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INTRODUÇÃO AO MARTELINHO DE

OURO
1 - Introdução
Há muitas divergências sobre o surgimento do famoso Martelinho de Ouro,
nome técnico RSP – Recuperação Sem Pintura. Trabalho artesanal que
consiste exclusivamente em desamassar a chapa sem danificar a pintura.
Alguns defendem a ideia que surgiu nos anos 40, nas linhas de montagem da
Mercedes Benz, em Stuttgart, na Alemanha, onde alguns técnicos
massageavam a chapa de metal, de fora para dentro, até restabelecer a forma
original. Tempos mais tarde, anos 70, nos Estados Unidos, a técnica tornou-se
mais conhecida, surgia na época montagem de carros, com chapas de metais
mais finas, pinturas resistentes e mais maleáveis. No Brasil defendem a ideia
que fora inventado em meados dos anos 80 em São Paulo, capital. Entretanto,
não ha registros que comprove a data e quem iniciou esta arte.
Sendo os primórdios da arte no Brasil ou exterior, a ideia principal para
recuperar o amassado desde então é a mesma, ou seja, de fora para dentro,
igualando o brilho da pintura e nivelando a chapa danificada.
Finalmente, podemos garantir-lhe de uma coisa, aprender esta arte hoje é um
dos mais lucrativos ramos no meio automotivo.

Principais Características e Vantagens


A Recuperação Sem Pintura tem varias finalidades que vão, desde um serviço
rápido até o aumento da produtividade dentro de uma oficina, são elas:
Rapidez: Tendo de recuperar um simples amassado, uma geral por todo o
veículo ou ate mesmo uma chuva de granizo o tempo sempre será inferior a de
uma funilaria e pintura.
Originalidade: Por tratar-se de recuperação sem pintura a principal
característica que agrega preço a mesma é manter a originalidade.
Economia: Em 90% dos casos dificilmente o valor de uma Recuperação Sem
Pintura ultrapassa ao da funilaria e pintura.
Aumento da lucratividade: No ramo automotivo em geral podemos agregar
este serviço na maioria das profissões, aumentando a lucratividade da
empresa. Podemos realizá-lo simultaneamente com outros, exemplo:
polimento, lava jato, alinhamento e balanceamento, mecânica, insul-film,
acessórios e etc. Além disso pode-se fazer RSP em: carro 0KM, carro
seminovo, carros antigos, peças para revenda seminovas como novas, tanque
de moto e outros.
Aumento da Produtividade: Caso 1: Mesmo que não de pra recuperar 95%
do amassado na Recuperação Sem Pintura, podemos adiantar em mais de
60% o serviço, economizando tempo e material, consequentemente menos
dinheiro. Caso 2: Quando aplicamos uma técnica de difuminado (retoque), em
outra peça apenas para não dar diferença na tonalidade e nela contem um
amassado, podemos recuperá-lo facilmente sem pintura, afim de não atrasar o
serviço economizando material.
Ferramentas
Podemos dizer também que a Funilaria de Brilho (martelinho de ouro),
é uma evolução da funilaria convencional, de modo que os funileiros
da época ao deparar com amassados pequenos de pouca intensidade
tinham a noção que poderiam desamassar sem danificar a pintura.
Assim com suas próprias ferramentas tentavam voltar os amassados,
porém percebiam que mesmo com cuidado acabavam danificando
devido as ferramentas que eram pesadas e muitas vezes com pontas
que trincavam facilmente a tinta. Foi então que começaram a adaptar
ferramentas a partir de madeiras (cabos e tocos), galhos de arvores
(goiabeira), ponta de chifres e ferros com pontas arredondadas, com
isso as tentativas foram surtindo resultados positivos e com o tempo
aperfeiçoando cada vez mais e buscando alternativas melhores
conseguiam finalizar muitos amassados evitando a repintura.
De alguns anos pra cá encontramos ferramentas com tecnologia de
ponta com materiais de alta qualidade e acabamento, que em sua
maior parte são importadas dos E.U.A, mas já encontramos empresas
brasileiras fabricando esses materiais. Pela técnica ainda ser em sua
maior parte artesanal, as ferramentas americanas não fazem uma
diferença significativa no aprendizado, desta forma você pode
aprender simplesmente com ferramentas artesanais ou até mesmo
feitas por você.
Concluímos que é o profissional que faz a ferramenta e não ao
contrário, é claro que hoje muitas ferramentas podem embelezar sua
oficina e até mesmo te ajudar e facilitar em vários serviços, mas não
pensar que adquirir ferramentas importadas será um fator decisivo
para seu aprendizado.
Técnicas De Recuperação Sem Pintura
Fita Crepe 
Quando trabalhamos um amassado de dentro para fora, utilizamos
normalmente ferros com pontas redondas, todo reparo no inicio exige certa
força afinal a resistência é maior, assim a ferramenta em contato direto com a
chapa danificada sem proteção na ponta, pode trincar e danificar facilmente.
Para isso, envolvemos fita crepe na ponta da ferramenta, para amortecer e
levantar pontos maiores. 
Quanto maior for a força empregada na chapa, mais fita crepe precisa utilizar,
de modo que, conforme o amassado vá diminuindo você substituirá a fita crepe
sempre por quantidades menores. Desta forma, quando nivelar a chapa, não
precisará mais de fita crepe, apenas tendo de fazer o acabamento. Essa
técnica tem algumas vantagens como: baixo custo, fácil aplicação, não precisa
ter uma ferramenta especifica, você determina o nível de amortecimento
colocando mais ou menos fita crepe, mais acesso com a ponta da ferramenta
por não ser tão volumoso, fácil substituição e reposição de material.
Etapas:
1. Segure a ferramenta em uma das mãos e a fita crepe na outra, coloque na
ponta da ferramenta metade (largura), da fita crepe deixando pra fora a outra
metade, enrole o tanto necessário.
1.1. A parte da fita crepe que ficara pra fora da ferramenta, serve para cobrir
totalmente o bico dela, assim se visualizar a ponta, esta errado, terás de
remover e colocar novamente.
1.2. Não há um numero exato de voltas que a fita crepe tem de dar na ponta da
ferramenta, enrole um tanto. Conforme for ocorrendo o desgaste substitua,
assim veras se precisa de mais ou menos.
2. Quando for substituir a fita crepe, remova a danificada por completo.
2.1. Devido ao desgaste, a fita crepe tem de ser substituída regularmente, para
evitar que o contato direto da ponta da ferramentas cause danos na chapa.
2.2. Quanto maior a intensidade do amassado, mais força terá de fazer, logo
mais fita crepe ira utilizar. Conforme o amassado diminui menos fita crepe
utilizara, até que ao nivelar a chapa não mais usara a fita crepe, apenas as
técnicas de acabamento.

KPO
O KPO ou Veda Capô são produtos para tratamento de calafetação e vedação
de superfícies internas tais como: para-lamas, soleiras, calhas, colunas quinas
e aonde há emendas de chapas, usado também na manutenção automotivas
para reforço de capô, teto e portas, em geral chapas que apoiam em travessa
e barras de proteção. Na pratica é uma pasta a base de Poli-Uretano (PU)
bicomponete, A + B, com resistência e elasticidade.
Quando determinado local da peça, sofre uma pancada em cima de uma
travessa ou barra de proteção que há o KPO, temos duas situações.
Situação 1: A chapa amassada esta sobre a travessa, na qual ela entortou
devido a pancada, assim o KPO colado entre elas está segurando o
amassado.
1.2. Pré aqueça levemente por dentro a parte do KPO em que está o
amassado.
1.3. Com auxilio de uma faca ou estilete, corte o KPO rente a travessa de fora
a fora.
Dependendo da extensão e intensidade do dano, ao descolar a chapa da
travessa sairá o amassado.
Situação 2: Mesmo quando descolamos a chapa da travessa, pode ficar alguns
amassados.
1.4. Caso não recupere o amassado terá de remover o KPO por inteiro, para
que possa ter acesso com uma ferramenta para finalizar o trabalho.

Antirruído – Toroflex
Anti-ruido é o nome especifico do produto, mas também conhecido como
Toroflex, esse segundo nome vem de TORO, nome da fabricada fundada em
1956 em São Berardo do Campo-SP na qual produzia esse material. Tempos
mais tardes ela lançou uma linha desse produto chamada Toroflex, pela forte
expressão da marca no mercado nacional, tornando-se referência.
Este material era feito de fibras vegetais impregnados de betume, colocados
no lado interno das peças tais como: assoalho, porta, capo, lateral, teto e porta
mala. Eliminando as vibrações, ruídos e o calor além de proteger contra
umidade e corrosão. Os carros de hoje em dia ainda continuam saindo de
fábrica com o Anti-ruido, porém menos proporções. Dificilmente vemos em
capo e nas demais peças são em quantidades e tamanhos menores, mas
sempre com muita eficiência.
Etapas: 1. Com auxilio de um soprador térmico, pré aqueça o toroflex
levemente sobre o local que deseja remover.
2. Com uma espátula, rente a chapa, raspe o local aquecido removendo o
toroflex.
2.1 Deixa a espátula numa posição mais horizonte, pois na vertical poderá
fazer bicos na chapa ao forçar.
2.2 O que facilita a remoção do toroflex é o aquecimento, assim ele amolece e
sai com facilidade, então se aquecer uma parte maior, até raspar toda perderá
o aquecimento podendo ocasionar em bicos ao forçar e com isso também
perderá tempo.
3. Removido o toroflex realize a reparação.
4. Ao termino do serviço substitua o material removido.
 

Trincos - Tinta E Verniz


Na nossa profissão, convivemos diariamente com os erros e limitações de
força exercida sobre o amassado. É certo que, aprender observando é muito
melhor, porém como necessitamos da prática é fato que situações como essas
ocorreram. Assim conforme seu aprendizado evolui, os erros serão menos
frequentes e sua noção sobre seus limites aumentaram. Trincados na tinta ou
no verniz, podem ocasionar por falhas do profissional ou por problemas na
repintura da peça danificada, desta forma, temos de redobrar nossa atenção
para minimizar os erros cometidos por nós e aprender a diferenciar pinturas
originais das repintadas, assim teremos mais cautela da reparação.
Alguns fatores que podem ocasionar em trincado na tinta e/ou verniz:
1. Excesso de força.
2. Repintura, devido ao excesso de material.
3. Massa poliéster no local onde está fazendo a reparação.
4. Verniz muito catalisado.
5. Se a ferramenta não estiver bem apoiada na hora que forçar, ela poderá
escorregar e marcar a chapa, fazendo trinco um sinal (veia). Isso ocorre
principalmente quando realizamos o acabamento, por não usar fita crepe, o
contato da ferramenta com a chapa tem menos atrito. Técnicas para evitar
essas situações:
1. Moderar a força e usar mais fita crepe.
2. Poderá aquecer levemente e usar mais fita crepe.
Obs: A peça repintada suporta menos temperatura que a peça original, não
aproxime tanto o soprador térmico e sempre aqueça em movimentos circulares
por no máximo 30 segundos. Caso verifique que a peça é repintada, avisar o
cliente antes do serviço da chance de trincar a tinta devido a repintura.
3. Pouca força, aquecer levemente e utilizar mais fita crepe Obs: No local onde
está amassado, se já houver trinco inviabilize a reparação. Caso não trincou
mesmo que haja massa tem chances de recuperar, mas tomando os cuidados
acima.
4. Evitar usar rebatedores, aquecer a chapa, usar mais fita crepe, moderar a
força Obs: O catalisador misturado com o verniz serve principalmente para sua
secagem, assim usado em doses excessivas o verniz fica menos maleável,
podendo trincar depois de alguns dias da aplicação ou quando forçamos com a
ferramenta. Visivelmente é difícil saber se o verniz foi muito catalisado, assim
quando forçamos ele trinca fazendo o famoso “pé de galinha” ou “trinco três
pontas”. Fica atento e tome os cuidados acimas.
a. Se possível segurar as ferramentas com as duas mãos, segurar firme no
cabo para que não gire facilmente e a outra mão segurar firme o mais próximo
possível da ponta.
Pontos Altos
Eles podem originar de formas diferentes, são elas: excesso de força, uso
incorreto de ferramenta e proveniente de um amassado feito em cima de
travessa, barra de proteção ou componentes que ficam próximos a chapa no
interior da peça. Sua reparação vai depender da extensão mas principalmente
da intensidade de cada um, assim uns ficam ótimos, outros podem ficar algum
sinal ou até mesmo não ser possível reparar. Por isso muita atenção, cada
situação exige técnicas diferentes.
Etapas
1. Se os pontos altos forem extensos, causados pelo apoio na travessa, barra
de proteção ou componentes que estão próximos a chapa, poderá usar
inicialmente o martelo, sempre abaixando das partes mais leves indo pro
centro do ponto alto em sentidos alternados
1.2. Poderá usar a ponteira para acabamento na finalização.
1.3. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
2. Se o bico for maior que a ponta do martelo, posicione a ponteira em cima
dele rebatendo com o auxilio do martelo até nivelar a chapa.
2.1. Sempre de fora para dentro em sentidos alternados. Poderá também
abaixar somente com o martelo, porem a precisão é menor.
2.2. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
3. Se o bico for menor que a ponta do martelo, posicione a ponteira em cima
dele rebatendo com o auxilio do martelo.
3.1. Sempre de fora para dentro em sentidos alternados.
3.2. Se utilizar o martelo, além de não nivelar a chapa com precisão, irá
amassar em volta do bico, pelo martelo ser maior que ele.
3.3. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
4. Se o bico for do tamanho ou menor que a ponteira utilize somente a ponteira
rebatendo com o auxilio do martelo.
4.1. Neste caso, não circule o bico, rebata somente em cima dele.
4.2. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.

2 - Acabamento

Tecnicamente de um modo geral levando em consideração a recuperação de


diferentes níveis (extensão e intensidade), de amassados, uma menor parte
recuperasse com qualidade 100%, porém a maioria fica entre 90 e 99%, que
representa uma boa qualidade. A maior dificuldade para que se chegue nesses
níveis de porcentagem, está na parte final da recuperação, o acabamento.
Essa dificuldade não está só relacionada com as técnicas usadas no
acabamento em si, mas sim, desde a viabilidade em realizar uma boa
reparação e as técnicas usadas ao longo do processo até que se chegue ao
acabamento. Logo, se queremos retirar aquele famoso e indesejado “tremido”,
temos de ser cautelosos na reparação do começo ao fim.
Atitudes que contribuem para uma reparação de baixa qualidade:
1. Realizar reparos em amassados que não tem muita perspectiva de melhora.
2. Uso incorreto de ferramentas.
3. Excesso de força, elevando bicos altos.
4. Não conseguir nivelar o nível da chapa, fazendo o efeito sanfona,
consequentemente podendo esticar a lata.
5. Locais que não tem acesso.
6. Lixar o verniz para realizar o polimento.
Atitudes que contribuem para uma reparação de alta qualidade:
1. Analisar a viabilidade de recuperação do amassado. Obs: Na prática do dia-
a-dia, acompanhando e realizando serviços que conseguimos uma melhor
noção de viabilidade de amassados. Em caso de duvida, pegue o serviço para
adquirir experiência mas não garanta o serviço, combine o preço, caso fique o
combinado o cliente paga, de modo contrário você não cobra.
2. Utilizar a ferramenta que tenha o acesso mais fácil e que possa usar fita
crepe. Obs: O uso de fita crepe no inicio é primordial devido a intensidade do
amassado, assim poderá fazer mais forçar com menos riscos de erguer bicos.
A escolha da ferramenta também é essencial, evite-as de ponta fina. Caso o
amassado for médio ou grande, tente utilizar a ventosa de mão, assim poderá
volta uma parte sem o uso interno de ferramentas.
3. Utilizar fita crepe, moderar a força e sempre levantar o amassado de fora
para dentro. Obs: Independente do tamanho do amassado, sempre
começamos de fora para dentro, assim levantamos partes com menos
intensidade marcando menos a chapa. Quanto mais força maior o volume de
fita crepe na ponta da ferramenta.
4. Levante o amassado nivelando a chapa até igualar o brilho, se erguer acima
do nível, abaixe utilizando o martelo e a ponteira até igualar o brilho. Obs:
Cuidado, pois se não conseguir igualar o brilho e ficar neste efeito sanfona
subindo e descendo, poderá esticar a chapa o que dificultará muito para um
bom acabamento.
5. Utilizar a técnica das ventosas com cola quente. Obs: O tremido que muitas
vezes não conseguimos retirar se dá por conta da forma com que erguemos e
abaixamos o amassado, porém no acabamento com ferramentas sem fita
crepe na ponta conseguimos retirar o tremido. Como não temos o acesso caso
for abaixar um bico alto por exemplo, se afundar de mais, não terá o acesso
para levantar, pois pontos muitos pequenos as ventosas não conseguem
puxar.
6. Apenas polir na mão ou com auxilio da politriz, sem uso de lixa. Obs: Temos
de pensar que a granulação que os vernizes tem, sejam, eles originais ou
repintados ajudam a disfarçar defeitos no amassado. Consequentemente lixar
o verniz, só irá retirar a granulação, deixando o verniz mais liso, mostrando
mais defeitos. Esse péssimo hábito se dá porque muitas vezes alguns
profissionais não conseguem retirar o tremido e pontos altos, que na verdade o
que está alto é defeito na chapa e não no verniz.
Apenas utilizamos lixas, quando for remover riscos superficiais no verniz,
lixando apenas em cima do risco.
Tomando essas precauções acima, já irá lhe ajudar muito, lembrando que o
acabamento só deverá ser iniciado quando a chapa estiver nivelada, restando
apenas algumas sombras. Por sua vez, as sombras são os pontos escuros a
serem levantados no amassado, a somatória desses pontos fundos que se dá
o tremido.
Passo a Passo
1. Posicione a lâmpada um pouco mais distante do amassado como de
costume, assim irá visualizar melhor as sombras.
2. Pegue a ferramenta adequada sem fita crepe na ponta, posicione no local do
acabamento. Force levemente em cima das sombras. Obs: Segure firme no
cabo da ferramenta e mantenha a outra mão mais próxima possível da ponta,
assim terá mais firmeza, tendo menos risco de escorregar a ponta quando
exercer força na chapa.
3. Pressione a ponta da ferramenta levantando as sombras, em sentidos
alternados. Evite massagear a chapa com a ferramenta. Obs: Muito cuidado
com a força, pois com o contato direto da ponta da ferramenta com a chapa, as
chances de fazer bicos e trincar são muito maiores.
4. Ao zerar o acabamento de um ângulo e a olho nu ainda restar defeitos,
inverta o ângulo e repita o passa a passo 1,2 e 3. Obs: É normal que ao
levantar as sombras, de modo geral o amassado ficará alto, assim você
aplicará a técnica para abaixar pontos altos.

Amassados Pequenos
A técnica para recuperar amassados pequenos é um dos primeiros degraus na
nossa escada de aprendizagem, tornando-se a base principal para outras
técnicas e fundamental para resolver outros tipos de amassados. Levando em
consideração que, desamassamos de fora pra dentro, devido a sua intensidade
é certo que: todo amassado independente do seu tamanho, irá diminuindo até
ficar pequeno e depois ser removido por completo. Desta forma, se não souber
reparar um amassado pequeno, dificilmente irá reparar um grande. Com o
trânsito caótico com milhões de carros nas ruas, já é normal encontrar
amassados nos carros, acontece inclusive com os carros de fabricas zero
quilometro. Por serem tão comuns assim e simples de recuperar, são estes
amassados que rendem uma ótima lucratividade, tendo grande oferta de
serviço, gastando menos tempo e usando poucas ferramentas.
Passo a Passo
1. Verifique a viabilidade em realizar a recuperação.
2. Se necessário desmonte a peça para facilitar o acesso.
3. Selecione as ferramentas adequadas, enrole a fita crepe na ponta da
ferramenta.
4. Posicione a lâmpada para que visualize corretamente o amassado. Force
levemente a ponta da ferramenta para que a localize.
5. Comece forçando o amassado de fora para dentro, alternando os
movimentos em sentido horário e anti-horário. Faça isso até que iguale o brilho
da chapa.
6. Caso faça bicos ou ponto alto, utilize o martelinho e a ponteira para corrigir.
7. Quando igualar o brilho, retire a lâmpada e verifica ao olho nu se há
necessidade de acabamento, caso não haja está pronto do contrario faça o
acabamento.
8. Se mesmo com acabamento ainda ficarem algumas sombras, inverta o
ângulo da lâmpada e repita o acabamento.
9. Ao finalizar limpe a peça e monte caso houve desmontagem.

Amassados Médios E Grandes


Lembra-se da nossa escada do aprendizado? Então, a dificuldade não está só
em subir os degraus e aprimorar as técnicas, mas também em desce-los e
saber qual técnica você deva usar no amassado que irá reparar.
Por isso muitos encontram dificuldade em reparar amassados médios e
grandes, porém pode ser mais simples do que imagina, basta saber analisar
com cautela e aplicar as técnicas corretas.
A vantagem desses amassados é que muitos deles apesar de extensos tem
pouca intensidade, ou seja, eles voltam facilmente em média mais de 50% com
auxílios de: ventosas de mão, ventosas com cola quente ou até mesmo
empurrando de dentro para fora. Dessa maneira, você cobra um valor do
amassado todo, mas acaba trabalhando só metade dele, aumentando o lucro e
ganhando tempo. Porém, não podemos esquecer que há os amassados de
grande dificuldade que nem sempre são tão extensos mas muito intensos, que
mesmo em tamanhos menores apresentam a mesma dificuldade.
1. Verifique a viabilidade em realizar a recuperação.
2. Se necessário desmonte a peça para facilitar o acesso.
3. Selecione as ferramentas adequadas, enrole a fita crepe na ponta da
ferramenta.
4. Com o soprador térmico pré-aqueça a chapa amassada, na sequencia com
auxilio de uma ventosa de mão grude e puxe o amassado.
4.1. Se o amassado for do tamanho da ventosa ou pouco maior, grude no
centro do amassado e puxe.
4.2. Caso seja muito maior que a ventosa, grude nas partes menos intensas,
puxando o amassado de fora para dentro, repita quantas vezes for necessário.
4.3. Se preferir e for de fácil acesso, poderá empurra o amassado de fora para
dentro com as mãos, seguindo os passos 4.1 e 4.2.
Nesse ponto é que muitos se perdem, as escolhas das técnicas a seguir
baseado no resultado proveniente das etapas anteriores é que você decidirá o
futuro da sua reparação. Terá de analisar as melhores técnicas e como irá
aplica-las.
5. Posicione a lâmpada para que visualize corretamente o amassado. Force
levemente a ponta da ferramenta para que a localize.
6. Comece forçando o amassado de fora para dentro, alternando os
movimentos em sentido horário e anti-horário. Faça isso até que iguale o brilho
da chapa.
7. Caso faça bicos ou ponto alto, utilize o martelinho e a ponteira para corrigir.
8. Quando igualar o brilho, retire a lâmpada e verifica ao olho nu se há
necessidade de acabamento, caso não haja está pronto do contrario faça o
acabamento.
9. Se mesmo com acabamento ainda ficarem algumas sombras, inverta o
ângulo da lâmpada e repita o acabamento.
10. Ao finalizar limpe a peça e monte caso houve desmontagem.
Vincos E Amassados Em Linha
Diferentes de outros amassados esses muitas vezes, apenas com uma média
intensidade já são inviáveis para que recuperamos sem pintura, assim muitos
profissionais evitam essa situação, devido ao grau de dificuldade. Porém, as
técnicas para essa reparação é um degrau muito importante na nossa escada
do aprendizado. Nossa atenção no momento de analisar a viabilidade do
amassado, deve ser redobrada, lembrando que inicialmente temos de priorizar
os reparos mais fáceis e de menos intensidade, principalmente nesse caso.
Todo reparo é obrigatório inverter a lâmpada assim reparando o mesmo
amassado de ângulos diferentes, com isso torna-se a o ensino mais dificultoso
em relação a posição em que trabalhos e os diferentes acessos que temos de
ter. Mas para que possamos reparar um amassado desse tipo com êxito é
simples, aplique e aprimore a técnica de forma redobrada já que ela exige mais
atenção.
A forma de analisarmos a viabilidade nesses casos podem serem mais
complexas, apesar de aparentar um simples amassado, estes tipos de colisões
esticam a chapa facilmente. Somente a prática nos treinamentos realizando
reparos de diferentes extensões e intensidade que lhe proporcionara uma boa
experiência.
1. Verifique a viabilidade em realizar a recuperação.
2. Se necessário desmonte a peça para facilitar o acesso.
3. Selecione as ferramentas adequadas, enrole a fita crepe na ponta da
ferramenta.
4. Se necessário pré-aqueça a superfície com o soprador térmico.
5. Posicione a lâmpada de modo que visualize o amassado inteiro de uma
ponta a outra, deixando-o na horizontal.
5.1. Visualizando o amassado na horizontal é a única forma de saber toda sua
extensão, assim conseguimos iniciar pelo lado que está menos intenso.
6. Force levemente a ferramenta para que localize a ponta da ferramenta.
7. Comece forçando o amassado de fora para dentro, alternando os
movimentos. Faça isso até que melhore o máximo possível.
7.1. Caso a marca do vinco do amassado for pouco maior que a ferramenta,
force no centro do vinco, levantando-o de fora a fora.
7.2. Se a extensão do vinco for bem maior que a ponta da ferramenta, terá de
levantar de fora para dentro em sentido ao centro do amassado, ou seja, de
uma lado de fora para a metade, do outro a mesma coisa.
7.3. Para zerar o amassado é necessário que inverta a lâmpada em 2 etapas,
assim somente na primeira você não conseguirá finalizar o amassado. Sendo
obrigatório a inversão de lâmpada.
8. Caso faça bicos ou ponto alto, utilize o martelinho e a ponteira para corrigir.
9. Quando melhorar o máximo possível, você inverterá o ângulo da lâmpada,
visualizando o amassado na vertical. O que restará para o final, serão algumas
sombras, ergue-as com a ferramenta adequada até chegar na etapa do
acabamento.
9.1. Caso fique difícil zerar o amassado, repita as etapas 5,6 e 7.
10. Faça o acabamento.
11. Ao finalizar limpe a peça e monte caso houve desmontagem.

Veias
Quando a chapa sofre uma pancada de média e grande intensidade é certo
que, em volta do amassado ficará ressaltado, originando uma veia, que é
simplesmente um ponto alto porém mais extenso. Caso a pancada seja em
locais que por dentro da peça tem travessa, barra de segurança ou outros
componentes rente a chapa, poderá ressaltar facilmente uma veia também.
A logica é simples, o centro de um amassado está com chapa para dentro,
consequentemente em volta, sobra chapa ressaltando a veia. Esses
amassados são bem simples de resolver, nestas situações usaremos
basicamente a mesma técnica de amassados em linha e vincos. Se
analisarmos melhor, são apenas situações inversas.
1. Verifique a viabilidade em realizar a recuperação.
2. Se necessário desmonte a peça para facilitar o acesso.
3. Selecione as ferramentas adequadas.
4. Posicione a lâmpada para que visualize corretamente o amassado.
5. Se os pontos altos forem extensos, causados pelo apoio na travessa, barra
de proteção ou componentes que estão próximos a chapa, poderá usar
inicialmente o martelo, sempre abaixando das partes mais leves indo pro
centro do ponto alto em sentidos alternados.
1.2. Poderá usar a ponteira para acabamento na finalização.
1.3. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
6. Se o bico for maior que a ponta do martelo, posicione a ponteira em cima
dele rebatendo com o auxilio do martelo até nivelar a chapa.
1.1. Sempre de fora para dentro em sentidos alternados. Poderá também
abaixar somente com o martelo, porem a precisão é menor.
1.2 Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá de
utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
7. Se o bico for menor que a ponta do martelo, posicione a ponteira em cima
dele rebatendo com o auxilio do martelo.
7.1. Sempre de fora para dentro em sentidos alternados.
7.2. Se utilizar o martelo, além de não nivelar a chapa com precisão, irá
amassar em volta do bico, pelo martelo ser maior que ele.
7.3. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
8. Se o bico for do tamanho ou menor que a ponteira utilize somente a ponteira
rebatendo com o auxilio do martelo.
8.1. Neste caso, não circule o bico, rebata somente em cima dele.
8.2. Pondere sua força para que não passe do nível, caso isso aconteça terá
de utilizar outra técnica e ferramentas para fazer ao contrario.
9. Quando igualar o brilho, retire a lâmpada e verifica ao olho nu se há
necessidade de acabamento, caso não haja está pronto do contrario faça o
acabamento.
10. Se mesmo com acabamento ainda ficarem algumas sombras, inverta o
ângulo da lâmpada e repita o acabamento.
11. Ao finalizar limpe a peça e monte caso houve desmontagem.

Chuva De Granizo
É um fenômeno caracterizado pela precipitação de água no estado sólido, ou
seja, em forma de gelo. Essas partículas são transparentes ou translúcidas,
normalmente com tamanho entre 5 e 200 mm, podendo ser maior conforme o
nível de tempestade.
Ele é formado em temperaturas abaixo de 0ºC, principalmente nas nuvens do
tipo cumulo imbus, que se desenvolvem verticalmente e atingem grandes
altitudes. Gotículas de água adentram essas nuvens subindo e descendo,
nesse movimento fazendo com que forme camadas irregulares uma sobre a
outra, dando forma a pedra de granizo, podendo chegar em tamanhos bem
maiores quando as temperaturas são abaixo de -13ºC. Normalmente essas
tempestades podem durar de 30 segundos a 5 minutos, podendo chegar até
no máximo 15 minutos.

Esse fenômeno natural ocorre no mundo todo, mas hoje em dia vemos com
mais frequência profissionais denominados como granizeiros atuando em
alguns países como: Alemanha, França, Espanhal, EUA, Suiça, Itália, Portugal,
Turquia, Argentina entre outros. No Brasil ocorre na regiao centro oeste de São
Paulo, mas principalmente na região sul nos estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Dificilmente serviços de funilaria e pintura solucionariam danos causados por
granizos, devido a quantidade de amassados, desta forma valoriza muito mais
a recuperação sem pintura principalmente em carros zero kilometros que ficam
nos pátios das fábricas. Temos então outro nicho de mercado dentro do
mesmo ramo, no qual conseguimos uma lucratividade acima dos serviços
convencionais.
Fatores positivos ao fazer o martelinho de ouro:
1. Mantém a originalidade
2. Menos tempo de serviço
3. Custo mais baixo referente a outros reparos
4. Alto Valor agregado tendo o melhor custo beneficio de reparação
5. Pode dobrar ou até triplicar seu faturamento
Fatores negativos:
1. Não são todos os casos que podemos reparar com qualidade. Isso
dependerá da intensidade, extensão e quantidade dos reparos a serem
realizados.
2. O granizo tem formas e pesos diferentes, assim tem amassados que
recuperam e outros não. Então mesmo que recupere a maioria, não será um
serviço com qualidade.
3. Os difíceis acessos, como colunas de chapa dupla, quinas e travessas,
podem inviabilizar os reparos de alguns amassados.
4. Na reparação de granizo para que tenha sucesso, exigirá que você finalize
casa amassado com qualidade superior a 95% e seja rápido.
Etapas Ao Realizar O Martelinho De Ouro
1. Verifique a viabilidade em realizar a recuperação.
2. Se necessário desmonte a peça para facilitar o acesso.
3. Com uma fita crepe divida a peça danificada em quadrantes, desta forma
você irá reparar um quadrante por vez até o ultimo, a casa espaço que
terminar remova a fita crepe do mesmo para levantar os amassados que a fita
crepe escondeu. (Se necessário)
4. Você pode utilizar a técnica da cola quente com as ventosas para puxar os
amassados que não tem acesso e adiantar o serviço.
5. Selecione as ferramentas adequadas, enrole a fita crepe na ponta da
ferramenta.
6. Posicione a lâmpada para que visualize corretamente os amassados. Force
levemente a ponta da ferramenta para que a localize.
 

7. Comece forçando o amassado de fora para dentro, alternando os


movimentos em sentido horário e anti-horário. Faça isso até que iguale o brilho
da chapa.
7.1. Caso a ponta da ferramenta com a fita crepe seja do tamanho do
amassado, poderá forçar no meio do amassado, erguendo levemente até
igualar o brilho.
8. Caso faça bicos ou ponto alto, utilize o martelinho e a ponteira para corrigir.
9. Quando igualar o brilho, retire a lâmpada e verifica ao olho nu se há
necessidade de acabamento, caso não haja está pronto do contrario faça o
acabamento.
10. Se mesmo com acabamento ainda ficarem algumas sombras, inverta o
ângulo da lâmpada e repita as etapas 7, 8 e 9.
10.1. Inverter o ângulo da lâmpada é obrigatório, mesmo que seja só para
análise, isso lhe proporcionará melhor qualidade.
11. Ao finalizar limpe a peça e monte caso houve desmontagem.

3 - Ventosas C/ Cola Quente

A sempre um receio em desmontar uma peça para realizar um reparo, seja por
falta de experiência ou tempo de serviço, levando isso em consideração
recorremos muitas vezes a utilização das ventosas com cola quente, que por
sua vez dispensa a desmontagem para realizar o reparo, tornando-se a técnica
mais utilizada entre os profissionais.
Independente da técnica que aplicamos, precisamos de um mínimo de
instrução inicial para que haja resultados positivos da sua aplicação, apesar de
parecer fácil a utilização de ventosas com cola quente exige atenção de quem
a faz uso, ao mesmo tempo que a falta de acesso torna-se a técnica vantajosa
também limita seus recursos no reparo de eventuais erros.
Fatores Positivos:
1. Repara amassados que não tem acesso.
2. Pode ser utilizada em amassados de diferentes tamanhos
3. Mantém a originalidade.
4. Não precisa desmontar a peça
5. Aumenta a produtividade
6. Economia de tempo
7. Fácil aplicação
Fatores negativos:
1. Erros como: pontos fundos, chapa esticada e amassados com muita
intensidade, muitas vezes só temos bons resultados com acesso.
2. Amassados grandes são irregulares, necessitam a aplicação
3. De outras técnicas em conjunto e terem acesso, assim o reparo deles torna-
se mais limitado.
4. Aplicado em repintura tem o risco de remover o verniz ou a tinta quando
puxar.
5. Alguns casos podem levar mais tempo do que um reparo convencional.
O aprimoramento da técnica é essencial, afinal muitos amassados só
reparamos desta forma além do que podemos utilizar simultaneamente com
outro serviço. Principalmente em casos de chuva de granizo, quando a
quantidade de amassados é grande e a técnica torna-se indispensável.
Lembrando que em alguns casos você poderá utilizar as ventosas com cola
quente no mesmo amassado que usar técnicas convencionais, exemplo: o
amassado tem acesso em uma parte mas outra parte não tem acesso, assim
aplicará as duas técnicas.Etapas:
 1. Verifique a viabilidade em realizar a recuperação.
2. Se necessário desmonte a peça para facilitar o acesso (no caso de utilizar
técnicas convencionais em conjunto).
3. Selecione as ferramentas adequadas, ligue a pistola de cola quente.
3.1. Se preferir poderá utilizar um giz de cera ou marcador que não marque o
verniz para circular os amassados que irá reparar.
4. Posicione a lâmpada para que visualize corretamente os amassados.
5. Caso o amassado for igual ou maior que a ventosa de mão, posicione no
centro do amassado e puxe, mesmo que volte pouco já um adianto no serviço.
5.1. Caso utilize outras técnicas com acesso, aplique a que achar melhor.

6. Se o amassado for do tamanho da ventosa, cole no centro, se for maior cole


na borda espalhando por todo o amassado até preenche-lo e no momento de
puxar, comece de fora para dentro.
6.1. Se o amassador for de pequena intensidade e não precise fazer tanta
força, coloque pouca cola na ventosa, do contrario preencha bem para que
sobre nas bordas quando pressionar na chapa no momento da colagem.
6.2. A vantagem de ter varias ventosas é que em um amassado médio ou
grande terá mais rapidez de reparo, do contrario terá de recolar com mais
frequência. Mas poderá realizar reparos com apenas uma ventosa.
7. Aguarde de 2 a 5 minutos para secagem da cola.
7.1. Quanto mais tempo de secagem, maior será a aderência na chapa.
Lembrando que após 5 minutos em média a secagem foi total, então depois se
ficar 10 minutos ou por horas o efeito será o mesmo.
7.2. Se for amassados pequenos e de leve intensidade não precisa secar por
completo, tornando-se mais fácil a remoção da cola quente.
8. Rebata 3 vezes com força moderada.
8.1. Somente a prática lhe dará uma melhor noção de como utilizar a força,
isso dependerá de cada amassado.
9. Utilize etanol para desgrudar a cola quente tanto da chapa como da ventosa
se necessário.
9.1. Para facilitar coloque etanol em um recipiente conta gotas, para ter mais
precisão na aplicação e evitar desperdícios.
10. Examine os resultados: se o amassado continua fundo repita as etapas
6,7,8 e 9 Caso igualou o brilho finalize o reparo. Se passou do nível ficando
pontos altos, utilize a técnica adequada para reparar.
10.1 Lembrando que amassados médios e grandes, provavelmente terão de
ser aplicadas outras técnicas em conjunto, analise a necessidade.
11. Quando igualar o brilho, retire a lâmpada e verifica ao olho nu se há
necessidade de acabamento, caso não haja está pronto do contrario faça o
acabamento.
12. Se mesmo com acabamento ainda ficarem algumas detalhes, inverta o
ângulo da lâmpada e repita as etapas necessárias.
13.Ao finalizar limpe a peça e monte caso houve desmontagem.

Chapa Com Plotagem Fosca


Quando o amassado a ser reparado estiver em uma chapa com a plotagem
fosca, isso será uma dificuldade a mais no serviço. Inicialmente temos duas
opções, são ela:
Retirar a plotagem da peça danificado por inteiro.
Vantagens: Terá melhor visibilidade, uma vez que a chapa estará limpa sem
obstáculo para visualizar o amassado.
Desvantagens: Pro cliente irá aumentar o custo do serviço, uma vez que terá
de repor a plotagem retirada. Podendo acrescentar um valor médio entre
R$50,00 e R$150,00, dependendo da película e em caso de películas
especiais poderá ser mais caro. Também gastara mais tempo.
Colar fita adesiva transparente sobre o amassado. Neste caso você irá colar
por todo o amassado até mesmo um pouco em volta sobrando, um adesivo
transparente que poderá ser um durex largo ou papel contacti.
Vantagens: Não precisar retirar a plotagem, assim diminuindo os custos e
ganhando tempo.
Desvantagens: Em caso de amassados grandes, poderá ser inviável colar o
adesivo transparente. Poderá ter dificuldade na hora de fazer o acabamento,
diminuindo a qualidade do serviço.
 

Repare na foto acima, a diferença de brilho da peça com adesivo e a outra


sem. Quanto menos brilho da peça danificada, mais dificuldade pra visualizar o
amassado.
O papel contact pode ser utilizado também sobre o amassado, em uma
plotagem fosca.

Para-Choque
Na dianteira e traseira dos veículos em geral, existem uma estrutura metálica
que chamamos de laminas que protegem ambas as partes de pancadas. Os
para-choques são um acabamento que revestem essas laminas, absorvendo
uma colisão menor, antigamente eram de aço ou ferro, mas hoje já
encontramos no geral para-choques de plástico, fibra de vidro e aço. Para o
martelinho de ouro é quase inviável a recuperação sem pintura independente
do material, vejamos:
Plástico: Este tipo de material absorve facilmente uma pancada, afundando
muitas vezes sem danificar a pintura (choques médios e leves). Por ser
maleável, permite que arrumamos essa deformidade com auxilio de alta
temperatura e choque térmico, lembrando que este tipo de serviço é apenas
um paliativo.
Etapas
1. Verifique a viabilidade de melhora do reparo.
2. Certifique-se que há acesso por dentro do para-choque com a mão ou ferramenta que
alcance toda a parte danificada.
3. Tenha por perto um pano molhado, para utilizar quando for resfriar a parte aquecida.

4. Com auxílio de um soprador térmico ou secador de cabelo, aqueça


levemente a superfície ou parte interna.
4.1 O tempo de aquecimento irá depender da potência (watts) de seu
aquecedor ou secador de cabelo, tempo médio entre 30 segundos e 2 minutos
no máximo.
4.2 Coloque o dedo sobre a superfície aquecida, tende ficar numa temperatura
suportável.
4.3 Em caso de peça repintada a chance de superaquecer e danificar a tinta é
mais fácil.
5. Após o aquecimento empurre o amassado com a mão (proteja com luva ou
pano), ou com a ferramenta adequada. Utilizando a técnica de martelinho de
ouro, indo de fora para dentro, ou seja, das partes mais leves para as mais
fundas.
6. Quando igualar a parte danificada, ainda apoiado com a mão ou ferramenta,
com a outra mão resfrie por fora com o pano molhado. Nesse processo de
choque térmico moldamos a parte danificada, fazendo com que permaneça no
mesmo lugar.
7. Caso o amassado for médio ou grande, repita as etapas 4, 5 e 6 até reparar
o amassado. Lembrando que, dificilmente o reparo ficará 100%, devido a
deformidade do plástico sofrido com a pancada.
Amassado Que Conseguimos Recuperar:
Amassado Que Não Conseguimos Recuperar:

Ferro Ou Aço
O que permite uma boa reparação sem pintura são as chapas finas e
maleáveis, assim os para-choques com este tipo de material, quase 90% dos
amassados são inviáveis, porque não conseguimos realizar o acabamento.
Porém isso pode variar, as vezes o amassado pode ser até médio e se não
pegar na quina, vinco ou nas dobras da peça tem possibilidade de reparação,
lembrando que a qualidade dificilmente ultrapassara 80%. Nos casos de
amassados do tipo ovinho tem mais chances por serem menores, mas mesmo
assim a qualidade dificilmente será 100%. Lembrando que o acesso nesses
casos são muitos mais difíceis, que na maioria das vezes tempos de retirar a
peça e por usar uma força maior do que a convencional, é muito mais difícil
fazer sozinho.
Etapas:
1. Verifique a viabilidade em recuperar o amassado.
2. Desmonte a peça se necessário
3. Utilize rebatedores, devido à falta de apoio e a força maior que terá de fazer.
4. Evite amassados de quinas, vincos e nas dobras da peça, pois isso aumenta
sua resistência. Priorize acessos livre, amassados pequenos e redondos.
 

5. Reata o amassado das partes mais leves para as partes mais fundas.
5.1 Cuidado com muita força, pois este tipo de material o acabamento é bem
difícil.
6. Utiliza martelinho e ponteira para abaixar os pontos altos
7. Repita as etapas 5 e 6 até igualar a parte danificada.
Fibra De Vidro
Este tipo de material não permite nem o paliativo, devido sua rigidez quando
recebe uma pancada ele quebra facilmente. Assim sua recuperação só é
possível refazendo a parte danificado com o próprio material ou reposição de
peça.

Furo Para Acesso


A noção de desmontagem nos facilita para que, temos acesso ao amassados
de um modo mais preciso, facilitando a reparação do amassado. Porém muitas
vezes deparamos com amassados simples de ser removido, mas com o
acesso limitado, encontrando uma chapa que impeça o acesso com a
ferramenta. Quando isso ocorre podemos fazer um furo utilizando uma broca
serra copo facilitando o acesso, na sequência tapamos o mesmo com uma
borracha especifica para vedar furos.
Encontramos essa Broca Serra Copo em várias medidas, mas normalmente
usávamos uma que seja em média de 17mm, na qual podemos introduzir
nossa ferramenta mais grossa que seria a de ½” polegada, mas isso pode
variar, caso use uma ferramenta mais fina poderá usar uma broca menor e
assim para ferramentas mais grossas. Lembrando que sempre ter a
autorização previa do cliente cuidado para furar em locais de chapas duplas
aproximadas,fazendo com que a broca guia atravesse a chapa externa. Em caso de uso
de ferramentas finas, poderá fazer furo com uma broca convencional. O furo é uma
alternativa que devemos usar em último caso, além do que não devemos furar em partes
que ficam expostas, priorizar furos em locais escondidos. Vejamos algumas peças onde
isso ocorre:

Porta
Normalmente nessa peças desmontamos o forro (acabamento interno) e
deparamos com uma estrutura aberta, com locais de vários acesso. Mas
também alguns modelos de carros deparamos com uma chapa que impede o
acesso, onde todos os complementos elétricos da porta ficam acoplados nela.
A partir daí temos 3 opções:
1. Podemos encontros alguns buracos que são fechados com tampões de
borracha, que ao retira-los criamos um acesso.
2. Podemos fazer um furo com uma broca serra copo (média de tamanho
17mm) e depois vedar com um tampão de borracha. Tende primeiramente
pedir autorização pro cliente e verificar se o furo não atingira nenhuma
componente elétrico ou parte que danifique seu funcionamento.
3. Podemos desmontar a chapa por completo, uma vez que ela não desmonta
parcialmente, assim termos um acesso melhor com mais opções. Caso não
saiba desmontar poderá terceirizar o serviço.

Para-lama ou Para-lama Dianteiro: Esta peça normalmente tem


acesso livre quando fazemos a reparação pela parte do pneu, porem se
precisarmos desmontar o farol ou fazer pela porta, nem toda peça tem o
acesso. Assim podemos furar para facilitar o serviço.

Para-lama Traseiro ou Lateral: Na maioria dos casos essas peças


tem uma chapa que chamamos de caixa de roda, assim podemos ter o acesso
pela lanterna ou pela parte interna do porta malas. Caso precisamos furar
devemos tirar a roda para melhor manuseio da furadeira, muito cuidado pois a
chapa externa fica muito próxima da chapa a ser furada.

Tampa Traseira ou Tampa Porta Malas:  Normalmente quando


removemos o forro (acabamento interno) essas peças são abertas com
acesso, porém algumas vezes o apoio da ferramenta não é bom, assim
podemos furar para facilitarmos a recuperação.

Colunas:  São poucas as colunas que tem o acesso através de furos


originais, a maioria são fechadas e algumas com outra chapa entre elas, tendo
3 chapas impossibilitando o furo e acesso. Quando deparamos com a chapa
fechada o furo pode ser a solução.

Travessa: As travessas podem ter formas diferentes, como: barras


tubulares, travessas finas e largas rente a chapa e outras onduladas e
afastadas. A atenção tende de ser redobrada, afinal elas ficam muito próximas
a chapa e na maioria das vezes estão coladas, o que inviabiliza o furo. São
raras as vezes nas quais furamos uma travessa, priorizamos sempre o uso de
espátulas finas para ter o acesso, retirando a vedação entre a travessa e a
chapa. Essas situações encontramos normalmente em capôs, tetos e portas.
Broca Serra Copo

Como Podemos Observar,Ela Tem Tamanhos Variados


Como pode observar na primeira figura, a broca serra copo esta completa,
repare que no meio tem uma broca, ela ê o guia na hora de fazer o furo,
fazendo com que o copo não descentralize. Temos que deixar essa broca guia
o mais curto possível, porque dependendo da situação se a chapa externa
estiver muito próximo, poderá furar sem querer, fique atento.
Acima temos uma broca cônica, a vantagem dela ê conseguimos fazer
tamanhos de furos diferentes com uma única broca. Porem caso queira fazer
um furo maior, a ponta da broca pode furar a chapa externa facilmente, fique
atento.

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