Project Hamburgueria

(Chuva intensa. Televisão no noticiário, voz em

O do jornalista anunciando a crise na economia atual por conta do período mais crítico de
pandemia. A esposa assistindo a TV na sala. O Marido na cozinha a a uma faca e começa a
cortar um pedaço de carne em bifes).

Marido (respira fundo, e dizendo mais chateado e seco): Meu seguro desemprego acaba mês que
vem.

(Esposa olha pro marido com ternura).

Esposa: Querido, eu sei que você está se esforçando.

Marido: Mas, as contas não vão bem.

Esposa: Eu já falei que eu consigo segurar com o meu salário…

Marido: Eu sei, querida. (Pausa). Mas eu preciso fazer alguma coisa pra contribuir nessa casa.

Esposa: Você já me ajuda com a Clarinha, enquanto eu não estou em casa. Você limpa a casa
inteira, dá atenção pra menina, você é um anjo aqui dentro. Do que mais você precisa?

Marido: Esse sistema acabou com a minha vida… Eu tinha um trabalho e uma terapia. Uma
hamburgueria não fecha sem mais, nem menos.

Esposa: Mas, a sua fechou, meu amor. E você não foi o único. Foi um período muito punk pra
todo mundo. Tem gente que nem casa tem, a gente ainda tem bife pra cortar enquanto reclama…
O que mais a gente pode fazer?

Marido: Alguma coisa…

Esposa: Por enquanto, faz a janta, benzinho… Hahaha (os dois riem. Ela se levanta e diz
enquanto o abraça por trás) Meu príncipe! (Beija o seu rosto. Diz enquanto pega água). Nossa,
lembrei da minha avó que dizia pra gente “tá com fome? Mata um homem e come” Hahah!

(Ele ri. Para por um momento. Close em sua expressão de insight. Ao fundo da imagem um
pouco desfocada, sua esposa fecha a geladeira.

J CUT (audio batida da geladeira + audio da porta do restaurante)

MARIDO entra no estabelecimento fazendo o morador de rua refém fazendo-o desmaiar com
cloroforme.

Em seguida, MARIDO pega um machado e o levanta.

J CUT (baruho do moedor)

Em seguida mostra o MARIDO moendo a carne da vítima e em seguida a modelando (fazendo

um barulho grotesco de carne).

J CUT (som de berro da Clarinha, sua lha)

na cena seguinte retorna ao momento da mesa e sua esposa vem do lado oposto e fala:

Esposa: Clarinha acordou de novo, foi só um susto.

Marido: que susto (gaguejando)

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 MARIDO e ESPOSA dormem.

J CUT (barulho do abajur desligando + barulho do portão ou porta do restaurante se abrindo)

MARIDO abre o estabelecimento, coloca o seu avental, esquenta a chapa, em seguida toca o
barulho do sino de entrada de restaurante e MARIDO fala:

Marido: Só um minuto…

Então ele recolhe todas as roupas das vítimas e as colocam em um balde. Ele é recebido por um
scal da prefeitura, e inicia-se um diálogo:

Fiscal: Então você é mais um sonhador…

Marido: É, eu sonho.

Fiscal: Ninguém sonha se eu não deixar nessa cidade…

Marido: (engole seco)

Fiscal: Nada demais, só um pente no, como você já passou na última avaliação, acredito que
não encontraremos nada demais… deixa eu ver a cozinha?

Marido estica a mão o deixando ver a cozinha.

(Enquanto o diálogo, o scal não mantém contato visual e entra olhando todo o estabeleciomento
com sua caderneta)

FISCAL entra na cozinha e em seguida olha para MARIDO com uma olhar de assustado e
MARIDO devolve o olhar para FISCAL com medo.

CORTE SECO (plano detalhe caderneta)

Em seguida mostra MARIDO assinando a caderneta. Close no olhar de MARIDO mantendo

contato visual com o Fiscal enquanto assina.

FISCAL: Parabéns senhor “MARIDO”, desejamos todo sucesso para o seu nome
empreendimento. Qualquer dia eu volto aqui porque “a chapa é quente” (e faz um olhar de
piadianha e começa a rir)

MARIDO devolve a risada com um tom de tensão. Em seguida entra em seu restaurante e fecha a
porta.

J CUT (barulho de porta + intro do lme “projeto hamburgueria”)

Próxima cena inicia-se com a música “My Heart Would Know - Hank Williams” https://
open.spotify.com/track/6hAy4sLkqaPQRmC6FtnxXg?si=37SE-3R2QpSVqnd0KAdIjA

e a televisão da cozinha com noticiário contando o sucesso de lançamento da hamburgueria

enfatizando o diferencial de sabor da carne:

NOTICIÁRIO: hamburgueria “x” acaba de inaugurar sua primeira loja na cidade “x”. O movimento
está muito forte, pessoa saindo satisfeitas, saindo direto do trabalho para vir almoçar! Olha, pode
trazer as crianças, os avós, todo mundo está convidado para curtir os novos lanches da
hamburgueria “x”.

Enquanto roda o noticiário e a música, mostra MARIDO moendo a carne e preparando os

lanches, barulho da chapa em J CUT, e mostra de relance também a pilha de roupas cada vez
maior ao fundo da cozinha.

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J CUT (sino do balcão)

Em seguida mostra um cliente no balcão pedindo a MARIDO um lanche:

CLIENTE 1: queria um duplo com fritas e refrigerante por favor.

MARIDO: é pra já!

MARIDO monta uma comanda com senha e entrega ao cliente (seu semblante está mais leve e
contente).

MARIDO vai a cozinha montar o lanche e em seguida toca o sino do balcão novamente. MARIDO
vai ao balcão e é recebido com um JORNALISTA:

JORNALISTA: “Leo Capel” noticiário das 7! Fiquei sabendo do sucesso deste lugar, sua história
de superação… tenho uma proposta pra te fazer…

MARIDO: Eeeeee…. Qual seria a proposta (tom amedrontado)

JORNALISTA: Quando fechar a gente conversa… tem que ser a sós…

CLOSE DESCONFIADO no rosto de MARIDO

JORNALISTA: Mas vou querer um dos seus duplo com fritas enquanto eu espero.

J CUT (barulho da porta sendo fechada do restaurante)

MARIDO senta na mesa com o JORNALISTA e inicia-se um diálogo:

MARIDO: Então, qual seria a proposta?

JORNALISTA: Pensa comigo “MARIDO”… um pobre cozinheiro, falhido, reabre uma

hamburgueria, pós-pandemia, e mesmo em meio a crise, é um sucesso… no meio da fome há
uma esperança culinária! O que acha de ser o mais novo personagem de uma grande reportagem
de “Leo Capel no horário nobre das 7”?

MARIDO: ………… (responde meio sem jeito) Eu preciso conversar com minha esposa antes…

JORNALISTA: Pense no retorno, nas vizualizações, hoje em dia uma matéria circula na internet
com muita facilidade, pense nos clientes, razôes para acreditar, o público gosta disso!

MARIDO bate na mesa e diz:

MARIDO: É muita exposição… somos um estabelecimento familiar…

JORNALISTA: masss…

MARIDO: Não estou interessado (grosseiro)

Então JORNALISTA se leventa meio constrangido e diz:

JORNALISTA: tudo bem…

Então entrega seu cartão para MARIDO

JORNALISTA: caso mude de idéia, está aqui meu cartão…

Ao chegar perto da porta, jornalista diz:

JORNALISTA: A propósito… obrigado pelo lanche… estava… (inspira fundo) … desumano…

 Em seguda vai embora.

CORTE SECO

Próxima cena mostra Breaking News de Leo Capel (na tela conversando com espectador).

JORNALISTA: No último mês, estávamos acompanhando a história do “RUI”. Um morador de rua

aqui da cidade, antigo trabalhador do frigorí co central da cidade, e por conta da pandemia,
acabou sendo mais um cidadão em situação de rua. Rui desapareceu misteriosamente durante
as lmagens. Seus colegas de calçada choram todos os dias a falta de RUI. Infelizmente, nossa
história cará sem nal. Mas mesmo assim, exibiremos o que conseguimos gravar de RUI, sua
rotina, sua luta por sobrevivência, basicamente o supridor de seu grupo; nós sabemos que
verdadeiras família se formam debaixo dos viadutos, nas sarjetas da cidade, eai eu pergunto a
vocês: Onde estão as autoridades?

Corta para plano em que MARIDO entra em casa com as compras e sua esposa está assistindo o
noticiário na sala:

ESPOSA: Lembrou do leite da Clarinha?

MARIDO retira a lata de leite da sacola, sorri para a esposa, olha para a TV, fecha a cara e aí
pergunta:

MARIDO: O que você está assistindo?

ESPOSA: ahh… o noticiário das 7… (remedando) “Leo Capel”… parece que um morador de rua
desapareceu enquanto ele fazia um documentário… só assim para darem falta de um morador de
rua… as pessoas passam e nem olham pra eles na calçada…

MARIDO: humm… vou ferver o leite da Clarinha…

MARIDO sai de cena e camera foca ma televisão:

JORNALISTA: Você está assistindo Leo Capel, noticiário das 7 (ele olha pro relógia) e meia…

CORTE SECO

Plano aberto da rua e carros passando (chuva opcional). Em seguida MARIDO caminha pela rua
procurando uma vítima.

MARIDO: “Jornalista desgraçado… to tendo que andar 20km pra car fora do raio daquele
mauricinho…” (pensando alto)

Em seguida MARIDO encontra um morador na rua e vai até ele com cloroforme.

CORTE SECO (camera subjetiva do SANTANA, cameraman do JORNALISTA Leo Capel)

JORNALISTA: Nós estamos aqui no bairro de “Socorro”, a 20km do centro da cidade,

basicamente do outro lado do município, pra conferir a história de mais um morador de rua…
esperamos nosso personagem não tenha um triste m, como de RUI…

CORTE SECO (ainda camera subjetiva)

JORNALISTA: A gente está aqui com ARNALDO…

CORTE SECO

mostra MARIDO arrastando a vítima no olhar de perspectiva do MARIDO.

CORTE SECO (CAMERA SUBJETIVA DE SANTANA)

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JORNALISTA: Você vendia então Crochê?…

Camera mostra os pés da vítima sendo arrastado para atrás de um prédio/beco.

JORNALISTA: SANTANA, enquadramento é aqui SANTANA!

SANTANA: Você viu aquilo?? Estão levando um homem para atrás do prédio??

JORNALISTA: Mais um morador de rua??

A camera subjetiva balança pra cima e para baixo como um sinal de “sim”.

JORNALISTA: Então vamos embora SANTANA, atrás da notícia!

Os dois sarm correndo em direção à vítima deixando ARNALDO pra trás. Mostra enquadramento
de ARNALDO olhando os dois correndo de um lado para o outro.

CORTE SECO (CAMERA SUBJETIVA DE SANTANA - ENQUANTO ELES CORREM A CAMERA

BALANÇA)

JORNALISTA: A gente estava até agora, lmando a História do ARNALDO, morador de rua
queridíssimo lá do bairro de Socorro, quando vimos um sequestro acontecendo ao vivo…

SANTANA completa a frase do JORNALISTA:

SANTANA: VOICE OVER - “de outro morador de rua”

JORNALISTA: “Só lma Santana, você é camera”.

CORTE SECO

MARIDO arrasta a vítima pelos fundos no quintal da hamburgueria. Bate em seu bolso, olha o
cinto, (que contém vários utensílios de crime). Ele bufa e diz:

MARIDO: machado…

Então MARIDO entra na hamburgueria.

CORTE SECO (CAMERA SUBJETIVA DE SANTANA FILMANDO A PAREDE DOS FUNDOS DO

ESTABELECIMENTO)

JORNALISTA: Olha a parede de tijolos aparentemente… o meliante abate as suas vítimas aqui…
pra trás desse muro… ta pronto SANTANA?

SANTANA: Não.

JORNALISTA: Era retórica SANTANA, essa não precisava responder.

Então JORNALISTA e SANTANA entram no terreno do quintal lmando tudo e se abrigam atrás de
uma moita/caçamba de lixo. Pela camera Subjetiva eles dão um close no morador de rua
desmaiado enquanto JORNALISTA vai falando baixinho:

JORNALISTA: ali aparentemente a vítima está dopada, muito provável, este deve ter sido o m de
RUI, mais um morador de rua inocente, basicamente um indigente que passaria despercebido
pela sociedade…

SANTANA corta JORNALISTA e susurra:

SANTANA: Olha lá Leo ele ta vindo, ele ta vindo!

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 Tudo é lmado pela camera subjetiva: o MARIDO entra com o machado no quintal, chuta
levemente a vítima, tira a roupa, e quando levanta seu machado para cortar a vítima, o telefone
de Leo começa a tocar o som do noticiário (ringtone) no fundo. (Cena mostrará troca de desfoque
do machado para foco no arbusto) MARIDO percebe o movimento.

CORTE SECO

SANTANA: delisga isso imbecíl!

Corta para MARIDO abaixando a faca. Então SANTANA e JORNALISTA fogem e MARIDO
consegue no ato pegar o JORNALISTA. SANTANA consegue fugir.

CORTE SECO (CAMERA SUBJETIVA DE SANTANA CORRENDO E OFEGANTE)

Em seguida MARIDO puxa o Leo e joga ao lado do morador de Rua no chão.

JORNALISTA: Então esse é o segredo do seu sucesso… a vida dos outros!?

MARIDO: Nada diferente de você.

Então MARIDO dá várias machadas no JORNALISTA.

CORTE SECO (CAMERA SUBJETIVA DE SANTANA)

SANTANA se lma dizendo:

SANTANA: Aqui é o Leo… Diego… Santana… pro noticiário das 7, desvendando o sumiço dos
moradores de rua. Agora tendo como vítima, o nosso apresentador. Não perca semana que vem,
a série de homenagens à vida e carreira de Leo Capel. (Fala ofegante e gaguejando)

CORTE SECO

MARIDO lava as mãos. MARIDO fecha a porta do estabelecimento.

J CUT (som da porta do restaurante + porta de casa)

MARIDO chega em casa ofegante e fala:

MARIDO: Faz a mala rápido e pega as coisas da Clarinha.

ESPOSA: O que que ta acontecendo?

MARIDO: A gente vai viajar, não pergunta nada. Só faz as malas e desce pro carro.

CLOSE no semblante da ESPOSA não entendendo nada sobre a situação.

CORTE SECO

Em seguida mostra o meio da estrada. (Clara está dormindo)

ESPOSA: Você ta louco? Isso não é normal! (Alterada)

MARIDO: Chegando lá eu te explico.

ESPOSA: Eu quero saber agora!

MARIDO: Fica em paz, ouve o rádio, chegando lá eu te explico.

Então MARIDO aumenta o som do rádio e nisso a música é interrompida e um RADIALISTA

começa a falar:

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RADIALISTA: Voltamos agora com atualizações ao vivo da morte do Jornalista LEO CAPEL.

Em seguida MARIDO desliga o rádio e sua esposa o olha e liga novamente o rádio. Em seguida
ao ligar o rádio é o depoimento de SANTANA:

SANTANA: Foi o “MARIDO” o dono da hamburgueria! A gente nunca poderia imaginar!

Então MARIDO desliga novamente o rádio e segue friamente olhando pra frente, enquanto sua
esposa puxa o freio de mão. Olha pra ele e fala:

ESPOSA: Desce do carro!

MARIDO: Mas…

ESPOSA: DE-SCE DO CAR-RO!

Os dois descem do carro. A ESPOSA sai andando pra frente na estrada. O MARIDO vai atrás se
explicando:

MARIDO: Eu não tinha o que fazer, eu tinha você, a Clarinha!

ESPOSA: Nada justi ca o que você fez!

MARIDO: Eu amo vocês!

ESPOSA: Você é um monstro! Eu falei pra você que eu trabalhava. Eu ajudei você da maneira
mais digna que uma pessoa pode ajudar alguém… E eu nunca precisei matar um ser humano pra
sustentar a nossa família…. OLHA PRA MIM!

MARIDO: Como assim?

ESPOSA: OLHA PRA MIM! (Brava) Eu sou um pedaço de carne pra você? Um pedaço que
atrapalhou seu sucesso?

MARIDO: Nunca! Que pergunta é essa?

ESPOSA: Eu preferi todos os dias arriscar minha própria pele pela vida dos outros em vez de
arriscar os outros pelos meus interesses… nós passamos por uma pandemia, pessoas morreram
tentando ajudar outras e outras caram famosas por arriscarem a vida de inocentes pra
enriquecerem mais, pra comerem mais, e hoje estão pagando muito caro pelo o que zeram…

MARIDO: “ESPOSA”…

ESPOSA: Você fez a sua escolha e eu to fazendo a minha… as vezes amar exigem outros
sacrifícios… Vai doer mais em mim do que em você.

ESPOSA puxa um revólver aponta pro marido quase tremendo e caindo lágrimas. MARIDO
assustado responde:

MARIDO: Você ta fazendo a mesma coisa.

ESPOSA: Isso aqui é legítima defesa.

ESPOSA acerta um tiro na altura do coração do MARIDO e ele cai em frente o carro.

ESPOSA entra no carro e CLARINHA está chorando. Então ESPOSA fala:

ESPOSA: Calma lha, calmaa! A gente é forte, a gente vai construir uma nova família e um novo
futuro!

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 Então ESPOSA liga o carro e vai embora. Cena de drone do carro na estrada.

CORTE SECO

Letreiro: 20 ANOS DEPOIS

Mostra um programa de entrevista jornalístico. Uma JORNALISTA MULHER entrevistando a

VEREADORA CLARA BATISTA:

JORNALISTA: Agora vamos falar de um projeto de lei que exige que açougueiros, padeiros, e
outros pro ssionais que lidam com o público e manuseiam armas brancas como facas,
machados e outros lâminas, passem por um teste psicológico antes de entrarem no mercado de
trabalho. Será emitido um novo documento, uma licença que autoriza o estabelecimento a
funcionar com maior segurança. Vamos saber mais um pouquinho com a Vereadora CLARA
BATISTA. Bom dia VEREADORA, você pode explicar mais um pouquinho como funciona esse
projeto?

CLARA BATISTA: Bom dia à todos! Bom dia MANUELA. Esse projeto nasce da necessidade que
todos nós seres humanos tratemos a vida com mais dignidade. Você pode até me perguntar “Ah,
mas nunca tivémos nenhum problema com padeiros ou açougueiros assassinos na cidade”
talvez não seja conhecido do grande público, mas existem diversas cidades pequenas e
afastadas que não possuem grande alcance de informação; e mesmo não

Tendo histórico, já dizia o grande OSVALDO CRUZ “É melhor prevenir doenças do que ter que
curá-las”. Todo ser humano é bom ou ruim até que se prove o contrário.

CORTE SECO (PRETO)

CRÉDITOS

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ELENCO

PERSONAGENS PRINCIPAIS

- CÉSAR BATISTA (MARIDO/ AÇOIGUEIRO) - Reynaldo César Batista

- CECÍLIA BATISTA (ESPOSA) - Analu Dupret; Paloma Cosenza

- CLARA BATISTA (FILHA CRIANÇA) - Larissa ( lha do Cleber e da Cintia)

- CLARA BATISTA VEREADORA (FILHA ADULTA) - Karol Cruz

- FISCAL DA PREFEITURA - Marcos Babene

- LEO CAPEL (JORNALISTA) - Júlio Graça

- SANTANA (CAMERAMAN) - Lucas Allan

- RUI (MORADOR DE RUA) - Daniel Oliveira

- ARNALDO (MORADOR DE RUA) - Rogerião (Comuna), Everton Vitor

- MANUELA (JORNALISTA) - Evelin Oliveira

PERSONAGENS SECUNDÁRIOS

- CLIENTE 1 (RESTAURANTE) - Weslley Holanda; Gustavo Veronez

- FIGURANTES - Sophia Bezerra, Giovanna Radomille, Gabriel Amorim; Sabrina Inácio;

- FIGURANTES COMO VÍTIMA - Everton Vitor;

- LOCUTOR DA TELEVISÃO NO INÍCIO: Daniel Oliveira

- VOZ DO RADIALISTA NO CARRO: Marcos Babene

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