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DISCIPLINA
Educação Física
“Andebol”
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ÍNDICE
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História do andebol
O Andebol é considerado um dos desportos mais jovens, se bem que tenha as suas
origens na mais remota antiguidade. Este desporto foi idealizado, no século XX, por um
professor de Educação Física, o germânico Karl Schelenz, tendo-se baseado num jogo
checo, o “Hazena”.
No Inverno, por força do clima rigoroso dos países de norte e centro da Europa, era
impossível a prática de modalidades desportivas de exterior. Então, houve a
necessidade de criar uma forma alternativa do jogo que pudesse ser praticada nos
ginásios e que servisse como manutenção da forma desportiva das equipas. Foram os
Suecos que idealizaram o Andebol de salão. As dimensões do campo foram reduzidas e
o número de jogadores em campo passou a ser de 7 elementos.
Em Portugal, o Andebol foi introduzido por Armando Tshop. O entusiasmo criado na
cidade do Porto levou-o a publicar em Novembro de 1929, as regras da modalidade no
já extinto jornal “os Sports”. Ele foi o principal e verdadeiro responsável pelo
lançamento da modalidade no nosso país.
O Andebol de onze, pela sua beleza, começava a atrair adeptos, praticantes e
clubes. A partir da disputa anual de jogos entre as cidades do Porto e Lisboa, emergiu
com naturalidade a rivalidade desportiva, que perdura e se estende a outras
modalidades.
Em 1949, dinamizado por Henrique Feist, disputa-se o 1º torneio de Andebol de
Sete, tendo participado as equipas “A” e “B” do Cascais, do Sporting e um misto de
Lisboa. O Andebol de Sete vem facilitar a eterna dificuldade criada pela falta de campos
para jogar o Andebol de Onze, para além dos jogadores serem em menor número, o
que acarretava uma menor despesa.
O primeiro campeonato nacional de Andebol de Sete foi organizado pela Federação
Portuguesa de Andebol em 1951, e disputado entre as equipas do Sporting, Gloria,
Belenenses, e Académica de Amadora.
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Caracterização da modalidade
O andebol é um jogo desportivo colectivo, praticado por duas equipas, cada uma
delas com sete jogadores em campo mais cinco suplentes.
O terreno de jogo é rectangular, delimitado por duas linhas laterais (40 metros) e
por duas linhas de baliza (20 metros). Sobre cada uma destas últimas, ao centro, está
colocada uma baliza.
A bola é esférica e normalmente revestida a couro.
O objectivo do jogo de andebol é introduzir a bola na baliza da equipa adversária
(acção ofensiva) e impedir que a bola entre na sua baliza (acção defensiva). É golo,
quando a bola ultrapassa totalmente a linha de baliza ou de golo, isto é a linha entre os
postes da baliza e por baixo da barra.
Normalmente o jogo é dividido em duas partes de 30 minutos, com um intervalo
de 10 minutos, variando o tempo de jogo consoante as idades dos praticantes.
Uma equipa vence o jogo quando, no final do mesmo, conseguir marcar mais
golos que a equipa adversária. No final do tempo regulamentar de um jogo, pode no
entanto existir uma igualdade no marcador, o que é permitido no andebol. Nas
situações em que seja necessário desempatar, existirá um prolongamento de 10
minutos, divididos em duas partes de 5 minutos. Caso seja necessário pode recorrer-se
a um segundo prolongamento e só depois a séries de 5 livres de 7 metros.
Passe
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Passe de ombro
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Passe de pulso
É o tipo de passe que deve-se utilizar quando se está próximo do colega (sem
adversário na linha de passe) e aquele onde a exigência técnica da pega da bola é mais
exigente. A economia de movimentos dá-se em função de não necessidade de se
preparar o passe (ombro), já que ao receber o jogador faz apenas a pronação do
antebraço e lança a bola, acelerando o momento de recepção da bola com o posterior
passe de pulso.
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Passe picado
Deve-se utilizar este tipo de passe sempre que se tiver um adversário entre nós
e o colega que se pretenda passar a bola.
Remate
São considerados remates à baliza, todos os lançamentos que têm como
objectivo marcar golo. É
imprescindível dominar-se
o gesto técnico.
Geralmente é
efectuado na linha dos 9
metros, permite lançar a
bola sobre a defesa. É o
tipo de remate mais
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Recepção
Para poder-se manusear correctamente a bola durante o jogo deve-se, antes de
mais, fazer uma boa recepção.
Utiliza-se as mesmas determinantes técnicas para o passe de ombro mas com
passe de pulso e passe picado.
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Drible
Quando se dribla em corrida, deve-se conduzir a bola lateralmente e à frente, de
modo a não perturbar a corrida.
Quando se dribla, tem-se necessidade de mudar de direcção ou de ultrapassar
um adversário. Para tal basta mudar-se de mão enquanto driblas.
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Sistema “6:0”
É um sistema que se caracteriza por apenas uma linha de defesa com os seis
jogadores agindo próximos à linha dos seis metros, deslocam-se de acordo com a
trajectória da bola, para a direita e esquerda, para frente e com retorno em diagonal
para a linha dos seis metros.
As posições defensivas neste sistema são:
Ponta esquerda e meia esquerda;
Central esquerdo e ponta direita;
Meia direita e central direito.
É utilizado contra equipes com um grande número de jogadores de seis metros
de elevado nível e às quais faltem, contudo, bons especialistas em lançamentos de
meia distância. A defesa é vulnerável aos lançamentos de meia distância e pressupõe
um jogador acima da média.
O sistema 6X0 pode aplicar-se também ofensivamente, o que, porém não é
vulgar.
Vantagens
É muito vasta, diminuindo assim os espaços junto à área de golo, dificultando o
trabalho das alas e dos pivôs;
As tarefas da defensa são claras, compreensíveis e modificam-se pouco durante
o jogo;
Os defesas extremos podem partir para contra-ataque, pois a área da baliza é
suficientemente coberta pelas demais;
Dá boa margem à cobertura;
Não permite lançamento de curta distância e entradas próximas a área de golo.
Desvantagens
Frágil nos lançamentos de meia distância;
Documento de apoio de Andebol – Eduardo Ferreira, Lic.
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Sistema “5:1”
Formada por duas linhas de defesa, uma com cinco jogadores próximo a linha de
seis metros e a segunda com um jogador sobre a linha dos nove metros. O jogador
avançado deve ser rápido, ágil e resistente, não tem muita importância a sua estatura.
As suas tarefas são:
Não permitir lançamentos de longa distância (zona central da baliza);
Evitar que seja feito um passe para o pivô;
Perturbar o jogo dos atacantes nos lançamentos de longa distância e
interceptar passes;
Auxiliar especialmente os defensas laterais esquerdos e direitos;
Iniciar o contra-ataque.
Utiliza-se este sistema contra equipas com bons jogadores de seis metros e um
bom passador e especialista em remate de meia distância. Este sistema tem muitos
aspectos na sua aplicação uma vez que pode utilizar-se tanto de maneira muito
ofensiva como muito defensiva.
Defensiva: os defensas saem pouco e limitam-se mais aos bloqueios de longa
distância.
Documento de apoio de Andebol – Eduardo Ferreira, Lic.
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Ofensiva: laterais esquerdo e direito saem até a linha dos nove metros e
atacam o adversário com a bola.
Desvantagens
Tem amplitude;
Em relação ao ataque tem profundidade especialmente na zona central de
defesa;
Eficiente contra arremessos de média e longa distância;
Perturba o ataque;
O pivô pode ser bem marcado;
Dá boa margem de cobertura.
Desvantagens
Permite arremesso de curta distância;
Permite infiltrações;
Fraca quando há dois pivôs.
Sistema “3:3”
É um sistema com três jogadores actuando à frente da área do livre, e três pivôs
dentro da área, colocados próximos à linha da área do guarda-redes.
É um dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade próximos à área
do guarda-redes.
É considerado o mais arriscado de todos os sistemas por zona, formado por duas
linhas de defesa, uma com três jogadores próximos a linha dos seis metros, outra com
Documento de apoio de Andebol – Eduardo Ferreira, Lic.
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três jogadores sobre a linha dos nove metros. Sofre mudanças constantes na sua
estrutura, variando para 4:2, 3:2:1 e 5:1. Têm por objectivo anular as investidas das
equipes que utilizem lançamentos de nove metros.
Vantagens
Oferece boas possibilidades de contra-ataque;
Dificulta lançamentos de nove metros.
Desvantagens
Desnecessário contra equipes bem organizadas;
Facilita as infiltrações.
Dificulta a cobertura.
Sistema “4:2”
O sistema é composto por duas linhas laterais. A primeira linha é composta por
dois jogadores próximos à linha de nove metros e a segunda linha é composta por
quatro jogadores próximos à linha de seis metros. Os defensas da primeira linha
utilizarão movimentos laterais, impedindo as infiltrações dos atacantes. Os defensas da
segunda linha utilizam movimentos laterais, para frente e parta trás e diagonais,
evitando lançamentos de longa e média distância e ainda procurarão interceptar passes
ou dificultar a execução dos mesmos.
Geralmente é utilizado contra ataque com dois pivôs.
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Vantagens
Pode ser bem utilizado contra um ataque com dois pivôs;
Forte na zona central;
Tem amplitude e profundidade;
Dificulta lançamentos de curta e longa distância;
Dificulta passes.
Desvantagens
Fraca contra ataque 3:3;
Facilita os ataques dos pivôs;
Cobre bem a zona central da defesa com a sua amplitude e profundidade.
Arbitro
Cada jogo será dirigido por dois árbitros com igual autoridade.
São assistidos por um cronometrista e um secretário.
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Sinalética da arbitragem
Bater no braço
Falta do atacante
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Lançamento de Reposição em
Jogo- Direcção
Lançamento de baliza
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Jogo passivo
Golo
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Exclusão (2 Minutos)
Expulsão
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Campo
O campo é rectangular e compreende uma
área de jogo e duas áreas de baliza. É delimitado
por duas linhas laterais e duas de saída.
Baliza
A baliza fica situada a meio da linha de saída de baliza. Mede no seu interior 2
metros de altura por 3 de largura.
Entre os postes, a linha de saída de baliza toma o nome de Linha de Baliza.
Golo
É golo quando a bola ultrapassa totalmente a linha
de baliza, isto é a linha entre os postes da baliza.
Bola
A bola é esférica e a sua parte exterior de couro,
devendo ser amigável para os jogadores, isto é não muito
dura nem muito cheia.
Juízes
O jogo é dirigido por dois árbitros com os mesmos direitos, a quem compete:
o Dar início e fim ao jogo;
o Assinalar as infracções às regras do jogo e os golos. O árbitro, sempre
que interrompe o jogo através do apito, deve indicar o local da falta e
a direcção, usando sinais próprios. Deve apitar duas vezes para a
validação, três para o final do jogo e uma vez nas restantes infracções.
o Observar a conduta dos jogadores, anotando as advertências, as
exclusões, a desqualificação e expulsão, conforme a gravidade da
atitude antidesportiva ou a agressão física dentro ou fora do campo.
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Início do jogo
Antes de começar o jogo, os árbitros devem fazer o sorteio da posse da bola ou
do campo entre os capitães das duas equipas. Em seguida, cada equipa ocupa o meio-
campo designado pelo sorteio. A equipa que fica com posse da bola, ao apito do
árbitro, dá início ao jogo com lançamento de saída, pelo jogador colocado no centro da
linha do meio campo, em qualquer direcção. Os jogadores da equipa contrária devem
estar afastados 3 metros do jogador que executa o lançamento de saída. Do
lançamento de saída não se pode marcar golo directamente.
O lançamento de saída também é utilizado na reposição da bola em jogo após
um golo, pertencendo a bola à equipa que sofreu.
Após o intervalo, o lançamento de saída é feito pela equipa que não iniciou o
jogo, embora as equipas mudem de campo.
Guarda-redes
Dentro da sua área de baliza e com intenção de defesa,
pode deter a bola com qualquer parte do corpo. Desde que
não se encontre de posse da bola e se comporte como um
jogador de campo, pode sair da sua área de baliza. No
entanto, para reentrar na sua área de baliza, terá de o fazer
sem estar de posse da bola.
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Livre
Pode ser ocasionado pelas seguintes faltas:
o Dar mais três passos na posse da bola;
Fazer dois dribles:
Ressaltar a bola;
Agarrá-la;
Driblar novamente.
o Driblar incorrectamente com as duas mãos simultaneamente;
o Manter a posse da bola, parado, mais de três segundos;
o Passar a bola para a sua própria área de baliza, intencionalmente,
ficando nesta ou saindo pela linha de baliza.
o Calcar (o jogador atacante) a linha de 6 metros no remate.
o Entrar na sua área de baliza, sem a bola, e daí tirar vantagem.
o Conduta irregular para com o adversário (empurrar, agarrar, ou
“rasteirar”);
o Quando a bola é retirada de dentro da área de baliza, no momento
em que ela se encontra em contacto com o solo.
No livre de 7 metros
Este livre é um lançamento directo à baliza. Este tipo de livre é marcado quando
um jogador:
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No lançamento lateral
Sempre que a bola ultrapassa as linhas laterais ou a linha de baliza, tendo sido
tocada em último lugar por uma defesa, é resposta em jogo por um jogador da equipa
adversária. Quando a bola sai pelas linhas laterais, a reposição é feita no local de saída.
Quando a bola sai pela linha de baliza, no lado da sua saída
Na execução do lançamento lateral, o jogador deve colocar um dos pés (pé
contrário ao da mão lançadora) sobre a linha lateral.
No lançamento de baliza
É executado pelo guarda-redes dentro da sua área de baliza, quando a bola
ultrapassa a linha de baliza, e fora da baliza, tocada em último lugar por um atacante
ou pelo próprio guarda-redes.
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Substituições
Os jogadores suplentes poderão entrar no terreno de jogo a qualquer momento
e repetidas vezes (não é necessário apresentar-se ao árbitro, secretário ou
cronometrista), desde que o jogador a substituir já o tenha abandonado.
A entrada é saída de jogadores têm de se efectuar apenas na própria zona de
substituição.
Ataque
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Defesa
Marcação de controlo
Caracteriza-se por defender próximo do atacante. O defesa deverá acompanhar
todos os movimentos do atacante com bola e dificultar a sua progressão, impedir a
finalização (remate) e tentar o desarme.
Marcação de vigilância
Neste caso, o defesa deverá manter o enquadramento com a bola e o adversário
directo. Deverá acompanhar todos os movimentos do adversário directo, com ou sem
bola, e procurar impedir que esse jogador consiga receber a bola ou progredir com ela.
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Defesa individual
Na defesa individual, cada jogador é responsável por um adversário directo e
fixo.
Após a perda da posse da bola, deve-se assumir de imediato a atitude defensiva,
recuando para o seu meio-campo. Uma defesa nos seus deslocamentos defensivos,
deve procurar apoderar-se da bola. Por isso, deve:
o Na marcação do adversário directo, com bola, impedir a progressão em
drible ou o remate à baliza;
o Na marcação do adversário directo, sem bola, acompanhá-lo nas
movimentações, dificultando-lhe as suas desmarcações e ter atenção,
simultaneamente, à posição da bola para interceptar os passes que lhe
sejam dirigidos.
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Campo de andebol
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