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Jorge Amado eternizou Luís Carlos Prestes como o Cavaleiro da Esperança.

Realmente
Prestes representa um espírito revolucionário incessante brasileiro. Do tenentismo à Aliança Nacional
Libertadora (ANL), Prestes manteve a luta por um Brasil livre e igual.
Nasceu na cidade de Porto Alegre, em 1898. Teve formação militar, tornando- se tenente.
Ainda jovem, participou do levante de Copacabana, já se consagrando no movimento tenentista.
Em 1924, Prestes dá início à famigerada Coluna Prestes, opondo-se ao governo de Arthur
Bernardes, e à estrutura oligárquica da primeira república. Defendia também o voto secreto, educação
pública e outras políticas de redução da pobreza. O movimento durou três anos, percorrendo mais de
25 mil quilômetros.
Após o fracasso da Coluna Prestes, seus líderes entraram em exílio. Na Bolívia, Prestes entrou
em contato com a ideologia marxista, à qual se tornou muito simpático. Em 1931, vai para a União
Soviética, onde se filia ao Partido Comunista Brasileiro e é eleito membro da comissão executiva da
Internacional Comunista.
Em 1934, Prestes retornou ao Brasil, agora ilegalmente, acompanhado de Olga Benário,
também membro da IC. Em 1935, se alia à ANL, buscando a derrubada do governo Vargas. A
tentativa revolucionária da ANL, a “intentona comunista”, fracassa, causando a prisão de Prestes e
Olga. Por ser judia e alemã, Olga foi deportada para Alemanha nazista, onde, fatidicamente, foi
executada.
Nos anos seguintes ao fim do Estado Novo, Prestes recebeu anistia, foi eleito como senador e
assumiu a secretaria geral do PCB. Poucos anos após sua eleição, o PCB foi determinado ilegal, e
Prestes retornou à clandestinidade.
Após o golpe de 64, Prestes perde, novamente, sua recém ganha liberdade e é forçado a se
exilar na União Soviética. Tem seus direitos reconstituídos com o final da ditadura, e veio a falecer
em 1990 no Rio de Janeiro.

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