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APLICAÇÕES E PROPRIEDADES DAS SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS


E QUÁDRICAS

ARAGÃO, Luisa Miranda1; BAARINI, Diego Freire2; DELGATO, Thomas Lucena


Benjamin3 ; LOPES, Matheus Auriemo4; SANTOS, Carllos Henrique Cândido5;
VARELLA, Raphaela Angelo6

RESUMO: O presente projeto multidisciplinar, promovido pela disciplina de Projeto


Integrador/Optativa III, trata-se do desenvolvimento de um espelho cilíndrico parabólico,
cuja função está na captação e concentração de luz e calor advindos dos raios solares. Além
disso, o projeto também consiste na confecção de uma maquete de um hiperboloide, cujo
propósito é viabilizar a representação física de uma superfície de equação quádrica de
revolução. Para realizar a projeção do espelho e da maquete, foram empregues diversos
recursos e conceitos abordados nas disciplinas de Geometria Analítica, Física Óptica,
Desenho Técnico Universal e Cálculo Diferencial e Integral. Além disso, foram utilizadas as
ferramentas disponibilizadas pelos softwares Geogebra 2D/3D e AutoCad 2D/3D, para
executar representações gráficas das superfícies, e ainda auxiliar na definição da equação do
cilíndrico parabólico mais adequada para a execução desse projeto. Os métodos empregues
para a projeção e montagem do espelho e da maquete, a relação dos materiais utilizados,
suas quantidades e respectivos valores de custo estão descritos no presente artigo.

PALAVRAS-CHAVE: Espelho. parabólico. maquete. hiperboloide.

1 INTRODUÇÃO

1.1 Construção de um espelho cilindro parabólico

1.1.1 Sustentabilidade e justificativa do projeto

A matriz energética mundial sofre com a forte dependência de combustíveis fósseis,


como petróleo, carvão mineral e gás natural, para a geração de energia. A extração e utilização
desses combustíveis geram grandes impactos ambientais, como por exemplo, o despejamento

1
Aluna do Ciclo Básico de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - RA: 2021278
2
Aluno do Ciclo Básico de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - RA: 2021272
3
Aluno do Ciclo Básico de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - RA: 2021262
4
Aluno do Ciclo Básico de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - RA: 2420150
5
Aluno do Ciclo Básico de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - RA: 2021249
6
Aluna do Ciclo Básico de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - RA: 2021269
2

de gases tóxicos na atmosfera, via combustão, que provocam o efeito estufa e danificam a
camada de ozônio (NASCIMENTO; MENDONÇA; CUNHA, 2012).
Além disso, de acordo com Firmiano (2015), os combustíveis fósseis são
categorizados como recursos não renováveis, ou seja, são recursos que não podem ser
rapidamente repostos pela natureza, e se não utilizados da forma correta podem acabar por
completo, levando milhares de anos para serem produzidos novamente de forma natural. Por
conta desses fatores, a busca por recursos renováveis que geram energia limpa vem
aumentando em todo o mundo.
Segundo Goldemberg (2015), a grande maioria das fontes renováveis são advindas da
radiação solar, como é o caso da energia térmica advinda da luz e calor solar, sendo
caracterizada como uma importante fonte alternativa e sustentável, visto que não emite gases
que ocasionam o agravamento do efeito estufa no planeta.
Usinas termossolares, que geram energia solar em grande escala, utilizam-se de
espelhos curvos parabólicos, também chamados de coletores solares, que promovem a
concentração e absorção da radiação solar em um único ponto (ponto focal), sendo possível
assim captar essa energia térmica concentrada, e por meio de geradores, convertê-la em
eletricidade. (GOMEZ et al, 2022). A Figura 1 exibe essa modalidade de coletor solar.

Figura 1 Foto de coletores cilindro parabólicos em uma usina termossolar

Fonte: Carvalho, 2016

Baseado nessas informações acerca da relação da energia solar com a


sustentabilidade, a principal vertente do projeto consiste em confeccionar um espelho de base
cilíndrica parabólica. O intuito é que o espelho funcione como um dispositivo de captação e
concentração solar, semelhante aos coletores utilizados em usinas termossolares, objetivando-
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se assim promover a sustentabilidade, através do uso de fontes limpas e renováveis de


energia.

1.2 Construção de um hiperboloide de revolução

1.2.1 Sustentabilidade e justificativa do projeto

A vertente secundária do projeto, consiste na representação física, por meio de uma


maquete, de uma superfície quádrica, seja ela cilíndrica ou de revolução. É importante
salientar que uma superfície quádrica consiste em um objeto no espaço tridimensional, que é
descrito por uma equação polinomial do segundo grau, contendo três variáveis (x, y, z) (DOS
SANTOS; FERREIRA, 2009). A construção dessa maquete tem como objetivo aprofundar o
conhecimento dos discentes sobre o estudo das quádricas.
A superfície escolhida para a concepção do projeto foi a de um hiperboloide de
revolução de uma folha, figura esta, de acordo com a Geometria Analítica, formada a partir da
rotação de uma hipérbole em torno de qualquer um dos eixos do plano tridimensional (DOS
SANTOS; FERREIRA, 2009). Pensando na sustentabilidade, a maquete dessa superfície foi
feita com filamento PLA de impressão 3D, material esse caracterizado por ser reutilizável. A
superfície, em questão, é ilustrada pela Figura 2.

Figura 2 Gráfico de um hiperboloide de revolução

Fonte: Próprios Autores via Geogebra 3D

2 PROCEDIMENTOS PARA A PROJEÇÃO DO ESPELHO PARABÓLICO


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2.1 Definição da equação do cilindro parabólico e das dimensões do espelho

Com o auxílio do software Geogebra 3D, foi determinada a equação da parábola, a


qual o grupo julgasse ter a curvatura adequada para a construção da base cilíndrica parabólica
do espelho, no caso a Equação 1.

z=0,0416 y 2 (1)

Nessa equação específica, é construída uma parábola localizada no plano dos eixos y
e z, e com vértice na origem. Adotou-se z = 10,0 cm na Equação 1, e obteve-se que os valores
de y valem - 15,5 cm e + 15,5 cm (Apêndice A). Além disso, percebeu-se que a parábola
apresenta o comportamento de estender-se de forma infinita ao longo dos valores positivos e
negativos do eixo x. Tendo em vista esse cenário, o grupo definiu que a figura se estenderia
25,0 cm ao longo dos valores positivos de x.
Com base nessas informações, os valores de x, y e z do cilindro parabólico limitam-
se em: 0 ≤ x ≤ 25,0cm; - 15,5 cm ≤ y ≤ 15,5 cm; e 0 cm ≤ z ≤ 10,0cm. A Figura 3,
desenvolvida via Geogebra 3D, ilustra o cilindro parabólico resultante da equação escolhida, e
de todas as medidas descritas acima.

Figura 3 Gráfico do cilindro parabólico

Fonte: Próprios Autores via Geogebra 3D

Observando o gráfico acima, conclui-se que as dimensões da base cilíndrica


parabólica do espelho são: 25,0cm de comprimento (eixo x), 31,0 cm de largura (eixo y),
tendo uma amplitude de 10,0 cm (eixo z).
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2.2 Localização do ponto focal

Segundo Dos Santos e Ferreira (2009), na Geometria Analítica, parábola é o nome


dado a uma curva plana, cujos seus infinitos pontos (P1, P2, P3....Pn) encontram-se
equidistantes de um ponto denominado “foco” (ponto F), e de uma reta denominada de
“diretriz”. A distância entre o vértice e o foco, assim como a distância entre o vértice e a reta
diretriz, é chamado de parâmetro da parábola (p). No estudo da Física Óptica, raios que
incidam paralelamente ao eixo de simetria de um espelho parabólico, são refletidos e se
concentram no foco, onde ocorrerá a captação e concentração da energia dos raios solares.
Na Figura 4, desenvolvida através do software Geogebra 2D, está representada uma
parábola genérica, contendo os elementos citados anteriormente, tendo a mesmas
características da parábola esboçada no plano yz pela Equação 1.

Figura 4 Representação gráfica de uma parábola no plano yz

Fonte: Próprios Autores via Geogebra 2D

A equação da parábola esboçada acima, cuja concavidade está voltada para cima e
com vértice na origem dos eixos yz, é dada pela Equação (2), onde p representa o valor do
parâmetro. Ao isolar-se a variável z da Equação (2), obtêm-se uma equação do segundo grau,
a Equação (2.1). (DOS SANTOS; FERREIRA, 2009).

2
y =4 pz (2)

1 2
z= y (2.1)
4p
6

A constante 1/4 p , da Equação (2.1), equivale numericamente ao valor do


coeficiente “a ” das equações caracterizadas como do segundo grau. Além de indicar a
concavidade da parábola, esse coeficiente também indica o quão a aberta é a parábola. (DOS
SANTOS; FERREIRA, 2009). Sabendo-se dessa relação pode-se reescrever a Equação (2.1),
substituindo 1/4 p pelo coeficiente “ a ”, conforme a Equação (2.2).

z=ay2 (2.2)

Conhecendo essas informações, é possível encontrar o valor do parâmetro da


parábola (distância do vértice até o foco) da Equação 1, igualando o valor de seu coeficiente
“ a ” ao valor da constante. Ao realizar-se essa operação, descobre-se que o parâmetro (p) vale
6,01cm (Apêndice B). Sabendo-se que o vértice se encontra na origem do plano yz, e que o
foco está sobre o eixo z, então as coordenadas do ponto focal são: y = 0 cm e z = 6,01cm.

2.3 Área de incidência solar

O espelho será revestido internamente por uma superfície refletora, que ocupará uma
certa área, onde ocorrerá uma forte incidência dos raios solares. Para o cálculo dessa área, foi
utilizada a Equação 3, onde S representa a área superficial, R os limites de integração, e
fx(x,y) e fy (x,y) representam as derivadas parciais de f(x,y) em função das variáveis x e y.
(HARTMAN, 2021).


S=∬ √ 1+ fx ( x , y ) + fy( x , y ) dA
2 2
(3)
R

Com base na Equação 1, foram calculadas cada uma das suas derivadas parciais, e
considerou-se os intervalos de integração em 0 ≤ x ≤ 25,0cm e -15,5 cm ≤ y ≤ 15,5 cm. Esses
valores foram inseridos na Equação 3, gerando assim a Equação 3.1 (Apêndice C)


15,5
1
S=25× √ 0,0062224 ∫ 0,0832
2
+ y dy (3.1)
−15,5

A integral apresentada na Equação 3.1, foi resolvida através do método de


substituição trigonométrica. O resultado obtido, foi que a área de incidência solar corresponde
7

a 954,5 cm2 (Apêndice D).

2.4 Desenho Técnico

Além da projeção da superfície cilíndrica parabólica, projetou-se também um suporte


para essa superfície, que permitisse a sua rotação, facilitando a captação dos raios luminosos
de acordo com as mudanças de posição periódicas do sol. Além disso, foi posicionado em seu
foco um tubo tingido da cor preta, para que fosse possível absorver mais calor. A Figura 5,
consiste nas perspectivas isométrica e ortogonal do espelho e seu suporte, desenvolvidas via
software AutoCad 2D/3D, contendo suas respectivas medidas em centímetros (cm).

Figura 5 Perspectivas isométrica e ortogonal do espelho

Fonte: Próprios Autores

3 MATERIAIS E MÉTODOS PARA A CONFECÇÃO DO ESPELHO

3.1 Materiais para a confecção do espelho


 
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Os materiais utilizados na montagem do espelho cilíndrico parabólico estão listados


conforme a Tabela 1.  

Tabela 1 Relação dos componentes, quantidades e custos para confeccionar o espelho

Material Quantidade utilizada Custo


Vinil Cromado 25 cm x 40 cm R$ 18,00
Pregos 32 unidades R$ 8,00
Parafusos 8 unidades R$ 4,66
Arruela 2 unidades R$ 0,36
Porca borboleta 2 unidades R$ 9,02
Lixa 1 unidade R$ 7,30
Papelão 25 cm x 40 cm R$ 4,20
Tinta preta PVA 37 ml R$ 4,07
Papel quadriculado Tamanho A3 R$ 3,70
Cola adesivo spray 1 lata de 500 ml R$ 20,40
Verniz 1 lata de 225 ml R$ 14,98
Serra tico-tico 1 unidade R$ 109,90
1 unidade de
Tubo de PVC 25 cm x 7cm de raio R$ 16,99

2 unidades de
Ripa de madeira 25 cm x 7cm x 2 cm R$ 12,00

2 unidades de
Ripa de madeira 19,6 cm x 4,4cm x 2 cm R$ 10,00

2 unidades de
Ripa de madeira 27cm x 4,6 cm x 2 cm R$ 12,78

2 unidades
Ripa de madeira 25,2cm x 4,6cm x 2 cm R$ 12,50

2 unidades de
Placa de madeira R$ 39,00
36,4cm x 20cm x 2 cm
Custo total R$ 307,86
Fonte: Próprios Autores

3.2 Método de montagem do espelho e testagem de temperatura

Para a construção da base cilíndrica parabólica do coletor, foi confeccionado um


molde da parábola, representada pela Equação 1 com z = 10 cm, em uma folha de papel
quadriculado. Com o auxílio do molde, a parábola foi desenhada em cada uma das duas placas
de madeira clara de dimensões 34,6cm x 25,2 cm x 4,60 cm, e com o auxílio de uma serra
tico-tico foram cortadas. As placas já recortadas foram lixadas, envernizadas, colocadas em
paralelo, e interligadas por duas ripas de madeira clara de dimensões 25,0cm x 7,00 cm x 2,00
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cm, pregadas nas laterais de cada uma das placas, conforme ilustra a imagem à esquerda da
Figura 6.
Confeccionou-se um suporte para a sustentação da base cilíndrica parabólica do
coletor. Para isso construiu-se uma base retangular, pregando as laterais de duas ripas de
madeira escura de dimensões 25,2 cm x 4,60cm x 2,00 cm, com a lateral das ripas de
dimensões 27,0 cm x 4,60cm x 2,00 cm. Em seguida, pregou-se duas outras ripas de
dimensões 19,6 cm x 4,40 cm x 2,00 cm na parte de dentro da base retangular, estando cada
uma delas fixadas no ponto médio das ripas de 25,2 cm de comprimento, conforme ilustra a
imagem à direita da Figura 6.

Figura 6 Construção da base cilíndrica parabólica e suporte do espelho

Fonte: Próprios Autores

Conectou-se a base cilíndrica parabólica, ao suporte construído, através das duas


ripas que se encontram perpendiculares a base retangular. Para a fixação dessas duas
estruturas, com o auxílio de uma furadeira, foram feitos furos de 1,00 cm de diâmetro em cada
uma dessas ripas, e nas laterais da estrutura cilíndrica parabólica, cujas parábolas foram
recortadas. Nesses furos, foram utilizados 2 parafusos, 2 arruelas e 2 porcas borboletas, porcas
estas que permitem a rotação da estrutura refletora do espelho. Pregou-se um papelão na base
cilíndrica parabólica de madeira, para que assim fosse formada a base da superfície refletora
do espelho, conforme ilustram as fotografias da Figura 7.
10

Figura 7 Estrutura cilíndrica parabólica conectada ao suporte com base de papelão

Fonte: Próprios Autores

Por fim, colou-se o vinil cromado espelhado na base de papelão, formando-se assim
a superfície refletora do espelho. Além disso, foi colocado um tubo de PVC pintado de preto,
no ponto de foco do espelho, sustentado por duas barras de madeira pregadas nas laterais da
base cilíndrica parabólica. A Figura 8, exibe duas fotografias do resultado do dispositivo de
coleta de calor.

Figura 8 Dispositivo finalizado

Fonte: Próprios Autores

Finalizado o dispositivo, ele foi colocado sob a incidência da luz solar, para a
medição da temperatura, em graus Celsius, em seu foco. As 11h00 da manhã, a temperatura
na região focal era a temperatura ambiente de 24,0 ℃ . As 11h30 a temperatura elevou-se para
52,0℃ , e ao meio-dia elevou-se novamente para 62,4 ℃ . Para a medição dessas temperaturas
foi utilizada uma câmera termográfica, conforme as imagens da Figura 9.

Figura 9 Temperatura do ponto focal ao meio-dia via câmera termográfica


11

Fonte: Próprios Autores

4 PROCEDIMENTOS PARA PROJEÇÃO E CONSTRUÇÃO DA MAQUETE

Apesar de um hiperboloide de revolução ser o resultado da rotação de uma hipérbole


em torno de qualquer um dos eixos do plano tridimensional (DOS SANTOS; FERREIRA,
2009), ele também pode ser obtido, fisicamente, quando o topo de um cilindro é torcido ou
rotacionado.
Com base nisso, a ideia foi obter um hiperboloide através da torsão da parte superior
de um cilindro , construído a partir de fios de elásticos. Para isso, foi desenvolvida uma
estrutura via software AutoCad 2D/3D, que permitisse a rotação do topo do cilindro. Nessa
estrutura, os fios se encontram presos nos furos circulares que compõem duas circunferências,
uma localizada no compartimento superior da estrutura e outra acoplada no compartimento
inferior, ambas localizadas sob um arranjo cúbico vazado nas laterais e na parte superior. A
circunferência superior está conectada a um dispositivo de rotação manual, conforme ilustram
a Figura 10.
12

Figura 10 Perspectiva isométrica e ortogonal da estrutura

F
onte: Próprios Autores

4.1 Materiais para a confecção da maquete e seus custos


 
Os materiais utilizados na montagem da maquete do hiperboloide de revolução estão
listados, conforme a Tabela 2.

Tabela 2 Relação dos componentes, quantidades e custos para confeccionar a maquete

Material Quantidade utilizada Custo


Impressora 3D 1 unidade R$ 2.000
Filamento PLA 1 bobina R$ 69,99
Fio elástico 1 bobina R$ 2,50
Custo total R$ 2.072,49
Fonte: Próprios Autores

4.2 Método de montagem da maquete

As peças utilizadas, para a montagem da estrutura da maquete, foram todas obtidas


através da impressão 3D, utilizando-se filamento PLA. Foram impressos um arranjo cúbico
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vazado nas laterais e com furos localizados em seu compartimento inferior, além de uma
circunferência conectada a um dispositivo de rotação manual, conforme ilustra a fotografia
localizada à esquerda da Figura 11. Já a fotografia à direita da mesma figura, exibe como
essas peças devem encontrar-se posicionadas.

Figura 11 Peças e estrutura da maquete

Fonte: Próprios Autores

Após o posicionamento dessas duas peças, foram conectados fios elásticos nos furos
localizados tanto na base do arranjo cúbico, quanto nos pertencentes à circunferência
interligada ao eixo de rotação, conforme está representado na foto à esquerda da Figura 12.
Depois de todos os fios serem fixados na estrutura, basta girar o eixo de rotação e assim será
gerada a figura de um hiperboloide, como ilustra a foto à direita da Figura 12.

Figura 12 Estrutura com todos os fios conectados e formação do hiperboloide

Fonte: Próprios Autores

5 CONCLUSÃO
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É possível afirmar que os projetos apresentados neste artigo, proporcionaram a


aplicação de conceitos das disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral, Física Óptica,
Geometria Analítica e Desenho Técnico Universal. Além disso, a vertente principal do projeto
promoveu a sustentabilidade, possibilitando que os discentes aprofundassem os seus
conhecimentos acerca do uso de energia limpa proveniente da captação da energia dos raios
solares. Já vertente secundária do projeto, possibilitou o aprofundamento acerca da
representação física das superfícies quádricas.
Em relação a viabilidade, conclui-se que ambas as vertentes do projeto são viáveis na
parte de execução, por possuírem métodos de montagem simples, e também na área
financeira, pois as matérias primas utilizadas são acessíveis, sendo que a grande maioria não
possui um alto custo no mercado e são de fácil manipulação.

6 REFERÊNCIAS

CARVALHO, C. C. Fontes heliotérmicas: um estudo sobre o funcionamento e o potencial


de implementação da tecnologia no Brasil. 2016. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso -
Curso de Engenharia Industrial Elétrica. Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Curitiba, 2016

DOS SANTOS, Fabiano José; FERREIRA, Silvimar Fábio. Geometria analítica. Bookman
Editora, p.62-68, 2009.

FIRMIANO, M. R. A relação entre consumo de energia, emissão de CO2 e crescimento


econômico no Brasil: análises para o período de 2000 a 2013. Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza, 2015. Disponível em:
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/33994/1/2015_tcc_%20mrfirmiano.pdf.
Acesso em: 10 setembro 2022.

GEOGEBRA. 3D/2D Calculator - GeoGebra. Disponível em:


<https://www.geogebra.org/3d>. Acesso em: 20 agosto 2022.

GOLDEMBERG, J. Energia e Sustentabilidade. Revista de Cultura e Extensão USP, v.


14, p. 33-43, 2015.

GOMEZ, Alvaro German Leiva et al. Estudo de um Coletor Solar de Cilindro Parabólico
para Aplicações em Refrigeração por Absorção utilizando Técnicas de Dinâmica dos
Fluidos Computacional. 2022. Dissertação de Mestrado.

HARTMAN, G. 13.5: Surface Area. Libre Texts Mathematics, 2021. Disponível em:
<https://math.libretexts.org/Bookshelves/Calculus/Book%3A_Calculus_(Apex)/
13%3A_Multiple_Integration/13.05%3A_Surface_Area>. Acesso em: 26 setembro 2022.

NASCIMENTO, T.; MENDONÇA, A. T. B. B.; CUNHA, S. Inovação e sustentabilidade na
15

produção de energia: o caso do sistema setorial de energia eólica no Brasil.


Cadernos EBAPE. BR, v. 10, n. 3, p. 630-651, 2012.

APÊNDICE A - Cálculo para obter os valores de y da Equação 1

Fonte: Próprios Autores

APÊNDICE B - Cálculo do parâmetro da parábola

Fonte: Próprios Autores

APÊNDICE C – Primeira etapa do cálculo da área de incidência solar

Fonte: Próprios Autores


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APÊNDICE D – Segunda etapa do cálculo da área de incidência solar

Fonte: Próprios Autores

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