66
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Endereços Importantes

APEX-Brasil – Agência Bras. de Promoção de

Exportações e Investimentos

www.apexbrasil.com.br

ABIC - Associação Brasileira da Indústria de

Café

www.abic.com.br / www.cafeesaude.com.br

ABICS – Associação Brasileira da Indústria de

Café Solúvel

www.abics.com.br

ACBB – Associação Brasileira de Café e Barista

www.acbb.com.br

BSCA – Brazil Specialty Coee Association

www.bsca.com.br

CeCafé - Conselho dos Exportadores de Café do

Brasil

www.cecafe.com.br

CNA - Confederação de Agricultura e Pecuária

do Brasil

www.cna.org.br

CNC – Conselho Nacional do Café

www.cncafe.com.br

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento

www.conab.gov.br/conabweb

Embrapa/Café – Consórcio Bras. de Pesquisa e

Desenvolvimento do Café

www.embrapa.br/cafe

OIC – Organização Internacional do Café (ICO-

International Coee Organization)

www.ico.org

MDIC/SECEX

http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/index.

php?area=5

67
68
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

DERIVADOS DA CANA

69
Perguntas e Respostas

1. Qual a diferença entre cachaça e aguardente?

AGUARDENTE é a bebida com graduação alcoólica

de 38 a 54 por cento em volume, a 20º C, obtida do

rebaixamento do teor alcoólico do destilado alcoóli-

co simples ou pela destilação do mosto fermentado.

(Decreto nº 6.871/2009, art. 51).

CACHAÇA é a denominação típica e exclusiva da

aguardente de cana produzida no Brasil, com gradu-

ação alcoólica de 38 e 48 em volume, a 20º C, obtida

pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-

-de-açúcar com características sensoriais peculiares,

podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas

por litro. (Decreto nº 6.871/2009, art. 53)

2. Quais são os decretos e normativas que regula-

mentam o setor produtivo de cachaça?

Decretos:

Decreto Nº 4.851, de 2 de Outubro de 2003

Altera dispositivos do Regulamento aprovado pelo

Decreto nº 2.314, de 4 de setembro de 1997, que dis-

põe sobre a padronização, a classicação, o registro,

a inspeção, a produção e a scalização de bebidas.

Decreto Nº 4062, de 21 de Dezembro de 2001

Dene as expressões “cachaça”, “Brasil” e “cachaça

do Brasil” como indicações geográcas e dá outras

providências.

Decreto-Lei Nº 3855, de 21 de Novembro de 1941

Estatuto da Lavoura Canavieira. Instruções Norma-

tivas:

Instrução Normativa Nº 13, de 29 de Junho de

2005

Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Pa-

drões de Identidade e Qualidade para Aguardente de

Cana e para Cachaça.

Instrução Normativa Nº 36, de 14 de Outubro de 1999

Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões

de Identidade e Qualidade para Fermentados Acéticos.

3. O que é um projeto técnico de uma cachaçaria?

O Projeto Técnico não é um item obrigatório para a

legalização do empreendimento. Por outro lado, este

documento pode ajudar muito. Um bom projeto téc-

nico contém diversas informações que serão exigidas

70
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

71
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

em diferentes etapas do processo de registro. Objetivo: vericar se no local escolhido é permitido o

funcionamento de um engenho ou fábrica de cachaça.


Assim, o projeto poderá poupar tempo e dinheiro.

b. Busca de nome e marca


O Projeto Técnico deve conter no mínimo os se-

guintes itens: Órgão responsável: Junta Comercial e Instituto Na-

 Fluxograma de produção. cional de Propriedade Industrial (INPI).

 Planta baixa das seções mínimas. Objetivo: vericar se existe alguma empresa
 Descrição e dimensionamento de instalações registrada com o nome pretendido para a empresa
e equipamentos. e para a marca que será utilizada para a fabricação
 Recursos humanos (mão de obra necessária). de cachaça ou aguardente.

Como o projeto deve atender leis e normas


c. Formatação e arquivamento do contrato social
especícas da produção de cachaça, o técnico res-

ponsável pela sua elaboração deve conhecer as exi- Órgão responsável: Junta Comercial.

gências relativas a cada tema e à legislação.


Objetivo: elaborar e registrar o contrato social. Neste

É necessário que o técnico e o produtor conheçam o passo, os CPFs dos sócios são pesquisados para ve-

Código Sanitário Municipal, fazendo uma consulta à ricar os antecedentes junto a Receita Federal.

Prefeitura. Além disso, as atividades econômicas da


d. Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurí-
maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano
dica Órgão responsável: Receita Federal.
Diretor Urbano que determina o tipo de ativida-
Objetivo: registrar a empresa no Cadastro Nacional
de que pode funcionar em determinado endereço. O
de Pessoas Jurídicas, e obter do número de cadastro
local de instalação da nova empresa deve estar de
(CNPJ). O CNPJ é para a empresa o mesmo que o
acordo com esse plano.
CPF para pessoas físicas.
O Projeto Técnico deve considerar as exigências am-
e. Solicitação de Inscrição Estadual
bientais. Como há diferenças nas leis de cada es-

tado brasileiro, é fundamental informar-se junto aos Órgão responsável: Secretaria da Fazenda Estadual.
órgãos ou instituições competentes da região onde
Objetivo: registrar a empresa na Secretariada Fazen-
se instalará o novo empreendimento. A fabricação
da Estadual, obtendo-se o número de cadastro da
de cachaça gera o vinhoto, dejeto que, se não for
Inscrição Estadual (IE).
tratado adequadamente, pode ser muito poluidor. De-

nir como será tratado este resíduo é essencial para f. Alvará de funcionamento da empresa e Licença

a aprovação de qualquer projeto pelas autoridades Sanitária

responsáveis.
Órgão responsável: Prefeitura Municipal – Secretaria

O projeto técnico deverá ainda prever que as ativida- Municipal da Fazenda e Vigilância Sanitária Munici-

des de produção de cachaça sejam realizadas sem pal.

riscos de acidentes e/ou doenças do trabalho. Deste


Objetivo: obter o Alvará para funcionamento da em-
modo, será possível obter a aprovação das instala-
presa, documento que fornece o consentimento para
ções junto ao órgão regional do Ministério do Traba-
empresa desenvolver as atividades no local pretendi-
lho. O engenho que não atender à regulamentação
do, e obter a Licença Sanitária Municipal.
referente à segurança do trabalho ca sujeito ao im-

pedimento de funcionamento, conforme estabelece o g. Registro no Mapa

Decreto-Lei n° 5.452, de 1º de maio de 1943, que


Órgão responsável: Mapa (Ministério da Agricultura,
aprova a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
Pecuária Abastecimento).
até que a norma seja cumprida.
Objetivo: registrar tanto o estabelecimento produtor
4. Quais os passos para legalização da empresa
(engenho) ou engarrafador, quanto os próprios produ-
produtora de cachaça ou aguardente?
tos (cachaça, aguardente, aguardente composta etc.).

a. Consulta Comercial
h. Licença de Operação

Órgão responsável: Prefeitura Municipal.


Órgão responsável: órgão ambiental do Estado (Ex:

72
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

IAP, FEAM, CETESB etc). 5. Qual o Código CNAE – Classicação Nacional

de Atividades Econômicas que deverá constar no


Objetivo: fazer o Licenciamento Ambiental e obter a
Contrato Social para empresas produtoras de ca-
Licença de Operação para a empresa. Sem a licença
chaça e aguardente?
de operação a empresa não estará em dia com as

exigências legais Os códigos CNAE de interesse no setor da cachaça são:

i. Registro na Secretaria de Receita Federal do  11.11-9 Fabricação de aguardentes e outras be-

Brasil- SRFB bidas destiladas.

 1111-9/01 Fabricação de aguardente de cana-


Órgão responsável: SRFB.
-de-açúcar.

Objetivo: obter o selo de controle do Imposto sobre  1111-9/02 Fabricação de outras aguardentes

Produtos Industrializados (IPI). e bebidas destiladas.

6. Produtores da Agricultura Familiar que produ-


j. Matrícula no Instituto de Seguro Social – INSS
zem cachaça e aguardente terão direito a condição
Órgão responsável: INSS – Divisão de Matrículas.
de segurado especial da Previdência Social?

Objetivo: cadastrar-se no Instituto Nacional de Se-


Não. A constituição da nova empresa, tendo
guridade Social. O cadastramento e pagamento do
CNPJ, e a comercialização de bebidas excluem o
INSS garante o sustento do trabalhador e de sua fa-
produtor e demais componentes do grupo familiar da
mília quando ele perde a capacidade de trabalho por
condição de segurado especial junto à Previdência
motivo de doença, acidente, gravidez, prisão, morte
Social (Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, art.11,
ou idade avançada.
inciso VII). Por isso, a decisão de “abrir” uma empre-

73
sa deve ser analisada e discutida com toda a família! to(s) registrado(s) no Mapa. Para vender o

produto nal engarrafado, a empresa de-


7. Quais as etapas para o registro no Ministério da
verá ter registro também com Engarrafador ou
Agricultura- MAPA?
Envasilhador. Por outro lado, se a empresa não
O registro inclui duas etapas: produz, mas padroniza e engarrafa ou envasi-

lha, deverá ter o registro como Padronizador e


a. Registro do estabelecimento.
Envasilhador ou Engarrafador.
b. Registro do produto.
 O registro é isento de custos e não há necessi-

Estas duas etapas são fundamentais e uma não ex- dade de nenhum intermediário – o produtor ou

clui a outra! Muitos produtores e empresários, após empresário pode assumir o processo e ir direto

terem feito o registro da empresa (estabelecimento) ao Ministério.

no Ministério, esquecem que todos os seus produtos  O registro deve ser realizado na Superinten-

também devem ser registrados. dência Federal de Agricultura, Pecuária e Abas-

tecimento (SFA) do Estado onde exerce a sua


O registro do estabelecimento no Mapa é obrigatório
atividade. É lá que o produtor deve dar entrada
(Lei nº 8.918/1994, c/c Decreto nº 6.871, de 4 de
no seu pedido de registro.
junho de 2009) para quem produz bebidas com
 O registro deve ser realizado para cada unidade da
ns comerciais.
empresa, ou seja, por endereço de localização. Se

a. REGISTRO DO ESTABELECIMENTO o produtor tiver o engenho/destilaria em um local

 O registro é realizado de acordo com a ativida- ou endereço, e zer o engarrafamento em outro

de desenvolvida. O estabelecimento registrado endereço, são necessários dois registros!

como “produtor” poderá vender somente ca-  O registro é válido por dez anos em todo o ter-

chaça a granel e para outro(s) estabelecimen- ritório nacional. O empresário deve fazer um

74
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

pedido formal de renovação de registro junto ao lagem e quais são os “dizeres obrigatórios”(Decreto

Mapa até 30 dias antes do vencimento deste. nº 6871/2009, arts.10 e 11).

b.REGISTRO DO PRODUTO Os dizeres obrigatórios são:

 O registro de produto deve ser feito para cada  A denominação completa do produto (Cachaça).
marca de cachaça ou por sua respectiva com-  A marca comercial.
posição. A empresa terá que fazer o registro da  Produzido e Engarrafado por: (razão social) ou
cachaça envelhecida, da cachaça não envelheci- Padronizado e Engarrafado por:(razão social).
da, da cachaça reserva etc. A empresa terá que  O endereço.
fazer tantos registros quantas forem as suas  O CNPJ.
marcas ou composições.  O número do Registro do Produto no Ministério
 O registro de produto tem validade em todo o da Agricultura.
território nacional.  O conteúdo líquido.
 O registro de produto deve ser renovado a cada dez  A composição.
anos, por solicitação formalizada do interessado.  Número do Lote.
 Se a renovação não for requerida em tempo hábil  A validade (Produto não perecível).
(até 30 dias antes do vencimento) ocorre cancela-  A expressão “Indústria Brasileira”.
mento automático do registro de produto.  O teor alcoólico em porcentagem por volume (% vol).
 Uma vez registrado o produto, só poderá ocorrer  As seguintes frases de advertência, em desta-
alteração em sua marca e/ou seus ingredientes que: “Evite o consumo excessivo de álcool” e
mediante prévia aprovação pelo Mapa. “Proibido venda a menores de 18 anos”.

8. Quais os dizeres obrigatórios que devem conter  A declaração se o produto contém ou não glú-

um rótulo de cachaça e/ou aguardente? ten. A cachaça e a aguardente de cana não con-

tém glúten.
A criação de um rótulo deve considerar os aspectos

exigidos por lei. Existem leis especícas sobre rotu- 9. Quais os tributos federais, estaduais e munici-

75
pais que incidem sobre as empresas produtoras de dentre eles a cachaça, consiste em atribuir ao seu

cachaça e aguardente? fabricante a responsabilidade pela apuração e pelo

pagamento do valor do ICMS incidente nas subse-


FEDERAIS
quentes operações, até sua saída destinada a con-
 COFINS – Contribuição para o Financiamento
sumidor ou usuário nal (art. 6º, parágrafo 1º, da Lei
da Seguridade Social.
Complementar nº 87/96).
 CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Lí-

quido. Assim, o estabelecimento industrial que vende a


 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. cachaça, recolhe o tributo devido por ele mesmo e
 IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. também o tributo devido pelo distribuidor e pelo va-
 PIS – Programa de Integração Social.
rejista.

ESTADUAIS
Para proceder ao cálculo do imposto a ser retido
 ICMS – Imposto sobre Operações relativas à
pelo fabricante, referente às etapas subsequentes, os
Circulação de Mercadorias e Prestação de Ser-
estados divulgam o percentual da margem de valor
viços de Transporte Interestadual e Intermunici-
agregado ou preço nal ao consumidor, apura-
pal e de Comunicação.
dos pelo sco ou sugerido pelo fabricante
10. O que é substituição tributária:
ou entidade representativa da classe do segmento,

A sistemática de substituição tributária, instituída mediante apresentação de pesquisas de mercado,

pela maioria dos estados para diversos produtos, segundo os critérios denidos em lei. Essa base de

76
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

cálculo deve observar a realidade de cada mercado, para o produto são atendidas.

para ns de determinar o preço nal praticado em


São aspectos positivos de uma certicação:
cada operação.
1. A certicação é feita para ver se o produto “cum-
Desta forma, toda operação subsequente, após a
pre regras ré-estabelecidas” e para comunicar isso
aquisição das mercadorias por parte do distribuidor/
ao consumidor.
varejista, realizada dentro da Unidade da Federação

do estabelecimento distribuidor/varejista, não será 2. A avaliação tem roteiro-padrão, os avaliadores

mais onerada pelo ICMS, visto que a carga tributária seguem protocolos formais amplamente reconheci-

de toda cadeia mercantil já foi recolhida pelo indus- dos e internacionalmente aceitos.

trial, o primeiro da cadeia, ou seja, pelo contribuinte


3. O produtor sabe como e o que será avaliado.
substituto.
4. O certicado emitido é o atestado de que o pro-
Ressaltamos que, nas operações interestaduais, com
duto está conforme com os requisitos estabelecidos.
a cachaça, existem vários Convênios e Protocolos de
É importante que o produtor de cachaça conheça os
ICMS, que deverão ser observados para a determina-
critérios de certicação, quais os procedimentos e
ção do cálculo do valor do imposto a ser retido.
requisitos que sao avaliados. Cabe destacar que os
11. O Selo do IPI – Imposto sobre Produtos Indus-
requisitos avaliados pela certicação são denidos
trializados é obrigatório?
pelas partes interessadas, em conjunto: os organis-

Os produtores de cachaça estão obrigados ao uso mos certicadores; as empresas do setor; os espe-

do selo do IPI, de acordo com o art. 14 da Instrução cialistas; as autoridades acadêmicas ou públicas. Os

Normativa SRF nº 504/2005, com suas posterio- interessados podem participar e opinar por meio dos

res modicações. editais de consulta pública, fóruns e outros. Os pro-

gramas de certicação são participativos e buscam o


“Das Bebidas Sujeitas ao Selo:
consenso entre as partes envolvidas.

Art. 14. Estão sujeitos ao selo de controle, na forma


13. Quais são as certicações disponíveis para o
estabelecida neste ato, os produtos relacionados no
setor de cachaça?
Anexo I, quando:
Existem certicações que um estabelecimento de
I – de fabricação nacional:
cachaça pode pleitear como empresa:

a) destinados ao mercado interno;  sistema de gestão da qualidade (ISO 9.001, por

b) saídos do estabelecimento industrial ou equipa- exemplo);

rado a industrial, para exportação, ou em operação  sistema de gestão ambiental (ISO 14.001, por

equiparada à exportação, para países limítrofes com exemplo);

o Brasil.  sistema de gestão da responsabilidade social

(ABNT NBR 16.001, por exemplo).


II – de procedência estrangeira entrados no país. Em
O produto também pode possuir as certicações:
seu anexo 1 encontra-se a cachaça com o seu NCM

(Nomenclatura Comum do Mercosul)  orgânico: certicação que assegura que de-

terminado produto, processo ou serviço segue


Anexo I da Instrução Normativa SRF nº 504, de 3
as normas e práticas da produção orgânica.
de fevereiro de 2005 (Redação dada pela Instrução
 Comércio Justo: certicação para produtos
Normativa RFB nº 1.065, de 16 de agosto de 2010)”.
e serviços que seguem critérios especícos de

12. O que é a certicação de cachaça e quais seus comercialização (sem intermediação especula-

aspectos positivos? tiva, com garantia de preço justo aos produtores

etc.) e socioambientais (garantia de preserva-


A certicação é um mecanismo de avaliação da con-
ção da saúde das pessoas e do meio ambiente).
formidade. É um processo de avaliação que segue
 Certicação de Produto Kosher: Conceito usa-
normas e critérios, nacionais e internacionais, para
do dentro da comunidade judaica mundial como
vericar o cumprimento de certos requisitos. Assim,
uma “garantia da qualidade de alimentos super-
a certicação verica se exigências estabelecidas
visionados por um rabino ou rabinato”, o que

77
os torna alimentos autorizados para consumo  Portaria Inmetro/MDIC n. 71 de 15 de marco de

dentro das normas religiosas, conforme as leis 2010.


judaicas.
15. Quais as vantagens da certicação do Inmetro
 Certicação no âmbito do Sistema Brasileiro de
para a cachaça?
Avaliação da Conformidade – Inmetro.

Estas certicações possuem um histórico e existem A conquista do mercado e o grande desao dos pro-
produtos certicados ha um bom tempo. Porém, a
dutores de cachaça, que se veem em um “mar” de
única certicação cujos requisitos foram denidos
marcas. A certicação deve ser enxergada como
especicamente para a cachaça e a certicação no
uma oportunidade de mercado, uma ferramenta para
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Confor-

midade (SBAC), coordenado pelo INMETRO – Insti- melhorar a comercialização da cachaça e diferenci-

tuto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. á-la das demais. A certicação pode levar a um au-

mento de competitividade e do potencial de entrada


14.O que é a certicação de cachaça do Inmetro?
da cachaça em novos mercados, no Brasil e, princi-
A Certicação da cachaça no âmbito do Sistema Bra-
palmente, no exterior. Além disso a certicação do
sileiro de Avaliação da Conformidade, baseada em

requisitos especícos estabelecidos pelo Ministério INMETRO permite:

da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Instru-


 Facilitar o treinamento dos funcionários.
ção Normativa n.13, de 29 de junho de 2005) e pelo
 Diminuir o desperdício de matéria-prima e in-
Inmetro (Portaria Inmetro n.º 276, de 24 de setembro
sumos.
de 2009). É a única certicação especíca para ca-

chaça reconhecida pelo governo brasileiro.


 Melhorar o controle do processo produtivo.

 Aumentar o conhecimento tecnológico.


Ela é uma certicação voluntária, que tem como ór-

gão responsável o INMETRO, baseada nos padrões


 Sistematizar a produção.

de identidade e qualidade da cachaça, denidos pelo  Acesso a novos mercados, favorecendo expor-

MAPA-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- tações e fortalecendo o mercado interno.

cimento, e de alguns requisitos adicionais, visando  Garantia de conformidade do produto à legisla-


facilitar a exportação e o acesso a mercados.
ção vigente.

Os documentos para a certicação da cachaça se  Maior credibilidade da marca, pois o consumidor


referem a requisitos técnicos, legais, sociais e am-
considera o Selo de Identicação de Conformi-
bientais, seguindo:
dade como um símbolo de qualidade.
 Instrução Normativa (IN) n. 13 do Ministério da
 Diferenciação frente aos concorrentes.
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),

de 29 de junho de 2005;
 Combate a concorrência desleal.

 Portaria Inmetro nº 276, de 24 de setembro de  Redução de custos operacionais.

2009;  Melhoria continua da qualidade.

78
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Endereços Importantes

Instituto Brasileiro da Cachaça

www.ibrac.net

Câmara Setorial da cachaça

http://www.agricultura.gov.br/camaras-setoriais-e-tematicas

O Cachacista

http://www.ocachacista.com.br/

Mapa da cachaça

http://www.mapadacachaca.com.br/infogracos/marcas-ca-

chaca- brasil/

Inmetro – Cachaça

http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_so-

cial/ correlatas.asp#cachaca

Filme promocional, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=IjxJi8tlbyM

Estudo de mercado atualizado, disponível em:

http://bis.SEBRAE.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_

CHRONUS/bds/bds.nsf/444c2683e8debad2d7f38f49e-

848f449/$File/4248.pdfv

Idéias de Negócios, disponível em:

http://segmentos.SEBRAE2014.com.br/mwg-internal/de-

5fs23hu73ds/ progress?id=1+Dbn54uNT&dl

Certicação de cachaça: como diferenciar seu produto

http://www.bibliotecas.SEBRAE.com.br/bis/download. zht-

ml?t=D&uid=bfc06e87d61b20d20321d8b07643bbeb

Tributação da cachaça: como calcular os tributos

http://www.bibliotecas.SEBRAE.com.br/bis/download.

zhtml?t=D&uid=a3c4c54e9406f026fac74b0a9a04ad

Cachaça: como legalizar seu empreendimento

http://www.bibliotecas.SEBRAE.com.br/bis/download.

zhtml?t=D&uid=689580dfee07e7a30ceb66ebc4d3

79
80
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

FLORES E PLANTAS
ORNAMENTAIS

81
Perguntas e Respostas

1. É possível cultivar Flores e Plantas Ornamentais

em todo o Brasil?

Sim. Devido as diferentes condições climáticas no

Brasil é possível cultivar espécies de ores e plantas

ornamentais em todas as regiões.

2. Quais as espécies de ores e plantas ornamen-

tais que temos do Brasil?

Existem mais de 2.300 espécies de ores e plantas

ornamentais. No Brasil o segmento está dividido em

ores e folhagens de corte, ores e plantas envasa-

das, plantas para paisagismo e jardinagem.

3. Quais as regiões que mais produzem ores e

plantas ornamentais no País?

Segundo estudo realizado pelo SEBRAE a região que

mais se destaca é a Sudeste seguido da região Sul,

Nordeste, Centro- oeste e Norte respectivamente.

4. Quantos produtores cultivam ores e plantas

ornamentais no Brasil e qual o tamanho médio de

área é necessário para produção?

Atualmente, o Brasil possui aproximadamente 7.800

produtores que abrangem um total de 13.468 ha de

área cultivada (Hórtica Consultoria e Treinamento,

2014). O tamanho médio de área dos produtores está

em torno de 1,73 ha não sendo necessária uma área

muito grande para o cultivo.

5. É necessário o uso de estufas para a produção?

A necessidade de estufas e outros tipos de tecnolo-

gias irá depender da região e da espécie a ser cul-

tivada. Atualmente, de 67% a 70% da produção de

ores e plantas ornamentais, com exceção de gra-

mas, é cultivada a céu aberto; entre 28% a 30% sob

a proteção de estufas e apenas de 3% a 5% sob a

proteção de telados (Hórtica Consultoria e Treina-

mento, 2014).

6. Quais são as principais espécies que são culti-

vadas a céu aberto, em estufas e sob telados?

Os cultivos a céu aberto são principalmente os de

plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem

como palmeiras, árvores, arbustos e mudas de alta

rusticidade e de tolerância ao sol pleno. No cultivo

protegido por estufas encontra-se a maior parte da

produção de ores temperadas de corte como rosas,

cravos, lisianthus, lírios e outros, bem como algumas

82
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

das principais ores tropicais mais tecnicadas como  Serrote, martelo, alicate;

antúrios e orquídeas e plantas envasadas como lírios,  Tesoura de poda e podão;

violetas, begônias, ciclamens e outras. No telado a  Chave de boca e fenda;

maior parte do cultivo está concentrada nas regiões  Ancinho;

Norte, Nordeste e Centro-Oeste para o cultivo de es-  Lima;

pécies tropicais como antúrios e orquídeas, além de  Regadores, baldes, mangueiras plásticas e pe-

folhagens para vaso e corte, especialmente samam- neira.

baias, avencas, aráceas (lodendros) e outros. Maquinários:

7. Qual é o consumo per capita de ores e plantas  Carrinho de mão;

ornamentais no País?  Balança comercial;

 Conjunto de moto bomba;


Todos os estados do Brasil consomem ores e plan-
 Pulverizador costal;
tas ornamentais sendo que o consumo per capita
 Máquinas para semeadura;
médio anual é de R$ 26,27 com destaque para os
 Misturador e substrato.
estados do DF, MG, RJ, SC, SP e GO que consomem,

anualmente, acima de R$ 32,00 per capita (Fonte: Outros:

Hórtica Consultoria e Treinamento, 2014).  Sistema de irrigação;

 Depósito de sementes;
8. Qual o tipo de mão de obra necessária para rea-
 Madeiras para confecção de caixas;
lização do cultivo de ores e plantas ornamentais?
 Adubo mineral e orgânico;
Esse segmento exige mão de obra com qualicação  Grampos, pregos e arames.
técnica especíca voltada para manejo de produção
Recipientes para mudas:
rural. Cursos de produção de ores e plantas, irriga-
 Canudos de bambu;
ção, fertilização e adubos são fundamentais para
 Laminados de madeiras;
manter a equipe atualizada de acordo com as técnicas
 Latas e copos descartáveis;
mais atuais. Além de gostar de trabalhar com a terra,
 Sacos e tubetes plásticos.
os prossionais da produção devem ter atenção aos

detalhes, anal o crescimento e a oração dependem 10. Qual a adubação mais eciente para as plantas,

de cuidados especícos, respeitando as caracterís- pelas raízes ou pelas folhas?

ticas individuais de cada planta, sua sensibilidade e A adubação mais eciente é a realizada pelas raízes,
sua necessidade de água e/ou sol. Conhecimentos onde é o início do processo siológico de absorção
sobre o processo produtivo também são importantes de nutrientes para as plantas. Pode haver também
para a equipe administrativa e comercial, responsá- uma absorção pelas folhas, mas a recomendação
vel por transmitir aos clientes as informações sobre deve utilizar adubos especícos e em pequenas do-
as épocas de oração, padrão da produção, prazos sagens.
de entrega e durabilidade dos produtos.
11. É possível produzir o próprio substrato na pro-
9.Quais são as máquinas e os equipamentos ne- priedade?
cessários para quem deseja investir no negócio?
Caso tenha a disponibilidade de grande quantidade
Para a produção de ores e plantas é necessário a de compostos orgânicos como esterco animal, palha-
instalação de um viveiro que pode ser: da e outros resíduos naturais é possível produzir seu

 a céu aberto: sem cobertura; próprio substrato por meio da compostagem. Con-

 viveiro rústico: proteção lateral, com palhas e tudo, é recomendado procurar um Eng. Agrônomo

sapé, mourões de bambu xados no solo; para analisar os componentes minerais necessários

 viveiro de alvenaria: cobertura de sombrite a 50 para a formação de um bom substrato e a necessida-

ou 60%. de outros nutrientes.

Independente do modelo do viveiro vários equipa- 12. Quanto tempo demora em média para produzir
mentos são necessários: ores e plantas ornamentais?

 Pás (quadrada e de concha);


Como existem diferentes espécies de ores e plantas
 Sancho, machado, enxada, enxadão, foice, faca;

83
84
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

ornamentais cada uma possui um ciclo de produção.

Algumas possuem ciclo de produção de 2 a 3 me-

ses e outras possuem ciclos mais longos de mais de

um ano. Assim, é necessário saber também qual o

objetivo da produção e para que época para facilitar

o planejamento da melhor época de plantio de cada

espécie.

13. Quais são os mercados de venda de ores e

plantas ornamentais?

As ores e plantas ornamentais podem ser vendidas

para atacadistas, varejistas, artistas orais, decora-

dores ou diretamente para o consumidor nal. De-

pendendo da região o mercado pode se estruturar

de forma mais forte em um canal de distribuição ou

outro. Por isso, é importante conhecer a demanda do

mercado da região antes do início na escolha de qual

espécie a produzir.

14. Quem é um artista oral?

Os artistas orais são prossionais com-

provadamente capacitados no exercício de atividades


Endereços Importantes
oristas e que dominam a mais ampla gama de téc-

nicas e estilos orais e decorativos, atualizados com Informações sobre Flores e Plantas
as últimas tendências e novidades dos mercados na- Ornamentais
cionais e internacionais (ABAF, 2014).
www.SEBRAE.com.br
15. Onde posso obter informações sobre produção,
www.ibraor.com
mercado e outros assuntos sobre o segmento de

ores e plantas ornamentais? http://www.cultivando.com.br/consulta_

plantas_ornamentais_
O próprio SEBRAE possui inúmeras soluções e do-

cumentos para o produtor que já estão na ativida- ores_fotos.html www.cooperora.com.br

de ou que desejam iniciar neste segmento. Também www.veiling.com.br

existem outras instituições que podem dar apoio ao


http://bis.SEBRAE.com.br/resultadoBusca.
produtor como o IBRAFLOR, o SENAR, o MAPA. Para
zhtml?q=ores+e+plan- tas+ornamentais
maiores informações é recomendável a participação

de eventos e cursos disponibilizados no mercado http://www.ibraor.com/boletim.php http://

como a feira Hortitec e ENFLOR que ocorrem todo www.hortica.com.br/publica.php http://ead.

ano na cidade de Holambra/SP e a realização de vi- senar.org.br/cursos#

sitas a produtores que já são produtores de ores

e plantas ornamentais.

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86
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

FRUTICULTURA

87
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

88
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

A região Sul tem o maior consumo de frutas segui-


Perguntas e Respostas:
do das regiões Sudeste, Centro-oeste, Nordeste e

Norte. As 10 principais frutas consumidas no Brasil


1. O que é Fruticultura?
são banana, laranja, melancia, maçã, mamão, abacaxi,
Fruticultura é o ramo da agricultura que visa a pro-
manga, uva e melão.
dução de várias espécies de frutas com o intuito de

comercializá-las.
8. O que é poda de formação na fruticultura?

É a técnica de modicar o crescimento natural das


2. Quais são as frutas mais produzidas no Brasil?
plantas frutíferas, para proporcionar à planta uma
As 10 principais fruteiras com maior área plantada e/
altura de tronco (do solo às primeiras ramicações
ou destinadas à colheita em 2013 no Brasil são: La-
da copa) e uma estrutura de ramos adequados à ex-
ranja; Cacau; Banana; Coco-da-baía; Melancia; Uva;
ploração. Tem por objetivo dispor a copa simetrica-
Manga; Abacaxi; Maracujá e Tangerina. Somadas
mente, proporcionando uma distribuição equilibrada
elas responderam por 93% da área cultivada no país.
da fruticação.

3. É necessário utilizar irrigação na produção de frutas?


9. O que é Manejo Integrado de Pragas (MIP)?

Para obtenção de boas produtividades é recomen-


É a aplicação de alternativas ecologicamente reco-
dável à utilização da irrigação, principalmente nos
mendadas e uso racional de agroquímicos no cultivo
períodos de baixa pluviosidade (chuvas), mas isto
de frutas, por meio da instalação de armadilhas no
implica em maiores custos de produção (compra dos
pomar para realizar um controle baseado no número
equipamentos e energia elétrica), avalie se o custo
de insetos capturados. O produtor faz uso de medi-
de produção cabe no seu orçamento e qual sistema
das de controle somente quando a praga estiver aci-
de cultivo oferece uma margem da receita melhor -
ma dos níveis que poderão comprometer a produção.
com irrigação ou de sequeiro.
Este manejo leva em consideração a preservação do

4. É possível fazer fertirrigação na fruticultura? meio ambiente e a saúde do consumidor.

Sim. A fertirrigação é uma técnica de distribuição de 10. O que é Produção Integrada de Frutas - PIF de

adubos pela água distribuída pelo sistema de irriga- frutas?

ção. O manejo adequado desta tecnologia contribuiu


É a produção de frutas com qualidade e de forma
para aumento da produtividade e a otimização no uso
econômica, respeitando o ambiente, a saúde do con-
de adubos durante o ciclo da cultura.
sumidor e do produtor, por meio da minimização do

5. É possível um pequeno produtor ganhar dinheiro uso de agroquímicos e da integração de práticas de

com o plantio de fruteiras? manejo do solo e da planta.

Sim, é possível. Contudo é necessário realizar um No Brasil, a Produção Integrada de Frutas (PIF) está

bom planejamento antes de iniciar qualquer plantio, sendo utilizada por produtores de frutas de diversas

vericando qual espécie produzir, estudar o manejo regiões, principalmente naquelas áreas destinadas à

técnico, qual a nalidade, valor de investimento, pon- exportação, como é o caso da maçã, melão, manga,

tos de comercialização, preço de mercado do produ- uva, mamão.

to. Procure elaborar um Plano de Negócio para tomar


11. Quais a Culturas tem Produção Integrada de
a melhor decisão.
Frutas (PIF)

6. É possível integrar o plantio de frutas com ou-


Segundo o site do Ministério da Agricultura Pecuária
tras atividades agropecuárias?
e Abastecimento – MAPA, são 19 culturas inseridas

Sim, é possível. O cultivo de frutas pode ser realizado na Produção Integrada, dessas 16 são frutas, a re-

de forma consorciada com outras culturas agrícolas lação nominal das culturas que possuem norma es-

constituindo implantação de Sistemas Agroorestais pecíca para a produção integrada de frutas segue:

- SAF e outros sistemas que podem contribuir para o abacaxi, banana, batata, café, caqui, caju, citrus, coco,

bom aproveitamento da área da propriedade. go, goiaba, maça, mamão, manga, maracujá, melão,

morango, pêssego, tabaco e uva.


7. Quais são os mercados de venda de frutas mais

importantes no Brasil?

89
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

12. Como se controla a mosca das frutas? 14. Qual a vantagem da certicação de produtos na

fruticultura?
Para controlar a população de moscas-das-frutas, é

necessário eliminar os frutos caídos no solo. Adicio- Os certicados ou selos são instrumentos que tem

nalmente, deve-se retirar os frutos temporões. por objetivo atestar a qualidade do produto e facilitar

sua identicação pelo mercado consumidor, geral-


Usar isca tóxica e/ou armadilha nas plantas silves-
mente garantindo melhores preços e acesso a mer-
tres infestadas, liberar espécimes machos inférteis
cados diferenciados.
adquiridos de laboratórios também são tipos de con-

trole. Por ser um produto comercializado in natura, a cer-

ticação de frutas permite agilizar a comercialização


Outra medida é o ensacamento dos frutos antes do
da produção, uma vez que agrega uma identidade es-
início da maturação.
pecíca ao produto e aos fornecedores, tornando-os
13. É possível fazer cultivo de frutas sem agrotó- mais conhecidos nos mercados consumidores.
xicos?
15. Quais os tipos de certicados disponíveis na
Sim, é possível. É necessário realizar um manejo fruticultura?
adequado da cultura para a não utilização de agrotó-
Os certicados qualidade e procedência podem ser
xicos. Existem certicações que padronizam os pro-
privados ou públicos, nacionais ou internacionais e
cedimentos técnicos conforme legislação que dene
podem ou não facilitar a comercialização do produto.
a produção de orgânicos.

90
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Alguns dos certicados atualmente existentes no dos produtos, impacto ambiental e da saúde, se-

mercado e nos quais as frutas mais se enquadram gurança e bem-estar dos trabalhadores e dos

são: animais.

 Orgânicos: Segundo o Ministério da Agricultura  GLOBALG.AP hoje é o principal programa de

Pecuária e Abastecimento, “para ser considera- garantia de qualidade agrícola do mundo, tradu-

do orgânico, o produto deve ser cultivado em um zindo as exigências dos consumidores em Boas

ambiente que considere sustentabilidade social, Práticas Agrícolas em uma lista crescente de

ambiental e econômica e valorize a cultura das países - atualmente mais de 100.”

comunidades rurais A agricultura orgânica não  Rainforest: Segundo o IMAFLORA – maior cer-

utiliza agrotóxicos, hormônios, drogas veteriná- ticador no Brasil, as normas da Rainforest

rias, adubos químicos, antibióticos ou transgêni- apoiam o produtor na melhoria contínua da

cos em qualquer fase da produção.” gestão da propriedade, aumento da eciência e

 Indicação Geográca - IG: Segundo o Ministério produtividade, cumprimento da legislação am-

da Agricultura Pecuária e Abastecimento “O re- biental e trabalhista, conservação dos recursos

gistro de Indicação Geográca (IG) é conferido a naturais e na garantia de direitos e bem estar

produtos ou serviços que são característicos do aos trabalhadores rurais.

seu local de origem, o que lhes atribui reputa-  Tesco: A certicação TESCO é um padrão de

ção, valor intrínseco e identidade própria, além qualidade que os produtores rurais que comer-

de os distinguir em relação aos seus similares cializam os produtos in natura em todo o mun-

disponíveis no mercado”. do precisam atingir para comercializar frutas e

 Garantia de Origem Carrefour: segundo o site hortaliças para a rede de supermercados TES-

da empresa “O intuito é oferecer aos nossos CO na Europa.

clientes alimentos de qualidade, produzidos de

forma ambientalmente correta e socialmente

justa. Para isso, atendemos aos nossos princí-

pios que deram origem às normas do programa.

Conra-os e verique o signicado do selo Ga-

rantia de Origem”.

 Qualidade desde a origem – GPA do pão de

Açúcar: O programa contempla diversos aspec- Páginas com informações


tos e tem foco no controle e monitoramento de

resíduos de agrotóxicos.
sobre Fruticultura:
 Produção Integrada de Frutas - PIF: conforme
www.agricultura.gov.br
questões 10 e 11, a PIF é um conjunto de regras
www.canaldoprodutor.com.br
produtivas criadas pelo Governo Federal com o
www.senar.org.br
intuito de assegurar uma produção responsável
http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/poda.html
e sustentável, adequada aos preceitos legais do

Brasil. Entretanto não tem características que

facilitem a entrada dos produtos no mercado.


Publicações:
Externo: SÉRIE AGRONEGÓCIOS Cadeia Produtiva de

 GLOBALGAP: segundo o site da instituição Frutas Volume 7

mantenedora “As raízes do GLOBALG.AP, co- http://www.cepea.esalq.usp.br/hrasil/

meçou em 1997 como EUREPGAP, uma iniciati- edicoes/103/mat_capa.pdf

va por parte dos varejistas pertencentes ao Eu- 500 perguntas e 500 Respostas

ro-Retailer Produce Working Group. Varejistas 500 perguntas e 500 Respostas - •

britânicos que trabalham em conjunto com os FRUTICULTURA IRRIGADA

supermercados na Europa continental se torna- 500 perguntas e 500 Respostas –BANANA

ram conscientes das crescentes preocupações 500 perguntas e 500 Respostas –CAJU

dos consumidores em matéria de segurança 500 perguntas e 500 Respostas –CITROS

91
92
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

HORTICULTURA

93
Perguntas e Respostas

1. Sou proprietário rural e tenho dúvidas sobre o que seria me-

lhor produzir. Como o SEBRAE pode me ajudar?

O SEBRAE pode ajudar por meio da realização de consultorias

para diagnosticar as condições produtivas de sua área e apontando

oportunidades de mercado. Para isso é necessário procurar uma

unidade do SEBRAE e agendar uma conversa com um analista da

unidade de agronegócios.

2. Não sei como planejar minha produção para poder vender

para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Como fazer?

Para planejar sua produção você deverá buscar orientações téc-

nicas junto aos prossionais da área. É importante planejar sua

produção de forma que atenda às necessidades destas políticas

públicas governamentais. O SEBRAE promove a ocina “Gerenciar

no campo” com duração de 8 horas para os produtores da agri-

cultura familiar que ajudará a denir quanto, o que plantar e como

vender. Maiores informações buscar uma unidade do SEBRAE em

seu estado.

3. Não sei como colocar preço no meu produto e saber se está

dando lucro ou não. Como fazer?

A denição do preço de venda é um fator fundamental na existência

do negócio. O preço de venda é formulado baseando-se nos custos

da produção, impostos para produzir e avaliação do mercado para

determinar preços competitivos. O SEBRAE fornece capacitações

voltadas a formação de preço de venda.

4. Gostaria de vender hortaliças para a merenda escolar da mi-

nha cidade. O que devo fazer?

Primeiramente você deverá procurar a secretaria de educação da

sua cidade para buscar informações referentes à abertura do edital

da chamada pública para o PNAE (Programa Nacional da Alimenta-

ção Escolar). Quando aberto deverá avaliar as condições descritas

no edital e se escrever na concorrência. As chamadas públicas

contemplam produtores individuais ou grupos produtivos (associa-

ções ou cooperativas). O SEBRAE promove a palestra “Vender para

o governo no campo” com duração de 2 horas para os produtores

da agricultura familiar que ajudará a denir as melhores estratégias

de venda para o governo. Maiores informações buscar uma unida-

de do SEBRAE em seu estado.

5. Como faço para tirar a Declaração de Aptidão ao Pronaf. Onde

eu faço isso?

A declaração de aptidão ao Pronaf (DAP) é o documento exigido

para o produtor (a) rural com nalidade de acesso ao Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Para a família

ter direito ao acesso ao pronaf é preciso procurar uma entidade

94
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

credenciada e habilitada a emitir o documento, que após a inserção

da declaração de rendimentos fornecida pelo declarante, a enviará ao

Ministério de Desenvolvimento Agrário, onde a mesma será avaliada e

depois estando tudo certo será postado na internet o extrato da DAP,

que terá validade por três anos. Caso a situação de renda da família

mude durante esse período, essa carta pode ser cancelada antes de

completar o prazo. As entidades credenciadas pela emissão são: enti-

dade ocial de ATER (EMATER) ou os sindicatos rurais.

6. Sou produtor de hortaliças e preciso de crédito rural. Posso

acessar o crédito rural?

Todo produtor rural pode ter acesso ao nanciamento por meio

do Pronaf. Para isso o produtor não pode ter nenhuma restrição

nanceira junto aos órgãos de crédito. Com posse da DAP o produ-

tor deve procurar as agências de fomento e crédito (bancos) para

conhecer as linhas de nanciamento destinadas às agroindústrias,

cooperativas agropecuárias e produtores rurais.

7. Eu preciso colocar um rótulo no meu produto para vender.

Como fazer isso?

Os rótulos, não só identicam e denem os seus produtos, mas tam-

bém fornecem aos consumidores a informação necessária para tomar

boas decisões de compra. O tipo e a quantidade de informação neces-

sária no rotulo depende do produto que você está promovendo. Duas

leis regem como as informações devem ser apresentadas nas em-

balagens dos produtos comercializados no Brasil. O SEBRAE possui

consultoria tecnológica SEBRAEtec especializada, que pode ajudar na

criação da rotulagem dentro dos padrões exigidos.

8. Como fazer o planejamento da minha horta?

O planejamento da horta pode ser iniciado com a denição do ob-

jetivo que se pretende alcançar, essa etapa tem relação direta com

o mercado que se pretende alcançar.

Depois de denido o objetivo, deve ser vericada a disponibilidade

de área e de água. A produção de hortaliças requer irrigação bem

realizada. Também deve-se avaliar as ferramentas, insumos e ma-

teriais necessários. Deve-se anotar, de forma organizada, tudo que

já existe na propriedade e o que será necessário adquirir.

9. Na minha cidade tem muita seca, como posso fazer para pro-

duzir em hortas?

As hortaliças exigem irrigação constante para maior produtividade.

Para produzir hortaliças nesta condição, precisará denir estraté-

gias bem consistentes de captação, armazenamento e utilização da

água. O uso de sistemas de irrigação com baixo consumo de água,

adoção da cobertura morta e cultivo hidropônico podem proporcio-

nar o cultivo das hortaliças em condições adversas de seca.

10. Como é que acontece a produção hidropônica de hortaliças?

A produção hidropônica acontece em meio líquido, com ou sem

substrato para xação das raízes, onde os adubos químicos são

95
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

diluídos e disponibilizados às plantas pelo sistema de irrigação. Ele

é realizado em cultivo protegido (casa de vegetação ou estufas).

11. Como deno o que plantar na minha horta?

Primeiramente deve-se denir se irá comercializar o que será plantado

ou se a plantação será apenas para o consumo próprio. Outras obser-

vações deverão ser feitas, como as hortaliças preferidas para consu-

mo e a época do ano, pois algumas cultivares não adaptam ao clima da

região e nem todas as hortaliças podem ser produzidas durante todo

o ano. O SEBRAE pode ajudar com a realização de consultorias para

diagnosticar as condições produtivas de sua área e apontando oportu-

nidades de mercado, caso tenha interesse em comercializar. Para isso

será necessário procurar uma unidade do SEBRAE e agendar uma

conversa com um analista da unidade de agronegócios.

12. O que é uma horta comercial?

A horta comercial é voltada para a venda dos produtos cultivados.

Deve atender a algumas exigências do mercado.

13. O que é uma horta caseira?

Os produtos da horta caseira são cultivados para consumo da famí-

lia. Estas hortas são estruturadas geralmente no quintal das casas,

ocupam pequenos espaços e possuem variedades de hortaliças,

bem como algumas plantas condimentares e medicinais.

14. Sou produtor de hortaliças e quero ser um empresário. Como

o SEBRAE pode me ajudar?

O primeiro passo é se formalizar. A formalização é feita de forma

gratuita pelo Portal do Empreendedor. Há um considerável número

de empresas contábeis espalhadas pelo Brasil que poderão realizar

a formalização do MEI de graça. O SEBRAE é uma destas empre-

sas que oferece orientação de graça sobre a formalização.

15. Os produtores rurais da minha região têm interesse em obter o

registro de Indicação Geográca. Como o SEBRAE pode me ajudar?

O primeiro passo é entrar em contato com o SEBRAE mais perto

de você e solicitar apoio para avaliar se a sua região tem potencial

para obter o registro de Indicação Geográca. Caso seja vericado

que a região é uma potencial Indicação Geográca, o SEBRAE irá

apoiar a estruturação da Indicação Geográca por meio de diversas

ações, como sensibilização dos produtores, elaboração de docu-

mentos, desenvolvimento do selo da IG.

16. O Selo de Indicação Geográca - IG vai ajudar a aumentar

minhas vendas?

O registro de uma IG, por si só, não garante o sucesso comercial

do produto. É necessário desenvolver uma estratégia de promoção

da IG.O selo de Indicação Geográca irá diferenciar e agregar va-

lor ao seu produto, desenvolver a região, preservar a tradição e a

cultura local.

96
97
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Páginas importantes

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

www.agricultura.gov.br

Ministério do Desenvolvimento Agrário

www.mda.gov.br

Confederação Nacional da Agricultura

www.canaldoprodutor.com.br

Instituto Brasileiro de Horticultura

http://www.ibrahort.org.br

Associação Brasileira de Horticultura

http://www.abhorticultura.com.br

Embrapa Hortaliças

https://www.embrapa.br/hortalicas

Hortaliças na Web

http://www.cnph.embrapa.br/hortalicasnaweb

Associação Brasileira do Comércio de Sementes e

Mudas – ABCSEM http://www.abcsem.com.br/

Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística - IBGE

www.ibge.gov.br/

Publicações online

Catálogo Brasileiro de Hortaliças

http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSEBRAE/

bis/Conheça-o-Catálogo-Brasileiro-de-Hortaliças

Alface: saiba como cultivar hortaliças para colher

bons negócios. http://www.SEBRAE.com.br/sites/

PortalSEBRAE/bis/Alface:-saiba-como-cultivar-

-hortaliças-para-colher-bons-negócios

Horticultura com Design http://www.SEBRAE.com.

br/sites/PortalSEBRAE/ufs/ac/artigos/Horticultu-

ra-com-design:-produza-com-mais-qualidade

Como montar uma hidroponia

http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSEBRAE/

ideias/Como-montar-uma-hidroponia

Hortaliças não-convencionais

http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/le/ve-

getal/Qualidade/Qualidade%20dos%20Alimentos/

Cartilha%20Hortali%C3%A7as
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99
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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

LEITE E DERIVADOS
Saiba mais sobre Leite e Derivados

101
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

da da ação SEBRAETEC – de Inovação e Tecnologia.


Perguntas e Respostas
Uma sugestão é participar de uma capacitação cha-
1. Sou produtor de Leite. Como o SEBRAE pode me mada de PAS LEITE – Programa Alimento Seguro,
ajudar a ganhar mais dinheiro? que, por meio de cursos e consultorias, busca me-

O SEBRAE possui uma série de ferramentas que vão lhoria dos processos produtivos, de processamento e

auxiliar o produtor rural a se organizar melhor, ge- de transporte, atuando em toda a cadeia de qualidade

rir sua propriedade, e colaborar para uma melhoria do produto nal (Leite).

nos processos produtivos e consequentemente na Outra opção é executar ações individuais de


rentabilidade do negócio. Temos como exemplo, as melhoria dos processos produtivos na proprieda-
ferramentas No Campo para Gestão, o Programa Na- de que visam adequar as instalações, os proce-
cional SEBRAETEC para Inovação e Tecnologia, além dimentos de extração e armazenamento do Leite,
de uma Trilha de Atendimento no Acesso a Merca- sempre buscando uma maior qualidade do produto
do. O Produtor Rural deve procurar uma agência do e lucratividade da propriedade, por meio de Con-
SEBRAE mais próxima para entender melhor cada sultorias do SEBRAETEC especícas e individuais.
ferramenta e para que o SEBRAE possa orientá-lo
4. Como o SEBRAE atua no setor do Leite?
corretamente, diante de sua realidade atual e seus

planos para o negócio. O SEBRAE atua de forma sistêmica em toda a cadeia

do Leite, nas áreas de gestão, inovação, tecnologia, e


2. Tenho um sonho: Quero ser produtor de Leite.
mercado. Possui atuação direta aos clientes do SE-
Como o SEBRAE pode me ajudar?
BRAE no atendimento individual; no atendimento a
O Potencial Produtor Rural antes de procurar o SE- associações e cooperativas, no apoio aos parceiros
BRAE para auxílio na gestão ou planejamento de seu institucionais com convênios; e também com patro-
negócio deve se aprofundar um pouco em alguns as- cínios a eventos setoriais que busquem disseminar
pectos e informações importantes do setor que de- as informações aos pequenos produtores e apoiem a

seja investir, facilitando assim, o seu direcionamento estruturação da cadeia produtiva como um todo (São

entre as soluções existentes na instituição. Primei- exemplos: o ENEL – Encontro Nordestino de Leite; o
Congresso Internacional do Leite - Embrapa; a PEC-
ramente o Potencial Empresário deve estudar o ce-
Nordeste; o Interleite; entre outros).
nário (ambiente legal e físico/instalações) aonde

pretende iniciar a atividade. Posteriormente levan- 5. É preciso me associar a alguma cooperativa ou


tar quais os recursos que serão necessários para a associação de produtores de Leite para ser atendi-
implantação da atividade. Vericar se já existem do pelo SEBRAE? O que eu ganho com isso?
compradores tradicionais do produto nal (Leite) na
O SEBRAE fomenta e apoia os produtores de Leite
região que pretende investir. Procurar a Secretaria
a trabalharem em conjunto, por meio de cooperati-
Municipal de Agricultura para levantar as informa-
vas, grupos ou associações, possibilitando aumento
ções do setor no município que pretende atuar.
de escala e melhor capacidade de negociação com
E diante destas informações, mesmo que superciais, mercado, mas não é necessário fazer parte de um
procure uma agência do SEBRAE para conhecer as grupo para ser atendido. O SEBRAE realiza também
ferramentas No Campo que podem auxiliar na pros- o atendimento individual por meio de consultorias
pecção deste negócio, como por exemplo, por meio especícas à propriedade. Procure uma agência do
do curso NCR – Negócio Certo Rural, no qual essas SEBRAE mais próxima da sua propriedade para co-
informações e esse planejamento serão organizados nhecer as ferramentas existentes e decidir a melhor
em um plano de negócio, facilitando a decisão poste- forma de relacionamento com a instituição.
rior de investimento do cliente interessado.
6. O SEBRAE só atende a Agricultura Familiar?
3. Como o SEBRAE pode me ajudar a produzir Lei- Posso ser atendido mesmo possuindo uma pro-
te com mais Qualidade? priedade rural maior?

O Produtor Rural que procura auxílio na melhoria da Conforme regulamentos e legislação de criação do
qualidade do seu Leite produzido possui dois cami- SEBRAE, o mesmo deve atender as empresas e pro-
nhos na instituição bem denidos, ambos por meio dutores rurais que possuam faturamento anual de

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

no máximo R$ 3,6 milhões; seguindo as regras do bezerros?

enquadramento das empresas no limite do Simples


Nos 02 primeiros meses de vida, leite e concentrado,
Nacional. Portanto, se o produtor de Leite, indepen-
em quantidades adequadas, são os alimentos mais
dentemente do tamanho de sua propriedade, tem o
importantes para a nutrição dos bezerros. Nessa
seu faturamento anual dentro deste limite legal (com
fase, o fornecimento de alimento volumoso contribui
produção de aproximadamente 3,6 milhões de li-
muito pouco para o desenvolvimento dos animais.
tros/ano; R$1=1L; até 10.000L/dia), pode e deve ser
A partir do segundo mês de idade, com a redução
atendido pelo SEBRAE nas demandas de gestão,
da quantidade de leite, recomenda-se fornecer 2 kg
inovação, tecnologia, e mercado; auxiliando na me-
de concentrado/animal/dia. A partir da desmama,
lhoria dos processos e lucratividade da propriedade.
o consumo de volumoso aumenta gradativamente,

7. Sou Gestor da Cooperativa de Leite da Região. passando aos poucos a ser o principal alimento dos

O SEBRAE atende Cooperativa ou Associação de bezerros.

Produtores?
10. Durante a fase de colostro, deve-se ordenhar a
Conforme regulamentos e legislação de criação do vaca ou somente após o leite car “limpo”?
SEBRAE, o mesmo deve atender as empresas e
O mais indicado é ordenhar a vaca de duas a três
produtores rurais que possuam faturamento bruto
vezes ao dia, após o manejo de mamada do colostro.
anual de no máximo R$ 3,6 milhões; Portanto, se a
Em sistemas de aleitamento natural, essa ordenha
cooperativa ou associação possuir faturamento den-
deve ser feita após o bezerro ter mamado. O excesso
tro deste limite legal, pode e deve ser atendido pelo
de colostro pode ser armazenado em freezer para
SEBRAE nas demandas de gestão, inovação, tecno-
ser utilizado em outros dias.
logia, e mercado; auxiliando na melhoria dos proces-

sos e lucratividade da empresa. 11. O manejo da pastagem interfere na produção

animal?
Caso o seu faturamento exceda este valor, o SE-

BRAE poderá realizar atendimento aos cooperados Sim. Quanto melhor se maneja a pastagem, maior

ou associados, por meio de uma parceria com a será a produção animal, até que se atinja a maximi-

Cooperativa/Associação demandante; aonde ambos zação do pasto.

interessados aportam recursos para as ações plane-


12. É verdade que vacas alimentadas à sombra
jadas/demandadas.
produzem mais leite?

8. O leite “sujo”, conhecido como “Colostro” é im-


Sim. Porém, o aumento de produção depende de dois
portante para os bezerros?
fatores:

O leite “sujo”, ou colostro, é o leite produzido entre  Quanto maior a diferença de temperatura am-
os três e o seis primeiros dias depois do parto. Ele é biente entre a sombra e fora da sombra (ao sol),
muito importante para a saúde do bezerro, especial- maior será a diferença de produção da vaca na
mente quando ingerido nas primeiras 24 horas de sombra ou ao sol;
vida, uma vez que é a sua principal fonte de imuno-  Quanto mais rústico for o animal, menor será a
globulinas, mais rico em gordura, proteínas (de qua- diferença entre a produção de leite à sombra e
tro a cinco vezes), minerais e vitaminas que o leite ao sol.
normal.
13. Por que a arborização de pastagens pode aumen-

É esse leite que garante a sobrevivência dos animais tar a disponibilidade e a qualidade de forragem?

após o nascimento, pois eles nascem desprovidos de


A sombra melhora a condição de umidade do solo e
qualquer proteção contra os agentes causadores de
facilita a mineralização de nutrientes, principalmente
doenças presentes no ambiente. São essas imunoglo-
de nitrogênio. As árvores também contribuem para o
bulinas que dão imunidade e proteção ao bezerro nos
controle da erosão e aumento da fertilidade do solo,
primeiros dias de vida. Por isso, é indispensável forne-
além de melhorar o aproveitamento da água das chu-
cê-lo o mais rápido possível depois do nascimento.
vas. Em pastagens cultivadas, o efeito conjunto do

9. Depois de quantos dias de vida deve-se dar sombreamento e da adição de nutrientes ao solo pe-

alimento volumoso (pasto, silagem, feno) aos las árvores pode acarretar esse aumento de disponi-

104
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

105
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

bilidade e qualidade da forragem. Higiene é a palavra-chave quando o assunto é con-

trole de moscas, sobretudo em relação à limpeza das


Mas cuidado para utilizar sombreamento moderado
instalações e à destinação adequada dos dejetos dos
e espécies de pastagens tolerantes a sombra, para
animais.
evitar perda e manchas de infertilidade.
O tratamento dos animais com mosquicidas deve ser
14. Como melhorar a qualidade genética de um re-
realizado preventivamente no início da época das
banho?
chuvas, uma vez que ambientes quentes e úmidos

Em gado de leite, o melhoramento genético pode ser são propícios à proliferação de moscas das mais di-

versas espécies.
obtido pela substituição de animais existentes no re-

banho por animais mais produtivos, seja por compra A aplicação de brincos impregnados com substâncias

ou por reposição, com animais oriundos da própria mosquicidas também é uma boa opção, mas devem

fazenda ou de criatórios conáveis. Os acasala- ser retirados de acordo com o período recomendado

mentos devem ser conduzidos de forma dirigida ou pela bula, a m de se evitar a proliferação de moscas

orientada, procurando juntar fêmeas da propriedade resistentes, em consequência do contato com o ve-

com touros, preferencialmente provados, que permi- neno enfraquecido pelo tempo.

tam melhorar os índices produtivos, reprodutivos e Existem alguns tipos de armadilhas que capturam e
morfológicos. eliminam moscas adultas. Para obter êxito, é impor-

tante que o controle seja realizado de forma adequa-


É de suma importância evitar o acasalamento entre
da e, ao mesmo tempo, na maior quantidade possível
indivíduos aparentados.
de propriedades da região, o que pode ser facilitado

15. É preciso? E Como realizar o controle das mos- pela estimulação da população por meio de campa-

cas do meio rural? nhas de combate às moscas.

106
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Endereços Importantes

Embrapa Gado de Leite

www.embrapa.br/gado-de-leite

www.embrapa.br/pecuaria-sudeste/busca-de-

-publicacoes/-/publicacao/953898/ boas-prati-

cas-hidricas-na-producao-leiteira

http://mais500p500r.sct.embrapa.br/view/pu-

blicacao.php?publicacaoid=90000010

www.embrapa.br/gado-de-leite/busca-de-publica-

coes/-/publicacao/992000/ manejo-inicial-de-be-

zerras-leiteiras-colostro-e-cura-de-umbigo

Embrapa Pecuária Sudeste – Tecnologia Balde

Cheio www.embrapa.br/pecuaria-sudeste/bus-

ca-de-projetos/-/projeto/38110/projeto-balde-

-cheio

MilkPoint

www.milkpoint.com.br

CEPEA - Esalq/Usp

www.cepea.esalq.usp.br

MAPA – Ministério Agricultura, Pecuária e Abaste-

cimento – Governo Federal www.agricultura.gov.

br/arq_editor/le/CRC/SENAR%20-%20 Pro-

du%C3%A7%C3%A3o%20de%20leite%20confor-

me%20IN%2062.pdfwww.agricultura.gov.br

www.agricultura.gov.br/arq_editor/le/cama-

ras_setoriais/Leite_e_derivados/34RO/

App_PAS_Leite.pdf

Pólo do Leite - FAPEMIG

www.polodoleite.com.br

107
108
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

MANDIOCULTURA

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

PERGUNTAS E RESPOSTAS  Mercado internacional crescente;

 Pesquisas tecnológicas envolvendo novas mo-

dicações do amido, inclusive com ênfase em


1. A cultura da mandioca é considerada economi-
processos naturais;
camente viável?
 Fortalecimento das instituições de apoio;
A mandioca é uma cultura economicamente viável,
 Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais
desde que se utilizem as tecnologias disponíveis, e
(APLs);
sejam observadas as exigências do mercado consu-
 Nicho de Mercado (Celíacos, Atletas e pessoas
midor.
ligadas à Saúde e Bem Estar).

2. Com relação ao ciclo das cultivares, como deve 8. Qual o custo total médio de produção de 1 t de
ser feita a colheita da mandioca para a indústria? mandioca no Brasil?

A colheita deve ser iniciada com as cultivares mais No Centro-Sul do Brasil, o custo total médio varia de
precoces e terminar com as mais tardias. R$ 110,00 a R$ 135,00 por tonelada, ao passo que,

no Nordeste, varia de R$ 120,00 a R$ 140,00 por


3. Quantos quilos de raízes um homem pode colher
tonelada.
por jornada de oito horas de trabalho?

9. Qual o principal item que compõe os custos de


O normal é colher de 600 kg a 800 kg de raízes
produção de mandioca?
em uma jornada de 8 horas, podendo alcançar até

1.000kg se o mandiocal estiver em solo leve, limpo e Nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São
com boa produção por planta. Paulo e Santa Catarina, considerando-se o custo to-

tal, o custo da terra é o principal item de custo, se-


4. Já existe, no Brasil, alguma colhedeira de raízes
guido do custo da colheita e dos tratos culturais. Na
de mandioca?
Região Nordeste, os tratos culturais representam a
Existe, mas a colheita mecânica ainda é uma ope-
maior parcela dos custos de produção.
ração muito dicultada, por causa de diversos fato-
10. Em que época do ano a mandioca alcança os
res como tamanho irregular, forma, profundidade e
melhores preços no mercado interno?
distribuição das raízes, além de problemas como o

arraste de terra e de resíduos de cultivo. Os melhores preços ocorrem no período de dezem-

bro a abril, podendo ocorrer variações regionais.


5. Qual é o rendimento de uma colhedeira de man-

dioca? 11. Em que época do ano a mandioca alcança os

piores preços, no mercado interno?


É de aproximadamente, 2 a 3 ha em 8 horas de tra-

balho Os piores preços costumam ocorrer entre os meses

de julho a outubro na Bahia e no Paraná, dois impor-


6. Que produtos podem ser extraídos da mandio-
tantes estados produtores de mandioca, período em
ca?
que se concentra a oferta.
A mandioca é considerada a mais versátil das tube-
12. Quais os usos mais frequentes dados à man-
rosas tropicais por seus múltiplos usos culinários:
dioca no Brasil?
minimamente processada, congelada ou refrigerada,

pré-cozida e chips. O processamento industrial da A mandioca é mais usada na alimentação humana e


mandioca, no Brasil, concentrasse na produção de animal, sendo utilizada também como matéria prima
farinha com cerca de 80%, na extração de fécula e de outros produtos na indústria.
cerca de 3%, sendo o restante utilizado na alimenta-
13. Quais os Pontos Fortes da cadeia produtiva da
ção animal.
mandioca no Brasil?
7. Quais as principais oportunidades de negócios
 Facilidade de cultivo da mandioca;
desse segmento?
 Alta produtividade comparada a outras culturas;
 Possibilidade de uso de cultivares adequados a  Hábito consolidado de consumo de farinha por
cada nalidade; parte dos brasileiros;
 Verticalização da cadeia produtiva;  Versatilidade nas aplicações industriais da fécu-

110
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

la, devido a suas características físico-químicas.

 Possibilidade do aproveitamento sustentável da

rama da mandioca e da manipueira.

14. Quais os pontos de fragilidade da cadeia produ-


Sites relacionados e
tiva da mandioca no Brasil?

 Falta de padronização da qualidade dos produ- Publicações:


tos;
http://www.sbmandioca.org/
 Baixas margens de lucratividade;

 Baixo investimento em melhoria de produtivida- www.embrapa.br/mandioca-e-fruticultura


de e qualidade;
http://www.abam.com.br/
 Baixa valorização do produto.

http://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSE-
15. Existem ameaças à cadeia produtiva da man-
BRAE/ideias/Como-montar-uma-f%C3%A1brica-
dioca?
-de-farinha-de-mandioca
Dentre as ameaças que existem à cadeia produtiva
http://www.SEBRAEmercados.com.br/mandio-
da mandioca podemos destacar:
cultura-oportunidade-para-pequenos-negocios/
 Falta de articulação na cadeia produtiva;

 Crescente poder de barganha dos hipermerca- http://www.SEBRAEmercados.com.br/mandio-

dos; cultura-perl-produtores/

 Oscilações signicativas dos preços praticados,


https://www.facebook.com/SEBRAEMandiocul-
independente do controle dos produtores e pro-
tura
cessadores;

 Fácil substituição no consumo dos derivados de http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgEp4AI/

mandioca por outros. cartilha-senar-149-hortalicas-raizes

111
112
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

ORGÂNICO

113
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

tilizantes altamente solúveis, que são colocados na


Perguntas e Respostas
água e absorvidos pelas raízes das plantas, e proibi-

1. Produção agroecológica é a mesma coisa que dos na prática da agricultura orgânica.

produção orgânica? 6. Qual a importância de se ter uma legislação so-

Não. A produção agroecológica é uma prática agríco- bre a agricultura orgânica?

la ou um sistema de produção, anterior à produção


A importância é de se estabelecer ou ter um conjunto
orgânica. A produção agroecológica, é na realidade
de normas e procedimentos a serem cumpridos e
uma abordagem que busca integrar os conhecimen-
observados pelos produtores e consumidores, esta-
tos cientícos e populares para se compreender e
belecendo legalmente conceitos e denindo princí-
avaliar os sistemas de produção de base ecológica,
não consistindo, porém em uma prática agrícola. A pios relacionados ao mercado.

agroecologia é a transição da produção convencio-


7. O que é manejo de solo e pra que serve?
nal para a orgânica. A agroecologia é a ciência que
norteia a produção orgânica, enquanto a agricultura Manejo de solo é o conjunto de práticas aplicadas a

orgânica é aplicação prática dos conhecimentos ge- um solo ou terreno, buscando a melhoria desse am-

rados pela agroecologia. biente para o cultivo agrícola, onde é feito o preparo

do solo com adubação.


2. O que é uma produção ou alimento orgânico?

8. Para se preparar o solo é necessário o uso de


Uma produção ou produto orgânico é aquele cultiva-
maquinário?
do em um ambiente sustentável, que não utiliza agro-

tóxicos, adubos químicos, antibióticos em qualquer Não. Nem sempre. Depende do tamanho do terreno

fase da sua produção, respeitando o meio ambiente ou da área a ser cultivada. O maquinário facilita o

e a saúde humana. trabalho, mas, em se tratando de uma horta pequena

não é preciso o uso de maquinário.


3. Todo o alimento cultivado sem o uso de agrotó-

xicos pode ser considerado orgânico? 9. O que é um sistema convencional de produção

de hortaliças?
Não. Um alimento para ser considerado orgânico, vai

além da não utilização de agrotóxicos. Em seu culti- O sistema convencional é aquele onde se faz o uso

vo devem ser levados em consideração também, os de fertilizantes químicos, agrotóxicos para o cultivo.

aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos.


10. O que é um sistema de produção orgânico?
4. Como sei se o produto que estou comprando e
O sistema orgânico é aquele que não faz uso de fer-
consumindo é orgânico?
tilizantes químicos, agrotóxicos para o controle de

Todo produto orgânico de procedência, comerciali- pragas e doenças. Para a produção faz-se uso de

zado em lojas e mercados deve ter axado na em- elementos naturais, como estercos e compostos or-

balagem um selo ou rótulo de certicação, em vigor gânicos, como folhas, pequenos galhos, etc.

desde janeiro de 2011. Se o produto é oriundo da


11. O que é uma boa prática de manejo orgânico?
agricultura familiar, o produtor precisa estabelecer

um laço de conança com o consumidor para efe- É quando se respeita o meio ambiente, se busca pre-

tuar a venda direta de seus produtos, buscando fazer servar a qualidade das águas, principalmente das

uma visita na propriedade de forma a conhecer se os nascentes, e a saúde do solo, adotando-se medidas

métodos utilizados são verdadeiramente os pratica- para prevenir a degradação do solo, evitando-se ero-

dos pela agricultura orgânica. sões e outras formas de degradação do solo.

5. Qual a diferença entre produtos orgânicos e hi- 12. Existe uma legislação especíca para a agricul-

dropônicos? tura orgânica?

A agricultura orgânica trabalha com o solo como or- Existem várias leis e resoluções que normatizam a

ganismo vivo, já a hidroponia é caracterizada pelo agricultura ou produção orgânica. A legislação es-

cultivo direto na água. Têm um processo de produ- tabelece um conjunto de normas e procedimentos a

ção diferente ao utilizado pela agricultura orgânica. serem cumpridos e observados por todos que que-

Na hidroponia podem ser utilizados agrotóxicos, fer- rem produzir orgânicos.

114
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

13. O que é um produto orgânico certicado?

É aquele que possui as características de conformi-

dade, geralmente certicado por uma certicadora,

podendo fazer uso de um selo de qualidade, que ga-

rante a procedência do produto.

14. Depois de adotar todas as exigências dos regu-

lamentos da produção orgânica já posso solicitar a


Endereços Importantes certicação?

Após adotar todas as práticas de manejo exigidas


Embrapa - www.cnph.embrapa.br
pelos regulamentos da produção orgânica, a unidade
Ministério da Agricultura, Pecuária e de produção poderá solicitar a certicação junto a
Abastecimento - http://www. agricultura.gov.br uma entidade que avalia todo o processo produtivo

SEBRAE - http://www.SEBRAE.com.br/sites/ da área ou da unidade produtora.

PortalSEBRAE 15. Quais as vantagens de se certicar um produto

SEBRAE - http://bis.SEBRAE.com.br orgânico?

Portal orgânico - www.portalorganico.com.br/ Ao buscar colocar seu produto no mercado, o pro-

www.oeco.org.br/alimentos https://pt.wikipedia. dutor poderá obter vantagens em relação ao produto

org/wiki/Orgânico convencional, uma vez que o consumidor busca dar

preferência a um produto cuja qualidade está rela-


Canal do produtor - http://www.
cionada à qualidade de vida e preservação do meio
canaldoprodutor.com.br
ambiente.

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

OVINOCAPRINOCULTURA

117
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

informar-se a respeito da criação de ovinos e


Perguntas e Respostas
caprinos em sua região.

1. Qual região do País é mais adequada para cria- 3. Na construção de um aprisco, quais os princi-

ção de ovinos e caprinos e o que devo considerar pais aspectos a serem observados inclusive para

para iniciar a criação? seu dimensionamento?

Os ovinos e caprinos de modo geral são extrema- Os aspectos a serem observados são:

mente adaptáveis a todas regiões do país. Existem  Os objetivos da exploração – se para carne e
raças mais adaptáveis a certas regiões e devemos pele ou leite.
nos atentar a isto. A criação de ovinos e caprinos é  A localização – em terrenos bem drenados,
rentável em todo país, mas para isto devemos nos solos duros e consistentes, próximo à casa do
atentar ao mercado e as raças que melhor se adap- morador/manejador e em área convergente às
tem a ele também. pastagens.

O ideal para início de qualquer negócio é a cons-  A altura do pé direito – pode variar de 1,90 a

trução de um plano de negócio que considere todas 2,20m.

variáveis inerentes a ele. A criação de ovinos e ca-  A área coberta e a área descoberta variam de

prinos deve ser considerada como um outro negócio acordo com a categoria animal.

qualquer, uma padaria, uma loja comercial, que vai  Circulação de ar – a construção deve permitir

precisar de investimentos, vai gerar um uxo de cai- que o vento circule no interior do aprisco. Nun-

xa, terá despesas mensais e receitas também. ca “vento encanado”.

 Material empregado – de preferência, o material


Deste modo procure um escritório local do SEBRAE
deve ser retirado da própria propriedade (ma-
para melhor informar-se a respeito da criação de
deira, palhas, etc.).
ovinos e caprinos em sua região e para a construção
As dimensões dos apriscos devem estar relacio-
do plano de negócios.
nadas:
2. Qual a infraestrutura mínima necessária para
 Ao tamanho do rebanho.
criação de ovinos e caprinos?
 Às categorias de animais.

O tamanho da terra é pouco representativo para a  Ao modelo físico de exploração.

criação de pequenos ruminantes. Podemos ter cria-  Ao regime de manejo empregado.

ções extensivas, semi extensivas e connadas, sendo  Ao nível de tecnologia utilizada.

totalmente a pasto, a pasto com suplementação e Qualquer que seja o regime de manejo em uso e a
totalmente connada com fornecimento de volumo- fase de exploração, isto é, produção, recria ou aca-
so e concentrado no cocho. Temos também formas bamento, os apriscos devem propiciar ambiente seco
de manejar o pasto de forma rotacionada, fazendo e ventilado, sem permitir a ação de correntes de ar.
com que a lotação chegue a mais de 30 animais por
Deste modo procure um escritório local do SEBRAE
hectare. Então dependendo da tecnologia que o pro-
para melhor informar-se a respeito da criação de
dutor queira implementar, que melhor se adapte a
ovinos e caprinos em sua região.
suas condições de trabalho o tamanho de terra não é

limitante para a criação de ovinos e caprinos. Adaptado 500 perguntas e 500 respostas Caprinos e

ovinos de corte. - EMBRAPA


A infraestrutura básica é constituída de:

 Instalações – Centros de Manejo, apriscos, bre- 4. Qual a importância da higiene das instalações?

tes, currais, esterqueiras e cercas A higiene das instalações é muito importante para a
 Comedouros. prevenção de doenças. A freqüência de limpeza das
 Bebedouros. instalações deve-se muito ao bom senso e à ação
 Saleiros. pró-ativa do produtor ou do manejador, pois nin-
 Infraestrutura de suporte alimentar, como silos guém melhor que eles para perceber quando é preci-
e áreas de produção de forragem (capineiras, so efetuar limpeza, especialmente nos apriscos. Em
bancos de proteína, pastos). Deste modo procu- situações de excesso de umidade, como nas épocas
re um escritório local do SEBRAE para melhor chuvosas, recomenda-se uma maior freqüência na

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

limpeza dos apriscos, currais e centros de manejo, 8. Que fatores inuenciam a sobrevivência das

como forma de prevenção contra diversos tipos de crias após o nascimento e que cuidados devemos

doenças. Os excrementos recolhidos durante a lim- tomar com ela após o nascimento?

peza devem ser mantidos longe do alcance dos ani-


A sobrevivência das crias dos pequenos ruminan-
mais, de preferência, em esterqueiras.
tes domésticos,independentemente da espécie e do

Deste modo procure um escritório local do SEBRAE sexo, é prioritariamente inuenciada:

para melhor informar-se a respeito da criação de  Pela condição corporal das matrizes no trans-
ovinos e caprinos em sua região. correr do último terço da prenhez.

5. Qual a distância entre os os da cerca elétrica?  Pelo consumo de colostro pela cria, imediata-

Quantos os devem ser utilizados? mente após o nascimento.

 Pelo corte e tratamento adequado do cordão um-


Recomenda-se o uso de quatro os. O primeiro o
bilical. Os cuidados após o nascimento devem ser:
deve car a 10 cm do solo. Entre o primeiro e o
A cabra e a ovelha, como a maioria das fêmeas de
segundo o, a distância recomendada é de 20 cm,
animais domésticos, têm o instinto materno de lam-
entre o segundo e o terceiro, de 25 cm e entre o
ber e limpar as crias ativando a circulação san-
terceiro e o quarto, de 30 cm.
güínea, e estimulando-as a carem de pé e
6. Que cuidados devem ser tomados com as fême- mamarem o colostro.
as no pré-parto?
A assistência, quando necessária, deve se resumir a:
As fêmeas em nal de gestação, de preferência
 Ajudar no ato de expulsão da cria.
entre 7 e 10 dias antes do parto, devem ser mantidas
 Fazer a limpeza dos restos placentários e das
em piquetes-maternidade ou em local limpo, coberto
narinas da cria.
e arejado, próximo à casa da fazenda, a m de per-
 Estimular as funções respiratórias e circulató-
mitir o acesso rápido do tratador, no momento do
rias, segurando a cria pelos membros posterio-
parto.Não se deve esquecer de deixar água fresca e
res e colocando-a de cabeça para baixo.
alimentação de qualidade à vontade.
 Fazer a massagem do tórax.

7. Como evitar o problema de rejeição da cria Recomenda-se fazer a pesagem da cria e lançar a
por parte da cabra e da ovelha? E o que fazer informação na escrituração zootécnica, identicá-
caso haja a rejeição? -la com alguma forma de marcação (brinco, colar)

e assegurar-se de que a cria mamou o colostro. Em


Em exploração de caprino e ovino de corte, eco-
seguida, deve-se realizar o corte e a desinfecção do
nomicamente não compensa o aleitamento articial
umbigo.
de crias rejeitadas. Portanto, o produtor deve tomar

medidas para evitar a ocorrência desse problema em 9. É necessário castrar cabritos e cordeiros?
sua propriedade. Entre as alternativas para evitar a
Existem três casos principais em que se recomenda
rejeição destacam-se:
a realização da castração.
 Manter, no plantel, matrizes de reconhecida ha-

bilidade materna, descartando as que não apre- A castração dos machos torna-se necessária quando

sentam essa característica. a infraestrutura da unidade de produção não permite

 Realizar as práticas de manejo pós-parto (corte a separação das crias por sexo, podendo ocorrer co-

do umbigo, marcação, limpeza da cria, e outras) berturas indesejáveis. Nesse caso, deve-se realizar

somente após a matriz ter feito o reconheci- a castração antes do início da atividade reprodutiva

mento da cria (lamber, cheirar, etc.). que, em ovinos pode ocorre a partir dos 5 meses de

 Permitir que a matriz permaneça connada idade.

com a cria pelo menos três dias após o parto, Quando os machos forem abatidos com idade su-
para fortalecer o vínculo mãe cria. perior a 10 meses, recomenda-se fazer a castração

Nos casos de rejeição, pode-se tentar que outra fê- pelo menos 30 dias antes do abate, a m de reduzir

mea adote a cria rejeitada ou selecionar fêmeas de o odor característico dos machos adultos.

maior produção para serem utilizadas como doado-


Como ferramenta para dar melhor acabamento de
ras de leite.

120
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

gordura na carcaça, uma vez que, em animais cas- em quantidade e de qualidade. Animais de melhor

trados, a deposição de gordura é superior àquela ob- potencial genético, como os meio-sangue de raças

servada em animais inteiros. especializadas para corte, são os mais indicados.

Peso vivo inicial igual ou superior a 15 kg à idade en-


10. O que devo fazer para obter sucesso no acaba-
tre 63 e 84 dias é um pressuposto muito importante
mento do animal a pasto”?
para que o animal ganhe em torno de 15 kg de peso
Os aspectos a serem observados são: vivo, num período médio de 84 dias, e seja abatido

 Utilização de forrageiras de bom potencial. com um rendimento de carcaça igual ou superior a

 Manutenção das características produtivas do 40%. Esses índices de desempenho animal são im-

solo. portantes para a garantia da sustentabilidade econô-

 Uso de animais com potencial de produção. mica do sistema de produção.

Tendo em vista que o acabamento pode ser realizado 11. Quais as doenças que acometem com mais fre-
tanto na época seca como na chuvosa, é importante qüência os caprinos e ovinos para corte em regiões
a manutenção de um pasto produzindo ao longo do tropicais?
ano, independentemente da distribuição das chuvas.
Em geral, essas espécies são acometidas por doen-
Portanto, é necessário o cultivo de pastos de espé- ças causadas por endo e ectoparasitas, bactérias e
cies exóticas, de gramíneas e/ou leguminosas que vírus. As ectoparasitoses mais importantes são:
tenham boa persistência na área, durante a época
 As sarnas demodécica, sarcóptica e psoróptica,
seca. Essas espécies devem responder bem a insu-
causadas por ácaros.
mos como adubos e irrigação e devem ser maneja-
 As pediculoses que têm como agentes os pio-
das de forma intensiva, de preferência em sistema
lhos e as miíases ou bicheiras causadas por lar-
rotacionado, garantindo, assim, a oferta de forragem
vas de mosca.

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

 As endoparasitoses mais freqüentes são: As optar por raças com melhor receptividade do merca-

verminoses gastrintestinais, principalmente a do e que melhor se adaptam a sua região.

causada pelo Haemonchus contortus e a Eime-


13. O sal de cozinha pode ser usado como substi-
riose.
tuto do sal mineral?
 Dentre as bacterioses destacam-se:
Não. O sal de cozinha contém apenas cloro e só-
- A linfadenite caseosa ou mal do caroço.
dio. Atualmente, 22 minerais são considerados es-
- As broncopneumonias.
senciais para o funcionamento normal do organismo.
- A pododermatite ou mal do casco. São eles:

- A ceratoconjuntivite ou olho branco.  Cálcio.

- A mastite.  Fósforo.

 Entre as viroses citam-se:  Magnésio.

- O ectima contagioso (boqueira).  Enxofre.

 Cloro.
- A maedi-visna.
 Potássio.

- A febre aftosa.  Sódio.

 Ferro.
- A raiva.
 Zinco.

A presença de doenças nos rebanhos é fortemente  Manganês.

inuenciada pelas condições ambientais e pelo regi-  Cobre.

me de manejo utilizado no sistema de produção.  Iodo.

Salientamos que todas as doenças citadas podem


 Cobalto.

ser prevenidas e/ou tratadas com medicamentos, va-


 Molibdênio.

cinas e manejo. Deve-se procurar um médico veteri-


 Selênio.

nário da sua região para maiores informações sobre


 Cromo.

a ocorrência destas doenças em sua região e melhor


 Níquel.

forma de prevenção.
 Silício.

 Fluor.
12. Quais as principais raças de ovinos exploradas  Estânio.
para corte, no Brasil?  Vanádio.

As principais raças são:  Arsênico.

 Santa Inês. Verica-se que o sal de cozinha só supre dois desses

 Somalis Brasileira. minerais, Cloro e Sódio, portanto não pode ser usado

 Morada Nova. como única fonte de minerais.

 Cariri. Procure em sua região qual o sal mineral especíco


 Dorper. para criação de ovino ou caprino para utilização em
 Rabo Largo. seu plantel. Existem misturas múltiplas, sal mineral
 Hampshire Down. adicionado com outros ingredientes, milho, soja, sor-
 Ile-de-France. go ou outras fontes de nutrientes que auxiliam no
 Suolk. desenvolvimento dos animais.
 Texel.
Procure orientação com os técnicos de sua região
 Bergamácia, além da grande maioria de animais
para melhor esclarecimento sobre a utilização desta
“Sem Raça Denida”.
fonte de alimento.
Existem raças que convivem melhor em certas re-

giões do país e mais adaptadas ao clima, vegetação, 14. Quais as forrageiras mais apropriadas para

temperatura e outras características regionais. Além connamento e para acabamento a pasto de cabri-

da adaptação da raça a sua região devemos nos tos e cordeiros?

atentar ao desejo do mercado, qual tipo de animal


Recomenda-se a utilização de forrageiras adaptadas
conseguimos vender com mais facilidade. Devemos
à região. As gramíneas se prestam muito bem a esse

123
m, pela facilidade de cultivo e pela elevada capaci- ma família do tifton e do coast-cross, só que mais

dade de produção por unidade de área. Para a Região adaptados às condições de baixa precipitação.

Nordeste, as principais forrageiras são:


Também, podem ser usados os Panicum, representa-
 Capim-elefante (Pennisetum purpureum) verde dos pelos capins tanzânia, mombaça e massai.
picado – utilizar a variedade recomendada para
Para o Centro-Oeste, existem várias opções:
a região. O corte deve ser feito aos 50 dias de

crescimento. Produção de 20 a 30 toneladas/  As brachiárias (exceto a decumbens, pelo fato

corte/ha e de 3 a 4 cortes/ano. de que,quando não bem manejada, favorece o

 Milho (Zea mays), na forma de silagem – usar a aparecimento de fotossensibilização).

variedade ou híbrido adaptado à região, na apre-  Andropogon.

sentação de grão farináceo ou duro. Produção  E podem, ainda, ser utilizadas variedades de co-

de 20 a 30 toneladas/corte/ha. lonião.

 Sorgo (Sorghum bicolor), na forma de silagem Na Região Sul, podem ser utilizados pasto nativo,
– usar a variedade ou híbrido adaptado à região, forrageiras de inverno, como aveia e azevém, e o mi-
na apresentação de grão farináceo ou duro. lheto durante o verão. Na Região Sudeste, podem ser
Produção de 20 a 40 toneladas/ corte/ha. utilizadas as cultivares de Panicum maximum (colo-
 Capins do gênero Cynodon dactylon (gramão, nião, tanzânia, mombaça) e de capim elefante.
coast-cross, tifton), na forma de feno, com 30
Procure orientação técnica em sua região aprovei-
dias de crescimento.
tando a experiência de outros produtores para facili-
 Produção: duas toneladas de matéria seca/cor-
tar o planejamento de sua criação.
te/ha.

 Milheto (Pennisetum glaucum), na forma de si- 15. Qual a infraestrutura mínima do abatedouro

lagem – usar a variedade ou híbrido adaptado para caprinos e ovinos em escala comercial?

à região, na apresentação de grão farináceo ou


De modo geral, o abatedouro-matadouro-frigoríco
duro. Produção de 20 a 40 toneladas/ corte/ha.
deve possuir a seguinte estrutura:
No pasto para a Região Norte do Brasil, podem ser
 Curral de espera com cobertura e brete de
usados os capins:
acesso.
 Tanzânia.  Áreas de insensibilização, de sangria e de vô-
 Mombaça. mito.
 Massai.  Linha de abate com trilhagem para esfola e evis-
 Gramão. ceração, com plataformas de trabalho e balança.
 Tifton.  Salas de processamento de cortes, de embuti-
 Coast-cross. dos, de vísceras brancas e vermelhas.
 Brachiaria brizantha (cv. marandu e cv. xaraés).  Câmaras de resfriamento e de congelamento.
 Andropogon (cv. planaltina e baeti).  Equipamentos de tratamento dos euentes do
 Capim-elefante, mais adaptado à condição de abate e dos processamentos.
maior umidade.
Salientamos que para a construção de um abate-
Na Região Nordeste, em virtude de sua diversidade douro deve-se fazer um plano de negócio antes de
de ambientes e do pasto nativo abundante na época sua implementação. Atenção para a disponibilidade
das águas, podem ser cultivados desde o já regional- de animais para abate e consumo de seus produtos
mente popular capim- búfel cv. aridus, passando pelo deve-se ter atenção na construção deste plano de
capim-elefante e pelo capim- gramão, que é da mes- negócio.

124
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Endereços Importantes

www.farmapoint.com.br www.embrapa.br/

caprinos-e-ovinos www.farmapoint.com.br

www.embrapa.br/caprinos-e-ovinos www.

caprileite.com.br/ www.emepa.org.br/ www.

arcoovinos.com.br www.agricultura.gov.br

Análise e segmentação de mercado na

ovinocultura do Distrito Federal http://

bis.SEBRAE.com.br/conteudoPublicacao.

zhtml?id=1649

Benchmarking internacional: complexo

agroindustrial da ovinocaprinocultura brasileira

http://bis.SEBRAE.com.br/conteudoPublicacao.

zhtml?id=5339

http://bis.SEBRAE.com.br/conteudoPublicacao.

zhtml?id=2939

Manual de gestão nanceira para ovinos de

corte

http://bis.SEBRAE.com.br/conteudoPublicacao.

zhtml?id=2939

Ferramenta de análise nanceira de mini

abatedouro multi espécie

www.miniabatedouro.SEBRAE.com.br

125
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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

PRODUÇÃO DE TILÁPIA EM
TANQUE ESCAVADO

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Alguns Estados possuem, condições edafo-climá-

ticas favoráveis para a piscicultura em tanques es-

cavados.

A demanda pela tilápia e seus produtos com valor

agregado vem crescendo substancialmente nos úl-

timos anos. O consumo habitual de peixe faz muito

bem à saúde. A tilápia é um alimento de alto valor

protéico, baixo teor de gordura, carne branca, saudá-

vel e saboroso.

Sendo conduzida de acordo com as técnicas de

produção, respeito ao meio ambiente e com foco no

mercado consumidor, essa atividade pode ser de-

senvolvida de forma competitiva e sustentável.

A criação de tilápia em tanques escavados, quan-

do integrada a outras atividades agropecuárias, trará

benefícios ao produtor rural em razão do reaprovei-

tamento de água, otimização de energia elétrica, in-

sumos e mão de obra, diversicando as fontes de

renda na propriedade. A água dos tanques, fertilizada

em razão do manejo de cultivo dos peixes, poderá ser

destinada a irrigação de pastagens, pomares, horta-

liças etc.

Vantagens da criação de tilápia :

 Possui elevada capacidade de adaptação;

 Suporta bem a situações ambientais adversas;

 Possui alta conversão alimentar;

 Possui grande resistência ao manuseio;

 Grande potencial para comercialização;

 E relação custo/benecio produtivo.

Para que a atividade da piscicultura seja iniciada é

necessário que o empreendedor conheça as regras

e os tramites legais para sua implantação e regulari-

zação junto às instituições de scalização e controle

ambiental, de fomento e de crédito, se necessário.

Os requisitos básicos relacionados aos recursos

naturais estão diretamente ligados ao local e aos

recursos hídricos, enquanto que aqueles ligados ao

meio ambiente se referem à legalização e à preser-

vação ambiental. Quanto aos recursos físicos, eles se

ligam diretamente às estruturas e condições opera-

cionais existentes na propriedade.

Buscando orientar o produtor rural, o SEBRAE por

meio do 0800 disponibiliza estas dicas de negócio,

para nortear o piscicultor e/ou potencial empresário

nesta importante atividade econômica.

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Sim. Porém, há necessidade de investimentos em


Perguntas e Respostas
impermeabilizantes para os fundos e laterais dos

1. Qual a menor largura de uma propriedade rural tanques. Pode ser lona plástica, manta asfáltica ou

para a implantação de piscicultura em tanques es- solo cimento.

cavados? 6. É possível produzir tilápia em águas salobras?

Propriedades com largura inferior a 50 metros apre- Sim. Ela tem uma boa capacidade de adaptação e
sentam diculdades para implantar unidades com crescimento em águas salobras. Há necessidade de
boa operacionalidade, uma vez que os tanques teriam que se promova a adaptação do alevino ao meio sali-
formato muito longitudinal, ou seja, muito compridos, no. Depois da adaptação as tilápias suportam salini-
o que aumentaria os investimentos iniciais na mo- dades de até 15 gramas de cloreto por litro de água
vimentação de terra, tubulação de abastecimento e
7. Qual a quantidade mínima de água necessária
canais de descarga, entre outras estruturas neces-
para implantar uma unidade de piscicultura em
sárias.
tanques escavados?
2. Qual o tamanho e o formato da área dos tan-
Conhecendo-se a capacidade de produção da fonte,
ques?
dimensiona-se o tamanho do projeto e dos tanques,
A produção de peixes em tanques escavados requer de modo que a água disponível atenda às demandas
áreas que não sejam muito pequenas. Propriedades de abastecimento e das renovações previstas ao lon-
muito estreitas não são recomendadas (menos de go do cultivo.
50 metros de largura), por aumentar a necessidade
8. Quais são as principais demandas de água na
de movimentação de terra e consequente aumento
piscicultura em tanques escavados?
no valor dos investimentos iniciais. O ideal é que a

área seja retangular para que a distribuição dos tan- Abastecimento dos tanques; reposição da água eva-

ques se dê de forma uniforme, e que o seu formato porada; reposição da água inltrada; reposição da

também seja retangular. Não são recomendados tan- água de troca em função do nível tecnológico em-

ques menores que 400 m² e maiores de 6.000 m². pregado.

Os muito pequenos aumentam os custos de manejo


9. Quais os principais contaminantes das fontes de
além de permitir grandes variações na temperatura
água utilizadas na piscicultura em tanques esca-
da água durante o dia. Já os muito grandes apresen-
vados?
tam grandes diculdades de manejo e captura dos

peixes. Esgotos domésticos; resíduos agroindustriais; resí-

duos agroquímicos; resíduos orgânicos.


3. Qual a declividade adequada de uma área para

implantação da unidade de piscicultura em tanques 10. Piscicultura em tanques escavados demanda

escavados? uso de energia elétrica?

A declividade não deverá ser maior que 2%, ou seja, Sim. De preferência em circuito trifásico, para capta-

para cada 100 metros lineares da área, o desnível do ção, elevação e distribuição de água na unidade pro-

ponto mais baixo para o ponto mais alto, não deve ser dutiva e alimentar máquinas/equipamentos utilizados

maior que 2 metros. no processo produtivo. Se não houver disponibilida-

de, podem ser usados grupos geradores movidos a


4. Qual a textura de solo mais apropriada para im-
diesel, gasolina ou gás.
plantar a piscicultura em tanques escavados?
11. Como deve ser o acesso à unidade produtiva de
O solo ideal é o que apresenta textura argilo-arenosa,
peixes em tanques escavados?
ou seja, quando está úmido, ao se fazer uma tira nas

mãos dá para juntar as duas pontas sem quebrar a Com capacidade de trânsito durante todo o ano, para

tira. Tecnicamente é o solo que na sua análise granu- veículos de pequeno, médio e grande porte, de forma

lométrica apresenta 40% de argila e 60% de areia. a facilitar a entrada de insumos, serviços e o escoa-

mento da produção.
5. É possível implantar unidades de piscicultura

em tanques escavados em solos arenosos? 12. Onde encontro assessoria técnica para a im-

130
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

plantação de unidade produtiva de tilápia em tan-

ques escavados?
Páginas com informações

Em serviço público de ATER (Assistência Técnica e sobre produção de tilápia


Extensão Rural) e empresas privadas de assessoria
www.SEBRAE.com.br
técnica. O SEBRAE dispõe do Projeto de Piscicultura

que atende piscicultores e potenciais empresários, www.mpa.gov.br

com o objetivo de fortalecer a atividade com compe-


www.panoramadaaquicultura.com.br
titividade e sustentabilidade.
www.cpt.com.br
13. Qual a Topograa do local?
www.SEBRAE2014.com.br/SEBRAE/SEBRAE

O local deve ser plano, com suave inclinação. A in- 2014/

clinação ideal não deve ser maior que 2%. Locais


www.acquaimagem.com.br
com declividades acima de 2% demandam maiores
www.ceplac.gov.br
investimentos em movimentação de terra, acarretan-

do maior imobilização de recursos nanceiros. www.agricultura.gov.br

14. Como deve ser a fonte de água para a piscicul-

tura? Publicações:

A água para a piscicultura pode ser oriunda das mais https://www.SEBRAE2014.com.br/SEBRAE/SE-

diversas fontes: BRAE 2014/

 Poço amazonas; https://www.embrapa.br/pesca-e-aquicultura/


 Poço artesiano ou tubular; publicacoes

 Açudes ou barragens;
https://www.fundacaoodebrecht.org.br/Midias/
 Lago ou lagoa;
Publicacoes
 Rio ou riacho.
https://www.caunesp.unesp.br/publicacoes
15. Como deve ser a temperatura da água?
https://www.abz.org.br/publicacoes-tecnicas
Os peixes tropicais como as Tilápias apresentam
https://www.embrapa.br/pesca-e-aquicultura/
conforto térmico entre 27 a 32°C.
busca-de-publicacoes

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MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

PRODUÇÃO DE
OSTRAS NATIVAS

133
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

A escassez dos recursos pesqueiros está tendo zophorae e Crassostrea brasiliana conhecidas po-

reexos negativos diretos, principalmente nas comu- pularmente como ostra do mangue, encontradas em

nidades de pescadores artesanais, que não possuem quase todo o litoral brasileiro.

infraestrutura para navegarem grandes distâncias


A tecnologia para o cultivo dessas espécies vem
em busca de novos recursos. Como alternativa de
sendo adaptada para a engorda em áreas estuarinas
renda para essas comunidades está o cultivo de or-
próximas a manguezais, em regiões que vivem sob
ganismos marinhos (maricultura), com ênfase no
o regime das marés e onde vivem as comunidades
cultivo familiar.
tradicionais que sofrem com a decadência da pesca
Dentre as várias opções na maricultura, destaca-
extrativista.
-se o cultivo de moluscos bivalves, tais como mexi-

lhões, coquilles e ostras. O cultivo de moluscos é o A importância da ostreicultura nessas áreas vem

que tem a técnica mais conhecida e difundida, prin- ganhando destaque como uma atividade de desen-

cipalmente nos Estados da Região Sudeste e Sul do volvimento socioeconômico, constituindo-se em uma

Brasil. O poder de decisão e sucesso do empreendi- fonte alternativa de renda e trabalho, além de per-

mento dependem do planejamento e do conhecimen- mitir aos pescadores a continuação das tradições

to dos custos de produção. de tirar o seu sustento do mar, não somente, é uma

atividade que não necessita fazer supressão de ve-


A malacocultura (cultivo de moluscos),surge como
getação nativa (mangue) e permite uma consonância
atividade de importante papel na vida das comuni-
com o ambiente aquático estuarino.
dades pesqueiras e dos pequenos produtores e está

incluída nos programas de desenvolvimento dos O Brasil possui uma costa marítima de 8,5 mil km
principais países produtores em função do valor eco- de extensão, abrangendo uma Zona Econômica Ex-
nômico e social, utilizando técnicas simples e baixo clusiva (ZEE) de mais de 3,5 milhões de km², que
investimento.
corresponde a metade de seu território. Além da fa-

O cultivo de ostras no Nordeste do Brasil ainda vorabilidade de seu clima, possui cerca de 12% do

é incipiente, muito embora tenhamos experiências total da reserva de água doce disponível do planeta

nos Estado de Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Bahia e mais de 2 milhões de hectares de terras alagadas,

e Rio Grande do Norte. As principais espécies com o que o coloca como a última grande fronteira da

interesse comercial são as ostras Crassostrea rhi- aquicultura no mundo.

134
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

da água para jateamento com água doce preferen-


Perguntas e Respostas
cialmente. O objetivo é reduzir o número de organis-

mos incrustantes e predadores. Quando realizamos


1- Como conseguir sementes de ostras nativas no
o cultivo em mesas no sistema intermaré, não é ne-
meio natural?
cessário realizar o castigo, pois ele acontece natu-
As ostras nativas vivem normalmente em mangue-
ralmente quando as ostras cam expostas durante a
zais e em rios que desembocam no mar. As semen-
maré baixa.
tes podem ser captadas em coletores colocados em

estruturas (varais), confeccionados nos bancos na-


5- O que é o período de Terminação?

turais de ostras. Após as ostras atingirem o tamanho de 60 - 80 mm

serão retiradas da água, depuradas se necessário e


Cada coletor utilizado para captação das sementes
processadas, retirando-as ou não das conchas e re-
deverá ser confeccionado com 10 telhas de garrafas

PET de dois litros. A garrafa tem suas extremidades frigeradas no caso de massa da ostra e posterior-

mente comercializadas.
retiradas, e o cilindro que resta é cortado longitu-

dinalmente, resultando em duas lâminas com for- 6- Em que consiste a Depuração?


mato de telha, perfuradas nas duas extremidades e
Esse processo consiste na exposição direta da ostra
amarradas por cabo de seda de 2,0 mm de diâmetro,
em água corrente bacteriologicamente limpa, (trata-
com separação entre telhas feita com mangueira de
da com lâmpada de luz UV, ozonizador ou tratada
plástico com 10,0 mm de diâmetro e 20,0 mm de
com cloro), durante um período de 12 a 24 horas,
comprimento.
com a nalidade que estas liberem os agentes pato-
Serão utilizados 20 coletores de garrafa PET em gênicos, a exemplo das bactérias.
cada trave de cultivo.
7- Quais são os sistemas de cultivo?
2- Qual é o tamanho padrão das ostras?
O sistema de cultivo está dividido em dois tipos, cul-
Sementes (a partir de 10 mm) - A malha dos apetre- tivo de fundo e o suspenso. O uso de cada tipo irá
chos de cultivo (travesseiros e lanternas) deve ser de depender das condições físicas do ambiente, profun-
9mm , estes apetrechos são chamados de berçários. didade, amplitude de maré, correntes, ventos entre

outros.
Ostras juvenis (a partir de 30 mm)- A partir desta

fase, a malha utilizada é de 14 mm (lanterna ou tra- 8- Como se realiza o cultivo de fundo?


vesseiro intermediário). Nesta fase, a ostra precisa
As condições exigidas para este sistema são regiões
de espaço para se desenvolver, por isso deve-se ter
que apresentam fundo rme, sem Iodo, abrigado de
cuidado com a quantidade de ostra que se coloca
correntes, ondas e tormentas, e baixa ocorrência de
tanto nos travesseiros quanto nas lanternas. Deve-
predadores. O cultivo é feito espalhando-se as se-
-se ocupar apenas ¾ da área do apetrecho com as
mentes (ou mantendo-as, protegidas em cestos) so-
ostras.
bre o leito marinho, tanto em regiões de variação de
Ostras adultas (a partir de 60 mm) são colocadas maré, quanto em áreas submersas.
nos apetrechos com malhas de 21 mm até a comer-
9- Como se realiza o cultivo suspenso?
cialização.

Este é o sistema mais empregado em todo o mundo.


3- Como se classicam as ostras para a comercia-
Permite cultivar grandes quantidades de ostras, uti-
lização?
lizando pouca área e explorando o volume d'água, ou
As ostras são classicadas por tamanho: Ostra baby seja, permite usar profundidade do local, guardando
(tamanho de 60 a 80 mm), Ostra média (tamanho de sempre uma distância segura do fundo (aproximada-
80 a 100 mm) e Ostra máster (acima de 100 mm). mente 50cm).

4- O que é o Castigo? 10- Como escolher o melhor sistema de produção

Etapa importante para manutenção do cultivo que de ostras?

se realiza a cada 30 dias, quando trabalhamos com A escolha do tipo de sistema vai depender da profun-
lanternas japonesas e consiste na retirada das ostras didade, dos ventos e correntezas na área escolhida.

135
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

11- Que são as mesas? 15- Quais as quantidades aproximadas de semen-

tes, juvenis e adultos por travesseiro de cultivo?


Cultivo suspenso xo, composto por um conjunto de

estacas ligadas entre si por madeiras ou bambus, de Semente (Tamanho 10 – 30 mm) / Travesseiro

forma a manter os travesseiros com ostras suspen- - Até 4.000 sementes.

sos no volume da água, distantes do solo. Os traves- Juvenil (Tamanho 30 – 60 mm) / Travesseiro

seiros cam xos horizontalmente através de cabos - Até 333 juvenis.

(cordas). Adulto (Tamanho > 60 mm) / Travesseiro

- Até 84 adultos
Recomenda-se para regiões de mangue com grandes

variações de marés, tanques de camarão e em áreas

rasas.

12- Que são as mesas teladas?

As mesas teladas são estruturas feitas com madeira

e tela para substituir os apetrechos de cultivo. Cada


Páginas com informações
mesa telada suporta ao nal do cultivo 1000 ostras

em tamanho comercial. sobre produção de ostra


13- Onde devem ser instaladas as Mesas? www.SEBRAE.com.br

www.mpa.gov.br
As mesas devem ser instaladas nas margens dos rios
www.panoramadaaquicultura.com.br
ou em tanques de camarão. Deve-se posicioná-las

numa profundidade que permaneçam submersas e

só quem fora da água nas marés baixas, quando se


Publicações:
fará o manejo. As ostras submersas ltram água 24

horas por dia e crescem mais. https://www.embrapa.br/pesca-e-aquicultura/

publicacoes
14- Qual deve ser o tamanho das mesas?
http://www.editoraiabs.com.br/portal/index.
Pode ser de diferentes tamanhos, por exemplo: Me-
php/publicacoes/category/5-pesca
sas de 1 metro de largura por 5 metros de compri-

mento e 1,5 metros de altura, formada em média por https://www.embrapa.br/busca-de-

06 estacas de dois metros. Uma mesa de 5 metros publicacoes/-/publicacao/573631/

de comprimento suporta 10 travesseiros que em mé- caracterizacao-genetica-e-melhoramento-de-

dia suportam sete dúzias de ostras em tamanho co- ostras-nativas-do-genero-crassostrea-no-brasil

mercial (70 a 80 mm). No Nordeste, são utilizadas http://pubvet.echotech.com.br/material/


mesas de 2 metros quadrados. Igarashi480.pdf

136
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

137
138
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

SILVICULTURA

139
Manejo Florestal Sustentável é a administração
Perguntas e Respostas
da oresta para obtenção de benefícios econômicos,

sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos


1. O que é Silvicultura?
de sustentação do ecossistema objeto do manejo e
Silvicultura é a ciência dedicada ao estudo dos mé-
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a
todos naturais e articiais de regenerar e melhorar
utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múl-
os povoamentos orestais com vistas a satisfazer
tiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, bem
as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, a
como a utilização de outros bens e serviços
aplicação desse estudo permite a manutenção, o
orestais (MMA).
aproveitamento e o uso racional das orestas.
7. Qual o valor para investir no plantio de orestas?
2. O que são plantios orestais?
O valor para investimento no plantio de orestas irá
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas
depender da espécie a ser plantada e para qual m
para a Agricultura e a Alimentação) os plantios o-
será o uso. Existem espécies com retorno mais curto
restais são “orestas formadas por espécies nativas
no investimento como o eucalipto e o pinus, em torno
ou exóticas, introduzidas pelo homem por meio do
de 5 a 7 anos quando o objetivo é o uso para lenha,
plantio de mudas ou por semeadura”.
carvão por exemplo e espécies com o retorno mais

3. Quais são as espécies orestais mais produzi- longo como o mogno e a teca, em torno de 12 a 15

das no Brasil? anos, quando o objetivo é o uso da madeira para fa-

bricação de móveis nobres.


No Brasil existem diversas espécies arbóreas nos di-

ferentes biomas que se classicam como nativas ou 8. Quantos hectares de oresta plantada temos no

exóticas. Dentre as exóticas o eucalipto e o pinus são Brasil?

as espécies mais plantadas no país.


Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores –

4. É verdade que o eucalipto seca o solo? IBÁ o Brasil possui em torno de 7,6 milhões de hec-

tares de orestas plantadas o que corresponde a 1%


Existem vários mitos sobre a cultura do eucalipto.
de todo o território nacional.
Em primeiro lugar é necessário vericar onde a cul-

tura será plantada. Não deve ser plantada no entorno 9. Quais são os segmentos das industriais de base

de nascentes, lagos ou rios, pois estas áreas adja- orestal?

centes aos corpos d água são protegidos por lei e


A cadeia produtiva de base orestal está organizada
devem ter diversidade de espécies nativas. Existem
em diferentes segmentos e os mais representativos
bons exemplos de uso do plantio de eucalipto na re-
são os de papel e celulose, painéis, serraria, cavacos,
cuperação de áreas degradadas e de contenção de
carvão vegetal e outros. A partir destes segmentos
processos erosivos. Procure um prossional para
industriais é possível produzir papel, painel recons-
indicar as recomendações técnicas para o plantio e
tituído, painel compensado, piso laminado, embala-
o manejo da cultura.
gens, formas e escoras e outros.

5. Quais são os potenciais de usos das orestas?


10. É possível um pequeno produtor ganhar dinhei-

Nas orestas podemos ter o retorno econômico de ro com o plantio de orestas?

produtos madeireiros e não-madeireiros. Nos pro-


Sim, é possível. Contudo é necessário realizar um
dutos madeireiros podemos ter o aproveitamento
bom planejamento antes de iniciar qualquer plantio,
da madeira para produção de móveis, lenha, carvão,
vericando qual espécie produzir, estudar o manejo
toras e outros ns. Já os não madeireiros são as
técnico, qual a nalidade, valor de investimento, pon-
extrações, sob manejo orestal, de óleos, essências,
tos de comercialização, preço de mercado do produ-
látex, frutos e outros produtos de uso diversicado.
to. Procure elaborar um Plano de Negócio para tomar

6. O que é manejo orestal? a melhor decisão.

140
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

11. É possível integrar o plantio de orestas com

outras atividades agropecuárias?

Sim, é possível. O plantio de orestas pode ser re-

alizado de forma consorciada com outras atividades

agropecuárias constituindo a implantação de siste-

mas agrossilvipastoris, ILPF – Integração Lavoura

Pecuária e Floresta, SAF – Sistemas Agroorestais

e outros sistemas que podem contribuir para o bom

aproveitamento da área da propriedade

12. Posso plantar árvores nas APP - Áreas de Pre-

servação Permanente e RL - Reserva Legal?

Sim. O novo código orestal estabelece as condições

de plantio nestas duas áreas que são protegidas por

lei. Procure um prossional para indicação das espé-

cies orestais adequadas ao plantio na APP e RL.

13. Preciso de licença ambiental para o plantio de

espécies exóticas?

Em algumas UFs, é necessária a solicitação de li-

cença ambiental para o plantio de espécies orestais

exóticas. Procure o órgão ambiental do seu estado

para obter maiores informações.

14. Quais são os mercados de venda de produtos Endereços Importantes


orestais?

Dentre os diferentes canais de comercialização exis-

te o segmento de madeira serrada que absorve www.agricultura.gov.br

boa parte da produção para atender o mercado de


www.canaldoprodutor.com.br
móveis, painéis compensados, embalagens em geral,
www.senar.org.br
armações de móveis entre outros. Outro mercado é

a venda de madeira tratada em tora a partir de es- www.painelorestal.com.br


pécies de eucalipto, pinus e teca. Também pode ser
www.sif.org.br
explorado o mercado energético para produção

de carvão vegetal para o abastecimento de fornos, http://www.ipef.br/silvicultura/

lareiras e fogões a lenha, churrascarias e indústria


http://ead.senar.org.br/cursos#
siderúrgica e de biomassa orestal com a produção

de cavacos de madeira, péletes e briquetes. Além https://www.embrapa.br/busca- de-

disso, existe o mercado de borracha natural com a publicacoes/-/publica- cao/982321/

extração de látex a partir da Seringueira. diagnostico-da-producao-agricola-pecuaria-

e-da-silvicul- tura-a-montante-da-represa-
15. É viável ter um viveiro de produção de mudas?
de-furnas-no-estado-de-minas-gerais

É necessário realizar um planejamento de qual espé-


http://www.dialogoorestal.org.br/
cie produzir, analisar o mercado, as condições nan-
publicacoes/publicacoes-do-dia-logo/
ceiras, a estrutura física para produção entre outros

aspectos. A estruturação de um plano de negócio

contribuirá na tomada de decisão deste investimento.

141
142
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

SUINOCULTURA

143
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

deos Certicada) o que garante a qualidade sanitária


Perguntas e Respostas
dos animais e que possuam registro genealógico.

1. Como melhorar a gestão da minha granja de su- 3. Como posso melhorar a produtividade da minha
ínos? criação de suínos?

Por meio do controle dos dados zootécnicos com o As principais orientações para melhoria da produti-
gerenciamento de planilhas eletrônicas ou com sof- vidade são:
twares especícos para suinocultura, que são ampla-
1 – manter um controle individual de produtividade,
mente difundidos no mercado brasileiro.
preferencialmente por meio de softwares de gestão,

2. Como escolher a raça de suínos mais adequada o que permite a rápida identicação e descarte de

para iniciar uma criação? animais de baixo desempenho;

2 – fazer a reposição dos reprodutores de acordo com a


Praticamente todos os reprodutores disponíveis no
genética utilizada (usualmente entre 45 a 60% ao ano);
mercado são animais híbridos, ou seja, originados do
3 – manter uma equipe qualicada e motivada;
cruzamento entre mais de uma raça. Isso permitiu
4 – realizar o constante monitoramento do sêmen
aproveitar as melhores características de cada uma,
utilizado para inseminação ou avaliação andrológica
desenvolvendo animais mais adaptados às condições
dos varrões.
encontradas no Brasil, e reduziu a diferença nos re-

sultados zootécnicos entre os animais das diferentes 4. Como melhorar a genética do plantel?

empresas presentes no mercado. O principal é ter A principal recomendação é fazer a reposição dos
certeza de que os animais são oriundos de granjas reprodutores de acordo com a orientação da empre-
com certicado GRSC (Granja de Reprodutores Suí- sa de genética, sendo usual uma taxa de 45 a 60% ao

144
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

ano para matrizes e 60% para varrões. Além disso, gresso da ABRAVES, Seminário Nacional de Desen-

deve-se fazer um rígido monitoramento individual de volvimento da Suinocultura da ABCS, Pork Expo,

produtividade, retendo no plantel somente os animais Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, Sinsui, entre

de desempenho superior. outros. Além disso, as associações estaduais de sui-

nocultores promovem eventos regionais sobre o as-


5. Como legalizar uma criação de suínos?
sunto e algumas universidades, como UFV, UFMG,
Para a legalização será necessário: UFRGS e a EMBRAPA SUÍNOS e AVES são reco-

nhecidamente centros de excelência em suinocultura


1 - Procurar a secretaria de meio ambiente do estado
e promovem cursos com certa frequência. Por m,
para conseguir a licença ambiental de funcionamento
o SENAR e o SEBRAE oferecem bons treinamentos
e, caso necessário, fazer as adequações necessárias
para produtores rurais e prossionais da área.
de acordo com a estrutura da granja

7. O que é um sistema de integração de suínos?


2 – Procurar o Serviço Veterinário Ocial (Agência/

Secretaria de Defesa Sanitária Animal) do Estado para É um sistema de produção de suínos em parceria
cadastrar a granja e, caso necessário, fazer as adequa- com Agroindústrias. Via de regra as agroindústrias
ções necessárias de acordo com a estrutura da granja fornecem os animais, a ração, os medicamentos e

assistência técnica enquanto os produtores são res-


6. Como posso adquirir informações sobre a cria-
ponsáveis pelas instalações e mão de obra. Ao nal
ção de suínos?
do ciclo, toda a produção deve ser entregue à agroin-
Há vários seminários e congressos no Brasil dedi-
dústria e o produtor é remunerado de acordo com o
cados exclusivamente a suinocultura, como o Con-
desempenho dos animais.

145
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

8. Que procedimentos devo seguir para entregar 200 a 300 matrizes.

meus animais após a venda?


10. Como posso utilizar os dejetos dos suínos na

Procurar o Serviço Veterinário Ocial (Agência/Se- granja?

cretaria de Defesa Sanitária Animal) do Estado para


Os dejetos podem ser utilizados para produção de
cadastrar a granja, condição primordial para a emis-
energia elétrica por meio da utilização de biodiges-
são de GTAs (guia de transporte animal). Após nego-
tores e grupos geradores movidos a biogás e poste-
ciado os animais, dirigir-se a Agência/Secretaria de
riormente destinados à adubação de lavouras, sobre-
Defesa Sanitária Animal com os dados do comprador
tudo gramíneas.
e vendedor para emissão da GTA.
11. Quais os principais custos para produzir suí-
9. O que devo considerar para montar uma granja
nos?
de suínos?
Os gastos com ração representam cerca de 80 a
Depende da região, do sistema de integração (inde-
85% do custo total de produção, sendo o principal
pendente ou integrado), da disponibilidade de linhas
item de controle. Em seguida, tem-se o custo com
de crédito e, sobretudo de informações sobre o mer-
as instalações (nanciamento ou depreciação) e mão
cado consumidor regional. O ideal é iniciar com a
de obra.
granja com uma produção que possa ser facilmente

comercializada na região, mesmo em momentos de 12. O que são biodigestores?

baixa. Mas via de regra, quanto maior a granja menor


São equipamentos utilizados para a fermentação
o custo de produção devido à diluição de importantes
anaeróbia de matéria orgânica, como fezes de ani-
custos como depreciação e mão de obra. Há no Bra-
mais (basicamente uma lagoa revestida e coberta
sil granjas com mais de 6.000 matrizes em um único
por uma lona impermeável), resultando na produ-
sítio, mas não é incomum encontrarmos granjas com

146
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

LINKS e PUBLICAÇÕES

SUGERIDAS:

Links:

SEBRAE

www.SEBRAE.com.br

Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento


ção de biogás (cerca de 75% metano e 25% CO²) - MAPA
e biofertilizantes. Os biodigestores são comumente
www.agricultura.gov.br
encontrados em granjas de suínos.

13. O que é um sistema independente de criação

de suínos? Associação Brasileira dos Criadores de Suínos

- ABCS
É o sistema onde o produtor é dono de todos os fa-

tores de produção, não estando vinculado a nenhum www.abcs.org.br

tipo de agroindústria ou frigoríco. Ao nal do ciclo


Embrapa Suínos e Aves
produtivo o produtor vende sua produção para aque-

le que zer a melhor oferta, cando assim sujeito às www.embrapa.br/suinos-e-aves

oscilações de mercado.
Agriness Innitas Possibilidades

14. Como o SEBRAE pode me ajudar a iniciar uma


http://www.agriness.com/br/home.php
criação de suínos?

O produtor deve inicialmente buscar informações bá-


Publicações:
sicas de como criar os suínos, que estão disponíveis

em sites, livros técnicos, associações, cooperativas,


1. Agriness, 2014 Suíno.Cultura: Como o
secretarias de agricultura estadual e municipal, mi-
Pensamento +1 Pode Transformar o Seu
nistério da agricultura – MAPA etc. De posse dessas
Negócio - Florianópolis, SC.
informações, o produtor poderá procurar o SEBRAE
2. Manual Brasileiro de Boas Práticas
de seu estado ou região, que o auxiliará a elaborar
Agropecuárias na Produção de Suínos /
um plano de negócio para implementar sua atividade.
Elaboração de Conteúdo Técnico Alexandre
Além disso, poderá ofertar vários cursos, consulto-
César Dias... (et al.).
rias, ocinas e seminários que ajudarão na gestão da

atividade que pretende atuar, bem como na gestão da Brasília, DF: ABCS; MAPA; Concórdia: Embrapa
sua propriedade como um todo. O SEBRAE possui Suínos e Aves, 2011.
produtos que podem atender a necessidades especí-
3. Associação Brasileira dos Criadores de
cas como, por exemplo: SEBRAETEC, No Campo e
Suínos.
ferramentas de Acesso a Mercados.

Manual de Industrialização dos Suínos /


15. O SEBRAE pode nanciar a instalação de uma
Associação Brasileira dos Criadores de Suínos,
granja de suínos?
coordenação editorial, Brasília, DF, 2014.
O SEBRAE não nancia diretamente os produtores
4. Associação Brasileira dos Criadores de
para instalar uma granja. Pode auxiliar e orientar o
Suínos.
produtor, mediante um plano de trabalho ou proje-

to elaborado a buscar acesso ao crédito junto aos Produção de suínos: teoria e prática /

Bancos e a outros Agentes de nanciamento como Coordenação editorial Associação Brasileira dos

as cooperativas de crédito. Estes bancos e agentes Criadores de Suínos; Coordenação Técnica da

possuem linhas de crédito especícas para custeio, Integrall Soluções em Produção Animal. Brasília,

investimentos e outras modalidades. DF, 2014.

147
148
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

VITIVINICULTURA

149
150
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

car natural de 20 gramas por litro.


Perguntas e Respostas
Vinho Licoroso - É o vinho com graduação alcoóli-
1. Qual a denição de vinho? ca natural adquirida de 14 a 18% em volume sendo

Vinho é a bebida resultante da fermentação alcoólica permitido uso de álcool etílico, mosto concentrado,

do mosto da uva sã, fresca e madura, e que resulta caramelo, mistela simples, açúcar e caramelo de uva.

em uma bebida com graduação alcoólica de 8,6% a Vinho Composto - É o vinho de graduação alcoólica
14% em volume. É proibida a aplicação do termo de 14 a 20% em volume, obtido pela adição ao vinho
"vinho" a produtos obtidos a partir de outras maté- de macerados ou concentrados de plantas amargas
rias-primas. ou aromáticas, substâncias de origem animal ou

2. Quais os padrões de identidade dos vinhos? mineral, álcool etílico, açúcar, caramelo e mistelas

simples. Deverá conter no mínimo 70% de vinho. O


Vinho de Mesa - É o vinho com graduação alcoólica
vinho composto se classica em: Vermute, Quinado,
de 8,6 a 14% em volume, podendo conter 1(uma) at-
Composto com jurubeba e Composto com Ferroqui-
mosfera de pressão a 20º C.
na.
 Vinho de Mesa de Viníferas - É o vinho elabora-
Vinhos Finos - São os vinhos com graduação alco-
do exclusivamente com uvas de variedades Vitis
ólica de 8,6 a 14% em volume, proveniente exclu-
Viníferas.
sivamente de variedades “Vitis Vinífera”, elaborados
 Vinho de Mesa de Americanas - É o vinho ela-
mediante processos tecnológicos adequados que as-
borado exclusivamente com uvas de variedades
segurem a qualidade de suas características senso-
Vitis Americanas e ou híbridas.
riais dos grupos.
Vinho Frisante - É o vinho com graduação alcoólica

de 7 a 14% em volume, com um conteúdo de anidrido Vinhos Leves - São os vinhos com graduação alco-

carbônico de 1,1 até 2 atmosferas de pressão a 20ºC, ólica de 7 a 8,5% em volume, obtido exclusivamen-

natural ou gaseicado. te pela fermentação dos açúcares naturais da uva,

produzido durante a vindima, na região produtora,


Vinho Gaseicado - É o vinho resultante da intro-
podendo ser de Viníferas ou de Americanas ou hí-
dução de anidrido carbônico puro por qualquer pro-
bridas, desde que identicadas na rotulagem.
cesso, devendo apresentar uma graduação alcoólica

de 7 a 14% em volume e uma pressão compreendida 3. Quais são os decretos e normativas que regula-

entre 2,1 e 3,9 atmosferas a 20ºC. mentam o setor produtivo de vinho?

 Lei n. 7.678/1988: Lei do Vinho


Vinhos Espumantes Naturais - São os vinhos nos
 Decreto n. 99.066/1990: Regulamento da Lei do
quais o anidrido carbônico é resultante da fermenta-
Vinho
ção em recipientes fechados e com pressão mínima
 Portaria MAPA n. 229/1988
de 4(quatro) atmosferas a 20º C.
 Instrução Normativa MAPA n. 49/2011.
Espumante ou Espumoso Natural (Champanha) - É  Lei n. 10.674, de 16 de maio de 2003 – Glúten.
o vinho espumante no qual o anidrido carbônico é  Portaria INMETRO n. 157, de 19 de agosto de
resultante de uma segunda fermentação alcoólica do 2002
vinho na garrafa (método champenoeise/tradicional)  Portaria INPM n. 52, de 10 de outubro de 1979.
ou em grandes recipientes (método charmat) com  Portaria INMETRO n. 18, de 17 de janeiro de
uma pressão mínima de 4(quatro) atmosferas a 20º 1992.
C, e uma graduação alcoólica de 10 a 13% em volume  Resolução RDC n. 360/2003.
a 20º C.  Informe Técnico n. 27/2007

Moscato Espumante ou Moscatel Espumante - É 4. O que é o vinho colonial?

o vinho espumante no qual o anidrido carbônico é


O vinho colonial foi denido pela Lei nº 12.959,
resultante da fermentação em recipiente fechado
que acrescentou o art. 2-A a Lei no 7.678, de 8 de
do mosto ou mosto conservado de uva Moscatel
novembro de 1988, que passa assim a vigorar, a par-
ou Moscato, com uma pressão mínima de 4(quatro)
tir do dia 19 de março de 2014:
atmosferas a 20º C, com graduação alcoólica de 7 a

10% em volume e um remanescente mínimo de açú- “Art. 2º-A. O vinho produzido por agricultor familiar

151
152
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

ou empreendedor familiar rural é a bebida elaborada Art. 3o O art. 43 da Lei no 7.678, de 8 de novembro

de acordo com as características culturais, históricas de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação:

e sociais da vitivinicultura desenvolvida por aquele “Art. 43. O registro do estabelecimento e do produto,

que atenda às condições da Leino 11.326, de 24 de- a classicação, o controle, a inspeção e a scali-

julhode 2006, observados os requisitos e limites es- zação do vinho e dos derivados da uva e do vinho

tabelecidos nesta Lei. sob os aspectos higiênico-sanitários e de qualidade

serão executados em conformidade com as normas


§ 1o O vinho produzido por agricultor familiar ou em-
e prescrições estabelecidas nesta Lei e em seu re-
preendedor familiar rural deve ser elaborado com o
gulamento.
mínimo de 70% (setenta por cento) de uvas colhidas

no imóvel rural do agricultor familiar e na quan- §1º As exigências para o registro de estabelecimento

tidade máxima de 20.000 l (vinte mil litros) anuais. produtor de vinho produzido por agricultor familiar

ou empreendedor familiar rural deverão ser adequa-


§ 2o A elaboração, a padronização e o envasilha-
das às dimensões e nalidades do empreendimento,
mento do vinho produzido por agricultor familiar ou
e seus procedimentos deverão ser simplicados.
empreendedor familiar rural devem ser feitos ex-

clusivamente no imóvel rural do agricultor familiar, § 2º A inspeção e a scalização da elaboração do

adotando-se os preceitos das Boas Práticas de Fa- vinho produzido por agricultor familiar ou empreen-

bricação e sob a supervisão de responsável técnico dedor familiar rural deverão ter natureza prioritaria-

habilitado. mente orientadora, observando-se o critério de du-

pla visita para lavratura de autos de infração.”


§ 3o A comercialização do vinho produzido por agri-

cultor familiar ou empreendedor familiar rural deverá 5. Como formalizar uma vinícola?

ser realizada diretamente com o consumidor nal, na


A. Junta Comercial
sede do imóvel rural onde foi produzido, em estabe-

lecimento mantido por associação ou cooperativa de Decididas às questões prévias (local, nome), vamos à

produtores rurais ou em feiras da agricultura familiar. constituição da empresa. Se constituirmos uma pes-

soa jurídica de direito privado com ns lucrativos


§ 4o Deverão constar do rótulo do vinho de que trata
(com exceção da Cooperativa), teremos que deposi-
o caput deste artigo:
tar os atos constitutivos desta (estatuto ou contrato

I - a denominação de “vinho produzido por agricultor social) na Junta Comercial do município onde está

familiar ou empreendedor familiar rural”, “vinho co- instalada a sede da empresa. Você pode providenciar

lonial” ou “produto colonial”; este depósito, com todas as vias originais do contrato

social/estatuto, assinaturas e cópias dos documentos


II - a indicação do agricultor familiar ou empreende-
exigidos pela Junta Comercial, ou pode optar por pe-
dor familiar rural, com endereço do imóvel rural onde
dir a um prossional especializado; se for providen-
foi produzido;
ciar tudo por sua própria conta, é importante ir até
III - o número da Declaração de Aptidão ao Progra- a Junta Comercial e pedir todos os esclarecimentos
ma de Fortalecimento da Agricultura Familiar - DAP necessários, para que não haja demora excessiva na
fornecida por entidade autorizada pelo Ministério do concessão do seu registro. Obtido o registro da em-
Desenvolvimento Agrário - MDA; IV - outras infor- presa, vamos para o próximo passo.
mações exigidas ou autorizadas nesta Lei e em seus
B. Receita Federal = CNPJ
regulamentos.

Com o registro do Contrato Social ou do Estatuto na


Art. 2o O art. 27 da Lei no 7.678, de 8 de novembro
Junta Comercial, o próximo passo é obter o CNPJ
de 1988, passa a vigorar acrescido do § 2o, renume-
(Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – antigo
rando-se o atual parágrafo único para § 1º:
CGC) junto à Receita Federal. Para isso é obrigatório
§ 2º O registro de estabelecimento produtor de ter um contador responsável pela empresa. Para fa-
vinho produzido por agricultor familiar ou empreen- zer o registro é necessário entrar no site da Receita
dedor familiar rural ca condicionado a compro- Federal (www.receita.gov.br) preencher um cadas-
vação periódica dos requisitos estabelecidos no art. tro, imprimir, juntar cópias autenticadas do Contrato
2o-A desta Lei.” (NR) Social/ Estatuto, cópias autenticadas dos documen-

153
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

presa vinícola, obter o seu Alvará de funcionamento

junto à prefeitura. Os procedimentos variam em cada

município. Na dúvida vá até a prefeitura e pergunte

como funciona. Mas lembre-se que haverá vistoria

do imóvel pelo corpo de bombeiros, pela vigilância

sanitária, etc. E se o imóvel não estiver regular, você

terá que providenciar sua Certidão de “Habite-se”.

E. Registro no INSS

O registro no Instituto Nacional de Seguridade Social

(INSS) é obrigatório, mesmo que você não tenha fun-

cionários. Para isso, é necessário entrar em contato

com a Previdência Social. Veja no site (http://www.

previdenciasocial.gov.br/ ) a forma mais adequada.

Na dúvida, vá até um posto da Previdência Social de

seu município e tire suas dúvidas.

F. FGTS

Se você terá empregados, também é necessário fa-

zer o seu registro junto à Caixa Econômica Federal,

para providenciar as questões referentes ao depósito

mensal de FGTS.

G. Impressão de documentos scais

Depois de tudo formalizado, é hora de requerer a

confecção de seus talões de notas scais. Para isso

é preciso ir até a Receita Estadual para pedir esta


tos de identidade, reconhecer as assinaturas e enviar
autorização de Impressão de Documentos Fiscais.
por sedex para a Receita Federal (não adianta levar
Cada Estado tem uma forma especíca de fazer
lá pessoalmente, eles não aceitam). Isso o contador
isso, mas certamente no site do seu Estado você en-
pode fazer por você, mas é importante saber como é
contrará as informações básicas.
feito. Depois de um curto período você recebe o seu
6. Quais as licenças especiais para uma vinícola?
CNPJ, com todos os dados cadastrados.

Para as vinícolas existem duas licenças especiais


C. Receita Estadual = Inscrição Estadual
e obrigatórias: a licença ambiental e o registro no
Nem todas as empresas precisam se cadastrar na
MAPA. Segundo a Resolução CONAMA n. 237/97,
Receita Estadual, mas uma indústria vinícola é obri-
Anexo I, é obrigatório fazer o licenciamento ambien-
gada a ter este registro. Assim, o segundo passo é
tal para indústria de produtos alimentares e bebidas,
providenciar esta inscrição e cada Estado pode so-
fabricação de vinhos e vinagre, fabricação de bebi-
licitar comprovações diferentes para obtenção deste
das não alcoólicas, fabricação de bebidas alcoólicas.
cadastro. Por isso, um contador pode ser muito útil.
Desta maneira a elaboração de vinho e de todos os
Na dúvida, vá até a Secretaria Estadual da Fazenda
derivados da uva e do vinho requer um licenciamen-
do seu Estado.
to ambiental para seu funcionamento. Após feito o

D. Município = Alvará, inscrição municipal e nota procedimento, é concedida à empresa uma Licença

scal Ambiental para poder funcionar.

Toda a empresa é obrigada a fazer a sua Inscrição Com toda a documentação providenciada e em mãos,

Municipal na cidade onde será sua sede. Essa inscri- falta encaminhar agora o Registro do Estabelecimen-

ção é feita na Secretaria da Fazenda do Município. to e o Registro dos Produtos, requeridos junto ao

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


Ao mesmo tempo, é obrigatório, no caso de uma em-
(MAPA) – órgão responsável pela scalização de vi-

154
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

nhos e derivados da uva e do vinho no Brasil. Essa  Memorial descritivo das instalações e equipa-

competência encontra-se estabelecida na Lei do Vi- mentos;

nho – Lei 7.678/1988, no Decreto do Vinho – Decreto  Laudo de análise física, química e bacteriológi-

99.066/1990, em Portarias e Instruções Normativas ca da água a ser utilizada no estabelecimento,

especícas, bem como em suas alterações. onde conste: cor,odor, sabor, turbidez e bacilus

do grupo coliforme;
7. Quais os tipos de licença que compõe o licencia-
 Cópia da Inscrição Estadual, do CNPJ e do Con-
mento ambiental?
trato Social/ Estatuto, constando como objeti-
O licenciamento é composto por três tipos de licença: vo social a atividade empresarial proposta pela
a) prévia, b) de instalação e c) de operação. Cada empresa;
uma refere-se a uma fase distinta do empreendi-  Nome do técnico responsável pela produção,
mento e segue uma sequência lógica que deve ser com qualicação e número de registro no con-
respeitada. Todas elas devem ser requeridas junto selho prossional respectivo, bem como a Cer-
ao órgão (municipal ou estadual) que regula as ati- tidão de Função Técnica ou Anotação de Res-
vidades relacionadas com o meio ambiente, ou ainda ponsabilidade Técnica (ART) ou documento
junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBA- correlato, expedido pelo Conselho Prossional
MA, dependendo da abrangência do projeto, da sua do Técnico responsável pelo estabelecimento;
localização e de suas especicidades. Geralmente  Procuração, quando for o caso;
grandes municípios têm um órgão municipal que tra-  Laudo de vistoria ocial – este documento só
ta disso. Os menores contam com o órgão estadual. será exigido após realizada a vistoria e aprovado

o estabelecimento.
8. Como obter o registro de estabelecimento do

MAPA? 9. Como obter o registro do produto no MAPA?

Para obter o registro de estabelecimento do MAPA, Para iniciar, deve ser preenchido:

a vinícola deverá se dirigir à representação do Minis-  O Formulário CADASTRO DE PRODUTO, forne-


tério da Agricultura em seu município (se houver) cido pelo MAPA;
ou na unidade mais próxima que abranja o seu mu-  Memorial descritivo da composição principal do
nicípio. A Superintendência Federal de Agricultura vinho e derivados do vinho e da uva, indicando
(SFA), com representação nas capitais de cada Esta- o nome e percentual dos ingredientes básicos,
do, também pode ser solicitada para informações. ação, código e nome dos aditivos, para a elabo-
Por m, o empresário pode se dirigir à Divisão de ração de 100 litros do produto.
Vinhos e Bebidas da sede do MAPA, em Brasília.  Memorial descritivo do processo de elaboração

do vinho e derivados do vinho e da uva.


Todos os estabelecimentos de preparação, manipu-

lação, beneciamento e acondicionamento de vinho


 Descrição das formas de embalagem e acon-

dicionamento do vinho e derivados do vinho e


e derivados do vinho e da uva nacionais, e os im-
da uva.
portadores destas bebidas estrangeiras, deverão ser

registrados no MAPA. Esse registro é válido em todo


 Layout ou croquis do rótulo, sem rasuras, em

escala 1:1, com 2 vias em 2 folhas separadas;


o território brasileiro, e deve ser renovado periodica-

mente – em regra a cada 10 anos.


 Laudo Analítico do produto pronto para consu-

mo, conforme itens denidos pelo padrão do


O pedido de registro de estabelecimento a ser apre-
produto.
sentado ao MAPA deve conter os seguintes docu-
O pedido de registro deverá ainda ser instruído com
mentos:
as seguintes informações:
 Requerimento em duas vias;
 Nome empresarial do produtor;
 Formulário CADASTRO DE ESTABELECIMEN-
 Endereço da sede social e dos locais de indus-
TO, fornecido pelo MAPA;
trialização;
 Planta baixa e de cortes longitudinal e transver-
 Nome, marca, classe e tipo do produto.
sal do estabelecimento, indicando a localização
10. Como deve ser o rótulo de uma garrafa de vinho?
das diversas seções que compõem o estabele-

cimento, assinadas por engenheiro; Rótulo será qualquer identicação axada ou gra-

155
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

vada sobre o recipiente do vinho e derivados do vi- Fica permitido o uso do termo “tipo”, que poderá ser

nho e da uva. O rótulo não poderá conter denomina- empregado em vinhos ou derivados da uva e do vi-

ção, símbolo, gura, desenho ou qualquer indicação nho cujas características correspondam a produtos

que possibilite erro ou equívoco sobre a origem, clássicos, as quais serão denidas no regulamento

natureza e composição do produto, nem atribuir-lhe desta Lei.

nalidade, qualidade ou características que não pos-


11. Quais são os dizeres obrigatórios para os rótu-
sua. É vedada a comercialização de vinhos e deriva-
los de vinhos brasileiros?
dos nacionais e importados que contenham no rótulo

designações geográcas ou indicações técnicas que Devem constar em caracteres visíveis e legíveis:

não correspondam à verdadeira origem e signicado  o nome do produtor ou fabricante, do estan-


das expressões utilizadas. No rótulo dos Vinhos so- dardizador ou padronizador, do envasador ou
mente serão permitidas as indicações de origem ge- engarrafador e do importador;
ográca ou de processo tecnológico que correspon-  o endereço do estabelecimento de industrializa-
dam à verdadeira procedência da Uva ou do Vinho e ção ou de importação;
a veracidade do processo empregado.  o CNPJ da empresa produtora, fabricante ou es-

tandardizadora;
Ficam excluídos da proibição xada neste artigo os

produtos nacionais que utilizem as denominações


 o número do registro do produto no MAPA;

champanha, [...] por serem de uso corrente em todo


 a denominação do produto, na parte frontal da

rotulagem;
o Território Nacional.
 a marca comercial;

156
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

 INGREDIENTES: relação de ingredientes con- INSS empregador, Sesc, Senac, SEBRAE, Salário

forme a composição principal; Educação, SAT, IPTU, CPMF e ISSQN. Além disso,

 a expressão “Indústria Brasileira”, por extenso IPTU e o ITR – dependendo de onde se localizar a

ou abreviada; vinícola, e o IPVA sobre os automóveis.

 o conteúdo, na parte frontal do rótulo, expresso


13. Como se monta, quais as vantagens e quais os
na unidade correspondente de acordo com Por-
requisitos mínimos de uma cooperativa de produ-
taria INMETRO 157/02;
tores de vinho?
 a graduação alcoólica, expressa em porcenta-

gem de volume alcoólico; Constitui-se uma Cooperativa inicialmente verican-

 o grau de concentração e a forma de diluição, do a necessidade do grupo e seus objetivos. De-

quando se tratar de produto concentrado; nido que a forma coletiva de organização será Co-

 o grau de concentração acética, quando se tra- operativa, precisamos: escrever um estatuto onde

tar de vinagre; constem os objetivos (objeto) da sociedade, capital

 a identicação do lote ou da partida; social e sua forma de integralização, mandato dos

 o prazo de validade; conselheiros de administração; montar um regimen-

 frase de advertência quando bebida alcoólica. to interno das regras de seu funcionamento; realizar

Para produtos com teor alcoólico acima de 13% uma assembleia geral de constituição, escrever a ata

vol., deve ser apresentada a advertência: EVITE de constituição e registrar o estatuto e ata na junta

O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL. comercial.

 “contém glúten” ou “não contém glúten”, con-


Em relação às vantagens, elas são muitas: o coletivo
forme a Lei 10.674/03;
proporciona de forma mais ágil a solução de proble-
 A informação nutricional obrigatória para be-
mas que individualmente eu não conseguiria ou não
bidas não alcoólicas, conforme Resolução RDC
seria economicamente viável. Permite o marketing
360/03;
compartilhado. Proporciona o acesso a mercados
 indicação do uso de aromas na rotulagem, con-
que individualmente não seriam contemplados, por
forme Informe Técnico 27/07.
fatores diversos, tais como mix de produtos, quanti-
12. Quais impostos incidem sobre um produtor de dade, regularidade de entrega, etc.
vinho?
Os requisitos mínimos de uma cooperativa são o
Produtor rural de ter no mínimo 20 pessoas físicas com os mesmos

objetivos e necessidades, um local para seu funcio-


Sobre o Produtor Rural, em suas atividades voltadas
namento, contador responsável, capital mínimo para
para a viticultura, os tributos incidentes são o Impos-
manter as atividades iniciais e vontade de trabalhar
to de Renda - IR, o Funrural e o Imposto Territorial
de forma coletiva
Rural - ITR. Isso por que, quando ele adquire insu-

mos e outros produtos, ele também paga no seu valor 14. Eu posso entregar uva e vinho na Cooperativa?
total ICMS, por exemplo. E sobre o seu carro ele paga
Pode. Vinho, desde que seja a granel e que a Coo-
também o IPVA.
perativa tenha a estrutura de padronização e envase
Indústria registrada no MAPA. Inclusive a Instrução Normati-

va n. 34 de 04/10/2006 determina que somente a


Sobre a Indústria (pessoa jurídica), incidem o Im-
Cooperativa é registrada no MAPA. As cantinas dos
posto de Importação, IPI, ICMS, PIS, Cons, IR,
produtores associados não são registradas, mas têm
CSLL, INSS trabalhador, INSS empregador, Sesi,
suas instalações aprovadas por meio de vistoria do
Senai, SEBRAE, Salário Educação, SAT, IPTU ou
Ministério. A Cooperativa pode assim produzir, es-
ITR, CPMF e ISSQN. Além disso, IPTU e o ITR – de-
tandardizar, engarrafar e exportar a produção dos
pendendo de onde se localizar a vinícola, e o IPVA
seus associados. Havendo a comprovada preserva-
sobre os automóveis.
ção da individualidade da origem, poderá ser men-
Distribuição e varejo cionado no rótulo o nome do produtor. Por m,

Sobre a Distribuição para Pessoa Jurídica incidem cabe à Cooperativa a responsabilidade técnica dos

o ICMS, PIS, Cons, IR, CSLL, INSS trabalhador, produtores associados ou cooperados.

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158
MANUAL DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL DO AGRONEGÓCIO

Endereços Importantes

Instituto Brasileiro do Vinho

www.ibravin.org.br

15. Que especicidades deve observar uma Coo- Câmara Setorial do Vinho

perativa que elabora vinhos e derivados da uva e http://www.agricultura.gov.br/camaras-setoriais-


do vinho? e-tematicas

Deve observar várias especicidades, dentre elas o União Brasileira de Vitivinicultura


registro nos órgãos ociais competentes, como o Mi-
http://www.uvibra.com.br/
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no

caso da produção de vinhos. Embrapa Uva e Vinho

Dependendo da atividade a ser desenvolvida, tam- https://www.embrapa.br/uva-e-vinho

bém há a necessidade de obter uma licença ambien-


Dados da Vitivinicultura (banco de dados)
tal, seguir algumas diretrizes para a construção da

linha de produção, contar com um técnico responsá- http://vitibrasil.cnpuv.embrapa.br/index.

vel, além, é claro, da obrigatoriedade de estar inscrito php?opcao=opt_01&interno=1

na Receita Federal (CNPJ), na Receita Estadual e no


Associação Brasileira de Enologia
Município.
http://www.enologia.org.br/
Há também algumas especicidades com relação à

forma de organização. Podemos citar dois modelos. Como formalizar uma Vinícola: http://www.

No primeiro, os produtores associados produzem SEBRAE.com.br/sites/PortalSEBRAE/bis/Como-

uva em sua propriedade e transportam “a granel” até formalizar- uma-vinicola

uma unidade central da Cooperativa, onde se fará a Informações Tecnológicas de Agricultura


elaboração do vinho, o envase, a rotulagem, a coloca- http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/
ção do selo scal, etc. Neste caso, teremos um único infoteca/simple-search?query=vinho&sort_
CNPJ, podendo ter várias marcas de vinho, respei- by=0&order=DESC&rpp=10&etal=0&start=100
tando a marca (nome) de cada associado, se este
500 perguntas e 500 respostas – Embrapa
tiver interesse em identicar a sua uva. Ou pode-se

ter um único conjunto de marcas que identicam a http://mais500p500r.sct.embrapa.br/view/index.php

Cooperativa, como é o caso, por exemplo, da Aurora,


Catálogo de Indicações Geográcas Brasileiras
Garibaldi, Aliança, etc.
de Vinho http://www.SEBRAE.com.br/sites/

Outro modelo é a Cooperativa de associados que, PortalSEBRAE/bis/Cat%C3%A1logo-de-

em suas respectivas propriedades, produzem todo Indica%C3%A7%C3%B5es-Geogr%C3%A1cas-

o processo de vinicação, desde a elaboração até Brasileiras-sobre-o-vinho

envase, rotulagem etc.; neste caso, cada associado


Nem tudo que borbulha é espumante
terá que ter um CNPJ para pedir o cadastro do esta-

belecimento no MAPA que está diretamente relacio- http://www.ibravin.org.br/

nado a um CNPJ. downloads/1377636150.pdf

O cuidado que temos que ter é que no caso de um Nem tudo que tem uva é suco http://www.

único CNPJ a responsabilidade é de todos e quando sucodeuvadobrasil.com.br/legislacao/Cartilha_

temos FILIAIS, no caso de algum apontamento, será suco_de_uva. pdf

daquele CNPJ FILIAL.

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