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FACULDADE UNIRB ARAPIRACA

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ADEMIR SOUZA DA SILVA

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO E SUA APLICABILIDADE,


PATOLOGIAS E ERROS NA EXECUÇÃO E NA CONCRETAGEM DE
PILARES E VIGAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

ARAPIRACA/AL
2021
ADEMIR SOUZA DA SILVA

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO E SUA APLICABILIDADE,


PATOLOGIAS E ERROS NA EXECUÇÃO E NA CONCRETAGEM DE PILARES E
VIGAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

TCC apresentado como requisito para


conclusão do curso de Engenharia Civil do
Centro Universitário UNIRB.

Orientador: Anderson Ravanny de Andrade


Gomes

Arapiraca/AL
2021
BIBLIOTECA ZUZA PEREIRA / CENTRO UNIVERSITÁRIO REGIONAL DO BRASIL –
UNIRB

SILVA, Ademir Souza da


Estrutura de concreto armado e sua aplicabilidade, patologias e erros na
execução e na concretagem de pilares e vigas; uma revisão de literatura./
Ademir Souza da Silva. – Arapiraca Al, 2021.
43f.

Monografia (graduação) do Curso de Bacharel em Engenharia Civil –


Faculdade UNIRB Arapiraca..

Orientador (a): Prof. Prof. Dr. Anderson Ravanny de Andrade Gomes.

1. Concreto armado. 2. Erros de execução. 3. Patologias..


I. Estrutura de concreto armado e sua aplicabilidade, patologias e erros na execução
e na concretagem de pilares e vigas; uma revisão de literatura.

CDD: 624
Dedico este trabalho a minha mãe, meu
exemplo de vida.
AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por me ajudar em todos os


momentos e obstáculos que enfrentei durante toda formação acadêmica, por me dar
força para seguir lutando e seguindo em frente em busca dos meus sonhos e
objetivos.
Aos meus pais, por me ajudar em todos os sentidos, e me incentivar em
sempre seguir lutando por meus sonhos e objetivos, por me ajudar nas horas mais
difíceis no decorrer do curso, pois batalhamos diariamente por um sonho em que
passamos cinco anos para concretizar. Também aos meus saudosos avó e avô por
me incentivar e me ajudar em todos os momentos que precisei, e sempre me
aconselharam para que eu viesse seguir nessa área em que escolhi e que eu viesse
dar o meu melhor em todas as coisas que eu viesse fazer.
Aos professores, pelo ensinamento e por transmitir todo seu conhecimento
conosco, e por todas as correções feita, para que possamos prestar um bom serviço
sempre garantindo a segurança das pessoas e fazemos o melhor para os sonhos
das pessoas se tornarem realidade conforme o seu desejo. Aos coordenadores, por
ajudar academicamente a solucionar alguns devidos problemas, e por ajudar no
decorrer da formação, sempre buscando melhorias para o nosso curso, e sempre
buscando a capacitação para a nossa formação profissional. Aos meus colegas, por
todas as parcerias durante o curso, por todos os ensinamentos em que
compartilhamos um com o outro, e por todos os trabalhos e atividades que
desenvolvemos juntos, para que nos tornássemos mais capacitados a enfrentar e
solucionar os diversos problemas proposto para que nos tornássemos profissionais
capacitados a ingressar no “mercado de trabalho” sempre buscando melhorias para
a sociedade.
“A verdadeira medida de um homem não
se vê na forma como se comporta em
momentos de conforto e conveniência,
mas em como se mantém em tempos de
controvérsia e desafio”.

Martin Luther King Jr.


RESUMO

O concreto armado é um material duro, condensado que é utilizado nas construções, sendo
este feito com a mistura de areia, pedra britada, cimento e água. É uma peça que precisa de
conhecimentos específicos para a sua realização. Como objetivo, este trabalho busca
desenvolver um estudo sobre a estrutura de concreto armado, sua aplicabilidade, patologias
e erros na execução e na concretagem de pilares e vigas. O concreto quando mal
executado ou planejado acontecem problemas que podem diminuir o tempo de vida desse
concreto e, até mesmo causar graves danos ao ambiente e a população de modo geral. A
partir dessas premissas surge o seguinte problema que impulsionou e justifica a realização
desse trabalho: Quais os principais patologias e erros que comprometem a estrutura de
concreto armado e sua aplicabilidade? Embora a estrutura de concreto armado apresente
robustez, com o tempo, assim como toda construção vai se deteriorar, porém, afirma-se que
o concreto armado é uma boa ferramenta para a construção civil que deve ter a sua
aplicabilidade de forma correta evitando assim danos ambientais e a população em geral.
Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa
bibliográfica realizada a partir da análise pormenorizada de materiais já publicados na
literatura e artigos científicos divulgados no meio eletrônico.

Palavras-chave: Concreto armado. Erros de execução. Patologias.


ABSTRACT

Reinforced concrete is a hard, condensed material that is used in constructions, which is


made with a mixture of sand, crushed stone, cement and water. It is a piece that needs
specific knowledge to perform. As an objective, this work seeks to develop a study on the
structure of reinforced concrete, its applicability, pathologies and errors in the execution and
concreting of columns and beams. Concrete when poorly executed or planned, problems
occur that can reduce the life of this concrete and even cause serious damage to the
environment and the population in general. From these premises, the following problem
arises that prompted and justifies this work: What are the main pathologies and errors that
compromise the reinforced concrete structure and its applicability? Although the reinforced
concrete structure presents robustness, over time, as well as any construction will
deteriorate, however, it is stated that reinforced concrete is a good tool for civil construction
that must have its applicability correctly, thus avoiding damage environment and the
population in general. To achieve the proposed objectives, bibliographical research was used
as a methodological resource, carried out from the detailed analysis of materials already
published in the literature and scientific articles published in the electronic media.

Kay Word: Reinforced concrete. Execution errors. Pathologies.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

2 REVISÃO D ELITERATURA..................................................................................13
2.1 Estrutura de concreto armado e sua aplicabilidade.............................................13
2.2 Principais patologias no concreto armado............................................................16

3 SEGREGAÇÃO DO CONCRETO NAS ESTRUTURAS........................................20


3.1 Corrosão das armaduras...................................................................................21
3.2 Deterioração do concreto..................................................................................22

4 METODOLOGIA.....................................................................................................25

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................27
5.1 Principais erros na execução...............................................................................27
5.2 Erros na concretagem..........................................................................................32
5.3 Utilização do vibrador para realizar o adensamento do concreto........................35
5.4 Slump teste de concreto.......................................................................................36
5.5 Umedecendo a laje para ajudar na cura do cocreto............................................38

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................40

REFERÊNCIAS..........................................................................................................41
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Concreto armado aplicado em pilares.......................................................16


Figura 2 – Concreto armado aplicado em laje e piso.................................................17
Figura 3 – Concreto armado aplicado em viga...........................................................17
Figura 4 – Concreto armado aplicado em sapata......................................................17
Figura 5 – Segregação do concreto...........................................................................20
Figura 6 – Corrosão das armaduras em uma laje......................................................22
Figura 7 – Corrosão da armadura em pilares.............................................................22
Figura 8 – Deterioração do concreto..........................................................................23
Figura 9 – Erros na seção mínima do pilar.................................................................29
Figura 10 – Erro na seção e no aço mínimo permitido...............................................30
Figura 11 – Erro na posição das barras de aço da viga.............................................31
Figura 12 – Erro na posição das barras de aço e no cobrimento do concreto...........32
Figura 13 – Erro no adensamento e na dosagem do concreto em pilar....................33
Figura 14 – Erro no adensamento e na dosagem do concreto em piso....................34
Figura 15 – Erro no fator água/cimento no concreto..................................................35
Figura 16 – Adensamento de concreto com vibradores.............................................36
Figura 17 – Slump teste de concreto..........................................................................37
Figura 18 – Umedecendo a laje para ajudar na cura do concreto............................39
12

1 INTRODUÇÃO

A fabricação de concreto armado de alta resistência surge a partir das


necessidades de construções em ambientes agressivos que têm uma
vulnerabilidade maior com relação aos efeitos da natureza. A mistura é feita a partir
de materiais como pedras trituradas, cimento, areia, água e outros que, formando
uma massa heterogênea produz uma durabilidade maior pelo fato de apresentar
uma super resistência aos efeitos do tempo ( Barata,1998).
O concreto armado pode ser classificado quanto à sua resistência em
inúmeras modalidades cujo parâmetro central deve ser o comportamento do
diagrama tensão x deformação à medida que a resistência aumenta. (NARDIN,
1999).
De acordo com Coelho (2008), a Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT NBR 12655 (2006), os componentes do concreto devem ser misturados até a
formalização de uma massa homogênea. Porém, as normas dizem ainda que, essa
operação pode ser executada na obra, na central de concreto ou em caminhão –
betoneira.
Após a descarga, não deve ficar retido na superfície das paredes e pás da
betoneira um volume residual de concreto maior do que 5% do volume nominal,
pois, entende-se que, esse volume independe da consistência do concreto.
Entretanto, sendo em caminhão – betoneira, deve ser obedecido o disposto na
ABNT NBR 7212 (1984), execução de concreto dosado em central –especificação
no que se refere ao equipamento de mistura (ABNT NBR 7212, 1984)
Na associação do concreto com um material de boa resistência à tração
como, por exemplo, o aço, obtém-se o concreto armado, contudo, não basta que
sejam simplesmente usados em conjunto, tem que haver solidariedade entre ambos.
E com isso, algumas propriedades foram verificadas, podendo-se citar a boa
aderência entre o concreto e o aço, o mesmo ocorrendo com o coeficiente de
dilatação térmica, pois o do concreto é bem aproximado ao do aço (COELHO, 2008,
p. 17).
Enfim, o concreto armado é um material de grande resistência a diversos
elementos da natureza, como por exemplo, ao fogo e a água. Porém, essa
resistência só será possível se o mesmo for construído com materiais adequados e
13

de boa qualidade, caso contrário, essa resistência pode ser reduzida trazendo assim
deteriorização a essa armadura.
A partir dessas premissas, pode-se dizer que, o interesse principal no
desenvolvimento dessa pesquisa, ou seja, o que o justifica, é conhecer a melhor
forma de executar ou construir o concreto armado com o menor risco possível de
problemas.
Por isso, buscou-se ampliar os saberes a respeito da estrutura de concreto
armado e quais as condições para a sua aplicação e quais os principais erros
cometidos na execução de concretagem de pilares e vigas.
Para o desenvolvimento desse trabalho foi realizada uma análise
pormenorizada de materiais já publicados na literatura e artigos científicos
divulgados no meio eletrônico. Assim, será tratado na pesquisa de forma bem
particular questões do concreto armado, a sua aplicabilidade, e as patologias e os
possíveis erros na execução e na concretagem de pilares e vigas.
Deste trabalho tem como objetivo desenvolver um estudo sobre a estrutura de
concreto armado e sua aplicabilidade, patologias e erros na execução e na
concretagem de pilares e vigas, assim como, citar as patologias e os erros na
execução e na concretagem de pilares e vigas; apontar as vantagens e
desvantagens da estrutura de concreto armado e relatar os materiais utilizados na
estrutura de concreto armado;
14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Estrutura de concreto armado e sua aplicabilidade

De acordo com Helene (2007), o concreto armado pode ser definido como um
material duro, condensado que é utilizado nas construções que é feito com a mistura
de areia, pedra britada, cimento e água. Na concepção de Mehta e Monteiro (2008),
o concreto armado pode ser definido como um material heterogêneo composto com
diferentes elementos, ou seja, é um material que contém uma “pasta” que integra ou
une partículas.
O que os autores estão definindo é justamente um material fabricado por
vários outros materiais, como por exemplo, pedras britadas, cimento, areia, água e
outros formando assim uma substância homogênea que é utilizada nas construções.
Percebe-se então um conceito bem parecido com o teórico Helene (2007), isso
significa que, ambos reconhecem o concreto armado e sua fabricação que resulta
em uma armação dura e sólida, logo bastante resistente que são usadas com
segurança nas construções civis.
Mehta e Monteiro (2008) falam ainda que, no concreto de cimento hidráulico o
agregado dos materiais é formado a partir da mistura do cimento hidráulico e água.
Ressaltando ainda que esta mesclagem são aparatos em graus, como por exemplo,
areia, pedras trituradas, rochas trituradas, entulhos ou resíduos de antigas
construções e demolições etc.
Outro conceito para o concreto armado fora descrito por França (2004),
quando ele afirma que esse tipo de instrumento utilizado nas construções civis pode
ser definido como “um material de construção formado a partir de resíduos como,
cimento, rochas fragmentadas, agregado graúdo, água e ocasionalmente aditivos
químicos e adições. Em relação ao acréscimo dos aditivos, o autor supracitado diz
que, estes tem como finalidade modificar, melhorar e, principalmente impedir certas
reações nas características do concreto, tanto no estado fresco como no endurecido.
Percebe-se que o conceito de França (2004), além de reiterar com os
pensamentos de Helene (2007), Mehta e Monteiro (2008), apresenta uma nova
informação que é a questão das adicionais que permite a essa estrutura uma
condição melhor no seu uso dando-lhe mais resistência e durabilidade.
15

Sabe-se que, para se construir alguma edificação é de suma importância


estar atento aos materiais que serão utilizados na mesma, pois, a segurança e
durabilidade da obra está ligada também a questão dos materiais utilizados nessas
construções.
Para Martin (2005) e Coelho (2008), o concreto é um dos aparatos essenciais
na civilização contemporânea. O seu estudo é amplo e possibilita os engenheiros a
conhecer melhor a sua relevância nas construções a partir de estudos e pesquisas
quanto a sua durabilidade, empregabilidade, densidade etc. Permite também aos
construtores a desenvolver uma obra segura, no entanto, é preciso reconhecer que,
o concreto armado tem as condições ou características que devem ser observadas,
como por exemplo, realizar a mistura em proporções certas, corretas para que seja
formado, sendo assim, é preciso utilizar de materiais adequados que um bom
concreto exige.
A durabilidade do concreto armado é um fator que precisa ter uma atenção
especial, pois, a depender de como este foi desenvolvido, a qualidade dos resíduos
empregados nessa fabricação, o tempo de duração pode ser modificado. Segundo
Helene (2007) e Andrade (2004) dizem que a questão da duração do concreto de
cimento Portland é visto como capaz superar quaisquer condições climáticas
extremas, assim como aos agentes químicos e até mesmo a densas escoriações
que, em outra estrutura poderia ser um prejuízo total, pois, seria completamente
danificado com as ações climáticas, agentes químicos e arranhões.
Embora os teóricos acima apresentem este tipo de concreto como super
resistente, os mesmos alertam que, nenhum material se torna permanente ou
definitivo quando exposto às forças ambientais. Sabem-se que, com o tempo as
edificações expostas aos efeitos da natureza (sol, chuva, vendavais, tufões,
furacões, etc.) modificam a microestrutura dessas construções, ou seja, as
propriedades são transformadas e, consequentemente determina a vida útil da
mesma.
Quando se pensa no tempo de duração de um material na construção, Helene
(2007) e Andrade (2004) dizem que este chega ao fim, a partir do momento em que
as propriedades que o compõe apresentar desgastes ou danificações de modo que
comprometam por completo a segurança da mesma e, sua recuperação for inviável,
pois o gasto não compensará.
16

Os autores acima falam ainda que, o tempo de duração do concreto de


cimento Portland vai depender muito de fatores, como as qualidades do cimento
usado, o revestimento da estrutura, o fator água/cimento e, principalmente como se
dará a manutenção do mesmo. A partir desse entendimento pode-se dizer que a
questão da duração do concreto está ligada à sua capacidade para resistir o tempo
e a todos os fatores que tendem a influenciar no deterioramento.
De acordo com Andrade (2005) foi observado nas construções civis que, a
quantidade de estruturas danificadas eram crescentes, por isso, desde a década de
1990 no território brasileiro tem-se desenvolvido diversos estudos no que diz
respeito a questão do tempo de duração do concreto.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (2003) houve
um avanço significativo na revisão 6118 que dispõe sobre o Projeto de estruturas de
concreto – Procedimento. A NBR 6118 estabelece os parâmetros para um projeto de
concreto levando em consideração as agressões ambientais que o mesmo está
inserido.
Quiçá que esses padrões ou medidas sejam de fato observadas ao se
construir um concreto armado para ser utilizado nas construções, pois, a negligência
da não observação daquilo que preconiza a lei pode causar sérios danos, tanto no
que diz respeito ao ambiente, quanto ao material.
Para Andrade (2005), mesmo conhecendo as normas ou o padrão de
construção do concreto, o maior desafio a enfrentar é proporcionar um entrosamento
entre aqueles que estão envolto nos procedimentos da construção civil, com por
exemplo, os arquitetos, engenheiros projetistas, os fabricantes dos materiais a
serem utilizados e outros que fazem parte da produção.
Vale ressaltar ainda que, essa interrelação se torna fundamental para uma
conscientização da relevância do tempo de duração da estrutura evitando assim
possíveis transtornos à sociedade e, principalmente para a segurança dos
indivíduos. Para Isaia (2005), a forma pela qual as estruturas de concreto armado
reagirá está diretamente ligada aos cuidados que devem ser seguidos nas diferentes
fases de fabricação, ou seja, é preciso estar atento desde o momento em que se
decidiu traçar ou elaborar o projeto, a sua execução, o controle de cada material a
ser utilizado na fabricação e, também ao prospecto ou planejamento de
manutenção.
17

Percebe-se que o concreto armado passa por fases distintas, logo, entende-
se que cada procedimento a ser realizado precisa ser bem planejado para que o
mesmo alcance a sua finalidade e seja aplicado no espaço e tempo certo.
De acordo com Kihara, Centurione (2005) e Coelho (2008), o concreto
armado é criado a partir de três fases, a saber: pasta, agregado e zona de transição.
Por ser um material poroso em consequência da necessidade de aplicação de
quantidade maior de água para hidratar o cimento, parte da água em excesso
evapora ficando poros e água no interior do concreto. Durante o processo de mistura
do concreto é incorporado ar no material que também vai propiciar vazios nas peças
de concreto.
Uma informação importante a respeito do concreto armado é que, segundo
Figueiredo (2005) ele mostra algumas limitações que necessitam de análise. Dentre
estas, as principais são: baixa resistência à tração, fragilidade, fissuração, peso
próprio elevado, custo de formas para moldagem, corrosão das armaduras.
Enfim, quando tais limitações são observadas e analisadas é preciso tomar
atitudes, ou seja, providenciar reparos que sejam coerentes e que possam minimizar
os impactos tanto à natureza quanto à sociedade e a todos os envolvidos.
Quanto a sua aplicabilidade, o concreto armado, por ser uma peça de grande
durabilidade e resistente é aplicada nas seguintes edificações: pilares, laje, piso,
viga, sapata, como apresentado nas Figuras abaixo:

Figura 1 – Concreto armado aplicado em pilares

Fonte: https://www.concretousinado.com.br/noticias/concreto-armado/
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Figura 2 – Concreto armado aplicado em laje e piso

Fonte: https://www.concretousinado.com.br/noticias/concreto-armado/

Figura 3 – Concreto armado aplicado em viga e sapata

Fonte: https://www.concretousinado.com.br/noticias/concreto-armado/

Figura 4 – Concreto armado aplicado sapata

Fonte: https://www.concretousinado.com.br/noticias/concreto-armado/
19

2.2 Principais Patologias no concreto armado

A construção civil tem avançado muito buscando assim, satisfazer às


necessidades do homem que parece não ter mais tempo de esperar por um período
considerado longo para ver uma construção finalizada. Assim, com tamanha pressa,
a construção civil apresenta inovações que, de certa forma trazem consigo riscos
bastante eminentes.
Mediante a esse novo padrão de construir de forma acelerada, utilizando
talvez instrumentos ou materiais inadequados e de pouca confiança, as patologias
vão surgindo e, como consequências ocasionam grandes e graves problemas, não
apenas ao construtor, mas a toda a população em geral, assim como ao meio
ambiente.
De acordo com Brandão e Pinheiro (1999), outrora o concreto armado fora
considerado um material de extrema duração, uma vez que, construções bem
antigas ainda eram vistas intactas, no entanto, com o aumento da demanda na
contemporaneidade, essa durabilidades dos concretos executados têm se mostrado
completamente frágeis, pois, em pouco tempo tem surgido, de forma bem precoce
problemas nessas nas construções. Surge então a questão? O porquê da
deteriorização tão rápida de um concreto que, se levava anos para aparecer alguma
patologia?
A durabilidade de um concreto armado vai depender muito de como o mesmo
tem sido construído ou planejado. Embora, em todos os concretos armados são
empregados os mesmos materiais, como pedras britadas, cimento, areia etc., é bem
visível como esse tipo de construção tem apresentado cada vez mais precocemente
problemas que comprometem a sua durabilidade.
O termo patologia na Construção civil está vinculado ao conceito que é visto
na Medicina, ou seja, assim como a Medicina, a Construção Civil busca conhecer a
origem, os sintomas e a natureza do problema que ocorre no concreto armado.
Nesse sentido, as “doenças”, problemas encontrados no concreto armado devem
ser averiguadas buscando assim, medidas que possam sanar o mal.
Na concepção de Degussa (2008), a patologia é uma parte da engenharia
que tem como finalidade a compreensão dos sintomas, dos mecanismos, das
causas e origens dos problemas encontrados nas construções civis. Ao encontrar ou
conhecer os causadores das “doenças” ou problemas nas construções será
20

realizado então o processo de “cura”, da resolução do patologia, principalmente


aqueles devido ao envelhecimento natural.
Vale ressaltar que, o concreto armado, segundo Piancastelli (1997) não é um
material inerte, isso significa que, o mesmo está sujeito a mudanças com o passar
do tempo devido a decomposição dos seus próprios materiais, como areia, cimento,
aço, assim como os agentes externos, como por exemplo, os ácidos, os sais, gases
e outros. Segue abaixo dois das principais patologias que o concreto armado pode
sofrer ao longo dos anos.
21

3 SEGREGAÇÃO DO CONCRETO NAS ESTRUTURAS

A segregação ou desagregação significa separar, é a perda de massa


ocasionado por um ataque químico expansivo de produtos dependente ao concreto
ou até memso devido à baixa resistência ou a má execução da peça. Uma
característica peculiar dessa segregação é a fácil remoção do material (MEHTA,
2008).
Lembrando que, a segregação pode ser evitada, porém, é necessário
observar alguns cuidados a serem tomados na mistura, como por exemplo, o
tamanho dos agregados (diferentes tamanhos de britas, tipo brita 1, 2 ou 3). A
variação da massa específica também é outro cuidado a ser observado, pois a
variação entre o peso das massas específicas do agregado faz muita diferença. O
excesso da água modifica muito o resultado final do concreto, logo, deve-se dosar
com cautela a quantidade da água utilizada na mistura, pois esse excesso pode
formar bolhas no concreto e, consequentemente haverá a segregação. O transporte
do conceito deve também ser observado, o movimento no momento da
transportação do material pode comprometer toda a mistura, assim também é a
questão da altura em que o concreto ou a massa é lançada (SILVA, 2011).
As figuras abaixo mostram como a segregação pode acontecer no concreto
armado.

Figura 5 – Segregação do concreto

Fonte: Silva (2011)


22

3.1 Corrosão das armaduras

De acordo com Marcelli (2007) e Cascudo (2005), a corrosão nas armaduras


de concreto podem ser compreendidas como a destruição de um material no meio
ambiente, tornando-o inutilizado. Essa destruição pode acontecer por diversos
fatores, seja por causa da ação física, como por exemplo, a cativação e erosão, por
reações químicas dos próprios componentes do concreto ou até mesmo por
eletroquímica, ou seja, metais em meio aguoso.
O autor supracitado ressalta ainda que, as trincas nessas peças (concreto
armado) em decorrência da corrosão são bem comuns, sendo assim, há uma
necessidade de ser tratadas de modo adequado, a fim de impedir o processo e não
as agravar como acontece em diversas construções. Marcelli (2007) diz ainda que, a
causa maior de uma corrosão tem sido o meio externo, sendo assim, deve-se evitar
o fissuramento da peça e proteger onde for necessário. Para evitar a corrosão, a
NBR 6118 estabelece alguns níveis que são aceitáveis dessas fissuras. Os níveis,
de acordo com a NBR 6118 são: a) 0,1mm para peças não-protegidas em meio
agressivo; b) 0,2mm para peças não-protegidas em meio não-agressivo; c) 0,3mm
para peças protegida.
Um ambiente totalmente propício à corrosão do concreto de acordo com
Thomaz (2003) é próximo ao mar, pois, ali se encontram todos os fatores favoráveis
a essa patologia, ou seja, à corrosão das barras de aço dentro do concreto, uma vez
que, os cloretos das minúsculas gotículas da água que formam a maresia tendem a
penetrar na construção destruindo assim a camada que cobre e protege a superfície
das barras de armadura.
É importante salientar ainda que, a corrosão é uma patologia em processo,
isso significa que, a mesma tende a evoluir, sendo assim, exige uma tomada de
decisão urgente no tocante ao seu tratamento, caso contrário, a corrosão pode ser
agravar e comprometer totalmente a segurança da construção e de todos os
envoltos.
Abaixo estão apresentadas figuras que exemplificam a corrosão em um
concreto armado.
23

Figura 6 – Corrosão das armaduras em uma laje

Fonte: Silva (2011)

Figura 7 – Corrosão das armaduras em pilares

Fonte: Silva (2011)

3.2 Deterioração do concreto

De acordo com Bauer (2008), o concreto é um material obrigatoriamente


poroso, sendo assim, permeável aos líquidos e gases que, com ações externas e
químicas, dentre outras sofrem deteriorações com o passar dos tempos. Os vazios
que estão nos concretos armados acontecem por diferentes causas, como por
exemplo, o exagero da quantidade da água utilizada na mistura, o ar que entra no
ato da mistura, erros nas dosagens dos insumos (areia, pedras britadas, cimento,
etc.) e, até mesmo a má qualidade desses materiais.
24

Para Ribeiro, Pinto e Starling (2002), a deterioração de um concreto


normalmente não acontece por causa isolada, nesse sentido, o concreto pode ser
satisfatório, porém, um único elemento tem o poder de suscitar a danificação, a
corrupção da obra.
Souza e Ripper (1998) dizem que, há uma grande necessidade de identificar
e compreender as causas que tendem a diminuir a qualidade e durabilidade do
concreto armado, não apenas para um reparo, mas também para garantir que após
reparo a patologia não voltará a aparecer.
Os autores dizem que as causas para a deterioração do concreto armado são
classificadas de acordo com a sua natureza, a saber: causas mecânicas; físicas;
químicas e eletroquímica (referente à corrosão eletroquímica).
Porém, segundo Ribeiro, Pinto e Starling (2002), uma das causas mais
comuns para a deterioração de um concreto é a permeabilidade, ou seja, um risco
externo. Logo, entende-se que, para um concreto armado vir a ter uma durabilidade
maior, este por sua vez deve ser impermeável. Nesse sentido, Nepomuceno (2005)
afirma que, a degradação das estruturas de concreto armado se dá pela penetração
de substâncias na forma de gases, vapores e líquidos, por meio dos poros e
fissuras.

Figura 8 – Deterioração do concreto

Fonte: Silva (2011)


25

4 METODOLOGIA

4.1 Tipo de pesquisa

Para o desenvolvimento do trabalho foi realizada uma pesquisa qualitativa do


tipo bibliográfica, descritiva e narrativa. A pesquisa é realizada a partir da busca
sistematizada de materiais já publicados na literatura e artigos científicos divulgados
no meio eletrônico.
Vale ressaltar que a busca sistematizada se torna relevante pelo fato da
mesma proteger o pesquisador com relação as argumentações que possam ter
quanto à qualidade das informações, quanto para demonstrar de onde o
pesquisador tirou as suas informações e como as tirou.
Para Fonseca (2002, p. 32), a pesquisa bibliográfica é feita a partir do
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos
e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.

4.2 Local de Pesquisa

Os artigos foram selecionados, por meio de buscas online das produções


científicas nacionais. A aquisição dessas produções efetivará por meio da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), sendo manuseadas nas seguintes bases de dados:
Literatura Latino-Americana e do Caribe Ciências da Saúde (LILACS), Scientific
Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico.

4.3 Critérios de Inclusão

Serão adotados como critérios de inclusão os artigos com texto completo que
apresentem especificidade ao tema referido e a problemática do estudo que é a
questão do concreto armado, suas aplicabilidades, principais patologias e erros na
execução, assim como os erros na concretagem.
Serão adotados como critérios de exclusão os artigos sem aspecto ao tema
abordado, os artigos que não estão disponíveis na íntegra online, teses,
monografias, artigo não convencional e artigos encontrados em mais de uma base
de dados foi considerado apenas uma vez.
26

4.4 Procedimento de Busca

Para análise e síntese do material será observado os seguintes


procedimentos: a) leitura exploratória, que servirá de base na leitura do material para
saber do que tratavam os artigos; b) leitura seletiva, que descreve e seleciona o
material quanto à sua relevância para o estudo, e assim excluiu os artigos que não
eram pertinentes ao tema escolhido; c) leitura crítica que buscará compreender
melhor questões do concreto armado, como a sua aplicabilidades, patologias e
erros.

4.5 Procedimento e análise de dados

A análise acontecerá por meio da leitura e apreciação crítica das publicações


encontradas acerca da temática, mediante ideia levantada e o tipo de estudo
realizado nessas publicações, a fim de ampliar o domínio do tema e a capacidade de
articulação da ideia acerca dele.
27

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O foco deste trabalho foi o de conhecer a estrutura de concreto armado,


assim como as principais patologias que podem acontecer nessa peça quando
existem erros na execução e na concretagem de pilares e vigas. Para a resolução
do problema levantado, realizou-se pesquisas em artigos e monografias encontrados
em sites eletrônicos. Foram achados aproximadamente 17 obras e, dentre estas
selecionou-se 10 para a construção desse estudo.
Segue abaixo um quadro dos principais artigos e monografias utilizadas na
construção desse trabalho.

Título Autores Ano Resultados


Aplicação de concretos Gustavo Pereira Garcia O concreto é um dos
de alta resistência, alto e materiais mais
e ultra alto Wellington Cesar Teles 2015 amplamente
desempenho da Silva empregados na
construção civil. Desde
o seu surgimento as
obras se tornaram mais
resistentes,
duráveis e seguras
Estudo de patologias e As manifestações
suas causas nas Eduardo Albuquerque patológicas trazem
estruturas de concreto Buys Gonçalves 2015 transtornos não só para
armado de obras de o cliente, mas também
edificações para o construtor, pois
os custos de uma
eventual intervenção
posterior a uma entrega
de obra são maiores se
comparados aos custos
de uma execução bem-
feita
Concreto armado: um Todas as manifestações
estudo sobre o Bruno Souza Oliveira patológicas que
processo histórico, Andrade 2016 possivelmente podem
características, ocorrer em uma
durabilidade, proteção estrutura, devem ser
e recuperação cuidadosamente
de suas estruturas sopesadas de imediato
e os reparos
necessários devem ser
aplicados, evitando
com esses
procedimentos o
aumento dos danos,
maior gasto financeiro,
28

e consequentemente
perda do trabalho
executado.
O uso do concreto
armado, nos dias
atuais, é imprescindível
a qualquer tipo de obra,
Concreto armado na Ronaldo Sérgio de 2008 pois,
prática Araújo coelho desde a mais simples
residência ao mais
luxuoso prédio, sem
dúvida alguma, esse
componente é o
maior responsável pela
estrutura autoportante,
pois muitas são as
vantagens: economia
de construção,
preservação e rapidez
de construção,
principalmente, com o
advento das fôrmas
prontas,
hoje, em uso constante
nos canteiros de obras.
Deterioração das Maurício Rua dos O conhecimento acerca
estruturas de concreto Santos 2012 das causas, mecanismos
armado – e sintomas da
estudo de caso degradação
do concreto, bem como
das medidas
preventivas e técnicas
de recuperação e
reforço das estruturas, é
de vital importância
para a boa formação
acadêmica e
atuação profissional de
um engenheiro civil,
independentemente da
sub-área
em ele venha a
trabalhar

5.1 Principais erros na execução

Assim como existe as patologias que comprometem o bom funcionamento ou


durabilidade de um concreto armado, há também erros na execução da peça que
são cometidos que podem trazer graves repercussões à mesma e, por vezes
irreparáveis. A NBR 14931 (2004) define como execução da estrutura de concreto
29

todas as atividades desenvolvidas na sua execução, ou seja, sistema fôrmas,


armaduras, concretagem, cura e outras, bem como as relativas à inspeção e
documentação de como construído, incluindo a análise do controle de resistência do
concreto.
O processo de produção, de acordo com Couto (2007) é onde acontece os
principais erros no concreto armado. Estes por sua vez prejudica a construção em
todos os sentidos, não apenas na má qualidade da peça no resultado final, mas
também no que diz respeito a questão socioeconômica, uma vez que, em pouco
tempo reparos devem ser realizados evitando assim danos maiores e, como
consequência, gastos serão feitos para pagamento da mão de obra e aquisição de
novos materiais.
Logo, deve-se ter em mente que, para evitar erros na execução é preciso que
observe bem cada etapa do processo e desenvolva de acordo com o que se pede
no padrão. A NBR 12655 apresenta as seguintes etapas para a execução do
concreto armado: a) Caracterização dos materiais componentes do concreto, de
acordo com a NBR 12654; b) Estudo de dosagem do concreto; c) Ajuste e
comprovação do traço do concreto; d) Preparo do concreto.
Seguindo cada passo nessa execução possivelmente a peça será realizada
com eficiência e, dificilmente apresentará erros levando a construção a desenvolver
patologias que comprometem o bom funcionamento e qualidade da obra. Abaixo
serão apresentados alguns dos erros presentes nas armações de concreto quando
estes não são executados dentro daquilo que se pede.

5.1.1 Erros na seção mínima do pilar

De acordo com a NBR 6118 (2014), o item 11.3.3.4.3 (Momento mínimo) diz
que, “o efeito das imperfeições locais nos pilares e pilares-parede pode ser
substituído, em estruturas reticuladas, pela consideração do momento mínimo de 1ª
ordem dado a seguir:
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03h)
onde: h é a altura total da seção transversal na direção considerada, expressa
em metros (m).
A partir dessas informações da NBR 6118 (2014) sobre o mínimo das
imperfeições de pilares, afirma-se que, são muitas obras que apresentam erros que
30

transcendem às normas, sendo assim, o concreto de torna ameaçado e ameaçador,


devendo, então efetuar reparos evitando danos futuros.

Figura 9 - Erros na seção mínima do pilar

Fonte: https://dansolucao.com.br/o-que-e-desplacamento-e-como-evitar/

5.1.2 Erro na seção e no aço mínimo permitido

O item 18.4.2.2 da NBR 6118 (2014) diz que, as armaduras longitudinais


devem ser dispostas na seção transversal, de forma a garantir a resistência
adequada do elemento estrutural. Em seções poligonais, deve existir pelo menos
uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas
ao longo do perímetro.
Diz ainda que, o “espaçamento mínimo livre entre as faces das barras
longitudinais, medido no plano da seção transversal, fora da região de emendas,
deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:
• 20 mm;
• Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
• 1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.

A partir das informações, entende-se que os erros na seção e no aço mínimo


permitido acontecem justamente pelo fato do descumprimento das medidas
apresentadas pelas Normas citadas.
31

Figura 10 - Erro na seção e no aço mínimo permitido

Fonte: https://dansolucao.com.br/o-que-e-desplacamento-e-como-evitar/

5.1.3 Erro na posição das barras de aço da viga

O erro mais clássico, ou seja, o mais comum no tocante a posição das barras
de aço de viga é colocar na armadura de costela ou de pele em vigas menos de
60cm. Existem muitas obras com vigas de 30, 40 ou 50 em uma armadura de
costela, nesse caso, não haverá função de estrutura alguma.
Ressalta-se ainda que, de acordo com o item 17.2.4.1 da NBR 6118 (2014), a
distância do centro de gravidade da armadura longitudinal até a armadura mais
afastada da linha neutra não deve superar 10% da altura da seção da viga. Esta
limitação busca evitar que barras sejam posicionadas em pontos que não
contribuam para a resistência da peça.
Vale salientar ainda que, ao aumentar a altura da viga, além de diminuir a
área de aço, pois tem-se uma altura útil “d” maior para a peça, a relação entre a
altura da viga e a distância entre armadura mais distante da linha neutra até ao CG
da armadura também é reduzida.
Logo, aumentando a largura da viga, podem ser distribuídas mais armaduras
por camada e com isso também diminuir a relação da altura da viga com o a
distância da armadura mais afastada da linha neutra ao CG da armadura.
Alternativamente, é possível alterar a concepção estrutural para que os esforços na
laje diminuam, resultando em um dimensionamento menos robusto.
32

Figura 11 - Erro na posição das barras de aço da viga

Fonte: https://dansolucao.com.br/o-que-e-desplacamento-e-como-evitar/

5.1.4 Erro na posição das barras de aço e no cobrimento do concreto

O cobrimento de uma estrutura de concreto tem como finalidade garantir


proteção física e química para os vergalhões de aço, porém, essa segurança só será
de fato eficaz se, o cobrimento for realizado corretamente. Por isso, quando
acontecem falhas nesse tipo de cobrimento ou barreira, a armadura ficará exposta
às agressões do meio ambiente, possibilitando assim a corrosão do material e
comprometendo a capacidade de proteção e, consequentemente a armadura ficará
suscetível às mais diversas patologias.
Segundo a ABNT NBR 6118 (2014), o Projeto de Estruturas de Concreto
estabelece cobrimentos mínimos para vigas, pilares e lajes. Os valores, que servem
de referência para os projetistas, levam em conta quatro classes de agressividade
ambiental ao qual as estruturas serão submetidas ao longo de sua vida útil e que
variam de I (rural, o menos problemático), II (urbano), III (marinho ou industrial) e IV
(polos industriais, os mais agressivos). Isso significa que duas lajes idênticas de
concreto armado deverão ter cobrimento diferente em função do grau de exposição
a intempéries. Enquanto a laje exposta a um ambiente rural pode ter cobrimento
nominal de 20 mm, a mesma laje em uma construção sujeita a respingos de maré
deverá ter cobrimento nominal de, pelo menos, 45 mm.
33

Figura 12 – Erro na posição das barras de aço e no cobrimento do concreto

Fonte: https://dansolucao.com.br/o-que-e-desplacamento-e-como-evitar/

5.2 Erros na concretagem

A concretagem, de acordo com Mehta e Monteiro (2008) é todo o processo


que envolve as fases da criação do concreto em uma obra, ou seja, engloba o
transporte do concreto, lançamento deste concreto fresco no local adequado,
adensamento, cura e a secagem do material.
Os teóricos acima ressaltam ainda que, o concreto é a matéria prima mais
relevante em uma construção civil, tendo em vista que, este é o responsável pela
grande maioria das construções, como por exemplo, hidrelétricas, pontes, arranha-
céus e casas convencionais. Logo, afirma-se categoricamente que, a concretagem é
crucial para que o concreto aplicado seja de fato adequado para a construção.
Porém, quando acontecem erros na concretagem, toda a construção pode
sofrer danos, não só na má qualidade da obra, mas, principalmente no tocante a
questão socioeconômica. Dentre os erros mais comuns referentes a concretagem
estão:

5.2.1 Erro no adensamento e na dosagem do concreto em pilar

Os pilares são elementos fundamentais para as estruturas. Dessa maneira, é


importante que se dê uma atenção especial à concretagem desses elementos. Por
34

serem verticais, eles adicionam um certo desafio à etapa. Todavia, com a escolha
correta das formas, não há o que temer.
Elas devem ser ajustadas de modo a fazer a contenção do concreto de modo
adequado, tanto para que ele se encontre nas dimensões corretas, quanto para que
o processo de cura seja cumprido de jeito adequado.
De acordo com Salgados (2009), além de observar bem na escolha do
concreto e do traço mais adequado para a situação, deve-se tomar alguns cuidados
na aplicação do concreto, como por exemplo, assegurar o completo e uniforme
preenchimento das formas; adensar o concreto com uso de vibradores de agulha ou
réguas vibratórias; iniciar a cura do elemento concretado o mais breve possível;
evitar paradas na concretagem para não causar juntas frias; utilizar funil para
lançamentos superior a 2,50m; dentre outras.

Figura 13 – Erro no adensamento e na dosagem do concreto em pilar

Fonte: Salgado (2009)

5.2.2 Erro no adensamento e na dosagem do concreto em piso

A laje ou o piso por vezes são negligenciados no tocante a concretagem,


porém, de acordo com Salgado (2009) estes devem receber uma atenção maior,
pois, são muitas as obras que apresentam erros no adensamento e na dosagem de
concreto nesses espaços.
35

O autor acima diz ainda que, esse erro provoca um prejuízo imenso à obra,
principalmente no quesito financeiro, uma vez que, os gastos não são pequenos e,
por causa de um erro, pode-se gastar além do que fora planejado, como pode ser
observado na Figura 10.

Figura 14 – Erro no adensamento e na dosagem do concreto em piso

Salgado (2009)

5.2.3 Erro no fator água/cimento no concreto

Esse é outro erro bastante comum em uma obra que é a questão da


quantidade da água e do cimento utilizado no concreto. A água é elemento essencial
para a formação do concreto, tanto na etapa de mistura do traço, quanto na cura. No
entanto, o uso exagerado de água leva a problemas, assim como o uso insuficiente.
Sendo assim, a quantidade de água deve ser adequado à natureza do elemento,
traço e tipo de concreto.
O item 8.1.3 da NBR 6118 (2014) especifica os teores máximos toleráveis de
substâncias nocivas para a água. A água do mar não é recomendada. Pode levar a
resistências iniciais mais elevadas que os concretos normais, mas as resistências
finais são sempre menores, além da possibilidade de corrosão da armadura. As
águas minerais também não são recomendadas.
Segundo Souza e Ripper (1998), “a água de mistura do concreto é,
possivelmente, o seu componente menos dispendioso, mas também é,
seguramente, um dos mais importantes”, como apresenta a Figura 11.
Lembrando ainda que, a água é vista como um fator relevante no concreto,
tendo em vista que, a dosagem correta influencia diretamente na resistência final do
concreto.
36

Figura 15 – Erro no fator água/cimento no concreto

Fonte: Souza e Ripper (1998)

5.3 Utilização do vibrador para realizar o adensamento do concreto

O adensamento do concreto pode ser feito de duas formas: por meio de


processos manuais denominados socamento ou apiloamento e por processos
mecânicos, ou seja, por vibração ou centrifugação) (LONDOÑO, 1997)
De acordo com o autor acima, o processo de adensamento mecânico é o
mais indicado, para não dizer o único aceitável, para obras de médio e grande porte.
O adensamento mecânico deve ser realizado conforme a consistência do material,
introduzindo e retirando a agulha do adensador lentamente.
Salientando que, o que caracteriza a vibração no concreto fresco é a
permissão, em tempo bem curto, o adensamento perfeito de concretos de
consistência mais seca do que seria praticável empregar, nas mesmas condições,
usando-se outro processo de adensamento (FORSSBLAD, 1995).
Esse adensamento por vibração no concreto fresco apresenta diversas
vantagens, a saber: Redução da quantidade de cimento, utilizando-se misturas mais
secas; melhor aderência entre juntas de construção; melhor aderência com as
ferragens e armaduras, principalmente quando os espaços forem reduzidos; melhor
densidade, homogeneidade e impermeabilidade; maior resistência à compressão;
qualidade superior nas superfícies de concreto aparente e maior durabilidade
37

Para regular o método de adensamento mecânico, foi estabelecida pela NBR


14931 (2004), da ABNT, que estabelece que a espessura da camada de concreto a
ser adensada com vibradores de imersão deve ser igual a ¾ do comprimento da
agulha.
Outro ponto importante é que o vibrador deve penetrar cerca de 10 cm na
camada subjacente do concreto, como mostra a Figura 12. A agulha deve ser
cravada de forma perpendicular à massa, com espaçamentos de aproximadamente
40 cm, o que geralmente representa o raio de ação do vibrador. O tempo de
vibração varia de acordo com a trabalhabilidade do concreto, podendo ficar entre 5 e
30 segundos para cada ponto. (LONDOÑO, 1997).
De acordo com Londoño (1997), existem pelo menos cinco diferentes tipos de
vibradores: internos, externos, de superfície (réguas vibratórias), de rolos vibratórios
e mesas vibratórias. Lembrando que, cada um desses tipos tem seu campo
adequado de trabalho, suas vantagens e desvantagens, alcances e limitações.

Figura 16 – Adensamento de concreto com vibradores

Fonte: https://construfacilrj.com.br/adensamento-concreto-definicao/ (Acesso, 2021)

5.4 Slump teste do concreto

O teste de Slump, de acordo Pereira (2019) tem como finalidade avaliar


fluidez do concreto produzido. A fluidez por sua vez está relacionada com a
facilidade de modelar o concreto nas formas desejadas, pois, além da resistência, o
concreto tem como vantagem a possibilidade de moldá-lo como o desejado.
38

Para realizar o teste é necessário ter um funil, uma base, um cone e uma
haste especiais para o teste de Slump, os materiais são confeccionados em chapa
de aço, como mostra a Figura 13.
Para concretos convencionais, exceto o concreto autoadensável, o teste de
Slump consiste em preencher o molde tronco cônico com concreto, que pode ter
sido feito manualmente, com uma betoneira ou com um Autoconcreteira, em 3
camadas, com o auxílio de uma colher de pedreiro. Um problema no teste de slump,
assim como outros aplicados na construção civil, como por exemplo, o SPT está na
sensibilidade ao operador. Mesmo um que seja bem treinado pode levar a 3 cm de
diferença em relação a outros operadores, dependendo da forma com que retira o
molde e a consistência do concreto.
A ABNT define como se deve proceder com esse teste por meio da ABNT
NBR NM 671 (1998) Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do
tronco de cone, norma bilíngue que aponta critérios para o teste tanto em canteiro
como em laboratório. Como o tempo influencia no abatimento do concreto fresco,
também existe a norma ABNT NBR 10342 (2012) Concreto — Perda de abatimento
— Método de ensaio, definindo como mensurar tal perda.

Figura 17 – Slump teste do concreto

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/slump-test/ (acesso nov. 2021)


39

5.5 Umedecendo a laje para ajudar na cura do concreto

Segundo Metha & Monteiro (2008), a cura do concreto é o nome dado ao


processo técnico que é usado para desacelerar a evaporação da água de
amassamento utilizada na fabricação do concreto e permitir a completa hidratação
do cimento. A cura do concreto, quando executada de forma correta, aumenta em
até 30% a sua resistência e diminui significativamente a incidência de patologias
como as trincas e fissuras que comprometem a peça na edificação, além de um
aspecto indesejado na construção.
Para Andrade (2008), a cura do concreto é nada mais do que manter a
superfície do concreto úmida, sombreada e protegida, durante um período que a
norma brasileira recomenda como sendo de pelo menos 7 dias, podendo ser
estendido até 14 dias, dependendo das condições locais, como mostra a Figura 14.
O autor acima diz ainda que, a velocidade de hidratação depende da
composição do cimento, da finura, da ação de aditivos e das condições extrínsecas
de exposição, tais como temperatura e umidade relativa. Para Figueiredo (2008), a
cura do concreto é o conjunto de operações ou procedimentos adotados para
proteger a superfície dos elementos estruturais (contra temperaturas muito altas ou
muito baixas, impactos, desgastes prematuros, dessecação prematura) e,
principalmente, evitar que a água usada no amassamento e destinada à hidratação
do cimento evapore precocemente ao ambiente pelas regiões superficiais do
concreto.
Nesse sentido, as finalidades principais da cura do concreto são: impedir a
perda de água de hidratação precocemente; controlar a temperatura do concreto
durante período de tempo suficiente, até que alcance o nível de resistência
desejado; eventualmente, em casos muito especiais, fornecer um suplemento
adicional de água para as reações de hidratação (FIGUEIREDO, 2008).
40

Figura 18 – Umidecendo a laje para ajudar na cura do concreto

Fonte: https://construfacilrj.com.br/adensamento-concreto-definicao/
41

6 CONCLUSÃO

O concreto armado é considerado um material bastante resistente, composto


por água, cimento, areia, pedras britadas e outros, é capaz de sustentar uma
construção, quando este é executado dentro do padrão desejado. Esta é uma peça
essencial nas construções nos tempos modernos, pois, possibilita aos construtores a
desenvolver uma obra bem mais segura, com maior durabilidade e uma
empregabilidade mais ampla. Entretanto, faz-se necessário reconhecer que, para
essa durabilidade, empregabilidade e segurança, o concreto tem as condições ou
características a ser observadas, como por exemplo, a realização da mistura, essa
por sua vez deve ser executada em proporções certas e, acima de tudo utilizar de
materiais adequados e na quantidade desejada como o bom concreto exige.
Quanto aos objetivos norteadores desse estudo, pode-se dizer que foram
alcançados, uma vez que, foi possível conhecer melhor a estrutura de um concreto
armado, a sua aplicabilidade e, principalmente as principais patologias e erros na
execução e na concretagem de pilares e vigas.
42

REFERÊNCIAS

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concreto – Procedimento. NBR 14931, ABNT, 2003.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 12655. Concreto –


preparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro, 2006.

______ NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto — Procedimento, 2014.

_______NBR 6118, Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos. Rio de


Janeiro, 2003.

______. NBR 6122. Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro, 1996.

______. NBR 12655. Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento


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