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8. Sejam U e V espaços vetoriais sobre IR e F : U ---+V uma transformação linear. Provar que.

se B cU é tal que [B) U, então [F(B)] = lm(F).

Solução
Seja B = {ut, ... , ur}. Todo elemento v E lm(F) pode ser representado por v= F(u),
com u EU = [B). Logo existem "'1> . . . , "'r E IR de modo que u = a 1u 1 t ... + "'rur.
Assim v = F (u) = F (a! UJ + ... + "'rur) = a1F (UJ) + ... t atrF (ur) o que vem mostrar
que v E [F(B)l. Ficou provado pois que hn(F) c [F(B)). Por outro lado um elemento,
v E [F(B)] é dado por v= OtJF(uJ) + ... + atrFCur) = F(atJUJ + ... t atrUr). Logo
v E lm(F). Temos então que [F(B)] c Im(F).

9. Achar uma transformação linear do IR 3 no IR 2 cujo núcleo seja gerado por (1, 1, O).

Solução
A idéia a ser usada na resolução está contida na demonstração do teorema do núcleo e
da imagem. O conjunto {(1, 1, 0), (0, 1, 0), (0, O, 1)} é uma base do 1R3 que completa
a base {(1, 1, O)} do núcleo da transformação que pretendemos achar. Se tomarmos
T(O, 1, O) e T(O, O, 1) linearmente independentes teremos uma base da Im(T), onde T é
a transformação procurada. Façamos então: T(O, 1, O) = (1, O) e T(O, O, 1) = (0, 1).
Como (x, y, z) = x(l, 1, O)+ z(O, O, 1) + (y- x)(O, 1, 0), então T(x, y, z) = xT(1, 1, Ó) +
+ (y- x)T(O, 1, O) + zT(O, O, 1) ='x-{0, O)+ (y- x)(1, O)+ z(O, 1) = (y- x, z).
Notemos que o problema admite infinitas soluções.

10. Provar que o espaço vetaria! IR 2 é isomorfo ao subespaço U = {(x, y, z) E IR 3 1 z O}


do IR 3 .

Solução
A função F: IR 2 ~ 1R3 dada por F (x, y) = (x, y, ()) é linear injetora e sua imagem é o
subespaço U. Logo IR 2 , eU são isomorfos.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Para cada uma das transformações lineares abaixo determinar uma base e a dimensão do
núcleo e da imagem:

(a) F: 1R3 ~IR dada por F(x, y, z) = x + y - z.


(b) F: IR2 ~ IR 2 dada por F (x, y) = (2x, x + y).
(c) F: 1R3 ~ IR4 definida por F (x, y, z) = (x - y - z, x + y + z, 2x- y + z, - y).
(d) F: P2 (1R) ~Pz(IR) dada por F(f(t)) = t 2 f"(t).

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(e) F: M2 (R) -+ M2 (R) dada por F (X) = MX + X, onde

M ~ (: :)

(f) F: M2 (R) -+ M2 (R) definida por F (X) = MX - XM, onde

M~ (: :)

*2. Determinar um operador linear F: R 3 -+ R 3 cuja imagem é gerada por (2, 1, 1) e


(1, - 1, 2).

3. Determinar um operador linear do R 4 cujo núcleo é gerado por (1, 1, O, O) e (0, O, 1, 0).

4. Determinar um operador linear do R 3 cujo núcleo tenha dimensão 1.

S. Seja F: R 3 -+ R 3 definida por F(l, O, 0) = (1, 1, 0) e F(O, O, 1) = (0, O, 2) e


F(O, 1, O) = (1, 1, 2). Determinar uma base de cada um dos seguintes sub-espaços
vetoriais: Ker(F), lm(F), Ker(F) n lm(F) e Ker(F) + lm(F).
6. Mostrar que cada um dos operadores lineares do IR 3 a seguir é inversível e determinar o
isomorfismo inverso em cada caso:

(a) F(x, y, z) = (x - 3y - 2z, y - 4z, z);


(b) F(x, y, z) = (x, x- y., 2x + y - z).

7. Considere o operador linear F do IR 3 definido por F(l, O, O) = (1, 1, l);F(O, 1, O) =


= (1, O, 1) e F(O, 1, 2) = (0, O, 4). F é inversível? Se for, determine o isomorfismo
inverso.

8. Sejam u, v E IR 2 vetores tais que { u, v} é uma base do IR 2. Sendo F: IR 2 -+ IRn wna


transformação linear, mostrar que uma das seguintes alternativas se verifica:
a) {F(u), F(v)} é L.l.; b) dim Im(F) = 1; c) Im (F) ={o}.

:-,
',2,1 Sejam U e V sub-espaços do espaço W tais que W = U E& V. Consideremos o espaço
vetorial U X V cuja adição é (ut> Vt) + (u2, v2) = (ul + u2, Vt + v2) e cuja multi-
plicação por escalares é dada por O!(u, v) = (O!u, O!V). Mostrar que é um isomorfismo
de U X V em W a aplicação assim definida: F(u, v) = u + v.

*lO. Seja {e 1, ... , en} a base canônica do IRn. Seja F: IRn _,. IRn o operador linear dado por
F(e 1) = e2, F(e2) = e3 , ... , F(en) = e1. Determinar F(xt. ... , Xn) e verificar se F
é um automorfismo. Se for, acne o automorfismo inverso.

* 11. Considere uma transformaçãolinearT: U ->V. Provar que, se o conjunto {T(u 1), ... , T(ur)}
é L.I. em V, então {ui, ... , ur} é L.I. em U. Provar que, se T é injetora e {u 1 , ... , ur}
é L.I. em U, então {T(ul), ... , T(ur)} é LJ. em V. ·

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= {(a~o a2 , ... ) I ai E IR}.
00
*12. Consideremos o espaço vetorial lR
a) Mostrar que a transformação linear T: lR 00 -+ lRoo dada por T(at. a2, ... ) =
= (0, at, a2, ... ) é injetora mas não é sobrejetora.
b) Mostrar que a transformação linear F: IR oo-+ IR oo definida por F(a1, a2, ... ) =
= (a2 , a 3 , •.. ) é sobrejetora mas não é injetora.
c) Encontrar uma aplicação linear injetora de P(IR) em IR 00 •

*13. Consideremos uma transformação linear F: U -+V. Se dim U > dim V, prove que
existe um vetor não nulo u 0 E U tal que F (u0 ) = o (vetor nulo de V). (Ou seja,
F não é injetora.)

*14. Seja W = U Q1 V. Consideremos os operadores lineares de W (projeções sobre U e V,


respectivamente) dados por P 1 (u + 'V) = u e P2 (u + v) = v, Vu + v E W, com
u EU e v E V. Definido H: W-+ W por H(w) = P1 (w) - P2 (w), Vw E W, mostre
que H é um isomorfismo do espaço vetorial W nele mesmo, isto é, H é um automor-
fismo de W.
Tome W = IR2 , U = [(1, 1)], V = [(1, -1)] e represente geometricamente U, V, W,
P1, P2, H.

*15. Provar que o IR 2 é isomorfo a qualquer sub-espaço de dimensão 2 do IR 3.

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