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Introdução sobre A Liberdade para Sartre

Na filosofia de Sartre não há um predeterminismos. O meu modo de existir no


mundo, como me relaciono com os outros, com as coisas, as escolhas diante
das situações, isso é o que constrói quem e o que eu sou. Somos livres para
fazer escolhas a todo momento, sendo a liberdade uma constituição da
existência humana, ou seja, O HOMEM NÃO TEM LIBERDADE, O HOMEM É
LIBERDADE!
Ainda inerente a esse pensamento ainda que de forma contraditória temos a
ideia de que “O homem não é livre para deixar de ser livre”. A liberdade tem a
ver com fazer escolhas e a possibilidade de fazer essas escolhas, ainda que
não seja agradável.
Gancho para introdução do contexto de vida de Marie
"A vida não é fácil para nenhum de nós. Temos que ter persistência e, acima
de tudo, confiança em nós mesmos." Marie
Por conta dos movimentos para independência e conflitos com a Rússia, foram
feitas uma serie de proibições, meninas não podem estudar, ela e a irmã
continuaram estudando escondidas, ao chegar a época do ensino superior se
deparou com a impossibilidade de estudo para mulheres, chegando a
frequentar uma faculdade clandestina.
“São as limitações que tornam a liberdade possível!” Sartre
Atrelado a ideia de Sartre, Marie poderia ser considerada uma mulher com
grandes limitações, vivia em época de grandes conflitos, norteado pelo
patriarcado e exclusões sociais por ser mulher, sofreu perdas afetivas da sua
mãe e irmã, dificuldades financeiras para custear seu desenvolvimento
educacional.
1ª Grande Empreitada Sozinha
Após um plano para arrecadar dinheiro com a irmã, aos 24 anos foi para Paris
estudar na Universidade de Sorbonne, na França. Logo se tornou a 1ª primeira
mulher a lecionar na Universidade.
Temos então Marie, que em pleno sec. XIX, se deparava com uma sociedade
Patriarcal e Machista, onde em muitos lugares, em especial na ciência
mulheres não tinham voz, nem vez.
“Quando escolho um projeto de vida para mim, estou escolhendo para toda a
humanidade. Não posso escolher um modelo de vida e acreditar que ele vale
somente para mim.”
Madame Curie assumiu o desafio de abrir espaço para outras mulheres,
incluindo mais tarde sua filha, mostrando a força que a pesquisadora tinha.
Marie foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, reconhecimento pela
sua contribuição nas pesquisas sobre radioatividade. O Nobel de Física de
1903 foi dividido com Becquerel e com Pierre Curie.
"Durante toda a minha vida, as novas descobertas sobre a natureza me
alegraram como uma criança." Com o prêmio do 1º Nobel, Marie investiu no
campo cientifico e um tempo depois teve seu segundo Nobel em 1911, dessa
vez em Química, reconhecimento pela descoberta, isolamento e pesquisas
sobre o elemento rádio. A única a ganhar o prêmio por duas vezes (em áreas
distintas).
"Você não pode esperar construir um mundo melhor sem melhorar os
indivíduos. Para esse fim, cada um de nós deve trabalhar para o seu próprio
aperfeiçoamento e, ao mesmo tempo, compartilhar uma responsabilidade geral
por toda a humanidade." Marie
Com o prêmio no novo Nobel Marie investiu ainda mais em pesquisas
cientificas. Sendo fundamental no tratamento dos soldados feridos na Primeira
Guerra Mundial. Curie percebeu que os raios X seriam importantes para tratar
ferimentos de balas e fraturas, por isso, colocou em prática um serviço de
radiografia móvel. Buscou ajuda de pessoas ricas e de laboratórios para
auxílio financeiro e equipamentos, além de treinar técnicos para o trabalho com
os aparelhos de raios-x. Curie conseguiu instalar 200 estações de tratamento
radiológico nas zonas de combate da França e Bélgica, atendendo mais de 1
milhão de soldados durante a Primeira Guerra.
“Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida
fez de você.” Jean-Paul Sartre
SER-NO-MUNDO
No início da carreira Curie perdeu por um voto a eleição para ingresso na
Academia Francesa de Ciências, resultado de uma campanha machista da
época. Apesar de uma vida de oportunidades limitadas, Marie desfrutou da sua
Liberdade de SER-NO-MUNDO. Construiu e alterou por muitas vezes sua
essência, como Maria (nome de batismo, o qual usou por todo o seu período
na Polônia), Marie (nome adotado na França), Mãe, Filha, Esposa, Mulher,
Estudiosa, Cientista...
Podemos relacionar uma a frase "Uma pessoa nunca repara o que foi feito,
mas sim o que ainda precisa ser feito." de Marie com a frase “Cada pessoa só
tem como imutável, aquilo que já viveu” de Sartre.
Somos livres para uma reconstrução, modificação ou até mesmo uma
construção, temos liberdade para mudanças, a partir da dinâmica e relação
que nos estabelecemos com o mundo, constituindo a vida como um projeto
que se realiza pelas escolhas

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