Você está na página 1de 58

CIÊNCIA NÃO É OPINIÃO

É CONHECIMENTO
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
 Você deve estar matriculado e visualizando sua matrícula no Ulife
 Caso não esteja matriculado, não receberá certificado de participação
 Não compartilhe o link das aulas com pessoas não matriculadas no curso
 Acesse as aulas pelo seu Ulife – Sala de Aula Virtual
CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO
 75% de frequência (formulário eletrônico)
 Link de presença disponibilizado durante a aula (aberto das 19h às 23h)
 Pode faltar 1 aula (não há previsão de justificativa de falta)
 70% de aproveitamento (avaliação objetiva online)
 Uma vez aprovado, em até 45 dias você receberá as horas em seu histórico escolar e
poderá baixar o certificado automaticamente no Ulife, no caminho: Menu >
Serviços > Solicitações online > Emissão de Certificado de Curso de Extensão.
HORÁRIO DAS AULAS
 INÍCIO: 19h
 INTERVALO: 20h30 – 20h40
 FIM: 22h20
COMUNICAÇÃO
 Toda a comunicação entre educador-estudante será feita pelo Ulife
EMENTA
Ciência: senso comum e ciência; saberes e crenças. Construção do conhecimento
científico: métodos e técnicas. Tipos de conhecimento. Método: quantitativo e qualitativo.
Leitura e interpretação de textos: análise bibliográfica e documental. Definições
metodológicas: tipologia, universo, amostragem, seleção de sujeitos. Coleta e gestão
estratégica de dados: data warehouse e data mining. Elementos da redação de trabalhos
científicos. Normalização (ABNT): noções básicas de estruturação e formatação de
documentos científicos. Linguagem. Conceito de plágio. Ética na pesquisa. Apresentação
pública de trabalhos de pesquisa.
COMPETÊNCIAS
 Demonstrar competência na leitura, compreensão e elaboração de textos;
 Demonstrar capacidade para comunicar-se com precisão;
 Dominar instrumentos da metodologia científica;
 Adquirir capacidade para desenvolver técnicas de raciocínio e de argumentação;
 Desenvolver a capacidade de pesquisa e de utilização de bases de pesquisa.
BIBLIOGRAFIA
 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 7. ed.
São Paulo: GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011845/
 FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502636552/
 ESTRELA, Carlos. Metodologia científica. 3. ed. Porto Alegre: Grupo A, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536702742/
BIBLIOGRAFIA
 AINTUCH, Joel. Ética em pesquisa: em medicina, ciências humanas e da saúde. São
Paulo: Manole, 2021. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555761900/
 MATTAR, João. Metodologia científica na era digital. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547220334/
 FONTES-PEREIRA, Aldo. Escrita científica descomplicada. São Paulo: Labrador,
2021. Disponível em https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/193344/pdf
 CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2007,
Disponível em https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/341/pdf/0
OBJETIVO
Desenvolver no estudante uma cultura científica, de forma a valorizar o trabalho de
pesquisa, o método científico e os resultados das pesquisas científicas nas mais diversas
áreas de conhecimento.
PROFESSOR
ALEXANDRE BOTELHO

 Bacharel em Direito (1997)


 Mestre em Direito (2003)
 Doutor em Direito (2018)
QUEM É VOCÊ?
 Qual o seu nome?
 Qual a sua idade?
 Qual curso você está fazendo?
 Por que você escolheu este curso de extensão?

 LINK: https://forms.office.com/r/rR8XLzktSr
OBJETIVOS DA AULA 1
 Compreender o que a ciência é e o que ela não é
 Identificar o potencial e as limitações da atividade científica
 Analisar a qualidade da ciência e dos cientistas
O QUE É CIÊNCIA, AFINAL?
Normalmente a ciência é uma área altamente considerada. A atribuição do termo
“científico” a alguma afirmação, raciocínio ou pesquisa é feita de um modo que pretende
implicar algum tipo de mérito ou um tipo especial de confiabilidade. Mas o que é tão
especial em relação à ciência? O que vem a ser esse “método científico” que
comprovadamente leva a resultados especialmente meritórios ou confiáveis?

CHALMERS, Alan Francis. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 17.
CIENTIFICAMENTE COMPROVADO
 Você se recorda de algum produto, de caráter duvidoso, que utilizou a expressão
“cientificamente comprovado” para vender um produto ou fórmula
NOÇÃO DE CIÊNCIA
Não é tarefa simples estabelecer um conceito ou definição de ciência. Feito esse
esclarecimento, pode-se buscar estabelecer uma noção do que seja ciência, como um
conjunto de atividades humanas, que procura encontrar soluções e/ou explicações, que
podem ser testadas e repetidas, racionalmente válidas, logicamente plausíveis, alcançadas
por meio de estudos, observações e experimentações.
LIMITES DA CIÊNCIA
 Verdade
 Certeza
 Possibilidade
 Probabilidade
 Acaso
 “Neutralidade” científica
UM POUCO DE HISTÓRIA
UM POUCO DE HISTÓRIA
 Pré-história
 Período helênico
 Idade média
 Idade Moderna
 Idade contemporânea
OPINIÃO
Diferenciar ciência e opinião é uma antiga busca da humanidade. Platão (A República)
colocava em campos opostos a ciência ou conhecimento (episteme) e a opinião (doxa), que
se situa entre o conhecimento e a ignorância, como algo incompleto, que reproduz
preconceitos sobre um objeto de estudo sem de fato conhecê-lo em profundidade.
Atualmente se define a opinião como um discurso sujeito à mudança ou à crença dúbia
sobre algo, sem fundamento racional, em resumo, seria uma manifestação da ausência de
reflexão profunda sobre a natureza daquilo sobre o que se opina.
EPISTEME X DOXA
 Episteme representa um conhecimento de caráter científico, que se opõe a opiniões sem
fundamento.
 Doxa revela uma reunião dos pontos de vista que uma determinada sociedade elabora
em uma dada circunstância histórica, julgando ser uma ação evidente, mas sem nenhum
tipo de comprovação.
16/03/2024
HIDROXICLOROQUINA
A campanha pelo uso da hidroxicloroquina nasceu com a divulgação de um trabalho preliminar
(sem revisão por pares), que sugeria efeitos positivos no tratamento da COVID-19 (
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0924857920300996). Em tempos normais o
artigo provavelmente não seria publicado. Trabalhos científicos são julgados por outros cientistas
para verificar se há erros e se a metodologia e o rigor estão inequivocamente demonstrados. E o
artigo em questão não demonstra isso: é cientificamente inadequado.
E se o artigo tivesse sido revisado por pares? Nesse caso, outros cientistas leriam e, talvez,
considerando a hipótese razoável, tentariam reproduzir e levar o estudo adiante. Disso sairia um
outro artigo e assim por diante. Apenas após muito tempo é que se forma um consenso e só então é
que o próximo passo seria dado: desenvolver um tratamento.
OUTROS CASOS EMBLEMÁTICOS
 Talidomida
 Fosfoetanolamina
 Dipirona
 Chá 50 ervas
HENRY LOUIS
MENCKEN


Para todo problema complexo
existe uma solução simples,
elegante e completamente errada


VISÃO GERAL
Em resumo: ciência é um consenso da comunidade científica (ciência normal > Thomas
Kuhn), construído por meio de muitos estudos validados pelos pares. Ciência é construção
coletiva de conhecimento e não formação política ou ideológica de opiniões. Ciência não é
o resultado de um único trabalho, mas a formação de um consenso pela comunidade
científica.
CIÊNCIA E RELIGIÃO
Ciência não é uma crença inquestionável. Isso a difere, por exemplo, de uma religião.
Enquanto uma religião se baseia em um dogma, ou seja, uma hipótese incondicional, que
deve ser aceita pela fé, toda afirmação científica necessita ser fundamentada e passível de
testes, de forma que qualquer pessoa, independente do que acredita ou não, possa chegar
as mesmas conclusões ou refutá-las ao analisar a forma como ela foi construída.
CIÊNCIA E RELIGIÃO
Diferentemente de outras formas compreender o mundo, como a religião, por exemplo,
amparada em verdades inquestionáveis (dogmas), o conhecimento científico está baseado
em hipóteses que, ao serem testadas, podem ser refutadas ou validadas. Este novo
conhecimento não é considerado pronto e acabado. A partir do momento em que surgir
outra teoria que melhor explique a realidade, a anterior se torna obsoleta.
AUTORIDADE
A ciência não é argumento de autoridade. Ou seja, não é suficiente para um
conhecimento ser considerado científico que, por si só, um grande pensador, como
Sócrates, Platão, Aristóteles, Tales de Mileto etc. o tenha sustentado. Dizer, por exemplo,
que existe um “Mundo das Ideias” porque Platão assim afirmou, não garante que esse
mundo exista.
SUPERSTIÇÃO
Práticas de curandeiros, cartomantes, feiticeiros e semelhantes também não é ciência,
porque não pode ser racionalmente confirmada ou testada. Se uma cartomante faz uma
previsão sobre o futuro e acerta, por exemplo, não há como garantir se ela realmente
acertou ou se foi uma simples coincidência, nem como averiguar quais fatores a levaram a
fazer aquela previsão, de forma que outras pessoas também poderiam fazer.
SENSO COMUM
Ciência também não é senso comum, ou seja, saberes adquiridos e transmitidos
socialmente, pelas nossas experiências de vida, que oferecem respostas prontas para
questões corriqueiras e frequentes no nosso dia a dia.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
 Ciências formais começam com ideias teóricas que levam a outras ideias teóricas
através do processo do pensamento. As ciências empíricas começam com a observação
do mundo real que leva para modelos mais ou menos úteis para uma parte empírica da
realidade.
 Matemática, lógica, estatística
 Astronomia, física, biologia, química, psicologia, direito
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
As ciências empíricas podem ser subdivididas em naturais e sociais. As ciências naturais
estudam o universo em aspectos que independem da existência ou da ação do ser humano.
As ciências sociais estudam os aspectos das relações humanas.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
 Nas ciências exatas os resultados são precisos, previsíveis, os experimentos podem ser
repetidos inúmeras vezes, alcançando sempre o mesmo resultado ou resultados
estatisticamente previsíveis.
Exemplos: matemática, física e química
 Nas ciências inexatas, pode-se prever comportamentos gerais, mas os resultados nem
sempre são precisos ou os esperados, diante da dificuldade de analisar todos os dados
envolvidos na produção do resultado.
Exemplos: meteorologia, economia e a maioria das ciências sociais
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
 Ciências nomotéticas, são aquelas que estudam fenômenos que se repetem e que podem
levar à descoberta de leis gerais
 Ciências idiográficas, são as que analisam fenômenos que não se repetem, mas que
possuem validade como campo de estudo. Exemplo: História
TIPOS DE CONHECIMENTO
 Empírico: conhecimento popular (senso comum). É o que se aprende a partir da
observação do mundo;
 Científico: compreende informações e fatos que são comprovados por meio da ciência;
 Filosófico: nasce a partir do pensamento crítico e das reflexões que o ser humano é
capaz de fazer;
 Teológico: é o baseado na fé religiosa, acreditando que ela detém a verdade absoluta.
TIPOS DE CONHECIMENTO
Empírico Científico Filosófico Teológico
Acredita que a fé religiosa possui
Reúne informações e fatos Conhecimento lógico-racional
Surge a partir da interação do ser a verdade absoluta e todas as
O que é comprovados, tendo como base o orientado pela construção de
humano com o ambiente explicações para justificar esta
método científico conceitos
crença

Relativo, pois lida com hipóteses e Relativo, apoiando-se nas


Relativo, apoiando-se nas Objetivo, lida com fatos e
Valor teorias que podem ou não ser doutrinas sagradas e crenças
experiências pessoais ocorrências
comprovadas pessoais

Verificação Verificável Verificável Pode ou não ser verificável Não verificável

Exatidão Falível e inexato Falível e aproximadamente exato Falível e aproximadamente exato Infalível e exato

Assistemático (organizado com


Sistema bases nas experiências pessoais e Sistemático Sistemático Sistemático
não no fenômeno)
LINGUAGEM CIENTÍFICA
 Impessoal, ou seja, redigida na terceira pessoa, evitando-se referências pessoais e
pronomes possessivos (meu, minha tese, julgamos, deduzimos, chegamos etc.);
 Objetiva, com redação sem impressões subjetivas, não fundamentadas em dados
obtidos, ou com a presença de qualquer raciocínio subjetivo (eu penso, parece-me,
parece ser);
 Modesta, porque os resultados de uma pesquisa conduzida adequadamente se impõem
por si mesmos, não se deve insinuar que resultados obtidos por outros autores
continham incorreções, pois, o trabalho por mais perfeito que pareça, não está isento de
erros. A cortesia deve suceder a modéstia pois não se deve transmitir um resultado com
autoritarismo e a linguagem científica tem por objetivo expressar e não impressionar
LINGUAGEM CIENTÍFICA
 Informativa: adequada à transmissão de conhecimentos e das informações derivadas da
análise dos dados. Portanto deve ser cognitivo e racional, derivado dos dados a partir
dos quais é feita análise, síntese , argumentação e conclusão
 Clara: deverá transmitir conhecimentos e informações com precisão e objetividade,
maximizando a compreensão. Assim, deverá enunciar questões, problemas, informações
e ideias com clareza e precisão.
LINGUAGEM CIENTÍFICA
 Vocabulário adequado: deve-se escolher os termos mais adequados às ideias a serem
expressas e determinar seu significado exato. O uso de termos com sentido figurado não
é admitido na redação científica;
 Fraseologia científica: além do cuidado na escolha do vocabulário, deve-se observar a
construção das frases. As frases devem ser simples, traduzindo o desenvolvimento
lógico do pensamento e conter apenas uma ideia. O uso de frases longas (com muitas
linhas, várias ideias, intercaladas por entre vírgulas e parênteses) dificulta a
compreensão e tornam a leitura pesada.
CIÊNCIA NÃO É OPINIÃO
É CONHECIMENTO
TIPOS DE PESQUISA
Existem vários tipos de pesquisa. Cada tipo possui suas peculiaridades próprias. A primeira grande divisão das pesquisas:
 quanto à natureza

 quanto à abordagem

 quanto ao objetivo

 quanto ao procedimento
TIPOS DE PESQUISA
NATUREZA
 Básica: visa criar superar aquilo que já está produzido. Gera novos conhecimentos que contribuem, entendem e
explicam os fenômenos. Ex: criação de uma teoria científica
 Aplicada: gerar soluções aos problemas humanos, entender como lidar com um problema. Ela gera conhecimentos
para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Ex: vacina da COVID-19
TIPOS DE PESQUISA
ABORDAGEM
 Qualitativa: apresenta um aspecto subjetivo por trás dos dados, por vezes transparecendo a opinião do pesquisador.
Análise dos resultados obtidos. Ex: estudo sobre a qualidade de vida de uma população
 Quantitativa: se caracteriza pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta como no tratamento dos dados,
e mede relações entre as variáveis. É mais impessoal, mostra os resultados obtidos sem expressar análises sobre o
conteúdo obtido. Ex: Perfil dos moradores de uma região
 Quanti-quali: nesse tipo de abordagem, o recorte dos dados estatísticos impessoais é unido as interpretações e análises
subjetivas, dando origem a um estudo completo sobre um objeto. Ex: Censo do IBGE
TIPOS DE PESQUISA
OBJETIVOS
 Descritiva: Pretende descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade. Fatos são observados,
registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles, ou seja, os
fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador. Ex: Caracterização
de um procedimento de medição de temperatura.
 Explicativa: busca compreender a razão por trás de um fenômeno acontecer. Traz os números da descritiva aliados a
análise e a interpretação desses dados. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência
dos fenômenos. Ex: As razões do sucesso da empresa X
 Exploratória: analisa como um fenômeno ocorre e como é possível estudá-lo. Tem a finalidade de ampliar o
conhecimento a respeito de um determinado fenômeno. Ex: alguma pesquisa trouxe um ponto fora da curva, a
pesquisa exploratória vai investigar esse ponto, trazendo uma nova visão.
TIPOS DE PESQUISA
PROCEDIMENTO
 Bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, revistas, publicações
em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações e teses, com o objetivo de colocar o
pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.
 Documental: baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, não são científicos ainda.

 Estudo de caso: estudo exaustivo de um ou poucos objetos de pesquisa, de maneira a permitir o aprofundamento do
seu conhecimento. Os estudos de caso têm grande profundidade e pequena amplitude, pois procuram conhecer a
realidade de um indivíduo, de um grupo de pessoas, de uma ou mais organizações em profundidade.
PESQUISA QUANTITATIVA
Os resultados buscados precisam ser traduzidos em números. Aqui se faz uso de técnicas de porcentagem e média.
Estudo com uma amostragem que representa o todo.
Os melhores métodos quantitativos são desenvolvidos através de perguntas fechadas, pois elas exigem respostas diretas,
que podem ser apresentadas em tabelas e gráficos, divididos em aspectos como sexo, idade, classe econômica, profissão
e nível de escolaridade.
AMOSTRAGEM
Amostragem é um procedimento rigoroso para escolher membros de uma população inteira, de forma que seja possível
fazer análises e chegar em conclusões sobre a população inteira.
A amostragem é uma parte da população que permite concluir e caracterizar a população inteira.
Ao analisar apenas uma parte para chegar em conclusões que representam uma população inteira, temos que ter em
mente que vão existir alguns desvios da realidade (exemplo da pizza).
CÁLCULO AMOSTRAL
Conceitos básicos
 População: é a totalidade de itens, pessoas ou elementos que contém todas as informações disponíveis para tirar
alguma conclusão. Por exemplo, se pensarmos no contexto de eleições municipais, a população seriam todas as
pessoas que têm capacidade civil de votar.
 Característica populacional: é o aspecto da população que a pesquisa quer medir.

 Amostragem: é a parcela do universo inteiro da pesquisa científica que será efetivamente investigado.

 Erro amostral: é a porcentagem de variação dos resultados da pesquisa. Por exemplo: uma pesquisa que quer
encontrar a proporção de brasileiros com casa própria possui índice de erro de 5%. Suponha que a pesquisa retorne o
resultado de que 45% da população possui casa própria, o erro amostral indica que o resultado real pode variar em 5
pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o número de brasileiros com casa própria fica entre 40% e 50%
da população.
CÁLCULO AMOSTRAL
Conceitos básicos
 Distribuição da população: índice de homogeneidade da população pesquisada. Quanto menos variações existir na
população, a amostragem necessária para a pesquisa será menor. Afinal, vão existir menos grupos que precisarão ser
representados.
 Nível de confiança: índice que demostra a probabilidade dos resultados refletirem as opiniões de toda a população.
Por exemplo: uma pesquisa com nível de confiança de 95% quer dizer que se repetir a pesquisa por 100 vezes, em 95
o resultado será o mesmo.
 Margem de erro: é a diferença do resultado que a pesquisa pela amostra encontrou para a média da população. Logo,
existe uma relação inversamente proporcional entre a margem de erro e o tamanho da amostra. Isso significa que
quando menor for a margem de erro, maior terá de ser a amostra.
 Aleatoriedade: para termos resultados muito próximos da realidade da população, a escolha da amostragem deve ser
totalmente aleatória. Isso porque quanto menos presa a amostra for a uma categoria, mais a amostragem representará
a população como um todo.
CÁLCULO AMOSTRAL
Para se chegar ao número ideal da amostra, utiliza-se um modelo estatístico que nos informa a quantidade de pessoas ou
de eventos que se deve coletar para atingir a confiabilidade nos resultados.
Fórmula do cálculo amostral
n=N Z² p (1-p)(N-1) e² + Z² p (1-p)
Em que:
n = é o tamanho da amostra que queremos calcular (amostragem)
N = é tamanho do universo (ou seja, a população)
Z = é o desvio do valor médio que é aceito para alcançar o nível de confiança que se deseja
e = é a margem de erro máximo que se admite
p = é a proporção que se espera encontrar
CÁLCULO AMOSTRAL
Calculadora:
https://comentto.com/calculadora-amostral/
https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size-calculator/
DATA WAREHOUSE E DATA MINING
Vivemos a economia da informação, um contexto no qual os dados deixaram de ser apenas uma consequência de alguma
atividade para representar e ser utilizados como um bem de produção e uma mercadoria.
Nesse contexto, toda atividade gera algum tipo de dado, sendo que eles podem ser explorados de várias formas para
encontrar padrões ou extrair conhecimento útil.
DATA WAREHOUSE
Coleta e armazenamento de dados. Tecnologia para consolidar informações advindas de diversas fontes (essa é uma das
principais diferenças para um banco de dados comum). Essa ferramenta é capaz de armazenar uma quantidade massiva
de informações estruturadas, ou seja, dados com maior precisão e qualidade, permitindo assim que eles possam ser
resgatados posteriormente para uma análise.
DATA MINING
A mineração de dados é um processo de exploração aplicado a grandes volumes de informação, buscando a identificação
de padrões, tais quais associações ou sequências, que permitam criar subconjuntos de dados que tragam conhecimento a
quem pesquisa.
Esse processo tem como principal objetivo transformar dados em informações que possa ser utilizadas, gerando real
valor. Por exemplo, identificar, entre os clientes da empresa, quais adquiriram determinados produtos e, por conta disso,
estariam mais propensos a fazer novos negócios.
DATA MINING
O Data Mining não é uma ferramenta ou tecnologia, mas um processo analítico, utilizando regras de consulta em busca
de relacionamentos sistemáticos entre variáveis, contendo três etapas distintas.
 Definição do problema: o primeiro passo para qualquer tipo de manipulação de dados é elaborar qual a pergunta a ser
respondida, pois ela vai orientar quais conjuntos de informações serão analisadas e quais técnicas deverão ser
empregadas.
 Construção do modelo: essa é a principal etapa do processo de Data Mining, pois aqui serão estabelecidas quais
técnicas de tratamento serão utilizadas e que poderão se tornar automáticas após a validação, criando relatórios
consistentes e periódicos.
 Validação: os padrões descobertos durante a construção do modelo de consulta da etapa anterior devem, então, ser
inspecionados e avaliados para verificar se a pergunta inicial foi ou não respondida.
DATA MINING
Aplicações
 Captação de clientes: identificar perfis de consumidores

 Segurança: identificar atividades criminosas e perfis de risco

 Recursos humanos: automatizar a análise de currículos de acordo com as competências dos candidatos

 Supermercados: analisar a melhor forma de alocar produtos para estimular a compra

 Bancos: identificar padrões de gastos dos clientes para melhorar a gestão de relacionamento
LINK DE PRESENÇA
 https://forms.office.com/r/vKT6BvuKFE

Você também pode gostar