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Impressão Serigráfica - Técnico: Carlos Damasceno - Liko Tintas industriais
IMPRESSÃO SERIGRAFICA
PROCESSO
O processo de impressão serigráfica nada mais é, do que a passagem da tinta pelo tecido da tela.
Porém para que ao fazer isso, tenhamos um impresso de qualidade, é preciso conhecer bem o
processo, definir e controlar os parâmetros, tanto da impressão como da preparação da tela.
Aqui nós vamos falar basicamente do processo de impressão, embora em determinado casos,
citaremos o processo de preparação da tela.
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1 – O tipo de Rodo
Os rodos são feitos de material flexível com dureza controlada e resistência química aos solventes
utilizados nas tintas e na limpeza.
O material que tem se mostrado mais adequado é a borracha de poliuretano (PU), com várias
durezas. Essa dureza varia de acordo com o tipo de material que está sendo impresso. Rodos mais
duros para materiais planos e rodos mais macios para materiais irregulares, porosos ou enrugados.
O ângulo mais usado é o de 75º. Ângulo maior que 75º deposita menos tinta e causa problema de
cobertura, ângulo menor que 75º deposita muita tinta e tende a borrar.
3 - A velocidade de aplicação
A velocidade de aplicação é na verdade a velocidade com que se aplica o rodo. Alterações na
velocidade promovem variações na quantidade de tinta aplicada, sendo que estas alterações
funcionam com uma ajuste fino para correção de defeitos que possam ocorrer em locais isolados do
desenho.
Nas áreas que há necessidade de maior depósito de tinta, a velocidade de impressão deve ser mais
lenta.
Nas áreas de impressão com detalhes finos, a velocidade deve ser mais rápida.
Uma pressão excessiva também provoca problemas de registro, pois o náilon irá se mover. Deve-se
usar pouca pressão no rodo, só o suficiente para que o náilon da tela encoste na peça que está sendo
pintada.
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5 - O perfil do rodo
Quando aplicado em superfície plana, um rodo de perfil quadrado é o ideal, pois deixa uma camada
bem fina de tinta e promove um acabamento perfeito.
Já na indústria têxtil se usa com mais frequência um rodo com perfil redondo, pois esse perfil
provoca um maior passagem de tinta. Esse tipo de perfil não deixa uma boa definição nas bordas do
desenho e tende a borrar um pouco; é muito utilizado em estamparia têxtil porque nesse tipo de
impressão há necessidade de grandes quantidades de tinta para produzir o efeito desejado.
6 - O fora-contato da tela
O fora-contato é o espaço que fica entre a tela e o material que está sendo pintado. Faz com que o
náilon não fique “grudado” na peça depois da impressão.
Mas o fora-contato deve ser o mais baixo possível, pois um fora-contato muito alto irá deformar o
desenho da tela e se não for padrão em todas as telas diferentes usadas no mesmo modelo, também
provocará perda de encaixe.
Para conseguir um fora-contato bem baixo e eficiente, outro fator determinante é a esticagem do
náilon da tela.
Se na pintura de um determinado modelo for necessário usar quatro telas diferentes, as quatro
deveriam ser esticadas no mesmo dia, com o mesmo náilon, na mesma tensão e na mesma
inclinação.
8 – O material a imprimir
Alguns tipos de materiais podem estar impregnados com lubrificantes que, assim como a migração
de plastificantes, podem prejudicar a fixação e diminuir a resistência química da tinta, mesmo tendo
passado um período de tempo considerável após a impressão. Para contornar esse problema é
essencial a limpeza da peças antes da impressão.
A limpeza também é importante pois o material pode ser contaminado dentro do próprio
almoxarifado do cliente, seja por olhos, graxas, poeira e até gordura das mãos durante o manuseio.
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9 – Registros (Gabaritos)
É primordial que o material que será impresso, permaneça totalmente estável durante o processo de
impressão.
Existem várias formas de se fazerem registros e cada forma pode ser usada dependendo do material
que está sendo impresso. Para impressão de peças planas pode-se usar pinos fixados em placas de
chapas rígidas. Pode também ser feito registros por encosto, porém esse tipo de registro oferece
menor precisão, a menos que os contornos sejam absolutamente idênticos (cortados em guilhotinas
ou navalhas). Toda via, se o material impresso é poroso, recomenda-se utilizar Adesivo de Contato
Permanente ou fita dupla-face para fixá-lo durante as impressões.
10 -A tinta
Três fatores interagem para determinar que tipo de comportamento a tinta irá apresentar durante a
impressão:
PS. Quando falamos de comportamento da tinta, estamos falando apenas de secagem, cobertura, e
cor.
1. a fórmula da tinta
Todos os itens que compõem a fabricação de uma tinta, de uma forma ou de outra,
interferem no comportamento que a tinta terá sobe a tela. Além do fato de ela poder ser
usada na sua viscosidade inicial (como vem na lata) ou com a adição de solventes. Variação
de temperatura e tempo de validade, também podem alterar o comportamento da tinta. Por
tanto, para manter um padrão de qualidade durante o uso das tintas também será preciso
manter um padrão no processo de uso.
3. aplicação do rodo
A forma como se aplica o rodo interfere no comportamento da tinta, pois para que tenhamos
uma boa impressão é necessário que a tinta atravesse o náilon da tela até chegar no material
que está sendo pintado, e o responsável de que isso aconteça é a aplicação do rodo. Porém se
essa aplicação for feita muito rápida, a quantidade de tinta que passará para o material será
pequena, o que poderá causar problema de cobertura e ou tonalidade. Da mesma forma, se
passar muito lento pode dar excesso de tinta e borrões.
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1 . IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL
Antes de adquirir a tinta, solvente e retardador que o impressor irá utilizar, devemos identificar
corretamente o material em que vai imprimir.
Existem muitos materiais diferentes e para cada uma pode haver uma tinta específica. Por isso é
sempre bom fazer testes antes de iniciar um trabalho com um novo tipo de material ou com uma
nova tinta.
Causa Solução
Ambiente muito quente ● Adicionar de 5 a 10% de Retardador
● Imprimir cobrindo o desenho
Ventilação Excessiva ● Isolar a tela nos lados e na parte de trás para evitar
ventilação na tela e na tinta.
● Imprimir cobrindo o desenho
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d) Impressão borrada
Tinta não compatível com o ● Identificar o material para saber que tinta é mais
material adequada
Falta de Preparação do material ● Para EVA, usar Primer, pintar após 15 minutos
● Para SBR e TR, usar Halogem, pintar após 15 minutos
● Para Polietileno, usar Flambagem (tratamento)
● Para PU velho ou TPU velho, limpeza com solvente
adequado e aquecimento da peça antes de imprimir.
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Tintas com metal (pratas, ouros ● Baixar a quantidade de metal da tinta, pode ser
e alguns pretos) conseguido com adição de verniz incolor compatível
com tinta
● solicitar ajuste junto ao fabricante
Máquina desregulada ● Regular a máquina
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CONCLUSÕES FINAIS
● A serigrafia é aparentemente simples. Porém, existe uma série de variáveis que, quando
alteradas, podem mudar completamente o resultado final.
● Conhecer bem o processo será muito útil na tomada de decisões.
● Sempre procure realizar testes, mas nunca durante a produção.
● Padronização (repetitividade dos parâmetros ao longo das etapas) deve ser considerada com
a garantia do sucesso.