Você está na página 1de 2

COTAS DE PRODUÇÃO

O CASO DOS COMBUSTÍVEIS MUNDIAL

Cotas de produção para combustíveis referem-se à


quantidade de combustíveis que uma empresa ou país
deve produzir ou importar em um determinado período de
tempo. Essas cotas podem ser definidas pelo governo ou
por organizações internacionais para controlar a oferta e
a demanda de combustíveis, regular a produção e
comércio de petróleo e incentivar a produção de
combustíveis renováveis.

Algumas Vantagens ligadas as


Cotas de Produção:

Estabilização de preços:
Quando as cotas de produção
são controladas para equilibrar
a oferta e demanda

Controle de estoques: As cotas


de produção podem ajudar a
controlar os estoques de
combustíveis, garantindo que
a oferta esteja em níveis
adequados à demanda

Estímulo à produção: As cotas


podem incentivar a produção
e o consumo de energias
renováveis para a transição a
uma economia de baixo
carbono

Quando falamos de
desvantagens, podemos citar os
seguintes tópicos:

Restrição da produção: As
cotas de podem limitar a
entrada de novos produtores no
mercado, restringindo assim a
concorrência e,
potencialmente, levando a
preços mais altos para os
consumidores.

Risco de escassez: Quando as


cotas de produção são
alcançadas em níveis baixos,
elas podem levar a uma
escassez de combustíveis no
mercado, especialmente em
períodos de alta demanda. Se
as cotas de produção forem
definidas abaixo do nível
necessário para atender à
demanda, pode haver uma
falta de oferta, o que pode
levar a preços mais altos para
os consumidores e contínuo no
fornecimento de energia
EXEMPLO PRÁTICO

Com as medidas de isolamento social adotadas por todo o


mundo para conter o surgimento da pandemia de Covid-19 em
janeiro de 2020, gerou um impacto grande no consumo do
petróleo. Com a retração da demanda (que chegou a cair cerca
de 20% do total produzido por dia abril), gerou um descasamento
entre oferta e demanda, e culminou em queda da cotação do
Brent, chegando a US$ 18/barril, o que antes foi de US$ 67/barril.

Em resposta, a OPEP e seus aliados (OPEP+) acordaram um corte


histórico de produção, buscando reequilibrar o mercado.
Inicialmente, o acordo, que seria implementado já em maio,
previa uma redução de 9,7 milhões b/d até junho, caindo para
7,7 milhões b/d de julho a dezembro de 2020 e 5,8 milhões b/d de
janeiro de 2021 a abril de 2022.

Em maio de 2020, a Arábia Saudita anunciou que cortaria


voluntariamente 1 milhão b/d adicionais para o mês de junho,
seguida por Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã, que juntos
cortaram mais 200 mil b/d.

Na reunião de dezembro de 2020 do grupo, foi estabelecida uma


redução adicional ao patamar de corte previsto para janeiro –
500 mil b/d, passando dos 7,7 milhões b/d para 7,2 milhões b/d. A
OPEP+ também anunciou que passaria a monitorar as condições
de mercado mensalmente para decidir ajustes na produção para
o mês subsequente.

Iniciando 2021, a Arábia Saudita voltou a anunciar um corte


voluntário de 1 milhão b/d, válido para fevereiro e março, que
posteriormente foi estendido ao mês de abril.

PREÇO BRENT (DÓLAR)


75

50

25

0
JAN 2020 FEV 2020 MAR 2020 ABR 2020 MAI 2020 JUN 2020

QTDE DEMANDA MUNDIAL QTDE OFERTA OPEP


100

75

50

25

0
Q1 2020 Q2 2020 Q3 2020 Q4 2020

No primeiro gráfico acima é possível observar a queda brusca


que o Brent teve assim que as medidas de isolamento
começaram a ser aplicadas em todo mundo (entre Março e
Abril de 2020).

No segundo gráfico é possível compreender a curva de oferta


e demanda do petróleo, por trimestre do ano de 2020.
Podemos observar que mesmo com o aumento da demanda
no segundo semestre, as cotas pouco aumentaram, e isso se
deu pela incerteza de cenários para o futuro.

ALUNOS: EMÍDIO SALOMÃO, MATEUS SCHUALTZ, RAUL PARIZOTTO


Referências:
Sem autor: EPBR. EPBR. Disponível em: <https://epbr.com.br/assunto/iea/>. Acesso em: 03 de maio de 2023.
Pindyck, Robert; Rubinfeld, Daniel. Microeconomia. 8ª Edição . São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2013.

Você também pode gostar