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SENAI VARGINHA UI ALOYSIO RIBEIRO DE ALMEIDA

TÉCNICO EM MECÂNICA

LUIS HENRIQUE
EDUARDO
CARLOS
WILKER

RELATÓRIO DE PRÁTICA
Processo de soldagem MIG (GMAW)

VARGINHA
2023
Objetivos da atividade

 Realizar procedimento de soldagem Metal Inert Gas (MIG) também


conhecida por sua outra sigla em língua inglesa GMAW (Gas Metal Arc
Welding);
 Demonstrar conhecimentos básicos sobre parâmetros de soldagem
inerentes aos procedimentos e funcionamento do equipamento utilizado;
 Mostrar conhecimento sobre equipamentos e atitudes que garantam a
segurança na atividade.

Soldagem Metal Inert Gas (MIG) e Metal Active Gas (MAG)


Diferentemente do processo de soldagem por eletrodo revestidos, tanto a MIG
quanta a MAG não possuem um consumível que por si só garanta a proteção da poça
de fusão do meio, dependendo da utilização de um gás para tal.
A diferença entre os dois procedimentos se demonstra por seus nomes, sendo
utilizado para MIG um gás inerte, ou seja, que não reage quimicamente com o ambiente
entorno. Enquanto isso, a MAG utiliza de gases ativos, se aproveitando do menor custo
e a menor exigências solicitada por especificação de projeto.

Equipamentos
Existem diferentes máquinas e equipamentos que possam realizar a solda MG, no
entanto eles consistem basicamente em uma fonte de energia, um alimentador de
arame, cabos, alicate terra e a tocha.
Durante nossa prática usamos os seguintes equipamentos e seus respectivos
modelos, assim como demais elementos necessários para o processo:

 Fonte de alimentação → Origo 5004i


 Alimentador de arame →Origo Feed 3004 com painel MA24
 Gás inerte → Argônio
 Alicate terra
 Tocha

Equipamentos de segurança
Semelhante ao processo de solda por eletrodo revestidos, utilizamos os seguintes
equipamentos de segurança:

 Avental de raspas de couro;


 Luva de raspas de couro;
 Jaqueta de raspas;
 Perneira;
 Touca árabe.
Parâmetros de soldagem

Inicialmente essa soldagem aparenta depender menos da habilidade do soldador,


eliminando a necessidade de um movimento de mergulho ou da utilização de duas mãos
como na solda TIG e OFW, no entanto parte dessa dificuldade se transfere para o
conhecimento do processo e dos equipamentos.
A dificuldade que tivemos em boa parte da prática, foi na habituação com as
diferentes funções da máquina, sendo elas:

 Definição Manual: nesse modo, os parâmetros de velocidade


de alimentação, corrente e tensão são ajustados manualmente.

 Definição por sinergia: A própria máquina ajusta a


combinação de velocidade de alimentação e tensão para a obtenção de um arco
mais estável, em virtude dos tipos de arame e gás utilizados.

 QSettm: A tensão é ajustada automaticamente dado uma


velocidade de alimentação.

Ainda tivemos certa dificuldade na obtenção dos parâmetros ideias e nos guiamos
pelo som obtido durante a soldagem, no entanto percebemos que através desses
ajustes, podemos alterar especialmente a forma como o material é depositado,
demonstrado de forma exemplificada pela tabela e imagem a seguir

Esquema dos tipos de transferência metálica em GMAW (Modenesi e Bracarense, 2011)


https://infosolda.com.br/175-processo-mig-mag-modos-de-tranaferencias/

Além disso, percebemos algumas características das formas de deposição


mostradas a cima:
 No curto circuito foi percebido uma maior quantidade de “faíscas” se
comparado aos outros métodos e som com padrões rápidos, mas ainda sim com
pausas perceptíveis.
 O globular se mostrou o com maior dificuldade de trabalho, uma vez que
com os parâmetros usados havia um tempo considerável entre uma deposição
de material e a seguinte, dificultando a formação de cordões.
 O pulsado ou spray nos aparentou o com melhor resultado e com som
mais uniforme.
 Uma vez que no pulsado e no spray há intervalos com gotículas de metal
de adição sem contato com o arame ou substrato, acreditamos que esses
métodos só poderão ser utilizados em posição plana.
Salientamos que as conclusões por nós mostradas são somente, mas os
parâmetros utilizados no momento, podendo ocorrer de formas diferentes em outras
situações.

Atividade realizada

Durante a prática foram realizadas 4 tarefas, sendo elas:


 A solda de 3 cordões em posição plana;
 um preenchimento de aproximadamente 1” em posição plana;
 A solda de 2 cordões em “X” em posição plana;
 A união de duas seções de uma chapa perpendicularmente e em posição
horizontal;
Peça 1 Peça 2

Análise e observações
Os cordões possuem uma boa largura e uniformidade, no entanto é possível notar
que durante esse processo ou nos seguintes, foram depositados respingos.

No preenchimento, a solda parece um pouco mais irregular e devido a isso,

aparentam existir pontos com falhas superficiais, no entanto após fresar uma parte dela
para expor suas seção transversal para um ensaio macrográfico, é possível ver que ela
se mostra homogênea em seu interior, ainda que com uma penetração ligeiramente
baixa.
No “X” é notamos um movimento mais rápido durante a solda, o que ocasionou um
cordão mais alto e estreito. Também houve uma pequena elevação nos encontros da
solda.

Na peça dois, houveram duas soldas, uma interna e uma externa.

Peça 2 (interno) Peça 2 (externo)

Na solda interna apresentou a características parecidas com solda anteriores, uma


vez que os parâmetros foram o mesmo, mas houve um pequeno desvio em determinado
ponto, o que poderia significar um ponto de fragilidade, uma vez que o metal de adição
só foi depositado em uma das peças. Já na externa, vemos pequenas falhas no fim da
solda.
Após fresado a solda externar e realizado o mesmo ensaio da peça 1, podemos
notar uma penetração parecida, com o metal depositado seguindo o perfil da corte
realizado.

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