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Como analisar o DNA do solo pode te ajudar a prevenir problemas e fazer

um manejo mais efetivo da lavoura

DNA do solo: saiba como a análise de uma pequena amostra de terra pode te
ajudar a prevenir problemas e a realizar um manejo efetivo
Você sabia que é possível conhecer e quantificar os microrganismos existentes no
solo da sua fazenda? 
Essa é uma forma de descobrir quais deles auxiliam na retenção de água,
na ciclagem  e na disponibilidade de nutrientes.
A consequência é a melhora da produtividade e qualidade do solo e ela é possível
através da análise genética de uma pequena amostra. 
O que é o DNA do solo?
A análise do DNA do solo é uma ótima forma de estudar o conjunto de
microrganismos que ali habitam, como fungos, bactérias, vírus, protozoários e
microalgas. 

Por meio do sequenciamento desse DNA, é possível descrever e identificar tais seres
de maneira completa.

Você também pode analisar a funcionalidade deles. É possível averiguar se eles


estão associados à sanidade, ciclagem de nutrientes, tolerância a estresse, síntese de
hormônios, etc.
Essa descrição pode ser utilizada de forma preventiva ou para o gerenciamento de
vários problemas do solo.
Também é possível identificar se os microrganismos que habitam o solo da lavoura
são benéficos ou prejudiciais às atividades agrícolas.

Com isso, é possível recomendar sistemas de produção que melhorem ou estimulem a


atividade microbiológica.

A técnica da extração do DNA revela uma maior biodiversidade do microbioma do solo


em relação às demais técnicas de análise do solo.
As técnicas tradicionais são baseadas no cultivo laboratorial dos microrganismos. 
Na última década, houve uma grande redução de custos do sequenciamento
genético.

Isso proporcionou a ampliação dessas análises para fins comerciais, e não apenas
acadêmicos.

A análise genética é o futuro para as análises microbiológicas do solo. 

Provavelmente, técnicas antigas serão, aos poucos, substituídas pela precisão e


agilidade da análise de DNA.
Como a análise é feita
A análise do DNA do solo é feita pelo método de detecção por RT – PCR, mesma
tecnologia que detecta a Covid-19.

Essa técnica identifica, quantifica e diferencia os microrganismos da amostra de solo.

RT – PCR significa teste molecular de Transcrição Reversa – Reação em Cadeia


Polimerase. 
Além de rápida, essa técnica tem um custo muito mais baixo que as metodologias
tradicionais.
Desta forma, a análise informa a presença e quantidade dos microrganismos na
amostra. O resultado revela o que o solo precisa através desta avaliação genética
completa.
Como coletar as amostras para análise
O solo deve ser coletado em quatro pontos da área, na profundidade 0 – 10 cm, para
compor uma amostra composta de aproximadamente 200 gramas.

As amostras de solo devem ser coletadas na camada de 0 – 10 cm


(Fonte: Laborsolo)
Mantenha as amostras refrigeradas e as encaminhe diretamente para o laboratório
de análise de solo.
Com apenas 0,25 gramas de solo é possível aplicar o teste RT – PCR e conhecer o
DNA de todos os microrganismos presentes na amostra.
As informações obtidas podem ajudar na escolha de práticas agrícolas que
minimizem as perdas da biodiversidade de um solo. Isso é fundamental para a
manutenção da produtividade das lavouras.
Benefícios de analisar o DNA do solo
Realizar apenas a correção do solo, seja química ou física, não traz resultados em
produtividade para o agricultor. Neste cenário, se encaixa a análise do DNA do solo.

Toda a vida presente no solo é essencial para o seu bom funcionamento e qualidade. 

Conhecer, preservar e potencializar esses microrganismos é uma forma de construir


uma agricultura sustentável.

Os microrganismos do solo são fundamentais para:

o desenvolvimento vegetal;
o estruturação do solo;
o degradação da matéria orgânica do solo;
o ciclagem e disponibilidade de nutrientes;
o fixação biológica de nitrogênio;
o proteção contra doenças.

Quanto mais se conhece esses microrganismos, mais eficiente é a gestão do uso do


solo e o resultado na produtividade das lavouras.

São muitos os motivos para avaliar os microrganismos que habitam o solo. Além de
explorar todo o potencial do local de plantação, você obtém:
o ganho de eficiência na aplicação dos compostos químicos e biológicos no solo;
o melhoria das propriedades do solo por redução do estresse e prevenção de
surgimento de novas doenças;
o identificação de microrganismos maléficos presentes no solo, visando a uma
maior proteção das plantas;
o escolha consciente dos produtos microbianos para aprimorar a produtividade
da lavoura;
o redução de perdas pelo aumento da resistência de plantas e microrganismos;
o a avaliação da biodiversidade dos microrganismos presentes no solo pode
auxiliar o produtor na tomada de decisões e gestão do solo.
Relação da qualidade da argila com o DNA do solo
Outra forma de avaliar o potencial genético do solo é por meio do seu mapeamento
mineralógico.
O mapeamento detecta a qualidade das argilas por meio do magnetismo do solo.
Esse mapa te orienta a tomar as decisões agronômicas corretas.
A qualidade é um indicativo do potencial agrícola, de fatores e processos de
formação do solo. O objetivo da técnica é fornecer a você o mapa genético da área
de cultivo.
O mapeamento do DNA do solo é uma técnica versátil, acessível e de ótimo custo
benefício.
Conclusão
O DNA do solo permite analisar se os microrganismos beneficiam ou prejudicam as
atividades agrícolas e te ajuda a melhorar a produtividade da lavoura.
Através da análise, é possível recuperar a qualidade do solo e reestruturar
e atender às suas demandas. 
Com o conhecimento da biodiversidade ali presente, é possível aproveitá-la de
maneira mais eficiente e sustentável.

Agora que você tem essas informações, invista na análise genética do solo em sua
fazenda!

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