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Música no CEU

Diário de Bordo
27 de abril de 2023

Alguns apontamentos sobre nossa primeira aula.


Tudo isso será retomado, aqui apenas um diário de bordo, para irmos acumulando.

1. Apresentações
Começamos com uma apresentação do grupo e procedemos também uma
autodescrição, a descrição física de si mesmo, voltado para pessoas com deficiência
visual.
2. Aquecimento corporal
3. Aquecimento vocal
4. Identificação das regiões de respiração (trabalharemos mais isso):
a. Clavicular (elevando os ombros)
b. Inter-costal (expandindo as costelas)
c. Diafragmática (projetando a abdômen e o diafragma)
Vimos também que esta última, a diafragmática é a mais adequada ao canto e
impostação da voz. Através da emissão do som “SPU” exercitamos essa respiração.
5. Regiões de ressonância
Vivenciamos as regiões de ressonância de nosso corpo, para a emissão do som e do
canto.
6. Passos palmas e voz
Fizemos exercícios de batidas, andanças e palmas, marcando e subdividindo tempos
musicais, que chamamos de “pés rítmicos”.
7. Catite
Cantamos nossa primeira canção juntos. É uma música de origem Tupi.

Catite
Canto Indígena Tupi
Catiti Catiti [Lua Nova Lua Nova]
imara notiá [minhas lembranças]
notiá imara [lembranças minhas]
ipeju [sopre em seu coração]

Música em Tupi-guarani. Citada por Oswald de Andrade no “MANIFESTO


ANTROPOFÁGICO”, 1928. “Antropofagia cultural”, segundo Oswald de Andrade é a
devoração crítica da cultura imposta pelo colonialismo sob a perspectiva crítica da
brasilidade ou da interferência de colonizados. Tradução livre de Couto Magalhães: Lua
nova, ó Lua Nova! Assoprai em lembranças de mim; eis-me aqui, estou em vossa
presença; fazei com que eu tão somente ocupe seu coração. Ver a íntegra dos
Manifesto Antropofágico na bibliografia.
8. Violão
Tivemos nosso primeiro contato com o violão.
Instrumento de seis cordas, que possui um corpo que vibra e um bocal por onde sai o
som.
No grupo há uma pessoa canhota, e vimos a necessidade de inversão das cordas do
instrumento para sua execução.
9. Primeiro exercício
Nosso primeiro exercício foi o dedilhado do violão com as cordas soltas.

P = Polegar
I = Indicador
M = Médio
A = Anular

10. Acordes
Tivemos contato muito inicial com o sistema de CIFRAS, que através de letras
identificam os acordes do violão.

O primeiro acorde que exercitamos foi o de Dó Maior, representado pela letra “C”
O sistema de cifras, podem ser representados também
por esquemas gráficos, que representam as seis cordas
do violão e os espaços que devem ser comprimidos para
a construção do acorde.
No círculo em vermelho vemos o NOME DA CIFRA e do
ACORDE: “C” ou Dó maior.
As Cordas do violão são representadas, da esquerda para
a direta, da mais grave (a de cima, bordão) até a mais
aguda (a de baixo, mais fina).

MÃO ESQUERDA:
Os dedos são numerados a partir do indicador (1), médio (2), anelar (3) e mínimo (4).
Os círculos pretos numerados representam os dedos da mão esquerda, que deverá
pressionar as cordas.
MÃO DIREITA:
Na última linha a representação de como será o dedilhado da mão: o “X” representa
a nota que não será tocada, o círculo preto a nota tocada com o polegar e as brancas
com o dedilhado dos dedos — P, I, M, A — da mão direita. direita (ver imagem acima,
dedilhado com cordas soltas).
11. Minha Canção
Conhecemos a música “Minha Canção”, de Chico Buarque, que nos ajudará, na
próxima aula, a entender a sequências das notas musicais. Segue abaixo a letra, com as
cifras, que retomaremos em detalhes nos próximos encontros.
Minha Canção
(Chico Buarque)
C
Dorme a cidade
G
Resta um coração
C
Misterioso
F G
Faz uma ilusão
C
Soletra um verso
A
Lavra a melodia
G
Singelamente
C
Dolorosamente
C
Doce a música
G
Silenciosa
Am
Larga o meu peito
Em
Solta-se no espaço
F G
Faz-se certeza
C A
Minha canção
G
Réstia de luz onde
C F C
Dorme meu irmão

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