Ministério Público do Rio Grande do Sul

PROMOTORIA DE JUSTIÇA CRIMINAL DE NOVO HAMBURGO

COMARCA DE NOVO HAMBURGO/RS

VARA DO JÚRI E DE PRECATÓRIAS

PROCESSO Nº 019/2.20.0010799-2

NATUREZA FALECIMENTO

VÍTIMA ARMINDO BODACK

PROMOÇÃO POR ARQUIVAMENTO

MM. Juíza:

Trata-se de Inquérito Policial instaurado a fim

de se apurar as circunstâncias da morte de ARMINDO BODACK,
localizado já sem vida na via pública da Rua das Araucárias nº 100, Bairro
Boa Saúde em Novo Hamburgo/RS.

De acordo com o caderno inquisitorial, a vítima

fora localizada já sem vida na via pública, tendo sido chamada a Brigada
Militar e a SAMU. De pronto, foi costatado o óbito da vítima (fl. 05), sendo
que populares referiram aos Policiais Militares que a vítima era alcóolatra
e costumava realizar aquele trajeto diariamente, quando trafegava do bar
até sua residência (fl. 08), informações que foram ratificadas,
posteriormente, pela Polícia Civil (Relatório de Serviço de fl. 10).

Por sua vez, o Laudo Pericial do Local do

Crime (fls. 20/30) constatou a inexistência de vestígios de violência ou
qualquer outro elemento que pudesse sugerir a participação de outrem na
morte de ARMINDO, concluindo não ter havido embate corporal,
porquanto a vítima também não aparentava ferimentos, tampouco foram
localizados quaisquer objetos no local ou junto à vítima.

RUA DR. BAYARD DE TOLEDO MÉRCIO, 160 - CEP 93548011 - NOVO HAMBURGO, RS
Fone: (51)35826164 e-mail: mpnovohamburgo@mp.rs.gov.br
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Nesse contexto, verifica-se que o caso dos

autos trata-se de um fato atípico, porquanto, esgotadas as diligências da
Polícia Civil, a conclusão inevitável é que a morte de ARMINDO não
contou com a participação de terceiros, conforme também concluiram os
peritos que verificaram a cena do fato.

Registre-se que, não obstante a causa mortis

tenha constado como “indeterminada” (Certidão de Óbito de fl. 35),
decorrido quase um ano da morte da vítima, inviável qualquer necropsia
ou outra diligência possível a fim de se apurar a real causa de seu
falecimento que, ao que tudo indica, decorreu de fatores naturais.

DIANTE DO EXPOSTO, o Ministério Público

requer o ARQUIVAMENTO do presente feito, por atipicidade do fato,
entretanto sem prejuízo de ser reativada a investigação policial na
hipótese do art. 18 do Código de Processo Penal.

Novo Hamburgo, 23 de fevereiro de 2021.

Julia Flores Schütt,

Promotora de Justiça.

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