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Resumo
Maiores detalhes podem ser encontrados em Kreyszig Vol.2 Ed.9 [5].

Integral de Fourier complexa

Z ∞ Z ∞ 
1
f (t) = f (s)e−iξs ds eiξt dξ
2π −∞ −∞
Z ∞ Z ∞ 
1 1
= √ √ f (s)e−iξs ds eiξt dξ (1)
2π −∞ 2π −∞
Cálculo 4B - Exemplo: Semana 5
Prof. Dr. Jorge Luis Torrejón Matos Integral de Fourier trigonométrica

Z ∞
f (t) = [A(ξ) cos(ξt) + B(ξ)sen(ξt)] dξ, (2)
0

onde

1 ∞
Z
A(ξ) = f (s) cos(ξs)ds e
π −∞
Z ∞
1
B(ξ) = f (s)sen(ξs)ds
π −∞

Teorema 0.1. Seja f : R → R uma função contínua por partes e que as derivadas à esquerda e
Atenção: à direita existam ∀t. Se f é absolutamente integrável, então f tem uma representação por integral
de Fourier dado em (1) ou, na sua forma trigonométrica, dado em (2) que converge para f (t) nos
• Material desenvolvido pelo professor Jorge Luis Torrejón Matos exclusivamente para fins didá- pontos de continuidade de f e para a média dos limites laterais nos pontos de descontinuidade de f .
ticos e ser usados em cursos relacionados a Cálculo 4B.

• É proibida a reprodução total ou parcial. Transformada de Fourier

• A elaboração foi feita a partir das referências que constam no final do documento. Z ∞
1
F{f }(ξ) = fˆ(ξ) = √ f (s)e−iξs ds, (3)
2π −∞

Transformada de Fourier inversa

Z ∞
1
CURITIBA F −1 {fˆ}(t) = f (t) = √ fˆ(ξ)eiξt dξ. (4)
2π −∞
16 de Fevereiro de 2021

2
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1. Transformada de cossenos Extensão par


r
π
Fc {f }(ξ) = fˆc (ξ) = A(ξ) =
2 Fc {fP }(ξ) = F{fP }(ξ) =
r  Z ∞  Z ∞
π 1 1 r Z ∞
2
= f (t) cos(ξt)dt = √ f (t) cos(ξt)dt (5) = fP (s) cos(ξs)ds
2 π −∞ 2π −∞ π
r Z0 ∞
2. Transformada de senos 2
= f (s) cos(ξs)ds e
r π 0
π
Fs {f }(ξ) = fˆs (ξ) =
r Z ∞
B(ξ) = 2
2 fP (t) = Fc {fP }(ξ) cos(ξt)dξ = f (t), ∀t > 0.
r  Z ∞  Z ∞ π 0
π 1 1
= f (t)sen(ξt)dt = √ f (t)sen(ξt)dt (6)
2 π −∞ 2π −∞ A última igualdade a cima chama-se de representação mediante a integral de Fourier de cossenos da
função de meia-escala f .
Assim Extensão ímpar
Z ∞
f (t) = [A(ξ) cos(ξt) + B(ξ)sen(ξt)] dξ Fs {fI }(ξ) = iF{fI }(ξ) =
r0 Z ∞ h r Z ∞
2
2 i
= fI (s)sen(ξs)ds
= fˆc (ξ) cos(ξt) + fˆs (ξ)sen(ξt) dξ. π 0
π 0 r Z ∞
2
Relação entre as transformadas de Fourier complexa e trigonométricas = f (s)sen(ξs)ds e
π 0
r Z ∞
2
fˆ(ξ) = fˆc (ξ) − ifˆs (ξ). (7) fI (t) = Fs {fI }(ξ)sen(ξt)dξ = f (t), ∀t > 0.
π 0
Função par A última igualdade a cima chama-se de representação mediante a integral de Fourier de senos da
função de meia-escala f .
Pela eq. (7), fˆ(ξ) = fˆc (ξ), ou
Extensão natural
fˆc (ξ) = fˆ(ξ) =
r Z ∞
2 F{fN }(ξ) = Fc {fN }(ξ) − iFs {fN }(ξ)
= f (s) cos(ξs)ds e
π 0 1 1
r Z ∞ = Fc {fP }(ξ) − i Fs {fI }(ξ).
2 2 2
f (t) = fˆc (ξ) cos(ξt)dξ.
π 0 Ou seja
Função ímpar
1
Pela eq. (7), fˆ(ξ) = −ifˆs (ξ), ou Fc {fN }(ξ) = Fc {fP }(ξ) e
2
1
Fs {fN }(ξ) = Fs {fI }(ξ). (8)
fˆs (ξ) = ifˆ(ξ) = 2
r Z ∞
2 Observação 1. Note que, calculando a transformada de Fourier da extensão natural, fN , da função
= f (s)sen(ξs)ds e
π 0 f , podemos usar a eq. (7) para obter as transformadas de cosseno e de seno de fN com o objetivo
r Z ∞
2 de calcular a transformada de cosseno da extensão par, fP , e a transformada de seno da extensão
f (t) = fˆs (ξ)sen(ξt)dξ. ímpar, fI , da função f usando a eq. (8).
π 0

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Teorema 0.2. (Linearidade F). Sejam f, g ∈ L1 (R) e K ∈ R. Então, F {Kf + g} (ξ) = KF {f } (ξ)+ 1 1 t−µ 2
Exemplo 1. Calcule a transformada de Fourier da função f (t) = √ e− 2 ( σ ) , ∀t ∈ R onde
F {g} (ξ). 2πσ
µ ∈ R e σ > 0 são constantes.
Teorema 0.3. (Teorema do deslocamento na variável ξ). Para f ∈ L1 (R), temos:
Solução:
1. Se g(t) = eiat f (t), então:
Vamos verificar que f ∈ L1 (R), com efeito
F {g} (ξ) = F {f } (ξ − a)
Z ∞ Z ∞
2. Se g(t) = f (t − a), então: |f (t)|dt = f (t)dt
−∞
Z−∞
∞  
F {g} (ξ) = e−iaξ F {f } (ξ) 1 1 t−µ 2
= √ e− 2 ( σ ) dt
−∞ 2πσ
Z ∞  
Teorema 0.4. (Mudança de Escala). Seja f ∈ L1 (R) e a 6= 0. Então, 1 1 t−µ 2 dt
= √ e− 2 ( σ )
2π −∞ σ
1. Se g(t) = f (at), então: 
t−µ dt

1
Z ∞ 2
− x2
x= ⇒ dx = = √ e dx

1
  
ξ σ σ 2π −∞
F {g} (ξ) = F {f } (exemplo 4 da semana 4) = 1 < ∞.
|a| a
    Agora, iremos calcular a transformada de Fourier de f de duas maneiras
1 t
2. Se g(t) = f , então:
|a| a 1. Usando a definição:
F {g} (ξ) = F {f } (aξ)
Z ∞
1
fˆ(ξ) = √ f (t)e−iξt dt
Teorema 0.5. (Transformada de Fourier da derivada). Se f 0 ∈ L1 (R). Então 2π −∞
Z ∞ 
1 1 1 t−µ 2
= √ √ e− 2 ( σ ) e−iξt dt
F {f 0 } (ξ) = iξ F {f } (ξ) . 2π −∞ 2πσ
Z ∞   
1 1 − 12 ( t−µ σ )
2 dt
= √ √ e e−iξt
Também 2π −∞ 2π σ
  Z ∞ 
t−µ dt 1 1 − x2 −iξ(σx+µ)
1. Se f é ímpar, então f 0 é par, assim x= ⇒ dx = = √ √ e 2 e dx
σ σ 2π −∞ 2π
 Z ∞  
1 1
r
x2
2 = e−iξµ √ √ e− 2 e−iξσx dx
Fc {f 0 } (ξ) = ξ Fs {f } (ξ) − f (0). 2π −∞ 2π
π    Z ∞ 
1 − x2 −iξµ 1
para g(x) = √ e 2 , ∀x ∈ R = e √ g(x)e−i(σξ)x dx
2. Se f é par, então f 0 é ímpar, assim 2π 2π −∞
= e−iξµ ĝ(σξ)
Fs {f 0 } (ξ) = −ξ Fc {f } (ξ) .
(exemplo 4 da semana 4) = e−iξµ g(σξ)
 
1 (σξ)2
= e−iξµ √ e− 2

1 (σξ)2
= √ e−iξµ− 2 .

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2. Usando propriedades:
1 t2 1
Sejam g(t) = √ e− 2 , ∀t ∈ R, a = µ e b = > 0. Então, f (t) = b g(b(t − a)), e
2π σ

fˆ(ξ) = F{f (t)}(ξ) = F{b g(b(t − a))}(ξ)


(teorema 0.2) = b F{g(b(t − a))}(ξ)
(teorema 0.3) = b e−iξa F{g(bt)}(ξ)
 
1 ξ
(teorema 0.4) = b e−iξa F{g(t)}
b b
 
ξ
= e−iξa F{g(t)}
b
 
−iξa ξ
= e ĝ
b
 
ξ
(exemplo 4 da semana 4) = e−iξa g
b
= e−iξµ g (σξ)
1 (σξ)2
= √ e−iξµ− 2 .

Referências
[1] J. M. Almira, Matemáticas para la recuperación de señales., Grupo Editorial Universitário (Gra-
nada), 2005.

[2] D. Andrade, Transformada de Laplace.

[3] G. Gonzalez, Séries de Fourier, Transformadas de Fourier y aplicaciones. Divulgaciones Mate-


máticas v. 5 (1997), p. 43 - 60.

[4] E. Kreyszig, Matemática superior para engenharia Vol.1 - Ed.9, LTC.

[5] E. Kreyszig, Matemática superior para engenharia Vol.2 - Ed.9, LTC.

[6] R. A. Saenz, Notas de aula: Análisis Real: Primer curso., http://fejer.ucol.mx/cursos/2004-


20/analisis_I/texto.html, 2004.

[7] J. L. Torrejón, Aproximação numérica à convolução de Mellin via mistura de exponenciais.,


Ph.D. thesis, Instituto de Matemática e Estatística - Universidade de São Paulo, 2015.

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