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Capítulo 2 - Fiscaliza a atuação do profissional, a fim


de assegurar à sociedade que os serviços
Manual de Conduta Profissional sejam prestados por profissionais
habilitados;
- Profissões surgem da - Divulga e discute temas como ética
demanda social; profissional, áreas de atuação e o exercício
- Todas as profissões legal da profissão.
possuem um código
moral; Sindicato:
- Código moral social
(Tratar com respeito, - Coordenação, defesa e representação
independente de legal da categoria nas esferas públicas e
profissão, status social...) X Código moral privadas e perante autoridades e poderes;
profissional / ocupacional (O que a - Orienta, arbitra e fiscaliza relações
sociedade espera da atuação profissional); trabalhistas, o cumprimento da CLT, das
- Direitos e deveres profissionais; normas de segurança do trabalho e de
- Regulamentação: Leis, obrigações, atuação funcional, de pisos salariais,
penalidades; convenções e acordos;
- Comunidade profissional, organização de - Oferece assistência profissional e jurídica
esferas profissionais; aos associados;
- Existem profissões que exigem um maior - Substitui processualmente em juízo o
rigor de conduta. associado, em defesa de direitos
relacionados ao cargo, função ou
Sociedade ---> Dentro de uma sociedade condição de trabalho.
existem várias profissões.
- As profissões seguem um rigor de Associação:
conduta (visão deontologista) ----> Ex:
Cirurgião-dentista, advogado, médico, - Promove treinamento e aprimoramento
contabilista, arquiteto, educadores... do conhecimento;
- Esse rigor de conduta é conhecido como - Representa a profissão em eventos e
“Código de Ética profissional”, que é um espaços políticos;
documento de condutas profissionais. - Integra profissionais através de
Nem todas as profissões possuem esse encontros, simpósios, fóruns;
rigor de conduta registrado, se baseando - Difunde resultados de pesquisas e
da conduta profissional social. inovações nas áreas de atuação;
- O Código de Ética profissional pode ser - Contribui com a sociedade na formação
redigido por: de profissionais aptos;
. Conselho Federal; - Apoia e promove atividades para
. Conselho Regional; melhorar o posicionamento dos
. Instituições; profissionais e futuros profissionais no
. Organizações. mercado de trabalho.

Obs: Os códigos de éticas podem acrescentar novas Conselhos profissionais:


diretrizes, porém não podem contrapor o código de
ética definido pelo Conselho Federal e nem ir contra - Formados por profissionais da área;
as suas definições. - Autarquias;
► Comunidades profissionais: Segundo o Decreto-Lei nº 200/67, autarquia é
“o serviço autônomo, criado por lei, com
Conselho: personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da
- Orienta o profissional sobre o exercício Administração Pública, que requeiram, para
do seu ofício; seu melhor funcionamento, gestão
- Zela pela ética da profissão em todas as administrativa e financeira descentralizada.
suas áreas de atuação; - “Legislativo, executivo e judiciário”;
- Regula os limites de atuação profissional; - Reconhece o profissional.
- Registra, cadastra e atualiza os dados
Obs: Nenhum conselho está acima da Constituição
sobre os profissionais;
Federal.
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Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço


saber que o CONGRESSO NACIONAL
decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º Haverá na Capital da República um
Conselho Federal de Odontologia e em
cada capital de Estado, de Território e no
Distrito Federal, um Conselho Regional de
Odontologia, denominado segundo a sua
jurisdição, a qual alcançará,
► Conselho Federal de Odontologia respectivamente, a do Estado, a do
(CFO) Território e a do Distrito Federal.
- O CFO surgiu em 1964, Art. 2º O Conselho Federal e os Conselhos
mesmo ano em que Regionais de Odontologia ora instituídos
ocorreu o golpe militar. constituem em seu conjunto uma
- Começou como Serviço autarquia, sendo cada um deles dotado de
Nacional de Fiscalização personalidade jurídica de direito público,
da Odontologia (SNFO), com autonomia administrativa e
que enviou ao Ministério da Saúde um financeira, e têm por finalidade a
rascunho de projeto de lei. O tema foi supervisão da ética profissional em toda a
submetido à apreciação e avaliação do República, cabendo-lhes zelar e trabalhar
presidente da república da época, João pelo perfeito desempenho ético da
Goulart; odontologia e pelo prestígio e bom
- Em setembro de 1960 foi encaminhado conceito da profissão e dos que a exercem
para o Congresso Nacional. legalmente.
- Em 1964 foi aprovada a lei que
determinava a criação do Conselho Art. 3º O Conselho Federal de Odontologia
Federal e Conselhos Regionais de compor-se-á de 9 (nove) membros e
Odontologia. outros tantos suplentes, todos de
nacionalidade brasileira, com mandato
“Constituídos em seu conjunto em uma trienal, eleitos por escrutínio secreto e a
Autarquia, sendo cada um deles dotado de maioria absoluta de votos em assembleia
personalidade jurídica e de direito público, dos delegados dos Conselhos Regionais.
com autonomia administrativa e
financeira e com a finalidade de ► Código de Ética
supervisionar a ética profissional em toda a Odontológica
República, cabendo-lhes zelar pelo
- Resolução CFO nº
perfeito desempenho ético da
118/2012;
Odontologia e pelo prestígio e bom
- Abrange Cirurgiões-
conceito da profissão e dos que a exercem
dentistas, profissionais
legalmente.” (CFO, 2021)
técnicos e auxiliares e
- O Conselho se mantém por si só, não há pessoas jurídicas que
subsídios. Por essa razão há a cobrança de exercem função na odontologia;
anuidades; - Orienta os profissionais em diversas
- O mandato dos dirigentes do CFO possui situações;
duração de 3 anos. - Define os direitos e deveres.
- Foi atualizado em 2012 (aprovado) e
entrou em vigor no início de 2013. As
mudanças ocorreram para adequar o
Código à nova realidade do mundo
(chegada das redes sociais, novos
procedimentos e técnicas odontológicas).
Brasil / Presidente (1964) – Começou com João
Goulart / Terminou com Humberto de Alencar Todas as informações abaixo foram retiradas
Castelo Branco. diretamente do Código de Ética Odontológica,
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disponível no site oficial do Conselho Federal de II - guardar sigilo a respeito das


Odontologia (CFO). informações adquiridas no desempenho
Capítulo I – Disposições preliminares de suas funções;
III - contratar serviços de outros
Art. 1º. O Código de Ética Odontológica profissionais da Odontologia, por escrito,
regula os direitos e deveres do cirurgião- de acordo com os preceitos deste Código
dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e demais legislações em vigor;
e pessoas jurídicas que exerçam atividades IV - recusar-se a exercer a profissão
na área da Odontologia, em âmbito em âmbito público ou privado onde as
público e/ou privado, com a obrigação de condições de trabalho não sejam dignas,
inscrição nos Conselhos de Odontologia, seguras e salubres;
segundo suas atribuições específicas. V – renunciar ao atendimento do
paciente, durante o tratamento, quando
Art. 2º. A Odontologia é uma profissão que
da constatação de fatos que, a critério do
se exerce em benefício da saúde do ser
profissional, prejudiquem o bom
humano, da coletividade e do meio
relacionamento com o paciente ou o
ambiente, sem discriminação de qualquer
pleno desempenho profissional. Nestes
forma ou pretexto.
casos tem o profissional o dever de
Art. 3º. O objetivo de toda a atenção
comunicar previamente, por escrito, ao
odontológica é a saúde do ser humano.
paciente ou seu responsável legal,
Caberá aos profissionais da Odontologia,
fornecendo ao cirurgião-dentista que lhe
como integrantes da equipe de saúde,
suceder todas as informações necessárias
dirigir ações que visem satisfazer as
para a continuidade do tratamento;
necessidades de saúde da população e da
VI - recusar qualquer disposição
defesa dos princípios das políticas públicas
estatutária, regimental, de instituição
de saúde e ambientais, que garantam a
pública ou privada, que limite a escolha
universalidade de acesso aos serviços de
dos meios a serem postos em prática para
saúde, integralidade da assistência à
o estabelecimento do diagnóstico e para a
saúde, preservação da autonomia dos
execução do tratamento, bem como
indivíduos, participação da comunidade,
recusar-se a executar atividades que não
hierarquização e descentralização político
sejam de sua competência legal; e,
administrativa dos serviços de saúde.
VII - decidir, em qualquer
Art. 4º. A natureza personalíssima da
circunstância, levando em consideração
relação paciente/profissional na atividade
sua experiência e capacidade profissional,
odontológica visa demonstrar e reafirmar,
o tempo a ser dedicado ao paciente ou
através do cumprimento dos pressupostos
periciado, evitando que o acúmulo de
estabelecidos por este Código de Ética, a
encargos, consultas, perícias ou outras
peculiaridade que reveste a prestação de
avaliações venham prejudicar o exercício
tais serviços, diversos, portanto, das
pleno da Odontologia.
demais prestações, bem como de
atividade mercantil. Art. 6º. Constitui direito fundamental das
Ou seja, esse capítulo é uma introdução, categorias técnicas e auxiliares recusarem-
informando qual é a finalidade do Código se a executar atividades que não sejam de
de Ética Odontológica e da odontologia sua competência técnica, ética e legal,
em si. ainda que sob supervisão do cirurgião-
dentista.
Capítulo II – Dos direitos fundamentais Art. 7º. Constituem direitos fundamentais
Art. 5º. Constituem direitos fundamentais dos técnicos em saúde bucal e auxiliares
dos profissionais inscritos, segundo suas em saúde bucal:
atribuições específicas: I - executar, sob a supervisão do
I – diagnosticar, planejar e executar cirurgião-dentista, os procedimentos
tratamentos, com liberdade de convicção, constantes na Lei nº 11.889/2008 e nas
nos limites de suas atribuições, observados Resoluções do Conselho Federal;
o estado atual da Ciência e sua dignidade II - resguardar o segredo
profissional; profissional; e,
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III - recusar-se a exercer a profissão XI - apontar falhas nos


em âmbito público ou privado onde as regulamentos e nas normas das
condições de trabalho não sejam dignas, instituições em que trabalhe, quando as
seguras e salubres. julgar indignas para o exercício da
profissão ou prejudiciais ao paciente,
Esse capítulo dita os direitos fundamentais
devendo dirigir-se, nesses casos, aos
que os cirurgiões-dentistas, profissionais
órgãos competentes;
técnicos e auxiliares possuem.
XII - propugnar pela harmonia na
Capítulo III – Dos deveres fundamentais classe;
XIII - abster-se da prática de atos
Art. 8º. A fim de garantir a fiel aplicação que impliquem mercantilização da
deste Código, o cirurgião-dentista, os Odontologia ou sua má conceituação;
profissionais técnicos e auxiliares, e as XIV - assumir responsabilidade pelos
pessoas jurídicas, que exerçam atividades atos praticados, ainda que estes tenham
no âmbito da Odontologia, devem cumprir sido solicitados ou consentidos pelo
e fazer cumprir os preceitos éticos e legais paciente ou seu responsável;
da profissão, e com discrição e XV - resguardar sempre a
fundamento, comunicar ao Conselho privacidade do paciente;
Regional fatos de que tenham XVI - não manter vínculo com
conhecimento e caracterizem possível entidade, empresas ou outros desígnios
infringência do presente Código e das que os caracterizem como empregado,
normas que regulam o exercício da credenciado ou cooperado quando as
Odontologia. mesmas se encontrarem em situação
Art. 9º. Constituem deveres fundamentais ilegal, irregular ou inidônea;
dos inscritos e sua violação caracteriza XVII - comunicar aos Conselhos
infração ética: Regionais sobre atividades que
I - manter regularizadas suas caracterizem o exercício ilegal da
obrigações financeiras junto ao Conselho Odontologia e que sejam de seu
Regional; conhecimento;
II - manter seus dados cadastrais XVIII - encaminhar o material ao
atualizados junto ao Conselho Regional; laboratório de prótese dentária
III - zelar e trabalhar pelo perfeito devidamente acompanhado de ficha
desempenho ético da Odontologia e pelo específica assinada; e,
prestígio e bom conceito da profissão; XIX - registrar os procedimentos
IV - assegurar as condições técnico-laboratoriais efetuados,
adequadas para o desempenho ético- mantendo-os em arquivo próprio, quando
profissional da Odontologia, quando técnico em prótese dentária.
investido em função de direção ou
Esse capítulo dita os deveres
responsável técnico;
fundamentais que os cirurgiões-dentistas,
V - exercer a profissão mantendo
profissionais técnicos, auxiliares e pessoas
comportamento digno;
jurídicas que exercem função na
VI - manter atualizados os
odontologia possuem.
conhecimentos profissionais, técnico-
científicos e culturais, necessários ao pleno
Capítulo IV – Das auditorias e perícias
desempenho do exercício profissional;
odontológicas
VII - zelar pela saúde e pela
dignidade do paciente; Art. 10. Constitui infração ética:
VIII - resguardar o sigilo profissional; I - deixar de atuar com absoluta
IX - promover a saúde coletiva no isenção quando designado para servir
desempenho de suas funções, cargos e como perito ou auditor, assim como
cidadania, independentemente de exercer ultrapassar os limites de suas atribuições e
a profissão no setor público ou privado; de sua competência;
X - elaborar e manter atualizados os II - intervir, quando na qualidade de
prontuários na forma das normas em perito ou auditor, nos atos de outro
vigor, incluindo os prontuários digitais; profissional, ou fazer qualquer apreciação
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na presença do examinado, reservando Capítulo V – Do relacionamento


suas observações, sempre fundamentadas,
para o relatório sigiloso e lacrado, que deve SEÇÃO I
ser encaminhado a quem de direito; COM O PACIENTE
III - acumular as funções de Art. 11. Constitui infração ética:
perito/auditor e procedimentos I - discriminar o ser humano de
terapêuticos odontológicos na mesma qualquer forma ou sob qualquer pretexto;
entidade prestadora de serviços II - aproveitar-se de situações
odontológicos; decorrentes da relação profissional/
IV - prestar serviços de auditoria a paciente para obter vantagem física,
pessoas físicas ou jurídicas que tenham emocional, financeira ou política;
obrigação de inscrição nos Conselhos e III - exagerar em diagnóstico,
que não estejam regularmente inscritas prognóstico ou terapêutica;
no Conselho de sua jurisdição; IV - deixar de esclarecer
V - negar, na qualidade de adequadamente os propósitos, riscos,
profissional assistente, informações custos e alternativas do tratamento;
odontológicas consideradas necessárias ao V - executar ou propor tratamento
pleito da concessão de benefícios desnecessário ou para o qual não esteja
previdenciários ou outras concessões capacitado;
facultadas na forma da Lei, sobre seu VI - abandonar paciente, salvo por
paciente, seja por meio de atestados, motivo justificável, circunstância em que
declarações, relatórios, exames, pareceres serão conciliados os honorários e que
ou quaisquer outros documentos deverá ser informado ao paciente ou ao
probatórios, desde que autorizado pelo seu responsável legal de necessidade da
paciente ou responsável legal interessado; continuidade do tratamento;
VI - receber remuneração, VII - deixar de atender paciente que
gratificação ou qualquer outro benefício procure cuidados profissionais em caso de
por valores vinculados à glosa ou ao urgência, quando não haja outro cirurgião-
sucesso da causa, quando na função de dentista em condições de fazê-lo;
perito ou auditor; VIII - desrespeitar ou permitir que
VII - realizar ou exigir seja desrespeitado o paciente;
procedimentos prejudiciais aos pacientes IX - adotar novas técnicas ou
e ao profissional, contrários às normas de materiais que não tenham efetiva
Vigilância Sanitária, exclusivamente para comprovação científica;
fins de auditoria ou perícia; e, X - iniciar qualquer procedimento
VIII - exercer a função de perito, ou tratamento odontológico sem o
quando: consentimento prévio do paciente ou do
a) for parte interessada; seu responsável legal, exceto em casos de
b) tenha tido participação como urgência ou emergência;
mandatário da parte, ou sido designado XI - delegar a profissionais técnicos
como assistente técnico de órgão do ou auxiliares atos ou atribuições exclusivas
Ministério Público, ou tenha prestado da profissão de cirurgião-dentista;
depoimento como testemunha; XII - opor-se a prestar
c) for cônjuge ou a parte for parente, esclarecimentos e/ou fornecer relatórios
consanguíneo ou afim, em linha reta ou sobre diagnósticos e terapêuticas,
colateral até o segundo grau; e, realizados no paciente, quando solicitados
d) a parte for paciente, ex-paciente ou pelo mesmo, por seu representante legal
qualquer pessoa que tenha ou teve ou nas formas previstas em lei;
relações sociais, afetivas, comerciais ou XIII - executar procedimentos como
administrativas, capazes de comprometer técnico em prótese dentária, técnico em
o caráter de imparcialidade do ato pericial saúde bucal, auxiliar em saúde bucal e
ou da auditagem. auxiliar em prótese dentária, além
Esse capítulo dita quais são as infrações daqueles discriminados na Lei que
relacionadas a auditorias e perícias regulamenta a profissão e nas resoluções
odontológicas. do Conselho Federal; e,
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XIV - propor ou executar tratamento I - revelar, sem justa causa, fato


fora do âmbito da Odontologia. sigiloso de que tenha conhecimento em
razão do exercício de sua profissão;
SEÇÃO II II - negligenciar na orientação de
COM A EQUIPE DE SAÚDE seus colaboradores quanto ao sigilo
Art. 12. No relacionamento entre os profissional; e,
inscritos, sejam pessoas físicas ou jurídicas, III - fazer referência a casos clínicos
serão mantidos o respeito, a lealdade e a identificáveis, exibir paciente, sua imagem
colaboração técnico científica. ou qualquer outro elemento que o
identifique, em qualquer meio de
Art. 13. Constitui infração ética:
comunicação ou sob qualquer pretexto,
I - agenciar, aliciar ou desviar
salvo se o cirurgião-dentista estiver no
paciente de colega, de instituição pública
exercício da docência ou em publicações
ou privada;
científicas, nos quais, a autorização do
II - assumir emprego ou função
paciente ou seu responsável legal, lhe
sucedendo o profissional demitido ou
permite a exibição da imagem ou
afastado em represália por atitude de
prontuários com finalidade didático-
defesa de movimento legítimo da
acadêmicas.
categoria ou da aplicação deste Código;
Parágrafo Único. Compreende-se
III - praticar ou permitir que se
como justa causa,
pratique concorrência desleal;
principalmente:
IV - ser conivente em erros técnicos
I - notificação compulsória de
ou infrações éticas, ou com o exercício
doença;
irregular ou ilegal da Odontologia;
II - colaboração com a justiça nos
V - negar, injustificadamente,
casos previstos em lei;
colaboração técnica de emergência ou
III - perícia odontológica nos seus
serviços profissionais a colega;
exatos limites;
VI - criticar erro técnico-científico de
IV - estrita defesa de interesse
colega ausente, salvo por meio de
legítimo dos profissionais inscritos; e,
representação ao Conselho Regional;
V - revelação de fato sigiloso ao
VII - explorar colega nas relações de
responsável pelo incapaz.
emprego ou quando compartilhar
honorários; descumprir ou desrespeitar a Art. 15. Não constitui quebra de sigilo
legislação pertinente no tocante às profissional a declinação do tratamento
relações de trabalho entre os empreendido, na cobrança judicial de
componentes da equipe de saúde; honorários profissionais.
VIII - ceder consultório ou
Art. 16. Não constitui, também, quebra do
laboratório, sem a observância da
sigilo profissional a comunicação ao
legislação pertinente; e,
Conselho Regional e às autoridades
IX - delegar funções e competências
sanitárias as condições de trabalho
a profissionais não habilitados e/ou utilizar-
indignas, inseguras e insalubres.
se de serviços prestados por profissionais
e/ou empresas não habilitados legalmente Esse capítulo define quais situações
ou não regularmente inscritos no envolvem a quebra de sigilo e em quais
Conselho Regional de sua jurisdição. momentos a comunicação e transmissão
Esse capítulo discursa sobre o de informações não constituem infrações
relacionamento do profissional com o de sigilo.
paciente e do profissional com a sua
Capítulo VII – Dos documentos
equipe, deixando bem claro que o respeito
odontológicos
e a educação devem prevalecer nas
diversas relações existentes. Art. 17. É obrigatória a elaboração e a
manutenção de forma legível e atualizada
Capítulo VI – Do sigilo profissional de prontuário e a sua conservação em
arquivo próprio seja de forma física ou
Art. 14. Constitui infração ética:
digital.
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Parágrafo Único. Os profissionais da Art. 19. Na fixação dos honorários


Odontologia deverão manter no profissionais, serão considerados:
prontuário os dados clínicos necessários I - condição sócio-econômica do
para a boa condução do caso, sendo paciente e da comunidade;
preenchido, em cada avaliação, em ordem II - o conceito do profissional;
cronológica com data, hora, nome, III - o costume do lugar;
assinatura e número de registro do IV - a complexidade do caso;
cirurgião-dentista no Conselho Regional V - o tempo utilizado no
de Odontologia. atendimento;
VI - o caráter de permanência,
Art. 18. Constitui infração ética:
temporariedade ou eventualidade do
I - negar, ao paciente ou periciado,
trabalho;
acesso a seu prontuário, deixar de lhe
VII - circunstância em que tenha
fornecer cópia quando solicitada, bem
sido prestado o tratamento;
como deixar de lhe dar explicações
VIII - a cooperação do paciente
necessárias à sua compreensão, salvo
durante o tratamento;
quando ocasionem riscos ao próprio
IX - o custo operacional; e,
paciente ou a terceiros;
X - a liberdade para arbitrar seus
II - deixar de atestar atos executados
honorários, sendo vedado o aviltamento
no exercício profissional, quando solicitado
profissional.
pelo paciente ou por seu representante
Parágrafo Único. O profissional deve
legal;
arbitrar o valor da consulta e dos
III - expedir documentos
procedimentos odontológicos,
odontológicos: atestados, declarações,
respeitando as disposições deste Código e
relatórios, pareceres técnicos, laudos
comunicando previamente ao paciente os
periciais, auditorias ou de verificação
custos dos honorários profissionais.
odontolegal, sem ter praticado ato
profissional que o justifique, que seja Art. 20. Constitui infração ética:
tendencioso ou que não corresponda à
I - oferecer serviços gratuitos a
verdade;
quem possa remunerá-los
IV - comercializar atestados
adequadamente;
odontológicos, recibos, notas fiscais, ou
II - oferecer seus serviços
prescrições de especialidades
profissionais como prêmio em concurso
farmacêuticas;
de qualquer natureza;
V - usar formulários de instituições
III - receber ou dar gratificação por
públicas para prescrever, encaminhar ou
encaminhamento de paciente;
atestar fatos verificados na clínica privada;
IV - instituir cobrança através de
VI - deixar de emitir laudo dos
procedimento mercantilista;
exames por imagens realizados em
V - abusar da confiança do paciente
clínicas de radiologia; e,
submetendo-o a tratamento de custo
VII - receitar, atestar, declarar ou
inesperado;
emitir laudos, relatórios e pareceres
VI - receber ou cobrar remuneração
técnicos de forma secreta ou ilegível, sem
adicional de paciente atendido em
a devida identificação, inclusive com o
instituição pública, ou sob convênio ou
número de registro no Conselho Regional
contrato;
de Odontologia na sua jurisdição, bem
VII - agenciar, aliciar ou desviar, por
como assinar em branco, folhas de
qualquer meio, paciente de instituição
receituários, atestados, laudos ou
pública ou privada para clínica particular;
quaisquer outros documentos
VIII - permitir o oferecimento, ainda
odontológicos.
que de forma indireta, de seus serviços,
Esse capítulo discursa sobre os cuidados e através de outros meios como forma de
condutas que devem ser tomados com os brinde, premiação ou descontos;
documentos odontológicos. IX - divulgar ou oferecer consultas e
diagnósticos gratuitos ou sem
Capítulo VIII – Dos honorários profissionais compromisso; e,
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X - a participação de cirurgião- Art. 28. Constitui infração ética:


dentista e entidades prestadoras de I - fazer qualquer intervenção fora
serviços odontológicos em cartão de do âmbito legal da Odontologia; e,
descontos, caderno de descontos, “gift II - afastar-se de suas atividades
card” ou “vale presente” e demais profissionais, mesmo temporariamente,
atividades mercantilistas. sem deixar outro cirurgião-dentista
encarregado do atendimento de seus
Art. 21. O cirurgião-dentista deve evitar o
pacientes internados ou em estado grave.
aviltamento ou submeter-se a tal situação,
inclusive por parte de convênios e Esse capítulo discursa sobre a odontologia
credenciamentos, de valores dos serviços hospitalar, área que cresce cada vez mais
profissionais fixados de forma irrisória ou nos dias atuais.
inferior aos valores referenciais para
procedimentos odontológicos. Capítulo XI – Das entidades com atividades
no âmbito da odontologia
Esse capítulo se refere aos honorários
profissionais e como eles devem ser Art. 29. Aplicam-se as disposições deste
cobrados, bem como quais condutas os Código de Ética e as normas dos
profissionais devem ter em assuntos e Conselhos de Odontologia a todos àqueles
situações referentes ao tema. que exerçam a Odontologia, ainda que de
forma indireta, sejam pessoas físicas ou
Capítulo IX – Das especialidades
jurídicas, tais como: clínicas, policlínicas,
Art. 22. O exercício e o anúncio das cooperativas, planos de assistência à
especialidades em Odontologia saúde, convênios de qualquer forma,
obedecerão ao disposto neste capítulo e às credenciamento, administradoras,
normas do Conselho Federal. intermediadoras, seguradoras de saúde,
ou quaisquer outras entidades.
Art. 23. O especialista, atendendo a
paciente encaminhado por cirurgião- Art. 30. Os profissionais inscritos
dentista, atuará somente na área de sua prestadores de serviço responderão, nos
especialidade requisitada. limites de sua atribuição, solidariamente,
Parágrafo Único. Após o pela infração ética praticada, ainda que
atendimento, o paciente será, com os não desenvolva a função de sócio ou
informes pertinentes, restituído ao responsável técnico
cirurgião-dentista que o encaminhou. pela entidade.
Art. 24. É vedado intitular-se especialista
sem inscrição da especialidade no Art. 31. Constitui infração ética a não
Conselho Regional. observância pela entidade da obrigação
de:
Art. 25. Para fins de diagnóstico e
tratamento o especialista poderá I - indicar um responsável técnico
conferenciar com outros profissionais. de acordo com as normas do Conselho
Federal, bem como respeitar as
Esse capítulo se refere às especialidades orientações éticas fornecidas pelo mesmo;
odontológicas e quais devem ser as II - manter a qualidade técnico-
condutas corretas referentes a elas. científica dos trabalhos realizados;
III - propiciar ao profissional
Capítulo X – Da odontologia hospitalar
condições adequadas de instalações,
Art. 26. Compete ao cirurgião-dentista recursos materiais, humanos e
internar e assistir paciente em hospitais tecnológicos que garantam o seu
públicos e privados, com ou sem caráter desempenho pleno e seguro;
filantrópico, respeitadas as normas IV - manter auditorias odontológicas
técnico-administrativas das instituições. constantes, através de profissionais
capacitados, desde que respeitadas a
Art. 27. As atividades odontológicas
autonomia dos profissionais;
exercidas em hospital obedecerão às
V - restringir-se à elaboração de
normatizações pertinentes.
planos ou programas de saúde bucal que
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tenham respaldo técnico, administrativo e obrigações legais junto ao Conselho


financeiro; Regional de sua
VI - manter os usuários informados jurisdição; e,
sobre os recursos disponíveis para atendê- XIII - constitui infração ética a
los; e, participação de cirurgiões-dentistas como
VII - atender as determinações e proprietários, sócios, dirigentes ou
notificações expedidas pela fiscalização do consultores dos chamados cartões de
Conselho Regional, suspendendo a prática descontos, assim como a comprovada
irregular e procedendo as devidas associação ou referenciamento de
adequações. cirurgiões-dentistas a qualquer empresa
que faça publicidade de descontos sobre
Art. 32. Constitui infração ética: honorários odontológicos, planos de
I - apregoar vantagens irreais financiamento ou consórcio.
visando a estabelecer concorrência com Esse capítulo discursa sobre as
entidades congêneres; condutas corretas das entidades com
II - oferecer tratamento abaixo dos atividades no âmbito da odontologia com
padrões de qualidade recomendáveis; os profissionais, procedimentos, cadastros,
III - anunciar especialidades sem qualidade, aparelhagem...
constar no corpo clínico os respectivos
especialistas, com as devidas inscrições no Capítulo XII – Do responsável técnico e dos
Conselho Regional de sua jurisdição; proprietários inscritos
IV - anunciar especialidades sem as
respectivas inscrições de especialistas no Art. 33. Ao responsável técnico cabe a
Conselho Regional; fiscalização técnica e ética da instituição
V - valer-se do poder econômico pública ou privada pela qual é responsável,
visando a estabelecer concorrência desleal devendo orientá-la, por escrito, inclusive
com entidades congêneres ou sobre as técnicas de propaganda
profissionais individualmente; utilizadas.
VI - deixar de manter os usuários § 1º. É dever do responsável técnico,
informados sobre os recursos disponíveis primar pela fiel aplicação deste Código na
para o atendimento e de responder às pessoa jurídica em que trabalha.
reclamações dos mesmos; § 2º. É dever do responsável técnico,
VII - deixar de prestar os serviços informar ao Conselho Regional,
ajustados no contrato; imediatamente, por escrito, quando da
VIII - oferecer serviços profissionais constatação do cometimento de infração
como bonificação em concursos, sorteios, ética, acontecida na empresa em que
premiações e promoções de qualquer exerça sua responsabilidade.
natureza;
IX - elaborar planos de tratamento O capítulo se refere às condutas corretas
para serem executados por terceiros, do responsável técnico e dos proprietários
inclusive na forma de perícia prévia; inscritos no CFO, abordando assuntos
X - prestar serviços odontológicos, relacionados à fiscalização da ética e da
contratar empresas ou profissionais ilegais conduta das instituições que fornecem
ou irregulares perante o Conselho serviços odontológicos.
Regional de sua jurisdição;
XI - usar indiscriminadamente Raios Capítulo XIII – Do magistério
X com finalidade, exclusivamente,
Art. 34. No exercício do magistério, o
administrativa em substituição à
profissional inscrito exaltará os princípios
perícia/auditoria e aos serviços
éticos e promoverá a divulgação deste
odontológicos;
Código.
XII - deixar de proceder a
Art. 35. Constitui infração ética:
atualização contratual, cadastral e de
I - utilizar-se do paciente e/ou do
responsabilidade técnica, bem como de
aluno de forma abusiva em aula ou
manter-se regularizado com suas
pesquisa;
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II - eximir-se de responsabilidade sobre os riscos decorrentes de exames,


nos trabalhos executados em pacientes intervenções cirúrgicas e outros
pelos alunos; procedimentos nos casos de transplantes
III - utilizar-se da influência do cargo de órgãos e tecidos; e,
para aliciamento e/ou encaminhamento IV - participar direta ou
de pacientes para clínica particular; indiretamente da comercialização de
IV - participar direta ou órgãos e tecidos humanos.
indiretamente da comercialização de Esse capítulo discursa sobre os registros e
órgãos e tecidos humanos; infrações relacionadas à doação,
V - permitir a propaganda abusiva transplante e banco de órgãos, tecidos e
ou enganosa, de cursos de especialização, biomateriais.
aperfeiçoamento e atualização;
VI - aproveitar-se do aluno para Capítulo XV – Das entidades da classe
obter vantagem física, emocional ou
financeira; Art. 38. Compete às entidades da classe,
VII - aliciar pacientes ou alunos, através de seu presidente, fazer as
oferecendo vantagens, benefícios ou comunicações pertinentes que sejam de
gratuidades, para cursos de indiscutível interesse público.
aperfeiçoamento, atualização ou Parágrafo Único. Esta atribuição
especialização; poderá ser delegada, sem prejuízo da
VIII - utilizar-se de formulário de responsabilidade solidária do titular.
instituições de ensino para atestar ou Art. 39. Cabe ao presidente e ao infrator a
prescrever fatos verificados em responsabilidade pelas infrações éticas
consultórios particulares; e, cometidas em nome da entidade.
IX - permitir a prática clínica em Art. 40. Constitui infração ética:
pacientes por acadêmicos de Odontologia I - servir-se da entidade para
fora das diretrizes e planos pedagógicos promoção própria, ou obtenção de
da instituição de ensino superior, ou de vantagens pessoais;
regular programa de estágio e extensão, II - prejudicar moral ou
respondendo pela violação deste inciso o materialmente a entidade;
professor e o coordenador da respectiva III - usar o nome da entidade para
atividade. promoção de produtos comerciais sem
Esse capítulo dispõe sobre as condutas que os mesmos tenham sido testados e
corretas que profissionais vinculados à comprovada sua eficácia na forma da Lei;
área da educação/magistério devem e,
possuir. IV - desrespeitar entidade, injuriar
ou difamar os seus diretores.
Capítulo XIV – Da doação, do transplante e
Esse capítulo dispõe sobre as atribuições e
do banco de órgãos, tecidos e biomateriais
as infrações relacionadas às entidades da
Art. 36. Todos os registros do banco de classe.
ossos e dentes e outros tecidos devem ser Capítulo XVI – Do anúncio, da propaganda
de caráter confidencial, respeitando o e da publicidade
sigilo da identidade do doador e do
Art. 41. A comunicação e a divulgação em
receptor.
Odontologia obedecerão ao disposto neste
Art. 37. Constitui infração ética:
Código.
I - descumprir a legislação referente
ao banco de tecidos e dentes ou colaborar § 1º. É vedado aos técnicos em
direta ou indiretamente com outros prótese dentária, técnicos em saúde bucal,
profissionais nesse descumprimento; auxiliares de prótese dentária, bem como
II - utilizar-se do nome de outro aos laboratórios de prótese dentária
profissional para fins de retirada dos fazerem anúncios, propagandas ou
tecidos e dentes dos bancos relacionados; publicidade dirigida ao público em geral.
III - deixar de esclarecer ao doador, § 2º. Aos profissionais citados no § 1º,
ao receptor ou seus representantes legais com exceção do auxiliar em saúde bucal,
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serão permitidas propagandas em revistas, especialidades, deverão possuir, a seu


jornais ou folhetos especializados, desde serviço, profissional inscrito no Conselho
que dirigidas aos cirurgiões-dentistas, e Regional nas especialidades anunciadas,
acompanhadas do nome do profissional devendo, ainda, ser disponibilizada ao
ou do laboratório, do seu responsável público a relação destes profissionais com
técnico e do número de inscrição no suas qualificações, bem como os clínicos
Conselho Regional de Odontologia. gerais com suas respectivas áreas de
§ 3º. Nos laboratórios de prótese atuação, quando houver.
dentária deverá ser afixado, em local visível Art. 44. Constitui infração ética:
ao público em geral, informação fornecida I - fazer publicidade e propaganda
pelo Conselho Regional de Odontologia da enganosa, abusiva, inclusive com
jurisdição sobre a restrição do expressões ou imagens de antes e depois,
atendimento direto ao paciente. com preços, serviços gratuitos,
modalidades de pagamento, ou outras
Art. 42. Os anúncios, a propaganda e a
formas que impliquem comercialização da
publicidade poderão ser feitos em
Odontologia ou contrarie o disposto neste
qualquer meio de comunicação, desde
Código;
que obedecidos os preceitos deste Código.
II - anunciar ou divulgar títulos,
Art. 43. Na comunicação e divulgação é
qualificações, especialidades que não
obrigatório constar o nome e o número de
possua, sem registro no Conselho Federal,
inscrição da pessoa física ou jurídica, bem
ou que não sejam por ele reconhecidas;
como o nome representativo da profissão
III - anunciar ou divulgar técnicas,
de cirurgião-dentista e também das
terapias de tratamento, área da atuação,
demais profissões auxiliares
que não estejam devidamente
regulamentadas. No caso de pessoas
comprovadas cientificamente, assim como
jurídicas, também o nome e o número de
instalações e equipamentos que não
inscrição do responsável técnico.
tenham seu registro validado pelos órgãos
§ 1º. Poderão ainda constar na
competentes;
comunicação e divulgação:
IV - criticar técnicas utilizadas por
I - áreas de atuação, procedimentos
outros profissionais como sendo
e técnicas de tratamento, desde que
inadequadas ou ultrapassadas;
precedidos do título da especialidade
V - dar consulta, diagnóstico,
registrada no Conselho Regional ou
prescrição de tratamento ou divulgar
qualificação profissional de clínico geral.
resultados clínicos por meio de qualquer
Áreas de atuação são procedimentos
veículo de comunicação de massa, bem
pertinentes às especialidades
como permitir que sua participação na
reconhecidas pelo Conselho Federal;
divulgação de assuntos odontológicos
II - as especialidades nas quais o
deixe de ter caráter exclusivo de
cirurgião-dentista esteja inscrito no
esclarecimento e educação da
Conselho Regional;
coletividade;
III - os títulos de formação
VI - divulgar nome, endereço ou
acadêmica 'stricto sensu' e do magistério
qualquer outro elemento que identifique o
relativos à profissão;
paciente, a não ser com seu
IV - endereço, telefone, fax,
consentimento livre e esclarecido, ou de
endereço eletrônico, horário de trabalho,
seu responsável legal, desde que não
convênios, credenciamentos, atendimento
sejam para fins de autopromoção ou
domiciliar e hospitalar;
benefício do profissional, ou da entidade
V - logomarca e/ou logotipo; e,
prestadora de serviços odontológicos,
VI - a expressão "clínico geral", pelos
observadas as demais previsões deste
profissionais que exerçam atividades
Código;
pertinentes à Odontologia decorrentes de
VII - aliciar pacientes, praticando ou
conhecimentos adquiridos em curso de
permitindo a oferta de serviços através de
graduação ou em cursos de pós-
informação ou anúncio falso, irregular,
graduação.
ilícito ou imoral, com o intuito de atrair
§ 2º. No caso de pessoa jurídica,
clientela, ou outros atos que caracterizem
quando forem referidas ou ilustradas
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concorrência desleal ou aviltamento da DA ENTREVISTA


profissão, especialmente a utilização da Art. 47. O profissional inscrito poderá
expressão “popular”; utilizar-se de meios de comunicação para
VIII - induzir a opinião pública a conceder entrevistas ou palestras públicas
acreditar que exista reserva de atuação sobre assuntos odontológicos de sua
clínica em Odontologia; atribuição, com finalidade de
IX - oferecer trabalho gratuito com esclarecimento e educação no interesse
intenção de autopromoção ou promover da coletividade, sem que haja
campanhas oferecendo trocas de favores; autopromoção ou sensacionalismo,
X - anunciar serviços profissionais preservando sempre o decoro da profissão,
como prêmio em concurso de qualquer sendo vedado anunciar neste ato o seu
natureza ou através de aquisição de outros endereço profissional, endereço eletrônico
bens pela utilização de serviços prestados; e telefone.
XI - promover direta ou Art. 48. É vedado ao profissional inscrito:
indiretamente por intermédio de I - realizar palestras em escolas,
publicidade ou propaganda a poluição do empresas ou quaisquer entidades que
ambiente; tenham como objetivo a divulgação de
XII - expor ao público leigo artifícios serviços profissionais e interesses
de propaganda, com o intuito de granjear particulares, diversos da orientação e
clientela, especialmente a utilização de educação social quanto aos assuntos
imagens e/ou expressões antes, durante e odontológicos;
depois, relativas a procedimentos II - distribuir material publicitário e
odontológicos; oferecer brindes, prêmios, benefícios ou
XIII - participar de programas de vantagens ao público leigo, em palestras
comercialização coletiva oferecendo realizadas em escolas, empresas ou
serviços nos veículos de comunicação; e, quaisquer entidades, com finalidade de
XIV - realizar a divulgação e oferecer angariar clientela ou aliciamento;
serviços odontológicos com finalidade III - realizar diagnóstico ou
mercantil e de aliciamento de pacientes, procedimentos odontológicos em escolas,
através de cartão de descontos, caderno empresas ou outras entidades, em
de descontos, mala direta via internet, decorrência da prática descrita nos termos
sites promocionais ou de compras desta seção; e,
coletivas, telemarketing ativo à população IV - aliciar pacientes, aproveitando-
em geral, stands promocionais, caixas de se do acesso às escolas, empresas e
som portáteis ou em veículos demais entidades.
automotores, plaqueteiros entre outros
meios que caracterizem concorrência SEÇÃO II
desleal e desvalorização da profissão. DA PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA
Art. 45. Pela publicidade e propaganda Art. 49. Constitui infração ética:
em desacordo com as normas I - aproveitar-se de posição
estabelecidas neste Código respondem hierárquica para fazer constar seu nome
solidariamente os proprietários, na coautoria de obra científica;
responsável técnico e demais profissionais II - apresentar como seu, no todo ou
que tenham concorrido na infração, na em parte, material didático ou obra
medida de sua culpabilidade. científica de outrem, ainda que não
Art. 46. Aplicam-se, também, as normas publicada;
deste Capítulo a todos àqueles que III - publicar, sem autorização por
exerçam a Odontologia, ainda que de escrito, elemento que identifique o
forma indireta, sejam pessoas físicas ou paciente preservando a sua privacidade;
jurídicas, tais como: clínicas, policlínicas, IV - utilizar-se, sem referência ao
operadoras de planos de assistência à autor ou sem sua autorização expressa, de
saúde, convênios de qualquer forma, dados, informações ou opiniões coletadas
credenciamentos ou quaisquer outras em partes publicadas ou não de sua obra;
entidades. V - divulgar, fora do meio científico,
SEÇÃO I processo de tratamento ou descoberta
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cujo valor ainda não esteja expressamente Capítulo XVII – Das penas e suas aplicações
reconhecido cientificamente;
Art. 51. Os preceitos deste Código são de
VI - falsear dados estatísticos ou
observância obrigatória e sua violação
deturpar sua interpretação; e,
sujeitará o infrator e quem, de qualquer
VII - publicar pesquisa em animais e
modo, com ele concorrer para a infração,
seres humanos sem submetê-la à
ainda que de forma indireta ou omissa, às
avaliação prévia do comitê de ética e
seguintes penas previstas no artigo 18 da
pesquisa em seres humanos e do comitê
Lei nº. 4.324, de 14 de abril de 1964:
de ética e pesquisa em animais.
I - advertência confidencial, em
Esse capitulo fala sobre as permissões e aviso reservado;
proibições referentes ao uso dos meios de II - censura confidencial, em aviso
comunicação para fins comerciais e reservado;
propagandísticos. Além disso, também III - censura pública, em publicação
dispõe sobre publicações científicas. oficial;
IV - suspensão do exercício
Capítulo XVII – Da pesquisa científica profissional até 30 (trinta) dias; e,
V - cassação do exercício profissional
Art. 50. Constitui infração ética: ad referendum do Conselho Federal.
I - desatender às normas do órgão
competente e à legislação sobre pesquisa Art. 52. Salvo nos casos de manifesta
em saúde; gravidade e que exijam aplicação imediata
II - utilizar-se de animais de de penalidade mais grave, a imposição das
experimentação sem objetivos claros e penas obedecerá à gradação do artigo
honestos de enriquecer os horizontes do anterior.
conhecimento odontológico e, Parágrafo Único. Avalia-se a
consequentemente, de ampliar os gravidade pela extensão do dano e por
benefícios à sociedade; suas consequências.
III - desrespeitar as limitações legais
da profissão nos casos de experiência in Art. 53. Considera-se de manifesta
anima nobili; gravidade, principalmente:
IV - infringir a legislação que regula I - imputar a alguém conduta
a utilização do cadáver para estudo e/ou antiética de que o saiba inocente, dando
exercícios de técnicas cirúrgicas; causa a instauração de processo ético;
V - infringir a legislação que regula II - acobertar ou ensejar o exercício
os transplantes de órgãos e tecidos post- ilegal ou irregular da profissão;
mortem e do "próprio corpo vivo"; III - exercer, após ter sido alertado,
VI - realizar pesquisa em ser atividade odontológica em pessoa jurídica,
humano sem que este ou seu responsável, ilegal, inidônea ou irregular;
ou representante legal, tenha dado IV - ocupar cargo cujo profissional
consentimento, livre e esclarecido, por dele tenha sido afastado por motivo de
escrito, sobre a natureza das movimento classista;
consequências da pesquisa; V - ultrapassar o estrito limite da
VII - usar, experimentalmente, sem competência legal de sua profissão;
autorização da autoridade competente, e VI - manter atividade profissional
sem o conhecimento e o consentimento durante a vigência de penalidade
prévios do paciente ou de seu suspensiva;
representante legal, qualquer tipo de VII - veiculação de propaganda
terapêutica ainda não liberada para uso no ilegal;
País; VIII - praticar infração ao Código de
VIII - manipular dados da pesquisa Ética no exercício da função de dirigente
em benefício próprio ou de empresas e/ou de entidade de classe odontológica;
instituições; e, IX - exercer ato privativo de
IX - sobrepor o interesse da ciência profissional da Odontologia, sem estar
ao da pessoa humana. para isso legalmente habilitado;
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X - praticar ou ensejar atividade que Art. 59. As alterações deste Código são da
não resguarde o decoro profissional; competência exclusiva do Conselho
XI - ofertar serviços odontológicos Federal, ouvidos os Conselhos Regionais.
de forma abusiva, enganosa, imoral ou Art. 60. Este Código entrará em vigor a
ilegal; e, partir de 1º de janeiro de 2013.
XII - ofertar serviços odontológicos
em sites de compras coletivas ou similares. IMPORTANTE
Art. 54. A alegação de ignorância ou a má
Esse resumo faz parte da apostila
compreensão dos preceitos deste Código
“Deontologia” de Thaís Azevedo
não exime de penalidade o infrator.
(@thaistudandoodonto). Sua venda é
Art. 55. São circunstâncias que podem proibida.
agravar a pena: Para adquirir a apostila completa, entre
I - a reincidência; em contato pelos meios de comunicação
II - a prática com dolo; WhatsApp (37) 99865-5630 ou pelo Ig
III - a inobservância das notificações @resumosthaistudandoodonto.
expedidas pela fiscalização, o não
comparecimento às solicitações ou Referências
intimações do Conselho Regional para Conselho Federal de Odontologia – Código
esclarecimentos ou na instrução da ação de Ética Odontológico – Rio de Janeiro,
ética disciplinar; CFO 2012.
IV - qualquer forma de obstrução de
processo;
V - o falso testemunho ou perjúrio;
VI - aproveitar-se da fragilidade do
paciente; e,
VII - cometer a infração com abuso
de autoridade ou violação do dever
inerente ao cargo ou função.
Art. 56. São circunstâncias que podem
atenuar a pena:
I - não ter sido antes condenado por
infração ética;
II - ter reparado ou minorado o dano; e,
III - culpa concorrente da vítima.
Art. 57. Além das penas disciplinares
previstas, também poderá ser aplicada
pena pecuniária a ser fixada pelo Conselho
Regional, arbitrada entre 1 (uma) e 25
(vinte e cinco) vezes o valor da anuidade.
§ 1º. O aumento da pena pecuniária
deve ser proporcional
à gravidade da infração.
§ 2º. Em caso de reincidência, a pena
de multa será aplicada em dobro.
Capítulo XIX – Disposições finais
Art. 58. O profissional condenado por
infração ética à pena disciplinar
combinada com multa pecuniária,
também poderá ser objeto de reabilitação,
na forma prevista no Código de Processo
Ético Odontológico.

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