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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E


TECNOLÓGICA

Disciplina: Ensino de Ciências: Contribuições da Epistemologia


Professor: José Francisco Custódio Filho
Mestrando: Guilherme Rosso da Silva

CHALMERS, A.F. O que é ciência, afinal? São Paulo, Brasiliense, 1993


Texto: "Indutivismo: Ciência como Conhecimento Derivado do Dados da
Experiência" (CAPÍTULO 1 DO LIVRO DE ALAN CHALMERS)

Chalmers divide o capítulo do livro em cinco seções. Na primeira seção, o autor enfatiza
que o conhecimento científico, nos tempos modernos, é concebido através de um senso
comum. Essa concepção popular enxerga o saber científico como verdadeiro, objetivo e
obtido por meio da observação e experimentação. O autor complementa dizendo que
essa visão popular da ciência se baseia em uma explicação indutivista ingênua.

A explicação indutivista ingênua da ciência, que delinearei nas seções seguintes, pode ser vista
como uma tentativa de formalizar essa imagem popular da ciência. Chamei-a de indutivista
porque ela é baseada no raciocínio indutivo, que será explicado em seguida.

De acordo com o indutivista ingênuo, o corpo do conhecimento científico é construído pela


indução a partir da base segura fornecida pela observação.

Conhecimento científico é conhecimento provado. As teorias científicas são derivadas de


maneira rigorosa da obtenção dos dados da experiência adquiridos por observação e
experimento. A ciência é baseada no que podemos ver, ouvir, tocar etc. Opiniões ou
preferências pessoais e suposições especulativas não têm lugar na ciência. A ciência é objetiva.
O conhecimento científico é conhecimento confiável porque é conhecimento provado
objetivamente.

O tipo de raciocínio que estamos discutindo, que nos leva de uma lista finita de afirmações
singulares para a justificação de uma afirmação universal, levando-nos do particular para o
todo, é denominado raciocínio indutivo, e o processo, denominado indução.

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