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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA 0423.VT.GD.AP.R.012 REV.

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INSTALAÇÃO: FOLHA:
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TÍTULO:

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA – MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA


TÉCNICO DE CAMPO ECORI: RESP. TÉCNICO ECORI:
ÉDER GERALDO APARECIDO DE SOUZA JOÃO PAULO DE SOUZA
REVENDA: CONTRATO: DATA DE EMISSÃO: REVISÃO: IDIOMA:
PLUG SOLAR NA 08/05/2023 0 PORTUGUÊS

ÍNDICE DE REVISÕES
REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
0 EMISSÃO ORIGINAL

REV. 0 REV. 1 REV. 2 REV. 3 REV. 4 REV. 5 REV. 6 REV. 7 REV. 8


DATA 08/05/2023
EXECUÇÃO EGS
VERIFICAÇÃO JPS

APROVAÇÃO

AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA ECORI, SENDO PROIBIDA A REPRODUÇÃO E A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA – MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................................... 3
1.1 MOTIVO DA INSPEÇÃO 3
2. DADOS GERAIS ........................................................................................................... 3
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA REVENDA E INFORMAÇÕES GERAIS 3
2.2 IDENTIFICAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO 3
3. TRATATIVA E ACOMPANHAMENTO ........................................................................... 4
3.1 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA - QDCA 4
3.2 ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO 6
3.3 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE CORRENTE CONTINUA 7
3.4 SUBSTITUIÇÃO DO MICROINVERSOR DS3D 9
4. MANUAL DE INSTRUÇÕES ........................................................................................ 10
5. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 11
6. REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 11

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1. OBJETIVO

Este documento tem como objetivo descrever as atividades realizadas durante a visita
técnica à revenda Plug Solar em Holambra-SP, realizada no dia 20 de abril de 2023.

1.1 MOTIVO DA INSPEÇÃO

A inspeção técnica foi motivada pela constatação de falta de geração de energia elétrica de
um microinversor do sistema plug_solar conectado à rede elétrica de baixa tensão da CEMIRIM em
Holambra - SP.
A revenda abriu um chamado (ID#14477) no dia 12 de abril de 2023 informando que o
microinversor DS3D (S/N 706005050001) não estava funcionando desde o dia 11 de abril de 2023.
Também informou que realizaram medições de tensão na saída do disjuntor e as medições não
apontaram qualquer anormalidade. Por fim, a revenda solicitou uma análise do sistema e os
procedimentos para testes em campo para verificação e diagnostico.
O suporte técnico da Ecori realizou uma análise e passou a seguinte informação no dia 13 de
abril de 2023: “Analisamos o sistema e aparentemente existem sinais de mau contato CA. Estaremos
realizando o envio de um novo inversor para que sejam feitos testes e caso necessário já efetue a
troca”.
Desta forma, foi deslocado um técnico de campo até a Plug Solar já em posse de um
microinversor para acompanhamento de uma eventual substituição do equipamento como troca em
garantia.

2. DADOS GERAIS

2.1 IDENTIFICAÇÃO DA REVENDA E INFORMAÇÕES GERAIS

A Tabela 1 apresenta as informações dos sistemas no EMA, revenda e data da inspeção.

Tabela 1 – Informações gerais dos sistemas verificados.


Nome do Sistema (EMA) plug_solar
Revenda Plug Solar
Início da visita 20/04/2023 – 16h
Término da visita 20/04/2023 – 18h

2.2 IDENTIFICAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

A Tabela 2 apresenta as informações sobre o sistema fotovoltaico.

Tabela 2 – Informações sobre o sistema fotovoltaico.


Quantidade de módulos 04
Modelo e potência do módulo JKM230M-72HL4-TV 530W
Quantidade de microinversores 01

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Modelo do microinversor DS3D 220


Tensão Nominal (V) 220V/127V
Tipo de telhado METÁLICO
Potência instalada do sistema 2,12 kW

3. TRATATIVA E ACOMPANHAMENTO
Na chegada ao local, imediatamente foi entregue o microinversor novo (S/N 706000167713)
à revenda. Foi feita uma inspeção visual no quadro de distribuição e em seguida o técnico de campo
juntamente com o responsável pela instalação foram até o telhado.
No telhado, o responsável pela revenda fez uma filmagem por baixo dos módulos para
registrar a forma como foi instalado o microinversor. Após isso, a equipe da revenda retirou os
módulos instalados sobre o microinversor e foi constatado o LED vermelho acesso intermitente a
cada 5 segundos, ou seja, sem geração de energia. A equipe da revenda desconectou o microinversor
do cabo tronco e realizou medições de tensão no conector do cabo tronco. Em seguida, a revenda
efetuou a substituição do microinversor antigo pelo novo. Por fim, a revenda conectou os módulos
fotovoltaicos e o conector CA com o disjuntor do cabo tronco desligado, conforme manual de
instalação do equipamento. O microinversor inicializou, ou seja, piscou 10 vezes verde e como ainda
não estava conectado à rede, passou a mostrar o LED vermelho acesso intermitente a cada 5
segundos.
O técnico de campo entregou um cabo tronco novo e recomendou a substituição do cabo
tronco. A equipe da revenda não fez a troca do cabo tronco e fixou novamente os módulos FV no
lugar. O técnico de campo da Ecori tirou algumas fotos no telhado e desceu em seguida junto com a
revenda. O circuito CA não foi ligado novamente para verificar a geração do novo microinversor, pois
já não havia irradiância solar suficiente neste momento da visita. Desta forma, a visita foi encerrada.
A norma técnica ABNT NBR 16690 (Ref. 1) prescreve que a verificação deve ser realizada de
acordo com os requisitos estabelecidos nas normas técnicas ABNT NBR 5410 (Ref. 2) e NBR 16274
(Ref. 3).
À luz das normas técnicas, serão apresentados a seguir alguns apontamentos acerca da
execução da instalação do equipamento.

3.1 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA - QDCA

No QDCA constam circuitos dos outros equipamentos, são eles: o circuito para o
monitoramento e para os wattímetros, o circuito para os microinversores Enphase, o circuito para o
microinversor Deye e o circuito para o microinversor Hoymiles. Todos os disjuntores estão
conectados no mesmo barramento (tipo pente) de 63A e sendo alimentados por uma tensão
nominal de 220/127V através de um condutor elétrico com seção transversal de 16 mm² ligado com
conector genérico no disjuntor bipolar de 20A curva C marca Steck, conforme mostra a Figura 1.

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Figura 1 - Quadro de Distribuição de Corrente Alternada.

No circuito do cabo tronco do microinversor APsystems DS3D, foi instalado um disjuntor


bipolar de 20 A, curva C, marca Steck, para proteção do circuito com condutores de 4 mm².
Na conexão elétrica entre o circuito do microinversor APsystems e seu respectivo disjuntor
foi realizada a crimpagem dos condutores com terminal pré-isolado simples, porém, foi constatada
na maioria das conexões a crimpagem de mais de um condutor em um único terminal simples, ao
invés de utilizar nesses casos um terminal pré-isolado duplo, como o que foi aplicado em um dos
DPS’s, configurando, portanto, o uso inadequado de materiais.
Além disso, foi verificado que nos disjuntores dos microinversores, no mesmo polo, foram
conectados condutores de seção nominal diferentes entre si. A literatura técnica especializada (por
exemplo, livros como Hélio Creder, Ademaro Cotrim, João Mamede, dentre outros) recomenda que,
em um mesmo polo de dispositivos sejam inseridos no máximo 2 condutores e que os mesmos
tenham seções idênticas. Isto porque o condutor de maior seção impedirá o aperto adequado do
condutor de menor seção.
Na parte inferior dos disjuntores, especificamente na conexão com o disjuntor do
microinversor Hoymiles, foi verificada a utilização correta do barramento tipo pente em conjunto
com um par de conectores genéricos para a conexão do circuito de alimentação. Entretanto, na parte
inferior do disjuntor do circuito APsystems também existe uma outra conexão e nesta, ao invés de
utilizar também um conector genérico, utilizou-se um terminal pré-isolado. Esta conexão deveria ter
sido realizada com a utilização de um conector genérico, que é o produto específico para esta
aplicação de modo a garantir a conexão adequada ao barramento tipo pente e evitando mau
contato, configurando novamente o uso inadequado de materiais.
Adicionalmente, não foi constatada a presença de um dispositivo de proteção para o caso de
falha do DPS e proteção contra sobrecorrentes, conforme prescreve o item 6.3.5.2.5 da norma
técnica ABNT NBR 5410 (Ref. 2). Da mesma forma, também não foi constatada a presença de um
dispositivo de proteção para o circuito que alimenta o quadro de distribuição CA, conforme
prescreve o item 5.3.1.1 da norma técnica ABNT NBR 5410 (Ref. 2). Portanto, configura-se o não
atendimento das prescrições técnicas.
Além disso, ainda em relação à seleção do dispositivo de proteção contra surtos (DPS), foi
verificada a instalação de um DPS com tensão máxima de operação (Uc) igual a 275 volts. Contudo,
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se a tensão de fase/neutro ou fase/terra da edificação é igual a 127 volts, o DPS ideal é o DPS de Uc
= 175 volts. Porém, a revenda ao optar por utilizar um DPS de 275 volts em uma rede de 127 volts,
assume o risco de, na ocorrência de uma sobretensão transitória, queimar os equipamentos que
funcionam somente em 127 volts, pois o DPS de 275 volts vai começar a atuar somente a partir de
275 volts.

3.2 ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Não foi verificada a eficácia do sistema de aterramento e não foi verificada a


equipotencialização do sistema FV. Para verificar a eficácia do sistema de aterramento é necessário
medir a resistência de aterramento com um terrômetro. Para verificar a equipotencialização, será
necessário realizar uma inspeção completa na instalação e instrumentos adequados.
Foi verificado que existe um condutor de proteção de seção nominal de 6 mm² conectado no
conector de aterramento na carcaça do microinversor. O manual de instalação do equipamento (Ref.
4), prescreve em seu item 4.4.4 o seguinte:

a) Já existe fio terra dentro do cabo AC, portanto o aterramento pode ser feito diretamente por
ele;
b) Para áreas com requisitos especiais, o aterramento externo pode ser feito pelo conector de
aterramento.

Foi constatado que o condutor de aterramento do próprio cabo tronco não estava
devidamente conectado ao sistema de aterramento, porém, durante a visita técnica foi constatada
a presença de um outro condutor de aterramento, encaminhado externamente, que supostamente
estaria promovendo o aterramento do microinversor. A APsystems deverá se manifestar a respeito
desta condição de aterramento verificada no local.
O técnico de campo não teve acesso à caixa de passagem onde estão as emendas dos
condutores vivos e de proteção. O Sr. Caio da Plug Solar explicou que o condutor de proteção é o
mesmo para todos os circuitos dos microinversores de diferentes fabricantes que estão em testes.
No entanto, não foi possível verificar se:

i. O condutor de proteção foi instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de


fase;
ii. A seção do condutor de proteção foi calculada de acordo com o item 6.4.3.1.2 da NBR 5410,
para a mais severa corrente de falta presumida e o mais longo tempo de atuação do
dispositivo de seccionamento automático verificados nesses circuitos;
iii. A seção do condutor de proteção foi selecionada conforme a tabela 58 da NBR 5410, com
base na maior seção de condutor de fase desses circuitos.

Essas 3 condições acima são impostas pela norma ABNT NBR 5410 para que o condutor de
proteção possa ser comum a dois ou mais circuitos, conforme prescrito em seu item 6.4.3.1.5.

O Sr. Caio da Plug Solar também explicou que esse condutor de proteção está conectado no
DPS marca Clamper 275 V, Imax 15KA, classe II, que está no QDCA e não existe um barramento de
equipotencialização principal (BEP) ou barramento equipotencialização local (BEL).

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É importante esclarecer que a função do aterramento de proteção e a equipotencialização é


proporcionar uma proteção contra choques elétricos, descargas atmosféricas, sobretensões
transitórias, descargas eletrostáticas, dentre outras. A Terra, por apresentar o mesmo potencial em
todos os pontos sob condições normais, pode ser considerada com potencial nulo ou zero, em
relação aos que se medem as outras tensões.

Figura 02 – Exemplos de funções de proteção do sistema de aterramento.

No entanto, não temos informações sobre os testes de resistência de aterramento, ou seja,


se foram feitos ou não, não sendo possível garantir a eficácia do sistema de aterramento.

3.3 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE CORRENTE CONTINUA

O item 6.2.8.1 da Norma Técnica ABNT NBR 16690 prescreve que “os conectores de encaixe,
em uma mesma conexão no arranjo fotovoltaico, devem ser do mesmo tipo e do mesmo
fabricante”. A mesma prescrição também é feita na Norma Técnica ABNT NBR 16274 e normas
internacionais. Entretanto, foi verificada na conexão do microinversor APsystems com os módulos
fotovoltaicos a utilização de conectores de corrente contínua de fabricantes diferentes, conforme
mostra a Figura 03.
O conector do módulo FV é do fabricante do módulo Jinko Solar, enquanto o conector do
microinversor é do tipo MC4 e fabricante Staubli. Essa diferença de conectores pode ser observada
também na Figura 04, onde fica evidente a diferença entre os conectores usados nos canais 1 e 2 do
microinversor.

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Figura 03 – Diferença entre os conectores do microinversor e o conector do módulo da Jinko Solar.

Foi informado à revenda sobre a importância do cabo tronco estar devidamente fixado com
elementos de fixação, conforme prescreve o item 6.2.6.3 da ABNT NBR 16690 e o item 6.2.4 da ABNT
NBR 5410. Contudo, os cabos estão soltos sobre o telhado, conforme Figura 04, em desacordo com
o que prescrevem as normas ABNT NBR 16690 e ABNT NBR 5410.

Figura 04 - Cabos soltos sobre o telhado.

Cabe ressaltar que os módulos FV da Jinko não foram adquiridos através da Ecori Energia
Solar Ltda.

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3.4 SUBSTITUIÇÃO DO MICROINVERSOR DS3D

Antes da substituição do microinversor no local, a equipe da revenda realizou a medição de


tensão no cabo tronco e foi constatada, conforme Figura 05, entre fase 2 e o condutor de proteção
a tensão de 14,2 volts.

Figura 05 – Medição da tensão entre fase 2 e proteção.

Quando estas medições foram feitas utilizando o conector de aterramento da carcaça do


microinversor como referência para o condutor de aterramento, foram constatadas as tensões de
220,8 volts entre as fases, uma tensão de 128,8 volts entre fase 1 e o condutor de proteção e entre
fase 2 e o condutor de proteção a tensão de 127,3 volts, visto que o condutor de aterramento do
cabo tronco não estava devidamente conectado (vide Figura 06). O método correto deveria
considerar todas as medições sendo feitas diretamente no cabo tronco que alimenta o
microinversor. Essas medições e o método de medição são solicitadas pelo fabricante APsystems
devido ao erro de leitura de tensão que constava no monitoramento no sistema.

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Figura 06 – Medição da tensão entre fases, fase 1 e proteção, fase 2 e proteção, respectivamente.

No entanto, o conector de aterramento da carcaça do microinversor está conectado através


de uma emenda com um condutor de proteção de 6 mm² comum a todo o sistema e presente em
uma caixa de passagem existente no telhado.
Não foi possível obter acesso ao interior dessa caixa de passagem, onde existe as emendas
de todos os condutores vivos e do condutor de proteção.

4. MANUAL DE INSTRUÇÕES

O manual de instruções do DS3D em seu item “1 – Instruções Importantes” deixa claro que
existem símbolos indicando alguns níveis de risco. Dentre estes símbolos existe o símbolo de
AVISO!!, conforme mostra a Figura 07. Além do símbolo também é explicado o significado desta
simbologia.

Figura 07 – Símbolo de aviso para indicar situações de eventual falha do equipamento ou risco de
segurança.

Contudo, no item 4 do manual, “Instalação do Sistema de Microinversor APsystems” existe


um aviso que informa: “Execute todas as instalações elétricas de acordo com as normas vigentes
Locais”, conforme mostra a Figura 08.

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Figura 08 – Símbolo de aviso para indicar uma situação que pode provocar uma falha do equipamento ou
risco de segurança.

Portanto, a situação de não cumprimento das normas técnicas está prevista no manual de
instalação do equipamento, alertando para uma possível causa falha do equipamento ou risco de
segurança.

5. CONCLUSÕES
Na visita para acompanhamento da troca do microinversor da APsystems modelo DS3D,
realizada no dia 20 de abril de 2023, pelo técnico de campo Éder Geraldo, acompanhado pelo Sr.
Caio da Plug Solar e o responsável pela instalação, foi apontada a necessidade de algumas melhorias.

 Realizar a análise da qualidade da rede elétrica;


 Verificar os conectores de corrente contínua que são de fabricantes e modelos diferentes;
 Verificar todas as caixas de passagem, as emendas e integridade desses condutores;
 Realizar a readequação dos componentes do QDCA;
 Análise da eficiência do aterramento.

Também foram constatadas não conformidades às normas técnicas brasileiras, como:

 Ausência de dispositivos de proteção quando obrigatórios;


 Seleção de componentes da instalação incompatíveis entre si;

Por fim, o manual de instrução do microinversor APsystems DS3D prescreve que a instalação
deve estar em conformidade com os regulamentos locais e normas técnicas e o não cumprimento
das mesmas pode acarretar em falha do equipamento ou risco de segurança.
A Ecori realizou a substituição imediata do equipamento e o equipamento substituído será
encaminhado para a APsystems para emissão de um parecer oficial.

6. REFERÊNCIAS
1. Associação Brasileira de Normas Técnicas, “Norma Brasileira ABNT NBR 16690:2019 -
Instalações Elétricas de Arranjos Fotovoltaicos - Requisitos de Projeto”, 2019.
2. Associação Brasileira de Normas Técnicas, “Norma Brasileira ABNT NBR 5410:2004 -
Instalações Elétricas de Baixa Tensão”, versão corrigida, 2008.
3. Associação Brasileira de Normas Técnicas, “Norma Brasileira ABNT NBR 16274:2014 –
Sistemas fotovoltaicos conectados à rede – Requisitos mínimos para documentação, ensaios
de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho”, 2014.
4. APsystems, Manual de Instalação do Microinversor DS3D.
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