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A Maçonaria Iniciática

Palestra proferida por Ricardo Maffia


Em 12 de maio de 2000

Boa noite a todos. Eu gostaria de agradecer mais uma vez o convite e a oportunidade de estar
aqui na Loja Liberdade. Agradeço ao Carlos Eduardo pela possibilidade que me deu de falar
aos senhores, ao Dr. Carlos Vieira e à diretoria da Loja Liberdade.

O tema de hoje é sobre a Maçonaria. E de certa forma venho como um representante da


Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. Então eu falo oficialmente, de forma que nós
pretendemos através desta postura, falar com um fundamento até político no caso.

Outra coisa que eu gostaria de esclarecer, é que na realidade vou falar sobre a Franco-
Maçonaria, nós vamos distinguir Maçonaria de Franco-Maçonaria, que na realidade em
essência é a mesma coisa. Só que a Franco-Maçonaria está ligada justamente a um Rito em
particular da própria Maçonaria, do qual também nós vamos falar.

Sobre a questão das práticas, como nós estamos colocando aqui, eu queria deixar claro que às
vezes as pessoas acham que nós vamos revelar segredos de instituições esotéricas. Eu não
vou revelar nenhum segredo maçônico, mesmo porque na realidade o verdadeiro segredo
maçônico se encontra no próprio coração do Maçom (ou do Teosofista ou do Rosa-Cruz), nós
podemos saber quaisquer segredos escritos e não vivenciá-los. Eu falo isto porque pode haver
justamente o mal-entendimento de pensarem que estou revelando segredos maçônicos ou
rosa-cruzes. Enfim... isto não é do meu feitio.

Fico contente por ter a oportunidade de falar sobre Maçonaria aqui na Sociedade Teosófica.
Porque posso estar enganado, mas com o meu tempo de Sociedade Teosófica nunca havia
visto uma palestra sobre o tema. O Carlos Eduardo me deu esta oportunidade, e de repente, eu
vi agendadas outras palestras sobre Maçonaria a partir da data de hoje, o que me deixa feliz,
porque se abre um campo em que pode ser desenvolvido este tema, de certa forma tão
controverso e ao mesmo tempo "caro" para nós Teosofistas.

Nós temos por exemplo, dentre outros tantos grandes Teosofistas: O Sr. Leadbeater que fez
parte do Direito Humano da Maçonaria . Major Arthur E. Powell , autor de cinco livros
importantes de teosofia a saber : "O Duplo Etérico", "O Corpo Astral", "O Corpo Mental", "O
Corpo Causal e o Ego" e "O Sistema Solar", que foi membro da Grande Loja Maçônica da
Inglaterra. Powell era Teosofista e ao mesmo tempo Maçom. Quero dizer: Maçonaria e
Teosofia estão interligadas, tem o mesmo propósito, embora com métodos diferentes.

(comentário sobre a palestra anterior)

Vejam bem: Na minha opinião pessoal, o ocultista tem que ter a razão como guia. Tem que ter
a fé, mas a razão como guia. Porque senão ele vai se atrapalhar.

Faço questão sempre de cumprimentar a Rose pelas suas palestras, não só com relação a sua
menção ao alinhamento planetário, embasado de forma científica, mas também ao "link" que
você fez entre as fases do discipulado e as características que o indivíduo tem que
desenvolver, como por exemplo o discernimento; Discernimento significa razão.

Nós lembramos de um ensinamento ocultista que diz : O coração concebe, o cérebro planeja,
mas as mãos tem que executar.

Então, com relação a esta ponte entre o espiritual e o físico: (que na realidade é a mesma
coisa) Se o indivíduo for apenas um idealista e não colocar a mão na matéria para trabalhar ( é
obrigação do ser humano trabalhar), ele não realiza nada, ele só fica no terreno das idéias.

Você está de parabéns pela sua aula. Foi um curso!


Eu queria começar a palestra sobre Maçonaria, lendo um poema do Rudyard Kipling, que foi
um grande Franco-Maçom da Grande Loja Unida da Inglaterra. ( foi não, é: nos planos internos
continua sendo) Kipling escreveu várias obras, dentre elas, "O Homem que Queria ser Rei" que
foi transformada em filme com Sean Connery e Michael Caine. Ele escreveu um poema que
fala da filosofia maçônica.

Vocês querem segredos?

Então prestem atenção neste segredo que eu vou revelar:

"O SE"

Rudyard Kipling

Se és capaz de conservar o teu bom senso e a calma


Quando os outros os perdem e te acusam disto;
Se és capaz de confiar em ti, quando de ti duvidam
E no entanto perdoares por duvidarem;
Se és capaz de esperar sem perder a esperança,
E não caluniares os que te caluniam;

Se és capaz de sonhar sem que o sonho te domine


E pensar, sem reduzir teu pensamento a vício;
Se és capaz de enfrentar o triunfo e o desastre
Sem fazer distinção entre estes dois impostores;
Se és capaz de ouvir a verdade que disseste transformada
Em armadilha por velhacos em armadilha a ingênuos;
Se és capaz de ver destruído o ideal da vida inteira
E construí-lo outra vez com ferramentas gastas;

Se és capaz de arriscar todos os teus haveres


Num lance corajoso, alheio ao resultado,
E perdendo, começar de novo teu caminho
Sem que ouça um suspiro aquele que segue a teu lado;
Se és capaz de forçar os teus músculos e nervos
E faze-los servir quando já quase não servem,
Sustentando-te a ti quando nada em ti resta,
A não ser a vontade que te diz: "Enfrenta!"

Se és capaz de falar ao povo e ficar digno,


E de passear com reis conservando tua naturalidade;
Se não podem abalar-te, amigo ou inimigo,
E não sofrem decepção os que contam contigo;
Se podes preencher todo o minuto que passa
Com sessenta segundos de tarefa acertada;
Se assim fores, a terra será tua, será teu tudo que nela existe,
E não receies que te roubem;
Mas, ainda melhor de que tudo isto,
Se assim fores, és um Homem, meu filho!

O homem aqui, em benefício da exposição, todos entendem, tanto homem como mulher. Eu
defenderia assim: Se assim fores és um Ser Humano, meu filho. A profundidade deste poema
abrange toda a nossa filosofia teosófica, toda a filosofia espiritualista... É uma poesia.

Existem várias teorias com relação às origens da Maçonaria. O que eu pretendo passar a todos
é o seguinte:
O Sr. Leadbeater, na "Vida Oculta da Maçonaria", diz que a Maçonaria teve seu início
basicamente no antigo Egito, porque os egípcios foram os depositários da ciência atlante.

Na realidade, os mistérios maçônicos tiveram origem com a própria humanidade, a partir de


Enoch, considerado o primeiro iniciado da humanidade. Enoch viveu na era lemuriana. Se os
senhores consultarem "A Doutrina Secreta" 3° vol. Antropogêneses, está lá a menção com
relação à Enoch.

Na verdade estes mistérios estão ligados à um arquétipo. Este arquétipo, que é o


desenvolvimento do ser humano de forma consciente, a partir do momento que nós temos
consciência das possibilidades internas, dos nossos recursos internos.

Estes mistérios são manifestados, adaptados às tradições de cada povo:

O egípcio podia vivenciar este mistério. O fenício podia vivenciar este mistério. O caldeu podia
vivenciar este mistério. Porém adaptado às suas respectivas tradições e costumes. Mas a
essência é sempre a mesma.

Por exemplo: Quem gosta de literatura Junguiana vai ler a respeito do mito do herói. O que é o
mito do herói?

A Rose falou aqui sobre os grandes iniciados que se sacrificaram pela humanidade... É o mito
do herói. Em toda a história, existe aqueles seres que por amor, desinteressadamente, apenas
com interesse de ajudar a humanidade, se sacrificam por ela... É o mito do herói. Está ligado a
um arquétipo.

A mesma coisa se dá, com os mistérios maçônicos. Na realidade, se formos mais a fundo, nós
extrapolamos com relação à origem de tudo isto.

Então vamos colocar assim: Os mistérios maçônicos a partir do Antigo Egito.

Abrahão recebe justamente, toda uma tradição iniciática. E então, começa esta linhagem
maçônica com os hebreus. (imaginem que esta linhagem é simultânea) Abrahão passa aos
seus descendentes, eleitos por ele conforme iniciação, toda uma série de ensinamentos;
formando assim, digamos, uma cadeia iniciática. Então nós chegamos a Davi e depois a
Salomão.

Conta a História que Deus apareceu em sonho ao Rei Salomão e perguntou o que ele queria,
pois lhe seria dado. Salomão pediu sabedoria; Deus, extremamente contente deu-lhe não
apenas sabedoria, mas também riquezas, etc. Tanto é que o Rei Salomão tem uma frase
extraordinária que eu acho que define muito bem a característica do ser humano : "O homem é
o que ele pensa em seu coração". (não tem como mudar isto).

Pois bem, o Rei Salomão queria construir um templo para Deus. Na época, o povo hebreu
estava no êxodo à procura da terra sagrada, liderado por Moisés, que tinha em seu poder os
mistérios iniciáticos do Antigo Egito, além de toda uma tradição iniciática, produto do povo
hebreu. Os hebreus quando estavam errando pelo deserto, construíram o Tabernáculo,
também chamado de Tabernáculo do Deserto, que era uma espécie de templo consagrado a
Deus.

Então Deus, (falando de forma figurativa) tinha um contato direto com o povo hebreu em função
deste povo seguir à risca, justamente aqueles ensinamentos iniciáticos. O problema de seguir à
risca está muito ligado a nossa fé, a nossa crença e a nossa convicção. (depois eu entro nesta
parte mais ética).

O povo hebreu construi o Tabernáculo do Deserto, e através deste contato com os planos
superiores, eles tinham uma ajuda, uma corrente era formada. O povo hebreu foi se
desenvolvendo... Até que, chegando a Salomão, este construiu seu Templo. E para isto,
Salomão chamou um rei: Hiram, rei de Tiro, justamente porque também os fenícios tinham esta
habilidade, estes conhecimentos iniciáticos. ( à maneira deles)

Vejamos se eu consigo deixar clara a idéia. Imaginemos o seguinte:

Estamos aqui reunidos na Sociedade Teosófica; simultaneamente, no Círculo

Esotérico há uma reunião; e simultaneamente, na casa de alguém também há uma reunião


voltada à propósitos sérios.

De repente, nós podemos ser intuídos através da forma-pensamento que criamos aqui
( estamos nos envolvendo com o assunto, pensando no assunto) e essa forma-pensamento
serve de elo entre nós e os planos superiores. Primeiramente "chove" idéias em nós, somos
intuídos e desenvolvemos uma série de trabalhos baseados na interação que nós estamos
tendo aqui.

Então, por exemplo: faz-se comentários aqui e ali, todos vão se desenvolvendo naquele
assunto, que vai se enriquecendo através desta interação. Simultaneamente esta mesma
intuição pode ser captada por outros grupos que estão voltados para o mesmo objetivo... É o
trabalho da corrente. Só que os outros grupos vão adaptar aquela intuição a partir da
linguagem deles.

Então, a Maçonaria já existia na fenícia, com Hiram, rei de Tiro, que era o Grão-Mestre dos
Maçons naquela região.

Salomão, que era o Grão-Mestre dos Maçons hebreus, chamou Hiram, rei de Tiro para ajudá-lo
a construir o Templo. Hiram, rei de Tiro chamou Hiram Abiff, que era justamente o arquiteto do
Templo.

Estes três grandes : Salomão, Hiram, rei de Tiro e Hiram Abiff construíram o Templo que hoje é
conhecido como o Templo de Salomão. Este Templo foi totalmente destruido. Tempos depois,
foi reconstruído por Zorobabel; este Templo é conhecido como Segundo Templo dos Maçons
ou Segundo Templo de Salomão, no caso.

Pois bem. A Maçonaria daquela época era operativa. O que significa Maçonaria Operativa?

Os Mestres-Maçons, tinham o domínio da Arte Real, que é a arte do pensamento, de como se


trabalha com o pensamento. Na medida que nós trabalhamos com o pensamento nós nos
aproximamos da divindade que está dentro de nós ( por isso "arte real"). Além de ter este
domínio, eles o empregavam justamente nas construções, e empregavam também o
conhecimento que tinham da energia das formas. (as figuras geométricas irradiam
determinadas propriedades características de energia - energia radiônica )

Todas as construções maçônicas, eram baseadas nesta associação da parte espiritual com a
energia das formas. Por isso eram chamados "operativos"; além de fazerem um trabalho
interior, faziam um trabalho exterior na construção de Templos voltados para a Divindade.

Nestes Templos, feitos de uma forma exata, geometricamente orientados, relacionados a uma
geometria sagrada, havia uma ritualística maçônica. ( sobre o tema indico um livro: "Geometria
Sagrada" de Nigel Pennick da Ed. Pensamento, que é um livro seguro sobre tradição
maçônica)

Imaginem só: A ritualística maçônica dentro do Templo (geometria sagrada).

Tudo potencializava os trabalhos e havia um retorno dos planos sutis para os que participavam
daqueles trabalhos.
Então os Maçons, os pedreiros no caso, eram operativos; porque além de vivenciarem,
empregavam isto nas suas construções.

Hoje os Maçons são operativos? Não. Os Maçons são chamados de "especulativos".

Mas eu penso o seguinte: Que o Maçom especulativo deve ser também operativo, se ele quiser
ser verdadeiramente um Maçom. Hoje os tempos são diferentes, não dá para nós ficarmos
construindo Catedrais. Porém nós podemos construir um edifício social.

Então somos operativos, a partir do momento que refletimos ( aliás a reflexão é o alimento da
alma) a respeito daquilo que nós estamos estudando, (especulando, no bom sentido) e através
das nossas reflexões e meditações, vivenciamos, ou seja, empregamos estes conhecimentos
no dia a dia.

Uma coisa é nós ficarmos só na especulação. O indivíduo especula, teoriza, e no dia a dia ,
(desculpem a linguagem de certa forma de um nível menor) nossa conta bancária vai piorando,
nossa vida vai piorando e nada de aplicar os conhecimentos sobre os quais nós especulamos .
(nós em benefício da exposição)

Ou seja, eu penso que o espiritualista, quando ele acessa seus recursos interiores e emprega,
vivencia estes recursos na sua vida material contribuindo para uma melhora do meio, ele se
torna operativo. Quando nós vivenciamos, aplicamos no dia a dia aquilo que especulamos, nos
tornamos operativos.

Então, também temos os Teosofistas especulativos e os Teosofistas operativos. O que a Mme


Blavatsky sutilmente coloca, quando ela difere o Teosofista do Teósofo.

O Teósofo é aquele que vive a Teosofia;

O Teosofista é aquele que estuda;

Somos Teosofistas e tentamos ser Teósofos;

Somos Maçons e tentamos ser Maçons Operativos.

Verdadeiro conhecimento é aquele que se vivencia. Quando se fala da Teosofia "entrar" na


pessoa, me lembra quando o indivíduo entra para a Maçonaria. Muito bem, ele entrou para a
Maçonaria, mas tem que saber se a Maçonaria "entrou" nele. (ou o que significa Maçonaria)

Então, voltando a geometria sagrada:

A Catedral de Chartes foi construída por Maçons. A Igreja de Saint Paul foi construída por um
grande Mestre-Maçom da Grande Loja Unida da Inglaterra: Christopher Wern, que construi a
maioria das Igrejas, Monumentos e Templos ingleses.

Vejam bem: Os Maçons da época tinham a maestria da construção dos Templos, tinham o
segredo de uma geometria sagrada, que era aplicada na construção do seu Templo interior e
simultaneamente na construção do Templo exterior.

Hoje em dia é diferente, nós tentamos ser Maçons operativos ou Teósofos de outra forma,
através dos desafios da nossa vida, da luta da nossa vida, enfim de como nós nos
relacionamos com isto.

Com o advento do Cristo, a Maçonaria ganhou uma nova força, porque realmente o Cristo veio
fazer um trabalho importantíssimo em toda a humanidade. Mas para toda a humanidade! Cristo
veio dar a possibilidade da transformação do carma ser um fato e não uma teoria; na medida
em que nós nos aproximamos do nosso Eu Superior. Quando se diz que o Cristo veio para
limpar os pecados do mundo, na realidade Ele veio abrir uma possibilidade para nós
transformarmos o nosso carma; na medida em que nós nos aproximamos do nosso Eu
Superior.

Hiram Abiff, um dos três grandes, ressurge na época do Cristo como Lázaro. Tanto é que está
escrito: "...foi ressuscitado através das garras do Leão de Judá", que é o Cristo. Jesus Cristo
era o Grão-Mestre da Maçonaria daquela época.

A partir dali, foi dada uma outra conotação para a Ordem, um especialização da Ordem; o que
não significa que dentro da Maçonaria o indivíduo tem que ser cristão. A Maçonaria é
cosmopolita, ela respeita todos os credos. Dentro de uma Loja Maçônica nós encontramos
evangélicos, católicos, espíritas, gente que apenas acredita no Grande Arquiteto do Universo.

Porque foi colocado Grande Arquiteto do Universo?

Para não haver problemas entre religiões. As pessoas brigam por causa do nome de Deus;
então, colocaram Grande Arquiteto do Universo para o budista se sentir bem, para o católico se
sentir bem, para o cristão se sentir bem ou para o indivíduo que apenas acredita em Deus se
sentir bem.

E se convive bem! Por que?

Por que existe uma egrégora, existe uma força espiritual genuína por trás ; apesar do que
falam da Maçonaria até hoje.

As pessoas às vezes falam:

- Ah! Mas eu conheci um Maçom que pelo amor de Deus... não tem nada haver com Maçom.

Toda a instituição, para mim é perfeita. A igreja, para mim é correta. O problema é o ser
humano, que não é perfeito. E se nós formos exigir perfeição dentro de um Templo ou de uma
instituição, nos indiretamente estamos projetando uma tendência de onipotência dentro de nós,
quando na realidade tem que haver tolerância e bom senso; e perceber que como este
universo evolui os seres humanos também evoluem; e como somos imperfeitos nós erramos.

Quem é que não erra? O próprio Cristo falou: "...quem não tiver pecado que atire a primeira
pedra", isto tem haver com os dias de hoje.

A instituição por si só é perfeita. Estas instituições foram criadas por verdadeiros Mestres, são
uma ponta de lança da Grande Fraternidade Branca.

A Sociedade Teosófica já passou por dificuldades, por crises... Porque até hoje ela existe e
continua crescendo e fazendo seu trabalho?

Porque existem dois Mestres que se responsabilizam por ela; dois Mahatmas. A mesma coisa
acontece com a Maçonaria e noutras grandes organizações.

Existem falhas. O fato de o indivíduo falar: "Eu sou Maçom", não significa que na realidade ele
esteja vivenciando. Nós temos que ver os princípios de uma organização. Vamos nos pautar
por exemplo aqui na Sociedade Teosófica nos princípios do ensinamento teosófico,
independente das falhas e dos outros...enfim.

Parafraseando Cristo: O indivíduo vê o cisco no olho do outro mas não enxerga a trava que
está no seu próprio olho.

Aqui eu quis colocar o seguinte: Toda instituição tem ser humano, todo ser humano é passível
de aperfeiçoamento.
Nas instituições ocorre algo de mágico que a maioria não percebe.

Dentro de uma Loja Maçônica por exemplo, podem ocorrer uma série de problemas ou uma
série de discussões.(que às vezes não entendemos o motivo) Só que aos poucos, se esta
influência mágica vai penetrando na gente, e no dia a dia passamos a ter um problema similar
ao que houve dentro de uma Loja, nós pensamos:

Como eu agi dentro daquela Loja?

- Eu agi de tal forma... Então, eu vou empregar aquilo que eu passei dentro da Loja Maçônica
no meu dia a dia.

Aí começa um treinamento.

Dentro da Sociedade Teosófica acontece a mesma coisa, pela interação que nós temos com as
pessoas. De repente, nós podemos passar por alguns desencontros e vamos saber que
aprendizado nos traz este desencontro, e de como podemos aplicar o fruto deste aprendizado
lá fora. Não adianta aplicar aqui dentro ou dentro do Templo Maçônico, tem que aplicar no dia a
dia; senão, nos transformamos em "ocultistas de poltrona" e mais nada, temos que ser
Operativos; Teósofos no caso.

Em 1.375 surge no mundo um indivíduo cujo pseudônimo é Christian Rosen-Kreutz; existe


muita controvérsia à respeito. Na minha opinião acredito que ele realmente existiu.

Christian Rosen-Kreutz institui os mistérios rosa-cruzes na Europa, estes mistérios já haviam


desde o Antigo Egito, a partir do Aknaton.

Pois bem, este trabalho e juntamente com os Cavaleiros Templários da Ordem do Santo
Sepulcro de Jerusalém, que era uma corrente maçônica (Maçonaria e Rosa-Cruz, sempre
andaram lado a lado).

Em 1.623 dois grandes Rosa-Cruzes: Elias Ashmole e Robert Flood , fizeram um trabalho
extraordinário dentro da Maçonaria. ( eles eram Maçons também)

Até 1.623 a Maçonaria era operativa, porém em 1.717 houve uma reforma maçônica. Esta
reforma fez com que a Maçonaria se transforma-se de operativa em especulativa. Foi quando
surgiram as Grandes Lojas, ou a Grande Loja Unida da Inglaterra, que seria a Loja-Mãe de
todas as potências maçônicas do mundo.

Antigamente, antes de 1.717, os Maçons se reuniam em tabernas. Eles faziam seu trabalho
operativo fora, mas reuniam-se secretamente em tabernas e em alguns lugares fechados para
se discutir a respeito dos trabalhos.

Com a necessidade de se estudar mais a fundo a filosofia maçônica, e com o crescimento da


Ordem, instituiu-se a Grande Loja Unida da Inglaterra, através do trabalho de Elias Ashmole e
principalmente de Robert Flood , que ajudou nas confecções atualizadas dos Manuais
Maçônicos. E ai, começamos a ver as potências maçônicas surgirem.

Tempos antes, houve uma união entre a Ordem dos Templários e a Igreja.

A Ordem era muito rica, mas não rica pelo fato de se aproveitar dos povos, mas em função de
se aplicar os princípio virtuais no dia a dia e da vivência dos princípios espirituais. Tanto é que
eles chegaram a acessar poderes impressionantes e grande prosperidade no mundo material.

O Papa Clemete V traiu a Ordem dos Templários. Por que?


Porque a Ordem dos Templários teve uma força política muito grande. E por causa da questão
política, o Papa fez um inquisição e colocou o Grão-Mestre da Ordem, na época, Jacques de
Molay, na fogueira.

Jacques de Molay na fogueira, afirmou que o Rei Felipe, o Belo, e o próprio Papa, teriam que
comparecer ao tribunal de Deus dali um ano; e não deu outra! Os dois, tanto Felipe,o Belo
quanto o Papa, desencarnaram no prazo de um ano, e com certeza foram ter a "conversa" lá
no tribunal superior.

Isto mostrava que os Maçons estavam ligados à cadeia iniciática. Ora, esta Ordem dos
Templários era uma linhagem maçônica.

Então, em 1.717 ficou tudo sintetizado nas potências maçônicas e na grande potência
maçônica chamada Grande Loja Unida da Inglaterra. Pois bem, não vamos entrar muito nestes
detalhes, que são detalhes administrativos.

Existem vários Ritos Maçônicos. É a mesma coisa, por exemplo, daquilo que nós falamos
sobre os raios no caso dos ensinamentos teosóficos: Cada raio está ligado a um tipo de
temperamento. Cada Rito está ligado a um tipo de temperamento. É ai que vem o ensinamento
maçônico. (sobre o qual não estou revelando absolutamente nada; muito pelo contrário,
acredito que isto sirva para deixar mais claro, para quem não conhece, toda a metodologia
maçônica, a forma de trabalho).

Nós temos por exemplo, o Rito Escocês Antigo e Aceito que tem três graus. O 1.° grau é
chamado grau de Aprendiz, o 2.° grau é chamado grau de Companheiro e o 3.° grau é
chamado grau de Mestre.

Além do 3.° grau, nós temos os graus 4.° até o 33.°, que tem várias divisões.

Uma parte do grau 4.° a 33.°, é chamado de Filosófico; é chamado de Conselho de Kadosh; e
chamado de Capítulo Rosa-Cruz; é chamado de Consistório...enfim.

Por exemplo: O Capítulo Rosa-Cruz vai do grau 15.° ao grau 18.°. O grau 18.° chama-se
Cavaleiro Rosa-Cruz, justamente pela influência de 1.375 de Christian Rosen-Kreutz, e de
Robert Flood .( os Rosa-Cruzes dentro da Maçonaria)

Os graus 4.° ao 33.° são chamados de Altos graus ou graus Superiores. E para que servem
estes graus?

Estes Altos graus entram com a filosofia esotérica da Ordem, mas na realidade seu objetivo
maior é uma especialização do grau de Mestre.

O grau de Mestre é um grau importantíssimo, pois é o grau que confere ao indivíduo a


plenitude maçônica. É tão importante o grau 3.°, que ele é relacionado pela Sra. Alice Bailey e
até pelo Sr. Leadbeater com uma fase do Iniciado. O grau de Mestre- Maçom vivido na sua
plenitude tem uma relação direta com a Quarta Iniciação.

Bem, mas vocês podem falar: Então está cheio de Arhat por aí ?

Não é bem assim. Nos nossos próprios estudos é colocado o seguinte: (eu gosto de colocar
este exemplo)

Nós somos como uma pedra bruta a ser esculpida. Vamos dizer que nós somos escultores e
nós vamos esculpir na pedra uma estátua. Se nós batermos forte na pedra para dar-lhe forma,
podemos quebrá-la. Se batermos fraco, não fazemos nada. Então temos que ir com arte, uma
hora a gente bate forte, outra hora num ângulo mais fraco. Isto tem haver com o trabalho da
construção do nosso Templo Interior, não adianta a gente tomar posturas radicais, nós temos
que usar o discernimento, a razão e ir conhecendo aos poucos a nossa natureza.

O ocultismo nos conduz a um auto-conhecimento que está ligado não só com nosso lado
positivo, mas também ao lado desafiador. Como a Rose falou: Os Mestres nos fortalecem para
trabalharmos melhor o lado fraco da nossa natureza.

O mal existe? O mal é claro para nós, não tem mistério, é o lado fraco da nossa natureza, é a
ignorância ( falta de conhecimento). E nós aprendemos ou através de uma forma aristotélica ( a
gente fala aqui... passa símbolos e nosso subconsciente vai captando, assimilando) ou através
de outra forma de ensinamento que nos é transmitida, e que acreditamos em quem nos está
transmitindo. E tentamos comprová-lo, o que é importante, através da experiência. (podendo
ser às vezes a dor)

O que se quer dizer é o seguinte:

Não significa que na Maçonaria hoje há Adeptos ou que houveram Adeptos. Significa que o
que mais importa é que nós devemos assumir, a partir do momento em que nós colocamos os
pés na senda . Mme. Blavatsky fala: "A pouca atenção dada ao ocultismo produz grandes
resultados cármicos.

Então, não coloquemos os pés na senda juntamente com uma atitude radical, repressiva.
Vamos colocar os pés na senda, e buscar discernimento, buscar consciência e assim saber
lidar melhor conosco.

Diz-se que muitas das nossas atitudes hoje derivam de um "script" que foi formado na infância,
perante o relacionamento com nossos pais, e às vezes se configura uma situação na vida da
gente onde tomamos a mesma atitude que nos lembra uma atitude vivida quando nós éramos
criança. Isto significa que o subconsciente está agindo, o registro está lá dentro.

Por isso, a Maçonaria usa muito símbolos. Porque o símbolo, através de um outro símbolo,
pode transformar juntamente com uma energia espiritual, um registro que está no
subconsciente.

Quando nós fazemos este trabalho consciente na senda do auto-conhecimento, nós


começamos a perceber que não devemos nos culpar, que carregamos culpa prá todo lado, que
nos criticamos o tempo todo, que somos muito críticos e rigorosos conosco. Nós devemos ser
firmes e conscientes, mas não dar uma "pancada" na pedra que queremos transformar em
estátua e quebrá-la. Isto é discernimento.

Então, é claro que se o indivíduo vive o grau de Mestre-Maçom de ponta a ponta ele se
transforma num Arhat, num quarto iniciado.

Se o Teosofista consegue vivenciar: "Aos Pés do Mestre", "A Voz do Silêncio" e principalmente
"Luz no Caminho" de ponta a ponta , ele se transforma num Arhat.

Resta saber: Se quer se transformar da noite para o dia. Se quer ir lento, no seu ritmo. Isto é
questão de foro íntimo, é da consciência de cada um. A liberdade de consciência é o mais
importante,

Notem bem o que estamos falando: A liberdade de consciência é o mais importante. Mas para
termos esta liberdade de consciência nós não podemos perder justamente as nossas
qualidades mais nobres. E para mantermos essas qualidades, nós devemos cultivá-las, refletir
sobres essas qualidades nobres, não deixá-las serem "engolidas" pelos nossos instintos ou
pelos nossos condicionamentos. ( aí entra páreo duro)
E, na medida em que nós vamos nos desenvolvendo nesta área, obviamente numa relação
interior-exterior, num processo até mágico, surgem na nossa vida configurações desafiadoras
que estão relacionadas a nossa proposta de auto-conhecimento.

Mas isto não significa necessariamente que nós temos que sofrer. Porque na medida em que
nos aproximamos mais do nosso centro, ou seja, do nosso Eu Superior, ele entra em ação e
transmuta os nossos caminhos e o nosso destino. Por isso é importante esta busca.

Então, voltando aos graus:

Os graus 1.° ao 3.° são universais, estão em todos os Ritos Maçônicos, são chamados de
Maçonaria Azul ou Maçonaria Simbólica. No grau 1.°ao 3.° é que o indivíduo vai fazer o
trabalho ( se ele realmente quer) na sua personalidade. Ele recebe uma série de instruções e
ensinamentos onde ele vai trabalhar a sua personalidade (pedra bruta) , para construir seu
Templo Interior.

E quem tem o conhecimento teosófico, domina a matéria maçônica, pois o conhecimento


teosófico traz um esclarecimento amplo sobre todo o posicionamento do homem com relação
ao Universo e a ele próprio.

Então, do grau 1.° ao 3.° são os graus Simbólicos.

É o grau que o indivíduo tem que trabalhar a sua personalidade;

É o grau que o indivíduo percebe que aquilo que ele fala com ênfase, ele tem que vivenciar;

É o grau que vai gerar todo o trabalho que está relacionado a responsabilidade. (o indivíduo ser
ocultista ou falar que é ocultista e agir irresponsavelmente, é incoerência)

Quando o Maçom entra no grau 1.°, ele jura. Ele jura no 2.°, no 3.° e em todos os graus, e todo
juramento produz grandes resultados cármicos, mesmo que não se tenha consciência profunda
do juramento em si.

Grandes resultados cármicos por que?

Porque a partir do momento que nós nos comprometemos, estamos nos comprometendo com
a nossa própria consciência, cada vez que erramos nos percebemos o erro. Isto é
importantíssimo, a relação do juramento com a parte cármica, que denota uma aceleração do
próprio desenvolvimento da pessoa.

Depois que o indivíduo está a três anos como Mestre-Maçom ( grau 3.°), ele pode concorrer à
presidência da Loja maçônica e se converter em Venerável Mestre.

Venerável Mestre é também conhecido como Mestre Instalado; ou seja, ele foi instalado no
Trono de Salomão ( aquela cadeira na Loja que representa Salomão ou toda uma cadeia
iniciática).

Quando ele é instalado, ele representa Salomão, tem o poder de ungir Maçom, de fazer
Maçom; por isso ele é chamado de Venerável Mestre.

O grau de Mestre Instalado é a responsabilidade máxima no caso do Mestre-Maçom, é o grau


mais importante de toda a Ordem; tem muita gente que está no grau 33.° mas nunca foi Mestre
Instalado.

Vocês podem falar:

-- Ah! Mas eu conheci um Presidente de Loja que só fez bobagem....


O problema é dele. A mesma coisa acontece com o País, quem mandou votar nele. Há erros
nas sindicâncias, no país também. Nos estamos passando por uma fase hoje, (não vou entrar
muito em política) que é uma fase de conhecimento, o povo vai aprendendo a votar melhor. É a
mesma coisa em uma Loja; enfim...isto ocorre no dia a dia.

Os graus de 4.°a 33.° são um aperfeiçoamento do grau de Mestre para aquele que tem
consciência do que significa grau de Mestre.

Na realidade este grau 3.°, de Mestre, tem uma relação direta com o Antigo Egito. Desde a
pirâmide de Queóps que nós falamos exaustivamente aqui, quando o indivíduo saia do seu
corpo, ficava três dias e três noites fora do corpo e depois voltava para aquele esquife dentro
da pirâmide. Então, ele era "nascido duas vezes", ele passava pelas provas do fogo, da terra,
da água e do ar.

A prova da terra representava a nossa firmeza em termos psicológicos naquilo que nós nos
propomos. Vamos dizer assim:

A gente se propõem a atingir um objetivo que o nosso coração concebeu, que este objetivo
está claro. O coração é a porta do nosso Eu Superior. O que o coração dá o "toque", é o nosso
Eu Superior apontando o caminho. Então, o Eu Superior aponta o caminho, nosso cérebro
planeja o caminho e as nossas mãos executam. Quando nós nos propomos com firmeza, e
mesmo apesar das dificuldades que encontramos, persistimos; estamos dominando o
elemental terra ou o elemento terra dentro de nós.

Quando somos envolvidos pelas emoções, ( que às vezes nos viram de ponta-cabeça) e
lutamos para nos auto-superar e colocar a emoção no seu devido lugar e não reprimi-las, nós
estamos dominando as ondinas que estão dentro de nós. O elemento água.

Quando nós nos voltamos ao coração, nos voltamos à esta inspiração superior, nós estamos
nos afinando com os silfos que estão dentro de nós. O elemento ar.

E quando a nossa mente começa a planejar, e a gente planeja com discernimento e com razão,
com os pés no chão, significa que nós estamos dominando o elemento fogo ou o elemental
fogo. As salamandras que estão dentro de nós.

Então, quando dominamos isto dentro nós, por conseqüência, o que está fora passa a trabalhar
conosco em uníssono.

Toda um ritualística que existe em um Templo Maçônico, ou em qualquer outro Templo de uma
instituição séria, tem como objetivo o aperfeiçoamento do indivíduo.

Aperfeiçoar a sua forma de raciocínio;

Aperfeiçoar o seu corpo etérico, para aumentar a vitalidade;

Aperfeiçoar o corpo astral, para limpar o corpo astral.

Você estava falando que os Mestres olham o corpo de luz do discípulo...

(Rose) - É que o discípulo em prova é visualizado assim : O Mestre constrói um corpo de luz a
partir do plano astral e dali ele observa os fracassos e os sucessos do discípulo nas provas.

Nós temos provas menores no dia a dia, que às vezes podem ser estas provas maiores. Eu
achei genial quando você falou que às vezes o discípulo não tem consciência na atual vida, ou
não sabe que tem esta ligação, que está na senda.
Então, nosso corpo astral é um mar revolto. Se as emoções nos dominam, ficamos como
"tontos" no dia a dia.

Muita gente ri assumindo a sua própria fraqueza. Quando eu falo de fraqueza, está relacionado
a quando o ocultista tem o conhecimento disto. Ele não pode se culpar das suas fraquezas,
mas também não pode ficar rindo com "cara-de-pau", (desculpem a expressão) porque aí ele
se justifica sempre no erro e se acomoda, assumindo que é uma pessoa que nunca vai acertar.
Então, ele está perdendo auto-estima, auto-confiança.

O esoterismo, o ocultismo, o próprio caminho do discipulado têm como objetivo maior,


estimular a dignidade do indivíduo, a segurança interior. Não que ele se transforme em um
egoísta. Mas que ele tenha confiança através da Arte Real. ( que é o trabalho com o seu
pensamento; a mente é o instrumento do carma) Que ele tenha a auto-confiança necessária
para enfrentar as vicissitudes de forma genial, de forma diferente. Para que ele possa
transformar todas aquelas questões, vencer e ser um farol para a humanidade.

Existem vários Ritos.

Por exemplo: Nós temos o Rito Adoniramita, que tem uma determinada característica. Outro
Rito é o Rito de Heredom. Temos o Rito de Ramsay, o Rito do Conselho Supremo de
Charleston, o Rito de Mênfis Misraim , o Rito de Mênfis, o Rito Escocês Antigo e Aceito, o Rito
de Emulação, que nos EUA é conhecido como Rito de York, etc.

Pois bem, existem vários e vários Ritos. Existem Lojas Maçônicas que adotam um ou outro
Rito. Tudo depende do reconhecimento daquela potência e se aquele Rito é regular, se ele tem
um fundamento, se ele tem uma tradição.

No caso, eu faço parte dos graus superiores do Rito Escocês Antigo e Aceito e sou do Rito de
Emulação.

O Rito de Emulação, também conhecido como Rito de York é o Rito mais difundido no mundo
inteiro. Ele foi formado em 1.816 e a sua organização ficou mais clara em 1.823. O Rito
Escocês foi formado antes, em 1.786.

Bem, vocês podem falar:

--Quanto Rito! E antes, na época do Antigo Egito qual era o Rito?

O Rito que mais se aproxima do que era desenvolvido no Antigo Egito, ou antes, no Templo de
Salomão é o Rito de Emulação.

Emulação significa reconciliação. Mas reconciliação à que?

Depois da reforma em 1.717 onde a Maçonaria Operativa passou para Especulativa, quis-se
trazer a essência daquele trabalho que era realizado na época do Templo de Salomão e no
Antigo Egito, daí o nome Emulação ou Reconciliação.

O Rito de Emulação tem três graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Depois, ele tem uma
especialização do grau de Mestre, que não é um grau, mas se faz por iniciação, e é chamado
de Santo Real Arco.

O Santo Real Arco é uma fase de especialização do grau de Mestre no Rito de Emulação, onde
se relembra a construção do Segundo Templo de Jerusalém.

Então notem:
Quando se entra nestas organizações de mistérios, se altera o subconsciente através dos
símbolos. Vejam bem: Símbolo é o que provoca estados alterados em nosso subconsciente. Só
que todo símbolo para ser eficaz ele tem que ter uma carga espiritual, senão não adianta.
Então, este simbolismo afeta o nosso subconsciente de forma purificadora; desde que a
pessoa se decida a seguir o simbolismo, se decida a seguir o trabalho; e assim, ele vai
contatando seus princípios espirituais.

Toda cadeia iniciática, todo trabalho iniciático tem como objetivo levar o indivíduo de forma
consciente, de forma clara ao conhecimento do seu Eu Superior. O objetivo é sempre este.

Mas, a escola que pode fazer com que isto aconteça, é toda a escola ou grupo que está ligada
a uma cadeia iniciática. Se não estiver ligada a uma cadeia iniciática não vai a parte alguma.

Por exemplo: A Sociedade Teosófica está ligada a uma cadeia iniciática, através do Mestre
Morya e do Mestre Kut Humi. Tanto é que quando o indivíduo assina o compromisso com a
Sociedade Teosófica, dizem que o Mestre observa.

Por que o Mestre observa?

Porque existe uma cadeia de eventos .Existe uma corrente espiritual. Quando o indivíduo firma
o compromisso com a Sociedade Teosófica o Mestre está observando. (e está mesmo)

Os Mestres Kut Humi e Morya sabem o que está acontecendo.

Tanto é, que na época da formação da Sociedade Teosófica foi feito um concílio em que os
outros Mestres se reuniram; e a maioria foi contra trazer o conhecimento hermético, ocultista à
público, como a Mme. Blavatsk queria.

Porém, os Mestres Morya e Kut Humi assumiram a responsabilidade. Então, há uma cadeia
iniciática aqui na Sociedade Teosófica..

Depois de três anos, ou mais, que o indivíduo está aqui na Sociedade Teosófica, trabalhando,
mostrando interesse pela Sociedade,( não um interesse extrapolado, mas de coração, o que
importa é coração, nenhuma obra nasce e se eterniza sem coração), ele é convidado para
entrar na Escola Esotérica, que é o núcleo, a parte prática da Sociedade Teosófica; que de
forma bem sensata, não "larga brasa" direto nas práticas.

Existem práticas sérias no esoterismo que nos fazem bem, mas tem uma "salada" de práticas
que são perigosas.

Na realidade, o objetivo da Sociedade Teosófica é a pessoa perceber-se a si mesmo, educar-


se a si mesmo, depender dela mesma. É a mesma coisa na Maçonaria, é uma cadeia iniciática.

Imaginem que todos os dias aqui no Brasil às 20:00 h. milhares de Lojas Maçônica entram em
ação, através de uma abertura ritualística. Milhares na América do Sul com os respectivos
fusos horários, milhares na Ásia, milhares na Europa...no mundo inteiro.

Se fizermos os cálculos, existe um intervalo de cinco minutos entre a abertura de uma Loja
Maçônica e outra entrando em ação no mundo... Perceberam?

É uma corrente iniciática e espiritual que vai acontecendo no mundo inteiro e que permite que a
coisa ande, que venha a Luz. Mesmo que a Loja tenha irmãos que infelizmente não
conseguiram captar a idéia da Ordem ainda; não importa, o Ritual está lá funcionando.

O objetivo da Ordem, não é necessariamente falar apenas de esoterismo. Dentro da Ordem se


tem liberdade de pensamento; claro que baseado nas regras da Ordem, senão vira anarquia.
Mas a pessoa só entra lá a partir do momento em que ela é consciente daquilo tudo. Então
entrou, não reclame depois. ( não tem lógica... entra e reclama?, antes de entrar já avisaram
com é.)

Lá dentro se aborda de tudo, a Ordem tem várias correntes de conhecimento.

O primeiro objetivo da Ordem é fazer o indivíduo ser Maçom, ser um Pedreiro- Livre, ser um
construtor do seu Templo Interior em que o Eu Superior dele se manifeste. Porém, que
simultaneamente nesta manifestação, ele contribua com a sociedade tornando-se um
construtor social. Este é o objetivo da Ordem.

A Ordem é "chão". Chão que eu falo, é o chão mesmo, é o trabalho, é o dia a dia. É este o
objetivo da Ordem Maçônica: que a Luz se manifeste na parte material. E tenho certeza, este é
o objetivo de todos nós, sendo ligados à Ordem Maçônica ou não; só que lá tem um método
característico, um método próprio.

A Ordem hoje, na minha opinião pessoal, como sendo um departamento da Grande


Fraternidade Branca, está sobre a liderança do Mestre Saint Germain ou Mestre Rácokzy. Ele
"pinça" os seus discípulos dentro da comunidade maçônica.

Eu quero deixar claro, que para ser espiritualista, o indivíduo não tem que necessariamente
entender de esoterismo. Vejam bem: Espiritualista, significa ter gabarito de alma e forma de
agir. Tem muita gente que está encarnada aqui, não tem consciência dos ensinamentos
espirituais e age de uma forma extraordinária. É por isso que a tolerância tem que imperar; e
não a bagunça. Muita gente usa a tolerância como cortina de fumaça para justificar a bagunça;
por isso existe uma ordem, uma lei.( isto em qualquer lugar)

Eu acredito que nós, teosofistas, somos privilegiados; porque temos acesso a um


conhecimento sério. Então temos uma oportunidade a mais daqueles que tem gabarito de alma
e que não tem acesso a um conhecimento. Nós temos gabarito de alma também, temos acesso
a um conhecimento sério que pode fazer com que nós "queimemos etapas". Num sentido mais
prático, até pragmático que nós soframos menos, que nós erremos menos. Impossível não
errar, só acerta aquele que era, isto é um chavão.

Mas o conhecimento esotérico, esta luta para contatarmos o nosso Eu Superior, nos ajuda a
errar menos, e nos ajuda a perseguir a nossa felicidade. O que é uma questão realmente
interna.

Por exemplo: o Teosofista, o Maçom, o Rosa-Cruz, o Espírita, o Espiritualista... enfim, não


importa. Aquele que realmente entende o seu papel no mundo, que percebe o porque de estar
aqui, começa a perceber o seguinte:

Quando eu não tinha consciência destas coisas, eu tive atos positivos e negativos, que deram
repercussões enormes; imagine agora que eu tenho conhecimento disto.

Então o espiritualista que percebe a sua posição no mundo, que acredita na sua vocação, que
acredita na importância da sua existência e que esteja ligado a uma cadeia de eventos, cumpre
o seu papel na humanidade.

Um que faça isto, a Maçonaria terá realizado a sua missão;

Um que faça isto aqui, a Teosofia terá realizado a sua missão;

É isto que importa, não é a quantidade, é a qualidade.

Eu tenho certeza de que na medida em que nós nos aproximamos mais deste Eu que está
dentro da gente, abençoado pelo Grande Arquiteto do Universo, (maçonicamente falando) nós
sofremos menos, temos mais felicidade; porque vamos saber lidar com este jogo da vida.
E vamos ter a nossa maior felicidade, e isto não é poesia, em contribuir para fazer uma outra
pessoa feliz, não importando o tamanho desta contribuição, mas sim com tamanho do
sentimento do nosso coração.

Então, os Mestres terão realizado a sua missão; pois surgiu uma pessoa consciente no mundo,
um Teosofista, um Teósofo ou qualquer outro indivíduo ligado a uma instituição espiritualista.

Eu vou parar por aqui, e estou aberto à perguntas...

Pergunta : Quais os critérios para se entrar na Loja? E o que acontece quando alguém da Loja
tem um ato de corrupção marcante, muito divulgado pela mídia?

Palestrante : Esta pergunta é extremamente importante, e eu gostaria de esclarecer isto.

A Ordem costuma não se defender. Ela não se manifesta.

Vocês nunca viram por aí a Maçonaria fazendo depoimentos explicando porque que aquele
irmão fez isto ou aquilo... Nunca! A Ordem é oculta; a Ordem é apolítica, não tem lógica a
Maçonaria ser política.

Bem, vocês podem falar:

--Mas a Maçonaria derrubou governos, fez isto, fez aquilo...

Claro! Os Maçons. A Maçonaria e apolítica. Qualquer Maçom tem direito de seguir a linha
política que quiser, tem liberdade neste sentido. Os Maçons que chegam a conclusão do que
significa os objetivos da Ordem e que querem fazer uma transformação... eles vão transformar.

Mas não é a Ordem; a Ordem é um ser vivo. Isto eu gostaria de deixar claro:

Ela não é uma instituição só administrativa, é uma egrégora. Existe um lado oculto da Ordem.
A mesma coisa acontece com a Sociedade Teosófica.

Os Maçons estão dentro da Ordem para se aperfeiçoar, mas infelizmente por erros de
sindicância, em função da não perfeição, às vezes se infiltram dentro da Ordem pessoas que
tem apenas o objetivo de conseguir vantagens em função da influência da Ordem... Não é bem
influência; a Ordem é uma rede, está no mundo inteiro é bem organizada.

Existe aquela conversa de que o indivíduo entra para a Maçonaria para ficar bem de vida, isto é
"papo furado". Tanto é, que a primeira colocação que se faz para a pessoa é de não procurar lá
um meio de conseguir as suas riquezas.

Porém, existem pessoas, que vivendo os princípios da Ordem e fazendo bons relacionamentos,
de forma séria, por repercussão se abrem portas. Mas não é a Ordem, é o relacionamento
entre Maçons .

Isto não significa que a pessoa que entra na Ordem vai mudar de vida. Tem Maçons que
entram na Ordem e de repente quebram... mas não foi a Ordem, foi o indivíduo que teve
problemas no dia a dia.

O objetivo da Ordem é caridade. Os aspectos mais importantes são:

1.° grau - Aprendiz : Fé

2.° grau - Companheiro : Esperança


3.° grau - Mestre : Caridade

Vocês podem falar:

- Mas eu conheço Maçons que não fazem caridade.

O problema é dele, da consciência dele.

Os requisitos principais para entrar na Ordem são:

- Acreditar em Deus;
- Ser de bons costumes;
- Ter uma atitude na vida, no dia a dia, ilibada;
- Ser limpo;

Estes são os requisitos principais, existem outros requisitos como a freqüência nas reuniões,
etc. Se há erros, se entrou gente "errada", foi por causa de sindicâncias imperfeitas. Não há a
perfeição. Não vejo perfeição em lugar algum.

Então estes erros, fazem com que a opinião pública diga:

- Mas este é Maçom?

Outro dia, eu vi a foto de um vereador (não vou citar o nome aqui) , e atrás dele o símbolo do
compasso e esquadro,( ele fazia parte da instituição). E Parece que havia corrupção nas
atitudes dele. Este vereador foi expulso da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.

Porém, até pouco tempo atrás, apesar das relações fraternas entre os irmãos da Grande Loja
Maçônica do Estado de São Paulo e do Grande Oriente do Brasil, não havia em termos
administrativos uma relação direta.

Nós temos um determinado documento que lemos em todas as reuniões, no qual, o indivíduo
que vai entrar para Maçonaria tem citado o seu nome. O Estado todo lê, o Brasil todo lê, se
alguém conhece aquele indivíduo, e ele se comporta mal, é anulado o seu ingresso na Ordem.

Só que infelizmente no passado, este tipo de documento não era um documento em comum
entre as duas potências. De forma que quando o indivíduo era expulso de uma potência, se
não houvesse repercussão ele poderia enganar a outra.

Agora não; agora quando o indivíduo é expulso, há um documento em comum.

Então se ele é rechaçado em uma, ele não entra na outra. Isto graças a administração do
nosso Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, Salim
Zugaib, que fez este trabalho de reconhecimento mútuo. ( digo nosso, porque eu sou da
GLESP)

Se o indivíduo tiver uma atitude negativa na sociedade, a Loja tem a obrigação de eliminá-lo...
Não é de matá-lo (risos), de eliminá-lo do quadro. E aí, ele vai para o Superior Tribunal Maçom.
Nós temos a nossa própria constituição, que funciona e muito bem (não é como a do nosso
país). Esta constituição tem suas penas, o indivíduo pode ser suspenso por vinte anos ( isso é
prá não voltar mais), pode ser expulso de uma vez.

Por exemplo: Se o indivíduo é Maçom e sua mulher faz uma denúncia à Loja que ele está se
comportando mal com ela , ou que a traiu, esta loja tem o dever de expulsá-lo; não só do
quadro, mas da Ordem. Se uma Loja não faz isto, alguém de nós tem que ser avisado que está
havendo uma falha, justamente para nós tomarmos as medidas cabíveis.
Então, quem erra pode ter cobertos seus direitos por um tempo (suspensão) ou pode ser
expulso da Ordem. Para quem foi iniciado, é lamentável a expulsão da Ordem; é uma marca
cármica pesada.

Mas, infelizmente, ainda existem alguns que não foram totalmente banidos e que tem que ser.

Pergunta : E sobre a exclusão das mulheres na Maçonaria?

Veja bem: Maçonaria é uma palavra feminina. Veja a conotação: nós nascemos lá dentro, ela
nos gera. Então, ela é feminina. As mulheres são perfeitas não têm necessidade... (risos)

Bem, falando sério agora. ( Isto ninguém explica não sei porque)

O corpo etérico do homem é de polaridade negativa, e seu corpo físico de polaridade positiva.
O corpo etérico da mulher é de polaridade positiva, e seu corpo físico de polaridade negativa.
(por isto que a mulher é mais intuitiva que o homem, ela tem um acesso mais direto)

Quando foi formada a Maçonaria, o objetivo era que se fosse formada uma instituição de
correntes em que os corpos etéricos fossem negativos e os corpos físicos fossem positivos,
para um determinado trabalho iniciático. Não que a mulher seja inferior ao homem; De jeito
nenhum! O tipo de corrente que foi formada, era para um determinado propósito, assim como
existem organizações nas quais não entram homens porque tem um egrégora especializada
naquela polaridade e para um determinado objetivo.

A má explicação e a falta da explicação ocultista,( que é importante, porque a Maçonaria é


esotérica, embora ela abra" brechas" a uma série de outras especulações de estudo) faz com
que alguns se coloquem numa posição na qual podem passar a idéia de que a organização é
machista, e podem passar a impressão de que a mulher é um elemento inferior. A mulher está
no mesmo nível do homem. Tem o mesmo direito à iniciação quanto o homem.

A Maçonaria tem um objetivo específico, uma corrente específica para um determinado


trabalho. Não é porque a mulher não está na Maçonaria que ela é considerada inferior. Se
houver Maçons que coloquem que a mulher é inferior, estão errando barbaramente e atestando
a sua ignorância.

Eu tenho que falar isto, para acabar justamente com este preconceito.

Pergunta : Mas existem várias Lojas mistas . Só que não são reconhecidas.

Há Lojas mistas. Como por exemplo o Direito Humano, que existe dentro da Sociedade
Teosófica. O direito Humano, cuja sede é na França, é respeitado sim! pelas Grandes Lojas,
principalmente pela Grande Loja Unida da Inglaterra.

Existem outras organizações mistas que não são reconhecidas por algum fator que está
faltando. Este fator tem que ser sanado ou preenchido para que elas sejam reconhecidas.

Pergunta : Como a Maçonaria pode ajudar pessoas do "povão" como eu?

Eu queria que essa sabedoria fosse compartilhada com mais pessoas do povo.

Mas é compartilhada! Cada vez que um Maçom emprega com seu próximo aquilo que
aprendeu, através de seu exemplo, mesmo que o próximo não seja Maçom, ele esta passando
um ensinamento Maçom, sem precisar notoriamente revelar os segredos maçônicos.

Da mesma forma que o indivíduo para entrar aqui, precisa ter gabarito, requisitos; para entrar
na Maçonaria, tem que se cumprir uma série de requisitos. Ninguém entra à toa, assim como
ninguém entra à toa aqui.
Se o Maçom através de seus atos, de seu exemplo, passa para o seu próximo aquilo que ele
aprendeu, ele está transmitindo um conhecimento, sem necessariamente revelar os segredo
maçônicos.

Por que tem que revelar segredos? Não tem que revelar segredo nenhum! Ninguém é capaz de
falar aqui o saldo de sua conta bancária! Alguém é capaz de falar? Se for parabéns! Mas
ninguém precisa falar quanto tem no banco ou quanto está devendo. Por que a Maçonaria tem
que falar seu segredo? Por que as outras organizações tem que falar o seu segredo?

Então, o indivíduo dá o seu exemplo, através dos seus atos, daquilo que ele aprende na vida,
daquilo que ele reflete, daquilo que ele aplica no dia a dia. E se a pessoa estiver bem
intencionada, Deus vai orientá-la para o seu caminho correto. Qual seja o seu trabalho, qual
seja sua escola iniciática. (se a gente acredita em Deus)

Pergunta : Mas os segredos da maçonaria estão revelados no "Dicionário de Maçonaria" do


Seu Gervásio. Nos livros do Rizzardo da Camino e outros tantos estão reveladas toda as
Palavras de Passe, etc.

Hoje, as Palavras de Passe estão completamente mudadas, não tem nada haver com o que
está nos livros.

O Seu Gervásio , que eu conheci bem, revelou este dicionário no sentido de estimular os
Maçons justamente à um estudo mais profundo.

Hoje, existe muita coisa da Ordem nos livros do Rizzardo da Camino, Jules Boucher e numa
série de livros sérios.

Quando a pessoa jura não revelar os segredos, podem falar :

- Você está jurando? Mas está lá escrito nos livros! Por que jurar?

Quando a pessoa jura, ela está jurando perante o Grande Arquiteto do Universo; é consciência
dela. Quem colocou os livros lá, perjurou. Por que se você jura não revelar os segredos que lhe
foram confiados, na presença do Grande Arquiteto do Universo, e por algum motivo qualquer
você revela; está perjurando.

Eu não sei qual a intenção dos autores em colocar isto nos livros, eu não posso julgá-los. Eu,
atualmente, no meu estado de consciência não faria isto.

Muita coisa está mudando lá dentro, graças à Deus.

Se vocês procurarem, não vão encontrar nenhum livro sobre o Rito de Emulação; e por que?

Porque gera muita deturpação. As pessoas podem entender mal.

Saiu um livro de um evangélico,( um cara de pau!) grau 32.° do Rito Escocês Antigo e Aceito,
chamado "Do Outro Lado da Luz"; falando que dentro da Maçonaria se rende culto ao lado
negativo, que se repudia o Cristo. Ora! nos falamos de Cristo! De Nossa Senhora! De Buda! De
Deus!

Geralmente quem sai da Maçonaria e critica; é quem não teve preenchidas suas expectativas
egoístas. Então, qual a melhor forma... sair e criticar.

É a mesma coisa... Por exemplo:

Eu sou um guru, e quero tomar o poder na Sociedade Teosófica, e não tomo; então eu saio e
vou criticar a Sociedade Teosófica.
Eu não tenho nada contra os evangélicos, aliás admiro e elogio a sua fé; mas este evangélico
deturpou! O que ele colocou lá é mentira! Não tem nada haver com os rituais!

Os verdadeiros segredos do Maçom, não são os escritos e nem são transmitidos oralmente.
Por que ele é quem os descobre em seu interior. É o caso da Palavra Perdida; todos buscam a
Palavra Perdida, e a descobrem em seu interior, em seu coração.

Pergunta : O que significa o Compasso e o Esquadro?

Deus geometriza, isto vocês já sabem.

O Compasso significa a nossa ética, a nossa consciência;

O Esquadro a retidão.

Se eu errar, ( eu não sou perfeito, cometo erros) , tomar consciência que errei e procurar
"passar a trolha", ou seja esquecer. Ou "passar a trolha" na ofensa que o próximo me fez,
ótimo, estou fazendo aquilo que a Maçonaria me ensinou.

A regra de hoje da Maçonaria, é esta: (É individual. Para cada Maçom.)

"Não faça aos outros o que não queres que te façam"

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