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Detalhamento da Eventualidade de Utilização Acetona e MEK:

A quantidade em mL (mililitros) utilizada no processo depende do tamanho da


peça impressa em 3D. Mas em geral, utiliza-se cerca de 200mL por projeto. Com o
vapor em temperatura ambiente dos produtos, após cerca de 20/30 minutos, a peça
está pronta.
Levando em consideração a variação dos pedidos de clientes que necessitam
que suas peças tenham tratamento superficial, até o presente momento, utilizei cerca
de 2L por mês. Acetona e Metil Etil Cetona foram adquiridas na Cloroquímica,
empresa situada em Curitiba, CNPJ: 04793534000173.
Como a substância Metil Etil Cetona é mais volátil que a Acetona, prefiro
utilizá-la em peças de urgência (solicitação de cliente), porém o MEK possui um valor
monetário mais alto. Quando a peça impressa em 3D não possui urgência de entrega,
utilizo Acetona, processo um pouco mais lento, mas igualmente eficaz.
Minhas estimativas atuais dizem que o valor máximo a ser utilizado por mês é
de 2L de acetona ou MEK. Contudo, volto a frisar que a utilização dos materiais varia
conforme as solicitações de clientes. Pode ser que por meses não venha a utilizar as
substâncias, aumentando a duração do estoque.
Como dar acabamento
nas peças de forma
simples e barata
porSÉRGIO PORTELAemDICAS, MAIS ACESSADOS, NÍVEL
INTERMEDIÁRIO
Um bom acabamento começa no momento de definir as configurações da
sua impressão 3D. A resolução da peça depende principalmente da altura
da camada. A ideia é parecida com a formação de uma imagem digital:
quanto mais pontos, maior a qualidade da imagem.

Você sabe como dar acabamento nas peças obtidas por impressão 3D?
Esse processo é muito interessante e pode aumentar muito a qualidade visual
dos projetos, gerando um ótimo valor agregado às peças. Porém, surgem muitas
dúvidas quanto a esse processo, como a lista dos materiais necessários, as
formas de manuseamento e o resultado real obtido.

Por isso, criamos este artigo que mostrará uma forma simples e barata de
dar acabamento nas peças. Confira!

Por que dar acabamento nas


peças impressas?
Como você já sabe, o processo de impressão 3D se faz por camadas. A
impressora deposita o material de uma camada, sobe um estágio e repete esse
processo até finalizar a peça. Com esse movimento, a peça fica com uma
marcação evidente das camadas.

Para contornar esse efeito e reduzir os “degraus” gerados, você pode


ajustar a altura da camada, reduzindo-a. Esse ajuste aumenta a qualidade
superficial da peça, mas o tempo de impressão aumenta consideravelmente.

Então, uma solução é o acabamento posterior, um trabalho após a


impressão.
O que é preciso para dar o
acabamento nas peças?
Para dar acabamento nas peças, primeiro você precisa conhecer um
pouco sobre os principais materiais para impressão 3D.

O PLA, por exemplo, é ótimo para peças que precisem de uma boa
qualidade superficial sem o trabalho de acabamento. Com o PLA você consegue
imprimir peças detalhadas, mantendo um fiel controle dimensional e com
evidência nos detalhes. Porém, esse material não reage com o vapor de acetona
pura, que é o principal material usado para o acabamento. Além disso, o PLA
possui alta dureza superficial, o que dificulta lixar a peça para suavizar as
camadas.

Para dar acabamento nesse filamento, o recomendado seria trabalhar


com vapor de clorofórmio, mas isso é dificultado pelas características desse
solvente e da indisponibilidade de compra no mercado.

O PETG é um material nobre para impressão 3D, como a ótima


resistência mecânica, a possibilidade de ser utilizado em impressora aberta ou
fechada, com ou sem mesa aquecida e sem apresentar empenamento. Porém,
assim como o PLA, ele apresenta algumas dificuldades para o processo de
acabamento.

Sua dureza superficial é menor do que no PLA, o que lhe garante maior
facilidade para lixar. Porém, ele também não reage com o vapor de acetona por
possuir uma alta resistência química.

Se tratando de facilidade de acabamento, o ABS já possui grandes


vantagens se comparado ao PLA e PETG. Apesar desses dois materiais terem
ótimas características de impressão, como facilidade de utilização, controle
dimensional, sem empenamento e serem materiais biodegradável e food safe,
respectivamente, o ABS possui maior facilidade para acabamento.

O ABS reage com o vapor de acetona, suavizando os efeitos das camadas


e dando um aspecto mais liso à peça. Por possuir menor dureza superficial, é
mais fácil lixar as impressões também, corrigindo qualquer imperfeição.

Quais são as vantagens em dar


acabamento nas peças?
Neste artigo, focaremos o processo de acabamento com o vapor de
acetona. As vantagens de uma peça que recebe esse processo está no efeito
visual. Considerando uma impressão com altura de camadas de 0,4mm, por
exemplo, será bem visível os efeitos das camadas e isso pode comprometer o
valor agregado.

Ao lixar a peça e atacá-la com vapor de acetona, ela fica com um brilho
maior e uma superfície mais lisa. A impressão que se dá é de uma peça de maior
qualidade.

Há desvantagens nas peças


acabadas em relação às peças
sem acabamento?
É importante dizer que não são só vantagens obtidas nesse processo de
acabamento. Deve-se avaliar muito bem as características dos projetos. Por
exemplo, se você quer imprimir uma peça técnica, que precise que suas
dimensões sejam restritas, expor ao vapor de acetona pode fazer com que perca
a tolerância dimensional, além da possibilidade de enfraquecer a estrutura do
objeto.

Outro ponto importante de se mencionar é no perigo à segurança ao


manusear a acetona. Esse material deve ser puro para ter um bom efeito, e pela
alta volatilidade, pode entrar em ignição com facilidade. É preciso ter muito
cuidado com esse reagente.

Como dar acabamento nas peças


de forma fácil?
Agora que você já conhece a parte teórica do acabamento com acetona,
vamos a parte mais interessante: como dar o acabamento nas peças de forma
prática, simples e barata! No mercado existem algumas máquinas próprias para
este fim, mas se você quiser, pode fazer o processo na sua casa, sem um
investimento financeiro elevado.

Vamos à lista de materiais necessários:

 um recipiente em vidro, PP ou de outro material que não tenha reação


com a acetona;
 acetona pura;
 papel toalha;
 imãs pequenos;
 uma base para a peça, de material que não tenha reação com acetona;
 a peça que será trabalhada.
Passo 1
Molhe o papel toalha com a acetona pura.

Passo 2
Forre o recipiente com as folhas de papel toalha, umedecidas com a
acetona pura. Coloque na base e nas paredes do recipiente. Posicione um imã
dentro e fora do recipiente para travar o papel toalha.

Passo 3
Coloque o material de base para a peça dentro do recipiente, por cima
do papel toalha.

Passo 4
Coloque a peça sobre a base e feche o recipiente. É importante que fique
bem lacrado para evitar que o vapor da acetona seja perdido.

O tempo de permanência das peças vai depender do seu volume e massa.


Quanto maior, mais demorado será o processo. Você pode ir observando o
alisamento das camadas, mas evite ficar abrindo o recipiente antes de
terminado. Depois que estiver pronto, com a peça ainda em reação, não pegue
no objeto. Ele estará mole e pode deformar. Tire a peça do recipiente pela base.
Espere alguns minutos até que a peça seque.

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