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VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE MISERICÓRDIA/BA
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
com fulcro nos arts 50, § 1º da lei 11.343/2006 e 396 e 396-A do Código de
Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos
I DOS FATOS
Inépcia da denúncia
Lei de Drogas
III DO DIREITO
Da ausência de materialidade
Nos crimes que deixam vestígios, como in casu, ao menos até a prolação da
sentença, imprescindível o exame de corpo de delito, nos termos do art. 158 do
Código de Processo Pena Por isso, a comprovação da materialidade da infração
penal, máxime propositada à caracterização da justa causa para a ação criminal,
mostra-se inarredável. Não fossem suficientes os argumentos antes explanados,
não se perca de vista que, tratando-se de ação penal de rito especial, haja vista o
prin7cípio da especialidade, incide-se a respectiva norma legal.
Quanto aos delitos envolvendo entorpecentes, há a Lei nº 11.343/2006, que,
de similar maneira, adota esse mesmo proceder, ad litteram:
Art. 50 - Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,
imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e
quatro) horas.
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
‘1Nada disso ocorreu, obviamente. O fundamento, usado para referendar a
denúncia, foi, tão-só, a quebra de sigilo telefônico, em que, nessa, supostamente
existem passagens que “certamente” apontam para o tráfico de drogas.
IV DO PEDIDO
a) absolvição sumária dos acusados nos termos do artigo 397, III, CPP.
Misericórdia...de...de...
Advogados:
Luciléia Couto- OAB...
Renita Gonçalves-OAB...
DESAFORAMENTO
Conceito: O processo sai de um foro de determinado juízo e vai ser remetido para ser julgado
pelo Júri de outro juízo.
Cabimento:
1. Interesse da ordem pública
2. Dúvida sobre a imparcialidade do júri
3. Dúvida sobre a segurança pessoal do réu
4. Não realização do julgamento, no período de 6 meses a contar da preclusão da pronúncia
em virtude de comprovado excesso de serviço.
Fundamento legal: Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida
sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento
do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação
do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da
mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.
Competência
A competência sobre a decisão do desaforamento é o Tribunal de Justiça.
Prazo: Se o pedido de desaforamento for por excesso de serviço, o julgamento não vai poder
ser realizado em 6 meses a contar do trânsito em julgado da pronúncia, pode ser feito o
desaforamento. Primeiro há que ouvir o juiz competente e depois a parte contrária
Teses: a Súmula 712 do STF, impõe a nulidade da decisão que determina o desaforamento de
processo da competência do júri sem audiência da defesa.
Pedidos: A legitimidade para pedir o desaforamento é do MP, assistente, querelante (se for
uma ação penal privada), o acusado ou o juiz.
O pedido de desaforamento é possível após o trânsito em julgado da sentença de pronúncia,
ou seja, quando tal decisão se mostrar definitiva. É preciso que o tribunal decida primeiro
sobre essa questão da pronúncia, porque pode ser que o próprio tribunal venha a absolver
sumariamente aquele acusado. Se o julgamento já ocorreu não há sentido para o
desaforamento.