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LAUDO TÉCNICO NR-12


2023.05.002 1
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REVISÕES
TIPO A – PRELIMINAR C – PARA CONHECIMENTO E – PARA CONSTRUÇÃO G – CONFORME CONSTRUÍDO

EMISSÃO B – PARA APROVAÇÃO D – PARA COTAÇÃO F – CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

REV TE DESCRIÇÃO ELAB. VER. APR. AUT. DATA


0 C PARA CONHECIMENTO MTPG TPG TPG TPG 10/05/23
ALTERAÇÃO DE NOME DO
1 C EQUIP. E Nº PESSOAS MTPG TPG TPG TPG 10/05/23
EXPOSTAS
2 C ADIÇÃO DE RECOMENDAÇÃO MTPG TPG TPG TPG 10/05/23
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SUMÁRIO

1 DADOS .................................................................................................................... 4

1.1 Empresa ............................................................................................................... 4

1.2 Equipamento........................................................................................................ 4

1.3 Data da inspeção ................................................................................................. 4

1.4 Participantes da inspeção .................................................................................. 4

2 DEFINIÇÕES ........................................................................................................... 5

3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 8

3.1 Análise de risco ................................................................................................... 8

3.2 Avaliação de risco ............................................................................................... 8

3.3 Método HRN - Hazard Rating Number ............................................................... 9

3.4 NBR 14.153:2013 - Categoria da Segurança ................................................... 12

3.4.1 Severidade do Ferimento - S1 e S2 ................................................................. 13

3.4.2 Frequência e/ou Tempo de Exposição ao Perigo - F1 e F2 ............................. 13

3.4.3 Possibilidade de Evitar o Perigo – P1 e P2 ...................................................... 14

4 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15

5 OBJETIVOS ........................................................................................................... 17

5.1 Objetivo geral .................................................................................................... 17

5.2 Objetivo especifico ........................................................................................... 18

6 APRECIAÇÃO DE RISCOS DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .................... 19

7 RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES ............................................................... 22


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7.1 Da operação ....................................................................................................... 23

7.2 Da documentação ............................................................................................. 23

7.3 Da manutenção .................................................................................................. 23

7.4 Da capacitação .................................................................................................. 23

8 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 25

9 RESPONSABILIDAES........................................................................................... 26

10 ENCERRAMENTO ............................................................................................... 27

REFERÊNCIAS NORMATIVAS ................................................................................ 28

ANEXOS ................................................................................................................... 31
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1 DADOS

1.1 Empresa

Empresa Cotrin Construtora Trindade Ltda.


CNPJ 23.347.255/0001-20
Endereço Al. Oscar Niemeyer, nº 119 – Sala 303
Bairro Vila da Serra
Cidade/Estado Nova Lima – MG
CEP 34006-056

1.2 Equipamento

Track Lifting
Marca Geismar
Modelo RV100
TAG MT-01, MT-02, MT-03, MT-04, MT-05, MT-06, MT-07

1.3 Data da inspeção

10/05/2023

1.4 Participantes da inspeção

Thiago Pasquini Giampietro Coordenador de manutenção da COTRIN


Marcos Túlio Gomes de Paula Engenheiro responsável
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2 DEFINIÇÕES

Objetivando realizar a apreciação de risco e padronizar as informações deste


laudo, se faz necessário ser conhecidas as seguintes definições:

Perigo: causa capaz de provocar uma lesão ou um dano para a saúde. Geralmente
acompanhada por outras palavras que esclarecem, de modo preciso, a origem
ou natureza da lesão ou do dano para saúde temidos, tais como: perigo de choque
elétrico, perigo de esmagamento, etc.

Situação perigosa: situação em que uma pessoa fica exposta a um ou mais perigos.

Risco: Combinação da probabilidade e da gravidade de uma possível lesão ou dano


para a saúde, que possa acontecer numa situação perigosa.

Apreciação do risco: Avaliação global da probabilidade e da gravidade de uma


possível lesão ou danos à saúde, que possa acontecer numa situação perigosa, com
vista a selecionar medidas de segurança apropriadas.

Função perigosa de uma máquina: Toda função de uma máquina que provoque um
perigo quando em operação.

Zona perigosa: Qualquer zona dentro e/ou em redor da máquina, onde uma pessoa
fica exposta a um risco de lesão ou danos à saúde.

Perigo elétrico: Pode causar lesões ou morte por choque elétrico ou queimaduras,
podem ser provocadas por contato de pessoas com parte energizadas (normalmente
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sob tensão, contato direto); partes energizadas acidentalmente (em especial por
causa de um defeito de isolamento, contato indireto); por aproximação de pessoas à
vizinhança de partes energizadas (especialmente alta tensão); por isolamento não
adequado para as condições de utilização previstas; por radiação térmica ou por
fenômenos tais como a projeção de partículas em fusão e efeitos de curto circuito,
sobrecargas, etc.

Perigo Mecânico: Conjunto de fatores físicos que podem estar na origem de um


ferimento causado pela ação mecânica de elementos de máquinas, de ferramentas,
de peças ou de projeções de materiais sólidos ou fluidos.

O perigo que provoca o risco considerado nesta definição ou está presente em


permanência durante funcionamento normal da máquina ou então pode aparecer
acidentalmente.
A descrição dos perigos normalmente utilizada para o preenchimento do
formulário HRN é exposto na Norma NBR 14009:1997 e é descrito na Tabela 1.
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Tabela 1 - Descrição para Perigos.


Exemplos de perigos, situações perigosas e eventos perigosos
Perigos de esmagamento
Perigos de cisalhamento
Cortes ou danos severos
Perigo de se prender
Perigo de enroscamento
Perigo de impacto
Perigo de perfuração
Perigo de fricção ou abrasão
Perigo de injeção ou ejeção de fluido sob alta pressão
Queimaduras e escaldaduras pelo possível contato de pessoas com chamas ou explosões e também
pela radiação térmica de fontes de calor
Queda ou ejeção de fluidos ou objetos
Escorregamento, tropeço e queda de pessoas (relativo a máquina)
Perigo de choque elétrico

Fonte: 14009:1997 - ANEXO A.


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3 METODOLOGIA

A apreciação de riscos é o processo completo que compreende a análise e a


avaliação de risco.

3.1 Análise de risco

a) Determinação dos limites da máquina e equipamentos.


b) Identificação do perigo.
c) Estimativa do risco.

3.2 Avaliação de risco

A análise do risco fornece a informação necessária à avaliação do mesmo,


que, por sua vez, permite avaliação sobre a segurança da máquina e
equipamentos. A apreciação do risco baseia-se em decisões críticas.
Essas decisões devem fundamentar-se em métodos qualitativos,
complementados, tanto quanto possível, por métodos quantitativos.
Métodos quantitativos são particularmente apropriados, quando a severidade e
a extensão previsível do dano forem altas.
Métodos quantitativos são úteis para avaliar medidas alternativas de segurança
e para determinar qual oferece melhor proteção.
O procedimento de apreciação dos riscos deve ser conduzido de tal maneira
que seja possível documentar:
 O uso previsto da máquina, para a qual a avaliação foi feita (especificações,
limites, etc.);
 A identificação dos perigos, situações e eventos perigosos;
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 Os objetivos a serem alcançados por medidas de segurança;


 As medidas de segurança implementadas, para eliminar perigos identificados
ou reduzir riscos;
 O risco residual de perigos individuais, pela especificação de qualquer hipótese
relevante que tenha sido feita (carregamento, fatores de segurança, etc.).

3.3 Método HRN - Hazard Rating Number

Optou-se pelo método quantitativo de risco, NBR ISO 12100:2013 como


referência, mais especificamente o HRN - Hazard Rating Number (Número de
Classificação do Perigo), um método que incialmente avalia o equipamento sem as
medidas de segurança e logo após com as medidas de segurança recomendadas.
Para cada um dos perigos potenciais identificados, é necessário avaliar o risco
de gravidade, probabilidade, frequência e número de pessoas realizando a tarefa ou
atividade.
O método HRN classifica o risco de desprezível à inaceitável e para que este risco
seja classificado, algumas informações são levadas em conta, como:
 A probabilidade de ocorrência (likelihood of occurrence - LO)
 A frequência de exposição (frequency of exposure - FE)
 O grau da possível lesão (degree of possible harm - DPH)
 O número de pessoas expostas ao risco (number of people - NP)
Para cada item é atribuído um valor conforme tabelas abaixo:
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Tabela 2 - Probabilidade de ocorrência.


PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA - LO
0,0033 Quase Impossível Não pode acontecer em nenhuma circunstância
1,0 Muito Improvável Entretanto é concebível
1,5 Improvável Mas pode ocorrer
2,0 Possível Mas é incomum
5,0 Fortuito Pode ocorrer
8,0 Provável Não surpreende
10,0 Muito Provável Esperado
15,0 Certamente Sem dúvidas

Tabela 3 – Frequência de exposição.


FREQUÊNCIA DE EXPOSIÇÃO - FE
0,5 Anualmente
1,0 Mensalmente
1,5 Semanalmente
2,5 Diariamente
4,0 Em termos de hora
5,0 Constantemente

Tabela 4 – Grau de possível lesão.


GRAU DE POSSÍVEL LESÃO - DPH
0,1 Arranhão / Contusão Leve
0,5 Laceração / Leves Problemas de Saúde
1,0 Fratura de Ossos Pequenos / Enfermidade Leve
2,0 Fratura de Ossos Grandes / Enfermidade Leve
4,0 Fratura / Enfermidade Grave
6,0 Perda de Um Membro ou Olho / Enfermidade Grave
8,0 Perda de dois Membros ou Olhos / Enfermidade Grave
15,0 Fatalidade
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Tabela 5 – Número de pessoas expostas ao risco.


NÚMERO DE PESSOAS EXPOSTAS AO RISCO - NP
1 1-2 Pessoas
2 3-7 Pessoas
4 8-15 Pessoas
8 16-50 Pessoas
12 Mais de 50 Pessoas

Após serem determinados os números de cada fator, o seguinte cálculo deve


ser feito para classificar o Grau do Risco:

HRN = LO x FE x DPH x NP

O resultado do cálculo é comparado com a seguinte tabela que determina o


Grau do Risco de cada descrição de perigo do equipamento.

Tabela 6 – Grau de risco.


HRN RISCO
0-1 Risco Desprezível
2-5 Risco Muito Baixo
6-10 Risco Baixo
11-50 Risco Significante
51-100 Risco Alto
101-500 Risco Muito Alto
501-1000 Risco Extremo
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3.4 NBR 14.153:2013 - Categoria da Segurança

Com o objetivo de apreciar o risco geral da máquina ou equipamento, visando


definir parâmetros e grau de proteção necessário durante a fase de projeto dos
sistemas de segurança, a NBR 14153:2013 - Segurança de Máquinas - Partes de
sistemas de comando relacionados à segurança - Princípios gerais para projeto -
define cinco categorias para os sistemas de segurança a serem projetados.
Para identificar a correta categoria de segurança de um determinado sistema
de segurança, esta norma estabelece uma metodologia baseada no seguinte quadro
abaixo.

Figura 1 – Matriz de Categorização do Risco.


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3.4.1 Severidade do Ferimento - S1 e S2

Na estimativa do risco proveniente de um defeito na parte relacionada à


segurança de um sistema de comando, apenas ferimentos leves (normalmente
reversíveis) e ferimentos sérios (normalmente irreversíveis, incluindo morte) são
considerados.
Para tornar uma decisão, as consequências usuais de acidentes e processos
normais de cura devem ser levadas em consideração na determinação de S1 e S2,
por exemplo, contusões e/ou lacerações sem complicações devem ser classificadas
como S1, enquanto que uma amputação ou morte deve ser classificada como S2.

3.4.2 Frequência e/ou Tempo de Exposição ao Perigo - F1 e F2

Um período de tempo geralmente válido para a escolha do parâmetro F1 e F2


não pode ser especificado.
Entretanto, a seguinte explicação pode ajudar a tomar a decisão correta, em
caso de dúvida. F2 deve ser selecionado, se a pessoa estiver, frequentemente ou
continuamente, exposta ao perigo.
É irrelevante se a mesma pessoa ou pessoas diferentes estiverem expostas ao
perigo em sucessivas ocasiões, como, por exemplo, para a utilização de elevadores.
O período de exposição ao perigo deve ser avaliado como base no valor médio
observado, com relação ao período total de utilização do equipamento. Por exemplo,
se for necessário acessar regularmente as ferramentas da máquina durante sua
operação cíclica, para a alimentação e movimentação de peças, F2 deve ser
selecionado. Se o acesso somente for necessário de tempo em tempo, pode-se
selecionar F1.
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3.4.3 Possibilidade de Evitar o Perigo – P1 e P2

Quando um perigo aparece, é importante saber se ele pode ser reconhecido e


quando pode ser evitado, antes de levar a um acidente. Por exemplo, uma importante
consideração é se o perigo pode ser diretamente identificado por suas características
físicas ou por meios técnicos, por exemplo, indicadores.
Outro aspecto importante que influencia a seleção do parâmetro P inclui, por
exemplo:
 Operação com ou sem supervisão;
 Operação por especialistas ou por não profissionais;
 Velocidade com que o perigo aparece, por exemplo, rapidamente ou
lentamente;
 Possibilidade de se evitar o perigo, por exemplo, por fuga ou por intervenção
de terceiro;
 Experiências práticas de segurança relativas ao processo.
Quando uma situação de perigo ocorre, P1 deve apenas ser selecionado se
houver uma chance real de se evitar um acidente ou reduzir significativamente o seu
efeito P2 deve ser selecionado se praticamente não houver chance de se evitar o
perigo.
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4 INTRODUÇÃO

A Norma Regulamentadora NR-12, criada em 8 de junho de 1978, pelo


Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estabelece os principais fundamentos e
medidas contra acidentes para assegurar a manutenção e a integridade dos
trabalhadores, através do estabelecimento de requisitos mínimos para a prevenção
não só de acidentes, mas também doenças do trabalho, já nas fases de projeto e
também posteriormente, durante sua utilização até seu descarte.
Os crescentes índices de acidentes de trabalho no Brasil demonstram a
necessidade de enfrentar o problema e buscar soluções coletivas para proteções de
máquinas e equipamentos.
É notório que todas as máquinas e equipamentos de um processo produtivo
apresentam riscos inerentes à vontade do homem, estes podem ser aceitáveis, muito
baixo, baixo, significante, alto, muito alto, extremo ou inaceitável.
Este processo produtivo e principalmente de segurança de uma empresa
depende de vários aspectos, tais como: maquinário, gestão de segurança, gestão de
manutenção, treinamento e disciplina funcional.
Portanto, manutenções preventivas e inspeções periódicas são fundamentais
para garantir a funcionalidade dos sistemas de segurança, assim como treinamentos
contínuos também são fatores decisivos para que sejam satisfatórios os resultados
almejados.
Propõe-se a Apreciação de Riscos, a qual consiste em determinar os limites da
máquina, identificar perigos, estimar os riscos e consequentemente avaliar e
quantificar os riscos existentes.
Uma análise de risco de máquinas e equipamentos industriais consiste no
estudo durante a fase de concepção e desenvolvimento de um projeto ou sistema,
com a finalidade de se determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase
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operacional e apresentar as medidas de segurança necessárias para a minimização


ou eliminação do risco.
A análise de risco precede da utilização de técnicas específicas e detalhadas
de análises baseadas nas normas vigentes, sendo seu objetivo a determinação dos
riscos e medidas a serem aplicadas no equipamento.
A partir da descrição dos riscos são identificadas as causas (agentes) e efeitos
(consequências) dos mesmos, o que permitirá a busca e elaboração de ações e
medidas de prevenção ou correção dos itens detectados.
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5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo geral

A análise de risco é realizada com o objetivo de atender às exigências da "NR-


12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos" do Ministério da
Economia - Secretaria de Inspeção do Trabalho que define referências técnicas,
princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade
física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de
acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e
equipamentos de todos os tipos.
A seguir é detalhado o método para um processo iterativo de avaliação de risco
para uma máquina:
 Determinar os limites da máquina e equipamentos, incluindo o uso pretendido
e qualquer mau uso previsível;
 Identificar os perigos que podem ser gerados pela máquina e associá-los com
situações perigosas;
 Estimar os riscos, considerando a severidade da possível lesão ou danos à
saúde e a probabilidade de ocorrência;
 Avaliar os riscos, tendo em vista a redução de risco se necessário;
 Eliminar os perigos ou reduzir os riscos associados a esses perigos através da
aplicação de medidas de proteção.
A confecção desta análise será baseada em dados e constatações levantadas
no local onde se encontra a máquina, assim utiliza-se um check list padrão e
apropriado para a avaliação, bem como na constatação visual das operações da
máquina e/ou equipamento, entrevista com os operadores, simulações de paradas e
situações de emergência.
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O presente Laudo Técnico tem como objetivo principal, a avaliação de


conformidade em atendimento às exigências regulamentadoras, sendo assim é
necessário executar as seguintes ações:
 Verificar a condição de operação segura da máquina e equipamentos;
 Realizar um estudo sobre as normas regulamentadoras para então analisar as
melhorias necessárias;
 Verificar a máquina em operação atual e avaliar como introduzir as melhorias
de acordo com a NR-12;
 Quantificar e identificar os pontos fracos de segurança e riscos existentes na
máquina baseado na norma regulamentadora NR-12 e normas
correlacionadas;
 Ilustrar e propor itens de segurança para minimizar os riscos encontrados.

5.2 Objetivo especifico

O presente documento tem como objetivo relatar os resultados da avaliação da


análise de risco e conformidade do equipamento denominado TRACK LIFTING –
RV100, pertencente a empresa COTRIN CONSTRUTURA TRINDADE LTDA, em
relação à aderência da condição deste equipamento aos requisitos da Norma
Regulamentadora NR-12 e seus respectivos anexos.
Evidenciar os pontos de não conformidade, caso sejam encontrados, perante a
Norma Regulamentadora NR-12, por meio da análise dos tópicos da norma em
confrontação a situação atual.
E por fim, explanar os requisitos da Norma para proporcionar uma melhor
compreensão dos resultados apresentados, assim como oferecer aos profissionais da
área técnica orientação para a busca das soluções das inconsistências, se
encontradas.
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6 APRECIAÇÃO DE RISCOS DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

IDENTIFICAÇÃO DA MÁQUINA E EQUIPAMENTO


Tipo de Máquina / Equipamento Track Lifting
Fabricante Geismar
Modelo RV100
TAG MT-01, MT-02, MT-03, MT-04, MT-05, MT-06, MT-07

LIMITES DA MÁQUINA E EQUIPAMENTO


Fontes de energia Mecânica e hidráulica
- Levantamento de grades;
- Levantamento dos trilhos para substituição das
palmilhas;
Finalidade
- Manutenção das juntas dos trilhos;
- Alinhamento ou realinhamento da via após operação
de socaria.
- Força de levantamento: 20000 daN (20 T aprox.)
- Curso de levantamento: 1150 mm
Capacidade
- Força de puxamento - 10000 daN (10 T aprox.)
- Curso de puxamento: 360 mm
Manual Sim
Plano de manutenção Sim
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IDENTIFICAÇÃO DO RISCO RISCO Nº 1


Local / parte Geral
Alvo Operador
Tarefa Operação

AVALIAÇÃO DO RISCO ABNT NBR ISO 12100:2013


Tipo de risco Perigos mecânicos
Descrição do risco Mobilidade da máquina e queda de objetos
Consequência do risco Atropelamentos, arremessos, esmagamento, impacto

CÁLCULO DO HRN
Probabilidade de ocorrência

0,0033 1 1,5 2 5 8 10 15
Possível, mas é incomum

Frequência de exposição

0,5 1 1,5 2,5 4 5


Em termos de hora

Grau da possível lesão

0,1 0,5 1 2 4 6 8 15
Fratura / enfermidade grave

Número de pessoas expostas ao risco

1 2 4 8 12
1-2 pessoas

HRN 32 Risco significante


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CATEGORIA NBR 14153:2013

Não foi realizada essa análise, pois não se enquadra no equipamento ora avaliado.

PRINCIPAIS SISTEMAS E DISPOSITIVOS


Dispositivos de segurança Status
Buzina Operante
Botão para parada de emergência e
Operante
parada do motor.

LIMITES DA ANÁLISE DE RISCOS


1 - Fase que será analisada Produção – Manutenção - Higienização
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7 RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES

Após a análise, as seguintes recomendações devem ser impreterivelmente


seguidas para a eliminação/controle dos riscos:
 Proibido andar dentro do raio de ação da máquina;
 Proibido utiliza-la antes de limitar a área para apenas o pessoal
especializado;
 Se atentar aos sinais sonoros e visuais que são emitidos durante os
movimentos do equipamento;
 Sempre verificar a existência de perigos antes de ligar a máquina;
 Antes de realizar a suspensão da grade, assegurar que os trilhos foram
efetivamente travados pelas pinças;
 Conferir a região onde as placas de apoio do cilindro de levantamento irão se
apoiar, para garantir sua efetiva estabilidade;
 Certificar que o equipamento se encontra freado e imobilizado no momento
de execução da atividade e também quando parado após a sua realização;
 Toda intervenção de manutenção deve ser realizada quando a máquina
estiver parada, em uma posição estável, após o motor ter sido desligado.
 Não utilizar o equipamento para realização de outras atividades, como por
exemplo transporte ou arraste de materiais. Usar apenas para as finalidades
anteriormente mencionadas.
É necessário se atentar a implantação dos procedimentos de segurança para
todas as etapas de utilização da máquina que envolva os riscos descritos.
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7.1 Da operação

 O banco do máquina deve ser confortável, fixo, de forma que sejam reduzidos
os efeitos da transmissão da vibração;
 Manter ou desenvolver a aplicação de check list na operação diária do veículo
com referência aos dispositivos de segurança e operacional.

7.2 Da documentação

 Manter o manual de operação bem como todo o restante a documentação em


local acessível.

7.3 Da manutenção

 Submeter a máquina à manutenção preventiva determinada pelo fabricante;


 Registrar as manutenções preventivas e corretivas em livro próprio, ficha ou
sistema Informatizado e manter a documentação de fácil acesso;
 Para o registro da manutenção, disponibilizar as informações: cronograma de
manutenção, Intervenções realizadas, data da realização de cada intervenção,
serviço realizado, peças reparadas ou substituídas, condições de segurança
do equipamento.

7.4 Da capacitação

A operação, manutenção e inspeção devem ser realizadas por trabalhadores


habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados, conforme determina a NR-12.
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Sendo assim, estes devem receber capacitação que aborde os riscos a que estão
expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, para a prevenção de
acidentes. Todo colaborador deve efetuar o treinamento operacional, com as
habilidades descritas na tabela abaixo, e é de extrema importância observar e efetuar
sempre a reciclagem, de acordo com a periodicidade indicada em cada Norma.

Habilidades
Operadores Treinamento prático, NR-12, NR-6, NR-1
Mant. Mecânica Curso de mecânica - Noções de máq. / equipamentos, NR-12, NR-6, NR-1
Mant. Elétrica Curso de eletricista, NR-12, NR-10, NR-6, NR-1
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8 CONCLUSÃO

Visto as análises aplicadas a máquina sob a ótica da Norma Regulamentadora


NR-12, onde demonstra "Risco significante" aos usuários da mesma, recomenda-
se para que seja alcançado um bom nível de segurança funcional, ser implementadas
todas as medidas de redução e minimização dos riscos descritas neste documento.
Erros humanos e mau uso relacionados a aspectos como alimentação incorreta
da máquina, uso incorreto de materiais e inabilidade dos operadores não fazem parte
deste relatório.
Também não estão inclusos neste, riscos relacionados a agentes químicos,
agentes biológicos, riscos ergonômicos, radiações ionizantes,
combustíveis/inflamáveis, superfícies aquecidas, sistemas de exaustão, vibração,
ruído e calor.
Evidencia-se, que é imprescindível a existência de procedimentos e que estes
sejam rigorosamente seguidos, assim como os treinamentos periódicos sejam
praticados.
Por fim, vale destacar que a vistoria e as devidas análises foram realizadas em
todos os equipamentos da frota denominados TRACK LIFTING RV100, pertencente
a empresa COTRIN CONSTRUTURA TRINDADE LTDA, e eles se encontram em
condições de conservação similares, portanto, este documento possui caráter de
validação para todos que sejam de marca e modelo iguais e que foram devidamente
referenciados e listados aqui, conforme suas numerações de patrimônio e/ou TAG.
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LAUDO TÉCNICO NR-12
2023.05.002 26
TRACK LIFTING RV100
DATA REV.
10/05/2023 2

9 RESPONSABILIDAES

É responsabilidade da COTRIN CONSTRUTORA TRINDADE LTDA:

 Reproduzir fielmente as informações alcançadas no levantamento de campo a


partir dos fatos presenciados e os relatos fornecidos por colaboradores da
empresa, e assim garantir a veracidade de todo o conteúdo deste documento.
 Esclarecer e sanar qualquer dúvida referente a esta análise.
 Realizar frequentemente diálogos com operadores e mantenedores, a partir de
reuniões e/ou até mesmo e-mails.
 Estar ciente que o laudo técnico é válido para o período em que a máquina foi
analisada e que qualquer alteração/modificação realizada na mesma
descaracterizará este laudo.
 Modificações no processo de desempenho, de peças ou materiais após a data
do levantamento devem ser reavaliadas e a análise de riscos refeita.
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DATA REV.
10/05/2023 2

10 ENCERRAMENTO

Nada mais havendo a acrescentar, encerra-se o presente Laudo de Análise da


NR-12 do equipamento Track Lifting RV100, pertencente a empresa COTRIN
CONSTRUTURA TRINDADE LTDA, nesta cidade de Nova Lima e segue impresso
em 33 (Trinta e três) páginas, incluso os anexos, sendo este datado e assinado pelo
Engenheiro Responsável.

Nova Lima, 10 de maio de 2023.

Digitally signed by
MARCOS TULIO GOMES
DE PAULA:10314409688
Date: 2023.05.10
18:19:46 -03'00'
_____________________________________

Marcos Túlio Gomes de Paula


Engenheiro Mecânico
CREA-MG 168798D
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2023.05.002 28
TRACK LIFTING RV100
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10/05/2023 2

REFERÊNCIAS NORMATIVAS

BRASIL, Ministério da Economia. Secretaria de Inspeção do Trabalho. NR-12:


Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.

BRASIL, Ministério da Economia. Secretaria de Inspeção do Trabalho. NR-11:


Transporte, movimentação, e manuseio de armazenamento materiais.

BRASIL, Ministério da Economia. Secretaria de Inspeção do Trabalho. NR-10:


Segurança em instalações e serviços em eletricidade.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM ISO 12.100: Segurança de


máquinas - Princípios gerias de projeto - Apreciação e redução de riscos

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM 272: Segurança de


máquinas, proteções, requisitos gerais para o projeto e construção de
proteções (fixas e móveis).

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM 273: Segurança de Máquinas


- Dispositivos de Inter travamento associados a proteções - Princípios para
projeto e seleção.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 14.153: Segurança de máquinas


- Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança - Princípios gerais
para projeto.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 14154: Segurança de máquinas -


Prevenção de partida inesperada.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM ISO 13852: Segurança de


máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo
pelos membros superiores.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM ISO 13.853: Segurança de


máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo
pelos membros inferiores.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM ISO 13.854: Segurança de


maquinas - Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo
humano.
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Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM ISO 13.855: Segurança de


máquinas - Posicionamento dos equipamentos de proteção com referência á
aproximação de partes do corpo humano.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR ISO/CIE 8995-1: Iluminação de


ambientes de trabalho - Parte 1: Interior.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 13930: Prensas mecânicas -


Requisitos de segurança.

ISO 12100:2010: Safety of machinery - General principies for design – Risk


assessment and risk reduction.

EN 602041:2006/AC:2010: Safety of machinery - Electrical equipment of machines -


Part 1: General requirements.

EN ISO13857:2008: Safety of Machinery - Safety distances to prevent hazard zones


being reached by upper and lower limbs.

ISO13855:2010: Safety of machinery - Positioning of safeguards with respect to the


approach speeds of parts of the human body.

EN 12622:2009: Safety of machine tools - Hydraulic press brakes.

IEC 61508-1:2010: Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic


safety-related Systems - Part 1: General requirements.

IEC 60204-1:2009: Segurança de máquinas - Equipamentos elétricos de máquinas -


Parte 1: Requisitos gerais.

ISO 13849-1:2006 COR 1 2009: Segurança de máquinas - Partes de sistema de


comando relacionadas à segurança - Princípios gerais para projeto.

ISO 13850:2006: Safety of machinery - Emergency stop - Principies for design.

ISO 13851:2002: Safety of machinery - Two-hand control devices – Functional


aspects and design principies.

ISO 14118:2000: Safety of machinery - Prevention of unexpected start-up.


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ISO 14120:2002: Safety of machinery - Guards - General requirements for the


design and construction of fixed and movable guards.

ISO 13857:2008: Safety of machinery - Safety distances to prevent hazard zones


being reached by upper and lower limbs.

ISO 14119:1998 AMD 1 2007: Safety of machinery - Interlocking devices associated


with guards - Principies for design and selection.

ISO 13855:2010: Segurança de máquinas - O posicionamento dos equipamentos de


proteção em relação as velocidades de aproximação de partes do corpo humano.

ISO 4414:2011: Energia de fluidos pneumáticos - Regras gerais e requisitos de


segurança para os sistemas e seus componentes.

ISO 4413:2010: Hydraulic fluid power - General rules and safety requirements for
systems and their components.

ISO 13854:1996: Safety of machinery - Minimum gaps to avoid crushing of parts of


the human body.

ISO 13732-1:2006: Ergonomics of the thermal environment - Methods for the


assessment of human responses to contact with surfaces - Part 1 - Hot surfaces.

IEC 61310-1:2007: Safety of machinery - Indication, marking and actuation - Part 1:


Requirements for visual, auditory and tactile signals.

IEC/TS62046:2008: Safety of machinery - Application of protective equipment to


detect the presence of persons

ISO 12100:2011: Segurança de máquinas - Conceitos fundamentais e princípios


gerais de projeto - Avaliação de risco e redução de risco.

IEC 62061: Safety of machinery - Functional safety of electrical, electronic and


programmable electronic control systems.
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2023.05.002 31
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ANEXOS

RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Foto 01/02 – Vista lateral.


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Foto 01/02 – Vista da frente e lateral.


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ART

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