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Ministério Público do Rio Grande do Sul

PROMOTORIA DE JUSTIÇA CRIMINAL DE NOVO HAMBURGO

COMARCA DE NOVO HAMBURGO/RS

VARA DO JÚRI E DE PRECATÓRIAS

PROCESSO Nº 5022716-48.2022.8.21.0019

NATUREZA ARQUIVAMENTO – MORTE NATURAL

VÍTIMA ADÃO CARLOS PEDROSO NOGUEIRA

PARECER POR ARQUIVAMENTO

Trata-se de Inquérito Policial instaurado a fim de apurar a


morte de ADÃO CARLOS PEDROSO NOGUEIRA, que foi encontrado
sem vida, dentro de sua residência, no dia 28/02/2022, na Rua Luís de
Brito, bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo/RS.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (Evento 1 –


OUT3), a equipe Volante da Polícia Civil foi acionada para averiguação de
encontro de cadáver. A vítima Adão Carlos Pedroso Nogueira foi
encontrada sem vida, no interior de sua residência.

A testemunha ALCEU DOS SANOS MARIA SILVEIRA


afirmou que foi até o local para visitar Adão, pois o mesmo não era visto
há cerca de três dias, e o encontrou já sem vida. Referiu que a vítima
sofria de alcoolismo e tomava diversos medicamentos, costumando
misturar os dois.

MARINEZ NOGUEIRA DE SOUZA, irmã da vítima, relatou


que ele morava sozinho na casa, era separado, tinha dois filhos e possuía
problemas com alcoolismo, tendo sido internado algumas, bem como
tomava medicação para o tratamento contra a doença. Informou que
devido às medicações, a vítima tinha convulsões e que chegou a
desenvolver um coágulo por bater a cabeça diversas vezes. Disse que

RUA DR. BAYARD DE TOLEDO MÉRCIO, 160 - CEP 93548011 - NOVO HAMBURGO, RS
Fone: (51)35826164 e-mail: mpnovohamburgo@mp.rs.gov.br
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ficou sabendo da morte do irmão por meio de uma ligação telefônica, uma
vez que não estava na cidade. Por fim, relatou que acredita que a vítima
tenha morrido em virtude das convulsões que tinha com frequência, pois
não possuía inimigos ou desavenças.

TEREZA DA SILVA, vizinha da vítima, disse que no


terreno há duas casas, uma onde ela mora e outra onde a vítima morava.
Informou que no dia do fato não estava em casa e que ficou sabendo do
ocorrido por meio de uma ligação de Alceu. Relatou que a vítima tinha
problemas com alcoolismo e tinha convulsões e que quando elas
ocorriam, a vítima se batia muito e acabava se machucando. Por fim,
disse acreditar que a vítima tenha morrido naturalmente, porque ninguém
ouviu, nem viu alguém entrar no local, bem como disse que Adão era uma
pessoa muito boa e que não tinha inimizades.

Foram encontrados medicamentos no local, bem como a


SAMU não atestou o óbito em virtude de a residência estar trancada.

O Laudo de Necropsia nº 48110/2022 apontou causa


interminada da morte visto o estado de putrefação do corpo.

Verifica-se que, após as diligências realizadas até o


momento, não foram identificados elementos capazes de demonstrar a
prática de qualquer infração penal. Os laudos periciais, o boletim de
ocorrência e as declarações demonstram que a vítima morreu por causas
naturais.

Assim, considerando que para o oferecimento da


denúncia é imprescindível à apuração exata do autor do crime, impõe-se,
na ausência da autoria e de indícios desta, o arquivamento do expediente
policial.

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DIANTE DO EXPOSTO, o Ministério Público requer o


arquivamento do presente expediente policial, com as ressalvas do art.
18 do Código de Processo Penal.

Novo Hamburgo, 21 de setembro de 2022.

Robson Jonas Barreiro,

Promotor de Justiça.

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