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DOCUMENTO DE APOIO

DISCIPLINA
Educação Física

“Andebol”

EPTOLIVA – ESCOLA PROFISSIONAL

Professor da Disciplina: Carlos Eduardo

LOCAL (Oliveira do Hospital)

Mod. 7-06/a
P 2 de 30

ÍNDICE

História do andebol ............................................................................................5


Caracterização da modalidade ..........................................................................6
Descrição dos gestos técnicos do andebol ........................................................6
Descrição dos vários sistemas de jogo ..............................................................6
Sistema “6:0” ................................................................................................... 7
Sistema “5:1” ................................................................................................... 8
Sistema “3:3” ................................................................................................... 9
Sistema “4:2” ................................................................................................. 10
Sinalética da arbitragem .................................................................................11
Campo ........................................................................................................... 12
Baliza ............................................................................................................. 13
Golo ............................................................................................................... 13
Bola ............................................................................................................... 14
Juízes ............................................................................................................. 15
Início do jogo ................................................................................................. 15
Guarda-redes .................................................................................................. 15
Regras dos apoios ........................................................................................... 16
Livre .............................................................................................................. 17
Regras do jogo de andebol ..............................................................................23
Passe ............................................................................................................. 23
Passe de ombro .............................................................................................. 23
Passe de pulso ................................................................................................ 23
Passe picado ................................................................................................... 24
Remate .......................................................................................................... 24
Recepção ....................................................................................................... 24
Drible ............................................................................................................. 25
Reposição da bola em jogo ..............................................................................26
No lançamento lateral ..................................................................................... 26
No lançamento de baliza ................................................................................. 26

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Noções Tácticas Elementares ..........................................................................27


Ataque ........................................................................................................... 27
Defesa ........................................................................................................... 28
Marcação de vigilância .................................................................................... 28
Marcação de controlo ...................................................................................... 28
Defesa individual............................................................................................. 29
Campo de andebol ...........................................................................................31

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História do andebol

O Andebol é considerado um dos desportos mais jovens, se bem que tenha as suas
origens na mais remota antiguidade. Este desporto foi idealizado, no século XX, por um
professor de Educação Física, o germânico Karl Schelenz, tendo-se baseado num jogo
checo, o “Hazena”.
No Inverno, por força do clima rigoroso dos países de norte e centro da Europa, era
impossível a prática de modalidades desportivas de exterior. Então, houve a
necessidade de criar uma forma alternativa do jogo que pudesse ser praticada nos
ginásios e que servisse como manutenção da forma desportiva das equipas. Foram os
Suecos que idealizaram o Andebol de salão. As dimensões do campo foram reduzidas e
o número de jogadores em campo passou a ser de 7 elementos.
Em Portugal, o Andebol foi introduzido por Armando Tshop. O entusiasmo criado na
cidade do Porto levou-o a publicar em Novembro de 1929, as regras da modalidade no
já extinto jornal “os Sports”. Ele foi o principal e verdadeiro responsável pelo
lançamento da modalidade no nosso país.
O Andebol de onze, pela sua beleza, começava a atrair adeptos, praticantes e
clubes. A partir da disputa anual de jogos entre as cidades do Porto e Lisboa, emergiu
com naturalidade a rivalidade desportiva, que perdura e se estende a outras
modalidades.
Em 1949, dinamizado por Henrique Feist, disputa-se o 1º torneio de Andebol de
Sete, tendo participado as equipas “A” e “B” do Cascais, do Sporting e um misto de
Lisboa. O Andebol de Sete vem facilitar a eterna dificuldade criada pela falta de campos
para jogar o Andebol de Onze, para além dos jogadores serem em menor número, o
que acarretava uma menor despesa.
O primeiro campeonato nacional de Andebol de Sete foi organizado pela Federação
Portuguesa de Andebol em 1951, e disputado entre as equipas do Sporting, Gloria,
Belenenses, e Académica de Amadora.

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Caracterização da modalidade

O andebol é um jogo desportivo colectivo, praticado por duas equipas, cada uma
delas com sete jogadores em campo mais cinco suplentes.
O terreno de jogo é rectangular, delimitado por duas linhas laterais (40 metros) e
por duas linhas de baliza (20 metros). Sobre cada uma destas últimas, ao centro, está
colocada uma baliza.
A bola é esférica e normalmente revestida a couro.
O objectivo do jogo de andebol é introduzir a bola na baliza da equipa adversária
(acção ofensiva) e impedir que a bola entre na sua baliza (acção defensiva). É golo,
quando a bola ultrapassa totalmente a linha de baliza ou de golo, isto é a linha entre os
postes da baliza e por baixo da barra.
Normalmente o jogo é dividido em duas partes de 30 minutos, com um intervalo
de 10 minutos, variando o tempo de jogo consoante as idades dos praticantes.
Uma equipa vence o jogo quando, no final do mesmo, conseguir marcar mais
golos que a equipa adversária. No final do tempo regulamentar de um jogo, pode no
entanto existir uma igualdade no marcador, o que é permitido no andebol. Nas
situações em que seja necessário desempatar, existirá um prolongamento de 10
minutos, divididos em duas partes de 5 minutos. Caso seja necessário pode recorrer-se
a um segundo prolongamento e só depois a séries de 5 livres de 7 metros.

Descrição dos gestos técnicos do andebol

Existem vários gestos técnicos, como o passe, a recepção, o drible, o remate,


etc., que são fundamentais para poder jogar com o adversário.

Passe

Para se efectuar um bom passe é fundamental ter-se a noção de armar o braço.

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É importante saber passar a bola com precisão


e segurança ao colega de equipa, ou seja, deve-se
utilizar o tipo de passe mais adequado a cada
situação de jogo.

Descrição dos erros que se devem evitar:


 Colocar o cotovelo um pouco abaixo,
mas sim acima do ombro;
 Colocar o antebraço e o braço a não,
mas sim a formarem um ângulo de aproximadamente 100º/110º;
 Colocar a bola abaixo, mas sim acima da cabeça;
 Não, mas sim rodar o tronco do lado do braço executor.

Passe de ombro

É o tipo de passe que deve-se


utilizar quando se está próximo do colega
de equipa (sem adversário na linha de
passe) ou para distancias maiores (ex.:
contra-ataque).

Descrição dos erros que se devem


evitar:
 Posicionar o braço e o
antebraço de forma a não,
mas sim a formar um
ângulo de 100º/110º;
 Colocar o cotovelo um pouco
abaixo, mas sim acima do ombro;
 Colocar a bola abaixo, mas sim acima da cabeça;

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 Lançar a bola para trás, mas sim para a frente;


 Não, mas sim rodar o tronco para o lado do braço executor;
 Durante o lançamento passar o peso do corpo da perna da frente para
trás, mas sim de trás para a frente;
 Não, mas sim rodar o tronco.

Passe de pulso

É o tipo de passe que deve-se utilizar quando se está próximo do colega (sem
adversário na linha de passe) e aquele onde a exigência técnica da pega da bola é mais
exigente. A economia de movimentos dá-se em função de não necessidade de se
preparar o passe (ombro), já que ao receber o jogador faz apenas a pronação do
antebraço e lança a bola, acelerando o momento de recepção da bola com o posterior
passe de pulso.

Descrição dos erros que se devem evitar:


 Não, mas sim fazer a rotação interna de todo o braço;
 Não, mas sim colocar a palma da mão virada para trás e para fora de
modo que fique completamente por detrás da bola, facilitando assim a
aceleração e altura no momento do lançamento da bola.

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Passe picado

Deve-se utilizar este tipo de passe sempre que se tiver um adversário entre nós
e o colega que se pretenda passar a bola.

Descrição dos erros que se devem evitar:


 Não, mas sim bater a bola no solo;
 Não, mas sim executar o movimento através do “armar” do braço
(distância > ¾ m);
 Não, mas sim executar o movimento só através do antebraço e do pulso
(distância > ¾ m);
 Não, mas sim bater a bola no solo junto aos pés do adversário, do lado
direito ou esquerdo, ou mesmo entre as pernas).

Remate
São considerados remates à baliza, todos os lançamentos que têm como
objectivo marcar golo. É
imprescindível dominar-se
o gesto técnico.
Geralmente é
efectuado na linha dos 9
metros, permite lançar a
bola sobre a defesa. É o
tipo de remate mais

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utilizado durante o jogo.

Descrição dos erros que se devem evitar:


 Não, mas sim saltar sobre a perna do último apoio;
 Rematar só no momento mais baixo, mas sim mais alto do salto;
 Não, mas sim fazer a rotação do tronco.

Recepção
Para poder-se manusear correctamente a bola durante o jogo deve-se, antes de
mais, fazer uma boa recepção.
Utiliza-se as mesmas determinantes técnicas para o passe de ombro mas com
passe de pulso e passe picado.

Descrição dos erros que se devem evitar:


 Não, mas sim dirigir os braços para a bola;
 Não, mas sim colocar as mãos em concha;
 Não, mas sim flectir os braços no momento da recepção de modo a
amortecer a sua velocidade.

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Drible
Quando se dribla em corrida, deve-se conduzir a bola lateralmente e à frente, de
modo a não perturbar a corrida.
Quando se dribla, tem-se necessidade de mudar de direcção ou de ultrapassar
um adversário. Para tal basta mudar-se de mão enquanto driblas.

Descrição dos erros que se devem evitar:


 Olhar, mas sim não olhar para a bola ou olhar o menos possível, de
modo a não perder-se o controlo visual com os restantes elementos do
jogo;
 Não, mas sim colocar a mão aberta com a palma virada para o solo;
 Não, mas sim empurrar e amortecer a bola com os dedos;

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Descrição dos vários sistemas de jogo

Sistema “6:0”

É um sistema que se caracteriza por apenas uma linha de defesa com os seis
jogadores agindo próximos à linha dos seis metros, deslocam-se de acordo com a
trajectória da bola, para a direita e esquerda, para frente e com retorno em diagonal
para a linha dos seis metros.
As posições defensivas neste sistema são:
 Ponta esquerda e meia esquerda;
 Central esquerdo e ponta direita;
 Meia direita e central direito.
É utilizado contra equipes com um grande número de jogadores de seis metros
de elevado nível e às quais faltem, contudo, bons especialistas em lançamentos de
meia distância. A defesa é vulnerável aos lançamentos de meia distância e pressupõe
um jogador acima da média.
O sistema 6X0 pode aplicar-se também ofensivamente, o que, porém não é
vulgar.

Vantagens
 É muito vasta, diminuindo assim os espaços junto à área de golo, dificultando o
trabalho das alas e dos pivôs;
 As tarefas da defensa são claras, compreensíveis e modificam-se pouco durante
o jogo;
 Os defesas extremos podem partir para contra-ataque, pois a área da baliza é
suficientemente coberta pelas demais;
 Dá boa margem à cobertura;
 Não permite lançamento de curta distância e entradas próximas a área de golo.

Desvantagens
 Frágil nos lançamentos de meia distância;
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 Perturba-se pouco a liberdade de movimentação do adversário;


 Pouco eficaz para roubar a bola;
 Permite lançamentos de média e longa distância e não permite contra-ataques
rápidos.

Sistema “5:1”

Formada por duas linhas de defesa, uma com cinco jogadores próximo a linha de
seis metros e a segunda com um jogador sobre a linha dos nove metros. O jogador
avançado deve ser rápido, ágil e resistente, não tem muita importância a sua estatura.
As suas tarefas são:
 Não permitir lançamentos de longa distância (zona central da baliza);
 Evitar que seja feito um passe para o pivô;
 Perturbar o jogo dos atacantes nos lançamentos de longa distância e
interceptar passes;
 Auxiliar especialmente os defensas laterais esquerdos e direitos;
 Iniciar o contra-ataque.
Utiliza-se este sistema contra equipas com bons jogadores de seis metros e um
bom passador e especialista em remate de meia distância. Este sistema tem muitos
aspectos na sua aplicação uma vez que pode utilizar-se tanto de maneira muito
ofensiva como muito defensiva.
Defensiva: os defensas saem pouco e limitam-se mais aos bloqueios de longa
distância.
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Ofensiva: laterais esquerdo e direito saem até a linha dos nove metros e
atacam o adversário com a bola.

Desvantagens
 Tem amplitude;
 Em relação ao ataque tem profundidade especialmente na zona central de
defesa;
 Eficiente contra arremessos de média e longa distância;
 Perturba o ataque;
 O pivô pode ser bem marcado;
 Dá boa margem de cobertura.

Desvantagens
 Permite arremesso de curta distância;
 Permite infiltrações;
 Fraca quando há dois pivôs.

Sistema “3:3”

É um sistema com três jogadores actuando à frente da área do livre, e três pivôs
dentro da área, colocados próximos à linha da área do guarda-redes.
É um dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade próximos à área
do guarda-redes.
É considerado o mais arriscado de todos os sistemas por zona, formado por duas
linhas de defesa, uma com três jogadores próximos a linha dos seis metros, outra com
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três jogadores sobre a linha dos nove metros. Sofre mudanças constantes na sua
estrutura, variando para 4:2, 3:2:1 e 5:1. Têm por objectivo anular as investidas das
equipes que utilizem lançamentos de nove metros.

Vantagens
 Oferece boas possibilidades de contra-ataque;
 Dificulta lançamentos de nove metros.

Desvantagens
 Desnecessário contra equipes bem organizadas;
 Facilita as infiltrações.
 Dificulta a cobertura.

Sistema “4:2”

O sistema é composto por duas linhas laterais. A primeira linha é composta por
dois jogadores próximos à linha de nove metros e a segunda linha é composta por
quatro jogadores próximos à linha de seis metros. Os defensas da primeira linha
utilizarão movimentos laterais, impedindo as infiltrações dos atacantes. Os defensas da
segunda linha utilizam movimentos laterais, para frente e parta trás e diagonais,
evitando lançamentos de longa e média distância e ainda procurarão interceptar passes
ou dificultar a execução dos mesmos.
Geralmente é utilizado contra ataque com dois pivôs.

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Utiliza-se este sistema contra equipas com dois especialistas em lançamentos de


meia distância e cujos jogadores de seis metros não tem quaisquer capacidades
especiais no jogo.

Vantagens
 Pode ser bem utilizado contra um ataque com dois pivôs;
 Forte na zona central;
 Tem amplitude e profundidade;
 Dificulta lançamentos de curta e longa distância;
 Dificulta passes.

Desvantagens
 Fraca contra ataque 3:3;
 Facilita os ataques dos pivôs;
 Cobre bem a zona central da defesa com a sua amplitude e profundidade.

Arbitro

 Cada jogo será dirigido por dois árbitros com igual autoridade.
 São assistidos por um cronometrista e um secretário.

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 O cronometrista tem a responsabilidade


principal de controlar o tempo de jogo, os
tempos de paragem, e o tempo de exclusão
dos jogadores excluídos.
 O secretário tem a responsabilidade principal
de controlar as listas dos jogadores, o boletim
de jogo, a entrada de jogadores que chegam
depois de o jogo começar, e a entrada de
jogadores que não estão autorizados a
participar.

Sinalética da arbitragem

Bater no braço

Falta do atacante

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Lançamento de Reposição em
Jogo- Direcção

Lançamento de baliza

Passos (ou) Mais 3 seg.

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Cinturar, Agarrar ou Empurrar

Lançamento livre – Direcção

Respeito pela distância de 3 m

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Jogo passivo

Golo

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Exclusão (2 Minutos)

Expulsão

Autorização para duas pessoas entrar


(que tenham “direito a participar”) no
terreno de jogo durante o “tempo de
paragem”.

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Paragem de Tempo de Jogo

Sinal de advertência de Jogo Passivo

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Regras do jogo de andebol

Campo
O campo é rectangular e compreende uma
área de jogo e duas áreas de baliza. É delimitado
por duas linhas laterais e duas de saída.

Baliza
A baliza fica situada a meio da linha de saída de baliza. Mede no seu interior 2
metros de altura por 3 de largura.
Entre os postes, a linha de saída de baliza toma o nome de Linha de Baliza.

Golo
É golo quando a bola ultrapassa totalmente a linha
de baliza, isto é a linha entre os postes da baliza.

Bola
A bola é esférica e a sua parte exterior de couro,
devendo ser amigável para os jogadores, isto é não muito
dura nem muito cheia.

Juízes
O jogo é dirigido por dois árbitros com os mesmos direitos, a quem compete:
o Dar início e fim ao jogo;
o Assinalar as infracções às regras do jogo e os golos. O árbitro, sempre
que interrompe o jogo através do apito, deve indicar o local da falta e
a direcção, usando sinais próprios. Deve apitar duas vezes para a
validação, três para o final do jogo e uma vez nas restantes infracções.
o Observar a conduta dos jogadores, anotando as advertências, as
exclusões, a desqualificação e expulsão, conforme a gravidade da
atitude antidesportiva ou a agressão física dentro ou fora do campo.

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 Secretário, que trata do boletim do jogo, registando os golos e todas as


atitudes disciplinares (atitude antidesportiva ou a agressão física dentro ou
fora do campo).

 Cronometrista, que controla a duração do jogo, entra em jogo, tempo


de exclusão, indica o fim da primeira parte e o fim do jogo atrvés de um
sinal audível.

Início do jogo
Antes de começar o jogo, os árbitros devem fazer o sorteio da posse da bola ou
do campo entre os capitães das duas equipas. Em seguida, cada equipa ocupa o meio-
campo designado pelo sorteio. A equipa que fica com posse da bola, ao apito do
árbitro, dá início ao jogo com lançamento de saída, pelo jogador colocado no centro da
linha do meio campo, em qualquer direcção. Os jogadores da equipa contrária devem
estar afastados 3 metros do jogador que executa o lançamento de saída. Do
lançamento de saída não se pode marcar golo directamente.
O lançamento de saída também é utilizado na reposição da bola em jogo após
um golo, pertencendo a bola à equipa que sofreu.
Após o intervalo, o lançamento de saída é feito pela equipa que não iniciou o
jogo, embora as equipas mudem de campo.

Guarda-redes
Dentro da sua área de baliza e com intenção de defesa,
pode deter a bola com qualquer parte do corpo. Desde que
não se encontre de posse da bola e se comporte como um
jogador de campo, pode sair da sua área de baliza. No
entanto, para reentrar na sua área de baliza, terá de o fazer
sem estar de posse da bola.

Regras dos apoios


É permitido a cada jogador dar um máximo de três passos com a bola nas mãos.

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Livre
Pode ser ocasionado pelas seguintes faltas:
o Dar mais três passos na posse da bola;
Fazer dois dribles:
 Ressaltar a bola;
 Agarrá-la;
 Driblar novamente.
o Driblar incorrectamente com as duas mãos simultaneamente;
o Manter a posse da bola, parado, mais de três segundos;
o Passar a bola para a sua própria área de baliza, intencionalmente,
ficando nesta ou saindo pela linha de baliza.
o Calcar (o jogador atacante) a linha de 6 metros no remate.
o Entrar na sua área de baliza, sem a bola, e daí tirar vantagem.
o Conduta irregular para com o adversário (empurrar, agarrar, ou
“rasteirar”);
o Quando a bola é retirada de dentro da área de baliza, no momento
em que ela se encontra em contacto com o solo.

Os livres devem ser marcados no local onde as faltas são cometidas. No


momento da sua execução os jogadores contrários devem manter-se afastados 3
metros do jogador lançador.

Contudo, existem duas excepções:


No livre de 9 metros
Se as faltas forem cometidas entre as linhas de 6 metros e a de 9 metros, os
livres são marcados sempre sobre a linha de 9 metros e os jogadores contrários devem
formar a barreira na linha de 6 metros.

No livre de 7 metros
Este livre é um lançamento directo à baliza. Este tipo de livre é marcado quando
um jogador:

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o Entra na sua área de baliza, intencionalmente, para defender;


o Passa a bola ao seu guarda-redes, quando este se encontra dentro
da área, defendendo-a;
o Isolado ou em boa posição para realizar um remate com êxito é
empurrado, agarrado ou sofre uma “rasteira”.
o Quando o guarda-redes entra na sua área de baliza com a bola nas
mãos.
Na execução de um livre de 7 metros, nenhum jogador, excepto o jogador
marcador, pode permanecer entre a linha de 6 metros e a linha de 9 metros.

Reposição da bola em jogo

No lançamento lateral
Sempre que a bola ultrapassa as linhas laterais ou a linha de baliza, tendo sido
tocada em último lugar por uma defesa, é resposta em jogo por um jogador da equipa
adversária. Quando a bola sai pelas linhas laterais, a reposição é feita no local de saída.
Quando a bola sai pela linha de baliza, no lado da sua saída
Na execução do lançamento lateral, o jogador deve colocar um dos pés (pé
contrário ao da mão lançadora) sobre a linha lateral.

No lançamento de baliza
É executado pelo guarda-redes dentro da sua área de baliza, quando a bola
ultrapassa a linha de baliza, e fora da baliza, tocada em último lugar por um atacante
ou pelo próprio guarda-redes.

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Conduta para com o adversário

Perante o adversário pode-se:


o Utilizar os braços e as mãos para apoderar a bola;
o Tirar a bola com a mão aberta, independentemente do lado;
o Barrar o caminho mesmo que não esteja com a posse de bola, mas
só com o corpo.

Mas não se pode:


o Utilizar os braços, pernas ou mãos para barrar o caminho ou
estorvar;
o Empurrar o adversário para a área e baliza;
o Arrancar ou bater na bola, com 1 ou 2 mãos, quando esta está na
mão do adversário;
o Lançar a bola contra o adversário de modo perigoso, ou dirigi-la
com perigo;
o Colocar em perigo o guarda-redes;
o Utilizar os braços (1 ou 2) para prender, rodear ou empurrar o
adversário;
o Em situação alguma colocar o adversário em perigo (rasteirar bater,
atirar-se contra).
Quando a conduta irregular é sobre o atacante que se encontra em
situação de marcar golo é assinalado livre de 7 metros.

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Substituições
Os jogadores suplentes poderão entrar no terreno de jogo a qualquer momento
e repetidas vezes (não é necessário apresentar-se ao árbitro, secretário ou
cronometrista), desde que o jogador a substituir já o tenha abandonado.
A entrada é saída de jogadores têm de se efectuar apenas na própria zona de
substituição.

Noções Tácticas Elementares

A táctica é a forma de organizar os jogadores em campo. A posse da bola


determina a situação de ataque e a de defesa. Esta relação manifesta-se
individualmente, quando um jogador procura a melhor solução em determinado
momento do jogo, e colectivamente, quando a equipa procura atingir o objectivo
através de acções combinadas de ataque ou de defesa, quem que cada jogador tem a
sua função.

Ataque

Uma equipa está em situação de ataque quando, na posse de bola, tem


possibilidade de marcar.
Na posse de bola, deve-se criar situações de vantagem numérica ou posicional –
contra-ataque.

Assim, quem se encontra a atacar deve:


o Desmarcar-se rapidamente para criar linhas de passe (podendo fazê-lo
através de fintas);
o Deve passar a bola a colegas que se encontrem em melhor posição ofensiva
ou progredir em drible em direcção à baliza para a finalização.
Caso a posição seja favorável, deve-se rematar logo à baliza.

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No caso de não ser possível criar situações de superioridade numérica, deve-se


continuar as acções ofensivas para tentar manter
a posse de bola. Assim, quem não tem posse de
bola deve desmarcar-se para ocupar espaços
vazios, e assim, criar linhas de passe mais
ofensivas ou situações de remate, quem tem
posse de bola deve tentar ultrapassar o
adversário directo, através de fintas, para
finalizar ou passar a um colega em posição mais
ofensiva.

Defesa

Marcação de controlo
Caracteriza-se por defender próximo do atacante. O defesa deverá acompanhar
todos os movimentos do atacante com bola e dificultar a sua progressão, impedir a
finalização (remate) e tentar o desarme.

Marcação de vigilância
Neste caso, o defesa deverá manter o enquadramento com a bola e o adversário
directo. Deverá acompanhar todos os movimentos do adversário directo, com ou sem
bola, e procurar impedir que esse jogador consiga receber a bola ou progredir com ela.

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Defesa individual
Na defesa individual, cada jogador é responsável por um adversário directo e
fixo.
Após a perda da posse da bola, deve-se assumir de imediato a atitude defensiva,
recuando para o seu meio-campo. Uma defesa nos seus deslocamentos defensivos,
deve procurar apoderar-se da bola. Por isso, deve:
o Na marcação do adversário directo, com bola, impedir a progressão em
drible ou o remate à baliza;
o Na marcação do adversário directo, sem bola, acompanhá-lo nas
movimentações, dificultando-lhe as suas desmarcações e ter atenção,
simultaneamente, à posição da bola para interceptar os passes que lhe
sejam dirigidos.

No entanto são preponderantes, nesta acção defensiva, os seguintes


princípios:
o Situar-se sempre entre o atacante e a baliza;
o Marcar principalmente o braço do adversário com bola, enquadrando-se
entre o braço e a baliza.

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Campo de andebol

O campo de Andebol está representado com as dimensões oficiais, isto é, tem as


medidas obrigatórias para se poder praticar o Andebol.

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