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Rio de Janeiro
VLT impõe nova forma de
mobilidade na região central
Firjan
Projetos chegam a R$ 4,6 bilhões em investimentos
Ponte Rio-Niterói
Nova concessão programa mais de R$ 1 bilhão em obras
Editorial
26 4 A passagem do Sandy por NY e o impacto das enchentes em SP
Fórum da Engenharia
8 Fábrica da Supremo Cimento em Adrianópolis (PR) inicia operação
Dimensões
16 O engenheiro que virou lenda e símbolo nas obras de Itaipu
Newsletter Global
18 Proprietários têm culpa em falhas de megaprojetos
Megaprojetos
20 Ampliação da rede TAV avança à base de subsídios públicos
22 Operadora privada conquista 20% do tráfego
China
24 Concorrendo com o Banco Mundial e o FMI
Rio de Janeiro | Investimentos
26 Firjan aponta obras de infraestrutura prioritárias para o Estado
Rio de Janeiro | Mobilidade Urbana
30 VLT Carioca precisa compatibilizar obra com tráfego do centro
34 Fábrica em Taubaté (SP) produzirá 27 trens do VLT Carioca
Rio de Janeiro | Rodovias
38 Ecorodovias surpreende e ganha nova concessão
da ponte Rio-Niterói
Rio de Janeiro | TransOceânica
42 Promessa de décadas, projeto de ligação à Região Oceânica
começa em Niterói
44 Rio de Janeiro | Saneamento
44 Concessionária busca feito raro de universalização
em Niterói até 2018
52 Rio de Janeiro | Sul Fluminense
46 Hotel em Resende utiliza estrutura metálica de 500 t
Linhas de Transmissão
50 Zepelim voará na Amazônia para inspecionar e fazer
manutenção na rede
Edificação Hospitalar
52 Prédio de oito andares ancora novo edifício de 20 pavimentos
Recursos Hídricos
57 A mudança deve ser de paradigma
Desenvolvimento Urbano
58 Pré-engenharia condiciona boa execução
60 Espaço é projetado para atender a dois tipos de atividades
Indústria de Máquinas
62 Case faz lançamentos e divulga agenda positiva
63 Caterpillar investe US$ 17 milhões na nacionalização
de máquinas
64 New Holland lança trator de esteiras com transmissão hidrostática
65 Grupo Veneza inaugura matriz no interior de SP
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Fórum da Engenharia
Foto: Divulgação
ponteiras a vácuo que permite a redução de 50% do consumo fundada há oito anos e sediada em
de energia, em obras de rebaixamento de lençol freático. Com a Jundiaí (SP), dispõe de um trunfo
tecnologia, as ponteiras (dispositivos usados para sucção de água) para enfrentar o momento difícil,
são instaladas por um processo de encamisamento com auxílio de que também não poupou os médios
uma minicarregadeira. Com a mecanização, a operação de rebai- e os pequenos da engenharia:
xamento é otimizada, combinando a diminuição do consumo de preço, qualidade e prazo.
energia com a redução do tempo de instalação das ponteiras. Segundo Luciano Roberto,
“Uma obra de construção com subsolo, principalmente realiza- engenheiro e fundador da Lutsot, o
da em cidades litorâneas, precisa de um sistema de rebaixamento tripé tem garantido a longevidade
de lençol freático que funcione adequadamente”, explica Rodrigo das atividades da empresa e a cre- Luciano Roberto, engenheiro
Law, diretor da Itubombas. De acordo com ele, a cravação mecâni- denciado a projetos de grande porte e fundador da Lutsot
ca proposta pela empresa pode até triplicar o número de pontei- em todas as regiões do País. O bom
ras instaladas em um turno de trabalho, ampliando a efetividade preço, segundo ele, advém da estrutura fixa enxuta, com oito funcioná-
do processo. rios, e a contratação por projeto de profissionais com o perfil necessário.
O novo sistema adota o uso de uma tubulação de ferro de A qualidade viria da disponibilidade, no mercado, de profissionais com
6 polegadas e 6 m de comprimento, cravada com uso de uma reconhecida expertise, egressos de grandes projetos das áreas química
minicarregadeira, em conjunto com o uso de jato de água. Essa e petroquímica que ou diminuíram de ritmo ou foram interrompidos
tubulação inicial servirá como “camisa” para o lançamento da devido à queda nos investimentos, iniciada mais ou menos há dois anos.
ponteira de duas polegadas de PVC e mais material drenante do E o prazo? “Nossos prazos são enxutos, não atrasamos.”
tipo brita ou areia. O fator geográfico é também considerável nas contas de uma
O conjunto de ponteiras interligado à bomba pelo tubo empresa pequena. Por isso estar em Jundiaí, segundo o engenheiro, é
coletor, por sua vez, formará o sistema de captação de água do estratégico, uma vez que “o grosso” dos clientes está em São Paulo e
lençol freático. Assim que facilitarem a instalação das ponteiras, no interior paulista. “Consigo fazer o deslocamento em 24 horas, e com
os tubos de aço são retirados, criando a rede de sucção, processo custo baixo. Nosso atendimento é relativamente rápido”, pontua.
ativado com as bombas autoescorvantes. Como empresa dedicada a projetos, a Lutsot tem um modo de
No processo de rebaixamento de lençol freático, a Itubombas trabalho claro, assim constituído: 1) Na primeira fase, de engenharia de
usa a motobomba autoescorvante ITURE 44ST5, com potência de projetos, é identificada a real necessidade do cliente, com a elaboração
20 cv para 120 ponteiras (0,166 cv/ponteira). Uma das opções da de um fluxograma de engenharia, A + B = C, isto é, o caminho que vai
locação é o uso da bomba montada em carrinho com rodas, o que do insumo básico ao produto final. 2) Depois segue-se para a fase de
amplia a mobilidade do equipamento na obra. A ativação de bom- elaboração da planta de tubulação, arranjo de equipamentos e isomé-
bas adequadas completa a metodologia da Itubombas. A empresa tricos de montagem. Os profissionais alocados nos projetos da Lutsot,
possui ainda um departamento que planeja o balanço hídrico majoritariamente dos setores químico, petroquímico e alimentício, são
correto necessário a cada operação. engenheiros de processos, engenheiros mecânicos e de tubulação e
projetistas de tubulação.
Sistema de rebaixamento por Para o segmento dos pequenos e médios das empresas projetistas,
ponteiras a vácuo promete a aquisição de softwares e equipamentos BIM (Building Information
economia de energia Modeling, com visualização de dados em 3D) é ainda um sonho, segundo
o engenheiro da Lutsot. E o impeditivo, aqui, é de fato o custo da compra,
estimado por ele em R$ 50 mil, R$ 60 mil. “O cliente não quer saber se
o projeto é 2D ou 3D, mas o retorno com o BIM é muito positivo. Por
exemplo, a revisão do projeto, depois, é muito mais fácil e, por isso, mais
econômica”, reconhece. Hoje, a entrega dos projetos da Lutsot, segundo
a modelagem, está dividida em 70% em 2D (AutoCAD) e 30% em 3D
(PDMS, Plant Design Management System).
Um dos grandes projetos que contou com apoio da Lutsot foi o de
otimização do processo de arrefecimento das máquinas da empresa
Maxion Wheels, em Santo André (ABC paulista), que fabrica rodas de
alumínio. O problema era o superaquecimento. A Lutsot então realizou o
cálculo hidráulico do sistema e o redimensionamento de toda a rede hi-
dráulica. Concluiu que equipamentos antigos não necessitavam de troca,
mas sim de atualização. “Com a medida, houve uma grande economia
no sistema de arrefecimento e no consumo de água”, resume Luciano
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Construção Avançada (Sica) vem colocando no mercado a tecnologia
dos blocos estruturais de concreto. O engenheiro Luís Cláudio, diretor,
informa que os produtos com os quais vem trabalhando têm merecido
atenção e aprovação de usuários.
“A nossa tecnologia”, diz ele, “está muito à frente do que hoje dis-
pomos no mercado. Tenho desenvolvido projetos para as minhas obras
e venho tentando estabelecer parcerias para ampliar o nosso espaço no
mercado”. Ele diz que não vende blocos, mas um sistema construtivo,
com blocos assentados a seco, salientando que o sistema não requer
argamassa. “E a respeito disso tenho demonstrado as vantagens e o
valor em m².”
O sistema pode ser utilizado em qualquer tipo de obra, inclusive
mista. “Estamos presentes numa obra da prefeitura de Itaquaquecetuba, Economia com bloco
o Instituto do Idoso. E já dispomos, em nosso portfólio, de obras como estrutural pode chegar a
sobrados geminados e galpões comerciais de até 5,40 m de pé-direito, 40%, segundo fabricante
além de casas térreas e assobradadas”.
Ele diz que, com a Sica, pode economizar de 30% a 40% em relação a outros sistemas construtivos tradicionais e enfatiza que a empresa tem
atuado mais no mercado de São Paulo, embora venha procurando despertar interesses, para a tecnologia, em outras regiões brasileiras.
A expectativa, segundo ele, é tentar algumas franquias a fim de facilitar o acesso da Sica a outros polos de atividades. “Infelizmente”,
lamenta, “o frete é muito caro e nos onera demais. De qualquer modo, os resultados são compensadores, tanto pela redução nos custos finais
quanto na redução de cronogramas”.
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Dimensões | Nildo Carlos Oliveira
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Newsletter Global
A ENR é uma publicação da McGrawHill, editora com mais de 100 anos de atividades e a principal no mundo com foco em Construção,
Infraestrutura e Arquitetura. A revista O Empreiteiro é parceira editorial exclusiva da ENR no Brasil. Mais informações: www.enr.com
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Megaprojetos
E
nquanto os Estados Unidos começam a se interessar pela modali- bientalmente correto, mas inviável se os custos de construção forem
dade, a expansão da rede TAV na Europa continua avançando, em- computados na ponta do lápis. Analistas apontam que a linha Paris-Lyon
bora à custa de subsídios oficiais. Talvez a estagnação econômica já é lucrativa e começou a pagar o seu custo de construção financiado
relativa da Comunidade Europeia, que entra no seu sétimo ano, tenha na época pelo governo; mas críticos alegam que a linha elétrica que
até reduzido esse avanço, mas a verdade é que, com raríssimas exceções, alimenta o TAV no trecho foi construído a fundo perdido pela Eletricité
as contas não fecham nas linhas hoje em operação. Com os generosos de France (EDF), uma estatal.
subsídios nacionais e da Comunidade Europeia, 6 mil km de linhas de Em 2014, a Eurostar, que liga Londres, Paris e Bruxelas, começou a vender
alta velocidade foram acrescidas à rede de apenas mil km nos anos 90, passagens para uma ligação ao Mediterrâneo, a operar em maio próximo. A
nas quais os trens viajam a 250 km/h pelo menos em alguns trechos. Polônia abriu sua primeira ligação TAV entre Varsóvia e Cracóvia. A Turquia
Agora, que a Califórnia começou o seu projeto TAV, há pesadas crí- inaugurou uma ligação entre Istambul e Konya e outra até Ancara. Este ano
ticas por parte da população. O TAV sempre dependeu de subsídios pú- a Alemanha vai comissionar a ligação entre Leipzig e Erfurt; em 2016, será a
blicos, mas os preços das passagens são inacessíveis à população de me- vez da ligação Milan-Bréscia, na Itália. Em 2017, a França vai inaugurar quatro
nor renda e os trens sempre rodam com assentos vazios. As operadoras novas linhas. A Comunidade Europeia estuda financiar uma ligação rápida
recorrem ao expediente de promover preços reduzidos para passageiros entre Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia, ao custo de US$ 5,3 bilhões.
que possam reservar suas passagens com grande antecedência e cobram Em algumas linhas de tráfego denso, o TAV conseguiu superar os
preço cheio de quem viaja sem aviso prévio — o mesmo recurso de que aviões. A Eurostar divulga que detém agora 75% do mercado combinado
as companhias aéreas se valem para vender os assentos das aeronaves. ferroviário-aéreo nas rotas atendidas. As linhas Paris-Lyon e Madrid-
Essa política é tão rigorosa que as companhias preferem que os aviões -Barcelona já são superavitárias (em custo operacional, excluído custo
de construção). Mas uma análise mais detalhada mostra que o advento ligar os extremos do continente de ponta a ponta. Mas as operadoras es-
do TAV não mudou o quadro do mercado de transporte: de 2000 a 2011, tatais de cada país não querem saber de concorrência nos seus próprios
período em que as ferrovias rápidas se espalharam pelo continente euro- trilhos. Somente o mercado de frete de cargas foi liberalizado; padrões
peu, a participação das ferrovias em passageiros por km pouco mudou e técnicos comuns foram introduzidos para facilitar a passagem dos trens
ficou em 6,4%; os ônibus registram 8,2%; os carros continuam absolutos pelas redes nacionais; e um pacote inicial tímido para abrir o mercado de
com 72,5%; e o transporte aérea cresceu para 8,9%. passageiros foi adotado, mas pouco avançou na prática.
Há outros sinais preocupantes. O TGV francês, pioneiro na modali- Por enquanto, as operadoras estatais têm preferido mais fazer alian-
dade em 1981, registra receita e margem de lucro em queda depois de ças entre si a competir. A SNCF francesa e a Deutsche Bahn (DB) reno-
anos de alta. A operadora SNCF iniciou um programa de preços popula- varam sua associação nas linhas Alleo, que interligam os dois países.
res em contra-ataque, para tentar deter a fuga de passageiros atraídos A SNCF também se aliou à estatal suíça para criar uma ligação entre
por passagens aéreas baratas e car sharing (viagens de carro em grupo). Lille e Genebra. A operadora alemã DB parece que não desistiu da rota
Na Espanha, os preços foram reduzidos em 2013 nas linhas da AVE, mas Frankfurt-Londres, cruzando o Túnel da Mancha, para concorrer com a
sobram lugares em quantidade em diversas rotas. Eurostar, algo impensável até agora. A ferrovia parece ser um dos feudos
A lentidão exasperante na criação de um mercado ferroviário co- antigos onde cada país europeu prefere controlar sua rede — longe das
mum europeu é outro obstáculo no caminho do TAV, cuja pretensão era normas da Comunidade Europeia.
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Megaprojetos
E
la se chama NTV - Nuovo Trasporto Viaggiatori, tem par-
ticipação de 29% da SNCF francesa, começou a operar na
Itália em abril de 2012 e informa que já detém 20% do
mercado doméstico. Tem se queixado da concorrente estatal FSI,
que controla os trilhos, por valer-se de práticas antiéticas para
prejudicar as suas operações. Essa nova formatação, em que o
Estado construiu os trilhos de alta velocidade e seus sistemas
operacionais e uma empresa privada adquire e trafega com TAV
próprios, pode ser uma nova forma para viabilizar o negócio.
É a primeira empresa privada do mundo que opera o TAV
com uma frota de 25 trens do modelo AGV Alstom, que detém
o recorde de velocidade entre seus concorrentes — 575 km/h e é
considerado o equipamento mais moderno e luxuoso do merca-
do. O trem tem tração distribuída entre os vagões, substituindo
as tradicionais locomotivas na frente e atrás, eliminando com isso maior quilômetros de distância das comidas de avião — fornecidas por uma
parte das vibrações e ruído. empresa conhecida do ramo de alimentos, a Eataly. Uma vez atingida a
O fabricante afirma que essa configuração também reduz o custo capacidade total da frota, a NTV vai operar 50 viagens/dia somando 12
de manutenção e o consumo de energia em 15% e eliminou 70 t do milhões km/ano.
peso da composição, que foi batizada de Italo. O uso de motores sín- A concorrente dela é a FSI-Ferrovie dello Stato estatal, que comanda
cronos de tração dotados de magnetos permanentes otimizou a geração a operação de mais de 8 mil trens/dia, transportando 600 milhões de
de potência, de modo que a sua relação ao peso é de 22,6 kW/t, 23% passageiros e 50 milhões t de carga ao ano, sobre uma rede de 16.700
menor do que trens similares, reduzindo o consumo de energia em 10%. km de trilhos, dos quais mil km são dedicados ao TAV. O TAV da FSI foi
É autossuficiente neste quesito, produzindo toda a energia que consome batizado de Frecciarossa1000, projetado pela italiana Ansaldo e cana-
mediante a recuperação na frenagem eletrodinâmica. A velocidade má- dense Bombardier, podendo viajar a 350 km/h, cujo comissionamento foi
xima de percurso é de 360 km/h. programado para 2015.
Os vagões de passageiros têm largura de 3 m e espaço interno de
2,75 m, permitindo a fácil locomoção de passageiros mesmo com malas
volumosas. Há 15% a mais de espaço nas janelas para entrada de luz e o
piso está 10 cm abaixo dos vagões tradicionais. A isolação praticamente
hermética eliminou ruído e a pressão nos ouvidos dos passageiros ao
atravessar os túneis.
A rede da NTV tem duas linhas, de Turim a Salerno, com paradas em
Milão, Reggio Emilia, Bologna, Florença, Roma e Nápoles; de Veneza a
Salerno, com paradas em Padova, Bologna, Florença, Roma e Nápoles. Há
doze viagens diretas sem paradas diárias entre Milão e Roma, percurso
percorrido em 2h40.
O sistema de tarifação das passagens se assemelha ao das linhas
aéreas, de acordo com a disponibilidade dos assentos mais baratos e
antecedência da compra. Numa rota popular como Roma-Veneza, na
classe econômica, a saída no dia 18 de fevereiro (mesmo dia da consulta
do viajante) custaria € 76,00 na ida, contra € 39,00 uma semana depois,
e € 27,50 em 4 de março. O retorno no mesmo dia custaria o mesmo
preço da ida, seguindo uma redução progressiva similar uma ou duas
semanas depois.
Uma das facilidades a bordo é o wi-fi, internet de alta qualidade, TV
ao vivo e telefone, mesmo a 300 km/h, graças a antenas bidirecionais
que rastreiam a conexão de satélite. Outras amenidades são a entrega de Mapa atual do trem-bala operado
bagagem porta a porta em 24 h e alimentação seguindo a gastronomia pela Nuovo Trasporto Viaggiatori
tradicional italiana, com ingredientes da estação e sem conservantes — (NTV) na Itália
Honduras
Nicarágua
Lago
Mar do Caribe
Costa Rica
Canal do Panamá
Cidade do Panamá
Colômbia
D
iferentemente das receitas amargas de ajuste fiscal das contas pú- sacar de suas reservas. Outro cliente notório é a Rússia, cujas empresas
blicas, com corte de investimentos, habituais no receituário do FMI petrolíferas já obtiveram cerca de US$ 30 bilhões dos bancos chineses.
e do Banco Mundial, a China oferece generosos financiamentos a Desde 2008, a China negociou algo em torno de US$ 500 bilhões em
países emergentes em troca de obras a ser executadas por construtoras chi- operações de swap de moeda com 30 países, do Canadá ao Paquistão,
nesas. Essa abordagem tem atraído países com governança e finanças fora num esforço para globalizar o yuan. Ao mesmo tempo, ela está liderando
do padrão do que pregam os países industrializados e agências multilaterais. esforços para criar novos bancos de desenvolvimento com a clara inten-
É o caso da hidrelétrica nas cataratas de Amália na Guiana, numa região ção de competir com as agências multilaterais como Banco Mundial e
de florestas, capaz de produzir 165 MW, ao custo de US$ 840 milhões, subs- FMI, em que os países emergentes não têm voz nem poder de decisão, e
tituindo a energia gerada em usinas térmicas que utilizam óleo importado. ainda precisam aceitar o direito de veto dos Estados Unidos. Uma situ-
O concessionário por 20 anos é formado pela Blackstone Group, com a maior ação insustentável que estas instituições multilaterais precisam romper
parte do financiamento procedente da China Development Bank e US$ 175 em algum momento futuro, considerando que a economia chinesa vai
milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A China Rai- superar a norte-americana em PIB dentro de uma década.
lway First Group foi contratada para os trabalhos de engenharia. Os países-membros do BRIC mais a África do Sul constituíram o
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Rio de Janeiro | Investimentos
Q
râneo de São João da Barra, também
naquela região, está se tornando um
uando a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Ja- empreendimento voltado ao mercado de
neiro (Firjan) anunciou que entre 2014 e 2016 os inves- óleo e gás, mas a Firjan propõe a cons-
timentos em infraestrutura alcançariam R$ 37,9 bilhões, trução de ramal ferroviário do terminal
calculava que boa parte já estivesse destinada em 2015. portuário com a linha existente da Ferro-
Porém, somente um montante desse valor foi via Centro-Atlântica (FCA), que passa em Júlia Nicolau Butter, da Firjan:
aplicado. Assim, há ainda muitos projetos a ser execu- Campos dos Goytacazes. Trata-se de uma Crescimento passa necessariamente
pela “Rota do Desenvolvimento”
tados, além de outros que passaram a fazer parte da ligação de cerca de 40 km que já existia
lista de iniciativas prioritárias. em projeto, mas precisa agora de definição. “São investimentos para viabilizar
Júlia Nicolau Butter, chefe de Divisão de Competitividade Industrial e aquele porto, que tem um potencial imenso”, analisa Júlia.
Investimentos do Sistema Firjan, dá um panorama à revista O Empreiteiro
do que ainda precisa ser concluído ou sair do papel no Estado, no campo da Via Dutra
infraestrutura de transportes e logística, para se concretizar a tão sonhada Já no trecho sul da “Rota do Desenvolvimento” encontra-se a Via Dutra.
transformação do Rio. Nela, a necessidade de construir a nova descida da Serra das Araras é premen-
O crescimento, de acordo com a entidade, passa necessariamente pelo te. “É uma região de grande escoamento de carga”, diz. A obra ainda depende
que a Firjan chama de “Rota do Desenvolvimento”. A rota cruza o Estado de sul de aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas é
a norte e envolve as principais rodovias. possível que comece ainda este ano.
“O caminho da rota é onde todo mundo quer estar próximo, seja para es- “Temos um estudo que aponta o custo dos acidentes na atual descida”,
coar produto, morar ou estudar. Ao longo dela, com várias ramificações, seria o conta Júlia. Pelo projeto, a nova descida será construída ao lado da atual pista
local de concentração de indústrias, do comércio e dos serviços”, explica Júlia. de subida.
“Olhar essa rota é pensar na expansão de desenvolvimento do Rio”. A Dutra na Baixada Fluminense também é outro problema apontado pela
Firjan. O trecho sofre com o pesado trânsito local, que se mistura ao de longa
Norte Fluminense distância - 170 mil veículos/dia, de acordo com a concessionária CCR. “Ela
No entanto, muitos trechos dessa rota necessitam de investimentos. No está saturada. A ampliação da Via Light é fundamental”, afirma a economista.
Norte Fluminense, por exemplo, é essencial terminar a duplicação da BR-101 A via liga hoje Nova Iguaçu à Pavuna (cruza mais três municípios da Bai-
xada Fluminense antes de chegar à cidade do Rio), mas é pouco aproveitada inicialmente o pré-sal, e a ligação de Itaboraí a Maricá (Rodovia RJ-114) já
porque falta conexão com outras vias importantes da capital. “Nosso pleito existe, mas a via é muito modesta, em mão dupla e sem acostamento que,
é que ela seja ampliada de modo que se conecte à cidade do Rio de Janeiro portanto, precisa ser ampliada.
através da Avenida Brasil. São apenas 3 km para fazer essa ligação”, relata. O Júlia Nicolau Butter menciona ainda que na região de Magé e Guapimi-
projeto dessa intervenção já existe, mas as obras não começaram. rim, por onde o Arco Metropolitano passa, tem espaço para o desenvolvimen-
Júlia explica ainda que existe um projeto de levar a Via Light até o bairro to industrial e de galpão logístico, mas o governo precisa definir a forma de
de Madureira, o que seria mais 3 km a partir da Avenida Brasil. No outro ex- ocupação.
tremo, a proposta é ligá-la ao distrito industrial de Queimados.
“Isso tiraria parte do tráfego local da Dutra, de gente que se locomove da- Porto de Itaguaí
queles municípios à cidade do Rio ou usa a rodovia como via urbana”, expõe. Na Baía de Sepetiba, onde se localiza o porto de Itaguaí, a economista
Segundo a Firjan, a ampliação da Via Light, no trecho da Pavuna à Avenida aponta uma outra preocupação da Firjan. Embora já exista projeto de draga-
Brasil, tiraria 25% do tráfego da Dutra. Se ampliasse até Queimados, esse nú- gem no local, ela frisa a importância de duplicar o canal de acesso à baía. “Só
mero seria ainda maior. passa hoje um navio de cada vez. Isso faz com que o navio atrase para entrar
Ainda existe uma proposta de ligar a Via Light à Linha Vermelha. Assim, e sair. Com o Arco Metropolitano, o porto de Itaguaí ganhou muita importân-
concluídos todos os projetos da via, o tráfego hoje da Via Light de 13 mil cia”, menciona.
veículos/dia passaria para 75 mil/dia. “É preciso ter essa obra para viabilizar o Ali na baía, além do porto de Itaguaí, se desenvolvem o Prosub (Programa
desenvolvimento da Baixada Fluminense”, cita a economista da Firjan. de Desenvolvimento de Submarinos, da Marinha) e o porto do Sudeste (em
fase final de obras e que atenderá o mercado de mineração), além dos ter-
Arco Metropolitano minais da ThyssenKrupp, CSN e Gerdau - há ainda uma área portuária a ser
O Arco Metropolitano teve o trecho de 71 km, ligando o porto de Itaguaí a licitada. “Se não duplicar, inviabiliza”, sintetiza.
Duque de Caixas - no entroncamento com as BRs 040 e 116 -, inaugurado no “Todos esses projetos estão dentro do conceito da ‘Rota do Desenvolvi-
ano passado, mas é necessário concluir a duplicação (obras já em andamento) mento’”, lembra Júlia. De acordo com ela, as parcerias público-privadas (PPPs)
entre Magé e Itaboraí, no entroncamento com a BR-101 Norte. serão importantes para tirar o peso do Estado nesses investimentos.
No entanto, para o Arco Metropolitano estar completo, de acordo com a “A infraestrutura de logística e transporte é crucial para viabilizar inves-
Firjan, é preciso fazer a ligação de Itaboraí até o município litorâneo de Maricá, timentos industriais, e eles atraem outros investimentos, como saneamento,
onde será construído o porto de Ponta Negra. telecomunicação, energia elétrica e habitação”, relaciona.
“O projeto todo do Arco Metropolitano tem 144 km. A obra representará Júlia ressalta que o mercado de óleo e gás continuará liderando o desen-
a ligação dos portos de Itaguaí e Ponta Negra, do litoral sul com o norte do volvimento do Rio. “Apesar do problema existente na Petrobras, o potencial
Estado”, esclarece Júlia. O porto de Ponto Negra já tem projeto para atender imenso continuará existindo”, conclui a economista.
A
lém das obras na zona portuária e da demolição do elevado da carro-forte e por uma questão de segu- Luiz Eduardo Oliveira da Silva:
Perimetral, mais uma intervenção se destaca no centro do Rio de Obras noturnas se concentram
rança exige intervenção de rua na pas-
na concretagem
Janeiro. Trata-se da construção da primeira linha do Veículo Leve sagem dos veículos em uma quadra da
sobre Trilhos (VLT), ligando a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Avenida Rio Branco (a instituição tem
Dumont, que deverá ficar pronta até o final do ano e entrar em operação sede na via). “Não se pode atrapalhar esse acesso durante o dia”, ressalta.
no início de 2016. Há 650 trabalhadores envolvidos nos trabalhos hoje. Carlos Baldi, presidente da concessionária do VLT Carioca, também
As execuções se concentram atualmente na zona portuária e na ressalta o desafio de trabalhar no centro da cidade: “É uma região al-
Avenida Rio Branco, principal via que cruza a região central da cidade. tamente urbanizada e com um grande número de interferências, sem
Dessa avenida duas e, dependendo do trecho, três das cinco faixas estão esquecer dos vestígios arqueológicos que, a todo momento e sem ne-
interditadas desde novembro e uma grande operação de mudança de nhuma previsibilidade, são identificados e precisam, obrigatoriamente,
trânsito de linhas de ônibus foi feita. de tratamento apropriado”.
O engenheiro civil Luiz Eduardo Oliveira da Silva, diretor de opera- Embora o VLT visa a atender toda a região central do Rio e não
ções da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do apenas a zona portuária (dentro do âmbito do projeto Porto Maravilha),
Rio de Janeiro (Cdurp), explica que as obras civis estão sendo realizadas a Cdurp foi designada pela prefeitura para gerir e articular ações com
à noite para facilitar o tráfego de betoneiras e os serviços de concreta- agentes públicos e privados no desenvolvimento do modal de transporte.
gem da calha do VLT. “O VLT é um projeto simbólico no Porto Maravilha, embora ele trans-
De dia se procedem trabalhos de escavações, remanejamento de cenda a área, por conta da sua integração”, explica Luiz Eduardo. Há
muitas interferências pelo caminho do VLT Carioca, incluindo tubulações é na Praça Mauá, Avenida Rio Branco e Cinelândia onde se realizam
de água, esgoto e gás, cabos de dados e telefone, além de caixas de dre- as intervenções que mais exigem mobilização do consórcio responsável
nagem. E é a Cdurp que contata as concessionárias e proprietários das pela obra - segundo a empresa, existem quatro frentes de trabalho na
utilidades para promover o remanejamento. região portuária e duas na Avenida Rio Branco.
Depois da remoção do asfalto da via com fresadora para abertura da
Custos e consórcio calha nos dois sentidos, processa-se a escavação, remanejamento de in-
terferências, serviços de arqueologia, preparação da base e, em seguida,
concretagem in loco. O engenheiro explica que o solo na região combina
A implantação do VLT Carioca tem custo orçado em R$ 1,2 bi- rocha e areia, com várias áreas de aterro.
lhão, sendo parte proveniente de recursos federais do Programa de Em paralelo, multidutos pré-fabricados estão sendo instalados
Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e pouco mais de R$
na calha. Neles, passarão os sistemas elétricos e de dados do mo-
600 milhões viabilizados por meio de uma Parceria Público-Privada
dal. Em abril, está previsto o início dos assentamentos dos trilhos
(PPP) feita com o consórcio vencedor da licitação, responsável por
construir, operar e realizar manutenção do sistema durante 25 anos.
e, posteriormente, da montagem dos sistemas - a integração será
O consórcio é formado pela CCR (24,4375%), Invepar (24,4375%), feita pela Alstom, que fornecerá também os trens (ver matéria nesta
Odebrecht Transportes (24,4375%), Riopar Participações, sócia do edição da revista). A calha (depois de pronta) ficará ao nível da via
Grupo CCR na CCR Barcas (24,4375%), Benito Roggio Transporte existente”, ressalta.
(2%) e RATP do Brasil Operações (0,25%). O Centro Integrado de Operação e Manutenção (CIOM) do VLT está
sendo erguido na Gamboa, sub-bairro da zona portuária - atualmente,
processam-se serviços de terraplenagem. No local também ficará a ad-
Obras na calha ministração do sistema.
Atualmente, os trabalhos do VLT Carioca se concentram na cons- Pontos de parada e estações de interligação com outros modais es-
trução da calha para posterior colocação dos trilhos. No trecho da zona tão no contrato da obra e ainda deverão ser construídos - a previsão do
portuária, onde se desenvolve o projeto Porto Maravilha, a reestrutura- consórcio é erguê-los no segundo semestre. De acordo com a Cdurp, não
ção urbana já promovida deixou parte do caminho do VLT pronto. Assim, está prevista desapropriação para passagem do VLT.
6 linhas e 38 paradas
Quando totalmente concluído, o VLT Carioca terá seis linhas, 38 para- MAPA COM AS 6 LINHAS PREVISTAS DO VLT CARIOCA
das e quatro estações, representando 28 km de extensão. O sistema poderá
transportar até 285 mil passageiros/dia.
O projeto privilegia a ligação intermodal, conectando o sistema com a Rodoviá-
ria Novo Rio, Central do Brasil (trens e metrô), Barcas e o Aeroporto Santos Dumont,
além dos BRTs, linhas de ônibus convencionais e o Teleférico do Morro da Providência.
Cada carro do VLT Carioca - com 3,82 m de altura, 44 m de comprimento e
2,65 m de largura e sete módulos articulados - trafegará com velocidade média
de 17 km/h e terá capacidade para até 420 passageiros.
O sistema não prevê uso das catenárias ou cabos aéreos para operação. O forne-
cimento de energia se dará com alimentação pelo solo (sistema APS).
“Será o primeiro VLT implantado no Brasil sem catenárias e esse pioneirismo
também é um desafio e uma responsabilidade para o consórcio”, destaca Carlos
Baldi, presidente da concessionária do VLT Carioca.
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Rio de Janeiro | Mobilidade Urbana
Foto: Divulgação
Nova planta tem área construída
de 16,8 mil m2, em terreno de 70 mil m2
E
m terreno próprio e com área construída de 16,8 mil m², entrou em concluída em fevereiro deste ano: oito meses de obras do edifício pro-
operação em março a nova unidade fabril da Alstom no País. É a priamente dito e mais três de montagens de instalações internas. O pico
décima quinta planta da empresa no Brasil, erguida no mesmo en- da obra empregou 380 trabalhadores.
dereço onde se instalou pela primeira vez em solo nacional, há 60 anos, Segundo Ivo Micchi, responsável na Alstom pelo projeto básico e
em 1955: o município de Taubaté (SP), no Vale do Paraíba. Dedica-se executivo da fábrica, o sistema construtivo se orientou por metodo-
exclusivamente à fabricação de Citadis, o modelo de veículo leve sobre logias já consolidadas no mercado. Objetivo: evitar possíveis contra-
trilhos (VLT) da empresa. O investimento total no empreendimento é de tempos que comprometessem o cronograma, apertado. “A ideia foi não
R$ 50 milhões, com geração de 150 empregos diretos. complicar: ‘Vamos fazer aquilo que a gente já sabe que funciona, para
A primeira grande entrega da nova planta é o conjunto de 27 dos 32 ser rapidamente implementado’”, objetivou. Em síntese, a fábrica é um
trens do sistema VLT Carioca, que servirá o Centro do Rio de Janeiro, como galpão industrial retangular de alvenaria, com 7,6 m de pé-direito,
parte do programa de revitalização da área portuária, denominado Porto
Maravilha. Os outros cinco trens do contrato virão da planta da Alstom em
La Rochelle, na França. A previsão é entregar o primeiro trem produzido
em Taubaté em outubro deste ano. Do VLT Carioca, que se estenderá por
28 km, a primeira linha - das seis previstas - deverá entrar em operação
comercial no primeiro semestre do ano que vem, a tempo de contribuir
para a demanda de transporte de massa dos Jogos Olímpicos do Rio.
Cada unidade do modelo Citadis do VLT Carioca se constituirá de
sete carros e será livre de catenárias, isto é, não precisará de cabos para
Foto: Divulgação
fechamento com telha metálica trapezoidal e isolamento térmico com projeto que precisa de uma tecnologia bem desenvolvida”, pontua Micchi.
manta de vidro. “Toda a estrutura é leve. Hoje se consegue, com peso Uma estrutura específica mereceu atenção especial: o trilho, com
menor, usando menos aço, menos material, dar a mesma qualidade de extensão de 404,7 cm, para testes dinâmicos dos trens (conhecidos
suporte que se tinha há 50 anos com o dobro de peso, nas estruturas como DTT, dynamic track test, no inglês). É uma miniferrovia linear, que
compostas de pilares, vigas, treliças”, descreve Ivo Micchi. “A gente coloca o trem efetivamente para operar, de modo a analisar seu com-
tentou usar a expertise de mercado a favor da velocidade.” portamento dinâmico, depois de efetuados os chamados testes estáticos,
com a eletrificação dos carros. “É um ambiente controlado, fechado. É
Trilho de testes com 400 m de comprimento ali que conseguimos entregar para o cliente a qualidade-padrão que a
Embora planta com características semelhantes às de outras do grupo Alstom costuma entregar”, explica o executivo de obras.
em atividade no mundo, a unidade de Taubaté mereceu cuidados orienta- Uma outra característica também chama a atenção de quem visi-
dos localmente. “É um projeto tropicalizado devido às amplitudes térmicas ta as instalações da fábrica: a vasta presença de plataformas de trabalho
que temos aqui, muito calor e muito frio em um mesmo dia. As tolerâncias metálicas, fixadas a 2,50 m do chão e localizadas nas laterais. É que a maior
são muito severas, de inclinação de trilho, de coeficiente de atrito. Um parte dos equipamentos e controles dos Citadis situa-se no teto dos carros.
Daí a necessidade de o trabalhador intervir por cima das composições.
Viagens à Europa
“Implantamos código O contrato firmado com o consórcio VLT Carioca prevê também a transfe-
rência da tecnologia VLT para o Brasil. Essa tarefa está ainda em andamento,
de ética rígido” com viagens sucessivas de empregados da planta paulista para treinamentos
na Polônia, onde a Alstom mantém produção de Citadis. É a introdução da tec-
Acusada internacionalmente de nologia de um novo modal de transporte coletivo urbano, que faz recordar, por
Foto: Divulgação
pagar propinas para obter contratos, suas características de traçado e estrutura, os antigos bondes. A saudade aqui
prática que incluiria contratos do é futuro. A produção efetiva de Citadis em Taubaté ainda não tinha começado
Metrô de São Paulo, da Companhia
em março, mas a cadeia de fornecedores de insumos e peças já trabalhava
Paulista de Trens Metropolitanos e
aceleradamente para atender às demandas da planta.
do Metrô do Distrito Federal, a Als-
A consolidação do investimento feito, agora num momento econô-
tom diz agora monitorar relações de
seus empregados com rigidez. “Im- mico brasileiro mais delicado, não assusta os dirigentes da empresa, que
plantamos um código de ética ex- avaliam que o transporte metroferroviário no Brasil e na América Latina
tremamente rígido”, afirma Michel deva crescer a uma taxa de 5%, 6% ao ano. “Talvez 2015 e 2016 sejam
Boccaccio, vice-presidente sênior do anos mais difíceis, alguns projetos podem atrasar, mas a médio prazo
setor transporte da Alstom na Amé- com certeza vai crescer, porque os problemas de mobilidade urbana pre-
O vice-presidente
rica Latina. cisam ser resolvidos”, avalia Michel Boccaccio, vice-presidente sênior do
Michel Boccaccio
Com relação ao amadurecimento setor transporte da Alstom na América Latina.
da relação da empresa com entidades públicas, ou gestores públicos,
que tipo de aprendizado se teve ou se vai ter com as denúncias em
que a Alstom esteve envolvida, o chamado cartel do metrô? Ficha Técnica – Fábrica VLT
Há investigações, nós estamos colaborando com as autoridades e
aguardando o resultado delas. Não tem nenhuma novidade, eu diria. - Propriedade da obra: Alstom Transport LAM
- Localização: Taubaté (SP)
Mas a Alstom avalia [o caso] como um aprendizado? - Área do terreno: 70 mil m²
São histórias antigas, do fim dos anos 1990 e início dos anos - Área construída: 16,8 mil m²
2000. Hoje nós implantamos um código de ética dentro da Alstom - Início da obra: Abril 2014
extremamente rígido. Portanto, é ele que estamos seguindo hoje. - Conclusão da obra: Fevereiro 2015
Como é este código? - Construção, gerenciamento e projeto de arquitetura: AW
Construções
É extremamente rígido, sobretudo sobre o que pode e o que não - Projeto de engenharia: Green e AW Construções (principais)
pode ser feito. Está tudo definido, em termos de relacionamento - Projeto estrutural (projeto executivo): Medabil e Estrutural
com entidades públicas, relacionamento com clientes. Tem - Projeto de instalações hidráulicas e elétricas: Green
definição de qual é o valor [máximo] de um almoço que você pode - Paisagismo: Sollus Paisagismo
ter. É um código de ética extremamente detalhado sobre a conduta - Serviços de terraplenagem: Demoliterra
- Serviços de fundações: Produza e Helicebras
dos funcionários. - Montagem industrial: Engefel, CTA, Itakar, Metalúrgica
Isso é recente? Guará, MPO, Jonfra (principais)
Começou no início dos anos 2000 e está sendo sempre aprimorado - Principais fornecedores de máquinas, equipamentos,
com o treinamento que nós fazemos dentro da empresa. Um treina- materiais e insumos: Engefel, Demoliterra, Maxxi, Motriz,
mento mandatório para todos os empregados. (Guilherme Azevedo) FAMAC e Produza
Foto: Divulgação/Riotur
Ecorodovias surpreende e ganha nova
concessão da ponte Rio-Niterói
Empresa assume gestão a partir de junho guns até quase colegiais, com
Foto: Divulgação/Ecorodovias
encadernação de plástico escu-
com pedágio mais baixo do que o atual;
ro, do ponto de vista da apre-
execução de obras viárias complementares sentação. E todas as demais pro-
é escopo principal da concessão postas só foram maiores mesmo
no cálculo do valor do pedágio, o
que garantiu a vitória da Ecoro-
dovias. A que mais se aproximou
Guilherme Azevedo do vencedor foi a do Consórcio
Nova Guanabara (formado pelas
S
e tamanho não é documento, como diz o dito sábio popular, a empresas A. Madeira, Coimex,
realidade, entretanto, muitas vezes, cuida de o negar. Foi mais ou Urbesa e Rio do Frade), com pro- Marcelino Rafart de Seras,
presidente da Ecorodovias
menos o que ocorreu no leilão de concessão do trecho da BR-101/ posta de R$ 3,35900 (deságio de
RJ que vai do acesso à ponte Rio-Niterói (Presidente Costa e Silva) até o 35,23%).
entroncamento com a Linha Vermelha (RJ-071), realizado no dia 18 de A surpresa da disputa coube à atual concessionária da ponte Rio-
março, na BM&FBovespa, em São Paulo. -Niterói, a CCR, cuja proposta ficou apenas no quinto lugar, com tarifa
Após o ressoar da campainha, o leiloeiro, trajando paletó azul-es- básica de pedágio de R$ 4,24230 (deságio de 18,20%). Em tese, ao
curo entrecortado pela gravata vermelha, foi logo abrindo com estile- menos, seria a mais profunda conhecedora do sistema, pois o admi-
te o pacote da primeira proposta, entre as seis em disputa. Eram dois nistra há vinte anos. Em nota, a empresa justificou sua oferta, dizen-
grossíssimos volumes, com capa dura branca, empilhados um sobre o do que “levou em consideração a disciplina de capital, alinhada às
outro, perfazendo a proposta da Ecorodovias: resumida na tarifa básica premissas de governança corporativa e crescimento qualificado que
de pedágio no valor de R$ 3,28442, com deságio de 36,67% em relação têm norteado toda a trajetória da companhia”. Na mesma nota, se
ao valor fixado em edital. despediu formalmente desejando boa sorte ao novo concessionário e
Os volumes que viriam a seguir eram bem mais humildes, finos, al- afirmando que ele “receberá a ponte Rio-Niterói em excelentes con-
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Rio de Janeiro | Rodovias
da concessão, concentrado nos primeiros cinco anos. Entre as obras tituirá de 260 vigas de concreto pré-moldado protendido, sendo a
de melhorias que a Ecorodovias precisará executar, duas se destacam. maior parte com 39 m de comprimento. O projeto prevê a execução
A mais ampla delas é a de construção da alça de ligação da das peças num canteiro local, criado especificamente para a tarefa.
ponte com a Linha Vermelha, do lado do Rio. Conforme projeto exe- Do ponto de vista da mobilidade urbana, o objetivo, com a obra, é
cutivo elaborado pela Concremat e pela Projconsult, a via elevada evitar que os motoristas que vêm de Niterói com destino à Baixada
terá extensão de 2,5 km e tabuleiro variando entre 9 m e 10,7 m Fluminense e à rodovia Presidente Dutra (BR-116) utilizem a Aveni-
de largura, com uma pista de rodagem com duas faixas de tráfego, da Brasil, já saturada. O prazo para concluí-la é de até quatro anos.
faixa de segurança e passeio. A superestrutura do viaduto se cons- Outra obra de relevo a ser executada pelo concessionário é a pas-
sagem rodoviária subterrânea (mergulhão) sob a praça Renascença,
na direção da avenida Feliciano Sodré, em Niterói, que deverá estar
Cronograma de implantação das melhorias pronta em até dois anos. Segundo projeto executivo da EGT, a passa-
Prazo para gem terá extensão total de 511 m, com 366 m de rampas (contendo
Serviço/obra
implantação* duas ou três faixas de rodagem de 3,5 m de largura) e 145 m de
Execução de alça de ligação Ponte-Linha Vermelha 4 anos trecho enterrado (com três faixas de 3 m de largura). O projeto es-
Execução de mergulhão em Niterói 2 anos tabelece escavações mecânicas pelo método invertido, ou cover and
cut: primeiro executa-se a estrutura de cobertura, para se escavar
Execução de ligação entre a Ponte
5 anos em seguida, sucessivas vezes. Método adequado quando o objetivo
e a Av. Brasil (avenida Portuária)
Implantação de baias operacionais 2 anos
é interferir o menos possível no entorno. Obrigatório também será o
emprego de paredes-diafragma nas escavações abaixo do lençol fre-
Alargamento da rampa N4 no sentido Rio-Niterói
entre a Praça de Pedágio e o acesso à avenida 3 anos ático. Aqui, com a obra, visa-se melhorar a chegada à ponte do lado
Feliciano Sodré de Niterói, hoje congestionado na maior parte do tempo.
Alargamento do viaduto da rampa N12 e
3 anos
implantação de passeios nas rampas N11 e N12
Ampliação da praça de pedágio 1 ano
Implantação de retorno operacional na baia Caju
pela pista Norte
2 anos
Uma obra icônica
Melhoria da geometria dos pontos de ônibus da
2 anos A ponte Rio-Niterói é um dos símbolos concretos dos projetos
Ilha de Mocanguê e implantação de uma passarela
Substituição da estrutura metálica de proteção grandiosos (muitas vezes faraônicos) que caracterizaram o regime
2 anos militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985.
dos Duques d’Alba
Sua construção foi iniciada em 1969 e concluída em 1974,
Implantação de acesso para o Racon 1 ano
quando foi inaugurada a 4 de março, com o nome de Presidente
Implantação de nova pista flex 1 ano Costa e Silva, em referência a Artur da Costa e Silva, presidente-
Revitalização do sistema de drenagem ditador do Brasil de 1967 a 1969, ano em que veio a morrer.
1 ano
da Praça de Pedágio Do ponto de vista da engenharia, significou uma série de avanços de
Implantação de grades no elevado da Av. Rio de Janeiro 1 ano métodos construtivos, como o de concretagem submersa (30 m abaixo
do nível do mar) na execução de tubulões com ar comprimido, nas fun-
Implantação de grades de proteção nos acessos de Niterói 1 ano
dações. O emprego de cimento especial, resistente a sulfato, foi decisivo.
Melhoria no mecanismo de abertura A ponte Rio-Niterói representou também um sonho antigo: de
1 ano
das defensas desmontáveis
ligação rápida e direta entre Rio e Niterói, separadas pela baía de
Implantação de lamelas antiofuscantes Guanabara, e antes acessíveis apenas por barca ou rodovia totali-
1 ano
sobre a barreira central zando mais de 100 km de distância. (Guilherme Azevedo)
Substituição de barreiras de concreto 1 ano
Substituição dos atenuadores de impacto 1 ano
Implantação de 1 posto de observação adicional
1 ano
da PRF no sentido Rio-Niterói
Implantação de 1 posto de observação adicional
1 ano
da PRF no sentido Niterói-Rio
Foto: Alexandre Macieira/Riotur
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Rio de Janeiro | TransOceânica
U
m dos projetos de mobilidade mais antigos da região metropo- catamarã de Niterói para a praça XV, na cidade do Rio de Janeiro, cru-
litana do Rio de Janeiro, a TransOceânica deu início às obras em zando a baía de Guanabara. Por conta disso, deverá ser construído um
Niterói (RJ). A via expressa encurtará o tempo de mais de 1 hora terminal de atendimento aos dois modais.
de viagem para cerca de meia hora, entre os bairros centrais da cidade O investimento total da obra será de R$ 310,8 milhões, com recursos
e a Região Oceânica do município. Os trabalhos serão executados pelo do governo federal e da Prefeitura de Niterói. O prazo de execução é
consórcio Constran-Carioca Engenharia. de 24 meses e a previsão é terminá-la no final de 2016. O BHLS deverá
Um túnel de 1,3 km será construído ligando os bairros de Cafubá transportar cerca de 150 mil passageiros/dia.
(Região Oceânica) e Charitas. No total, a TransOceânica terá 9,3 km de O projeto é um antiga reivindicação da cidade e existe desde quando
extensão (ligando os bairros de Engenho do Mato e Charitas) e atenderá Niterói era capital do Estado do Rio.
11 bairros que compõem a Região Oceânica. A Região Oceânica é a que mais cresceu no município na última
A estrada terá duas vias de veículos em cada sentido e mais duas década e a população chega a 70 mil habitantes. A precariedade do
em cada direção dedicadas ao sistema BHLS (Bus of High Level of Ser- transporte público na área faz com que moradores usem quatro vezes
vice) - o modal é um aperfeiçoamento do BRT (Bus Rapid Transit): ele mais automóvel do que o restante do município.
Além de 9,3 km de via, serão feitos 11,2 km de requalificação urbana lizados na pavimentação de concreto da TransOceânica e o restan-
no entorno da via. te será disposto em pedreira no município vizinho de São Gonçalo.
O túnel terá duas galerias: 1.350 m sentido Charita-Cafubá e A prefeitura afirma que as desapropriações devem chegar a 19 uni-
1.338 m sentido Cafubá-Charitas. O volume escavado em rocha deve dades totais e 79 unidades parciais, além da realocação de 98 imóveis
alcançar 270 mil m³, sendo que 20 mil m³ desse volume serão uti- em situação de risco.
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Rio de Janeiro | Saneamento
U
ma estação de tratamento de esgoto em construção e mais dual do Ambiente (Inea) e a Secretaria
duas a ser erguidas, além de ampliação da rede de esgoto Municipal de Meio Ambiente permite
em sítios localizados. Feito isso até 2018, Niterói, cidade do um trabalho mais intenso da concessio-
Grande Rio, terá chegado à universalização de saneamento — meta nária junto da população, para se pro- Nelson Gomes, da Águas
rara alcançada entre cidades brasileiras. ceder à ligação das casas com a rede de de Niterói: Mais R$ 120 mi
de investimento
É o que promete a Águas de Niterói, concessionária do grupo Águas esgotamento em implantação.
do Brasil, que ainda possui mais 12 concessionárias pelo País no serviço Nelson Gomes afirma que, de 2015 a 2018, a Águas de Niterói deve
de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. aplicar, no total, R$ 120 milhões para alcançar a meta de coletar e tratar
“Hoje, 92% da população é atendida por esgotamento sanitário e a 100% do esgotamento de Niterói. “Devemos ainda aplicar mais R$ 40
meta é chegar à universalização em 2018”, afirma Nelson Gomes, supe- milhões em obras na rede de abastecimento”, diz.
rintendente da Águas de Niterói. A cidade tem atualmente sete ETEs e
projeta a construção de mais três nos próximos anos. Planta de dessalinização
Desde 1999, quando assumiu a concessão, até 2014, a Águas de Ni-
Novas estações terói já aplicou R$ 500 milhões na melhoria do serviço de água e esgoto.
A ETE Maria Paula, com capacidade de tratar 95 l/s, está entrando
na fase de fundação da estrutura. Foi preciso fazer uma ponte sobre
um córrego, para dar acesso ao terreno onde a ETE será construída. A
previsão é de ficar pronta até o final do ano com investimento de R$
23 milhões.
Paralelamente, na região, está sendo feita a expansão de rede de es-
gotamento. Há oito frentes de trabalho para abertura de vala, colocação
da tubulação e fechamento. “Pegamos um trecho por vez, onde fazemos
tudo em um dia só”, conta Nelson.
Ano que vem, a concessionária começa a construir a ETE Badu e a
implantação de rede coletora de esgoto na região. O investimento é de
R$ 27 milhões.
Por fim, em 2017, pelo cronograma, estão programadas a implanta-
ção da ETE Sapê e da rede coletora de esgoto na localidade. Esta obra
está avaliada em R$ 24 milhões.
O superintendente lembra que recentemente foi ampliada a ETE de
Itaipu e que uma outra na mesma região, a de Camboinhas, também será
ampliada — a vazão atual desta estação é de 80 l/s, mas depois das obras
chegará a 164 l/s.
A construção da ETE de Maria Paula e as ampliações das de Itaipu e
Camboinhas têm uma só explicação: as duas ficam em áreas de expan-
Fotos: Augusto Diniz
A empresa obteve inicialmente 30 anos de concessão, mas o contrato foi estendido por mais 13
anos por conta do cumprimento de metas.
O superintendente explica que a universalização de abastecimento de água foi alcançada em
2001. A Águas de Niterói recebe da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que fornece
a Niterói, por meio do sistema Laranjal, 2.000 l/s de água.
Quando a concessionária assumiu a gestão do serviço há pouco mais de 15 anos, o forneci-
mento era de 1.800 l/s. De acordo com Nelson, o aumento no fornecimento de apenas 200 l/s,
feito recentemente, tem uma justificativa, mesmo com a expansão populacional grande da cida-
de: “Quando assumimos, havia 45% de perda de água na rede. Hoje, está em 16%”.
A redução da perda possibilitou que se mantivesse o fornecimento de 1.800 l/s da Cedae por
muito tempo. “Automação, combate à ligação clandestina, substituição de rede e manutenção
do parque de hidrômetro ajudou a diminuir significativamente a perda de água”, conta. Existem
três linhas da Cedae que abastecem Niterói, mas uma delas será desativada até o meio do ano.
Niterói não tem manancial de água, o que é motivo de preocupação da Águas de Niterói. Por
conta disso, a empresa trabalha em caráter ainda embrionário de um futuro projeto de planta
de dessalinização em Itaipu, para a produção de 100 l/s para, assim, abastecer parte da Região
Oceânica - que consome 300 l/s de água.
“O alto custo deixou o projeto em linha de espera, mas tende a cair o preço desse tipo de
empreendimento”, avalia Nelson Gomes. A iniciativa de dessalinização é uma das primeiras de
uma empresa de saneamento no País.
Niterói possui sete ETEs e projeta
mais três nos próximos anos
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Fotos: José Carlos Videira
Rio de Janeiro | Sul Fluminense
Arte: Divulgação
Hotel em Resende utiliza Perspectiva artística
José Carlos Videira - Resende (RJ) O engenheiro conta que prumo, níveis, alinhamentos e outras me-
didas são mais precisos em estrutura metálica do que em concreto. “Por
A
estrutura do futuro hotel da rede Venit, na cidade de Resende, na ser parafusada, não tem como encaixar em lugar diferente para a qual
região sul do Estado do Rio de Janeiro, vai consumir 500 t de aço. ela foi projetada”, reforça Corrêa.
De acordo com o engenheiro civil Alexandre Corrêa, gerente de Segundo o engenheiro, construir com metal viabiliza vãos maiores,
Contrato da Lafem Engenharia, empresa responsável pela construção do com estruturas mais baixas. Isso ajuda na arquitetura, no entreforro, na
empreendimento, o uso de estrutura metálica garante rapidez, limpeza, altura do pé-direito, nas instalações. “Em alguns casos, existem vigas
precisão e economia na obra. que seriam mais difíceis de se fazer usando concreto”, diz.
“A grande vantagem do aço é Corrêa conta que a piscina do Venit, com cerca de 90 mil litros de
possibilitar uma estrutura até 30% capacidade, ficará na cobertura. Segundo ele, se a estrutura fosse de
mais leve do que se fosse feita em concreto, “a viga teria de ficar muito maior, e talvez nem coubesse na
concreto”, ressalta o engenheiro. Se- arquitetura do empreendimento”.
gundo ele, a estrutura metálica alivia
a fundação, e isso reflete diretamen- Industrialização
te nos custos dessa etapa. Outro pon- A obra do Venit Resende ainda privilegia outros processos de cons-
to que pesou na decisão pelo aço na truções industrializadas, como sistemas drywall e fechamento com pla-
obra do Venit foi a escassez de mão cas de vidro nas fachadas. “Tudo isso vem em kits para ser montado
de obra no setor de construção civil no local e com mão de obra fornecida pela maioria dos fornecedores”,
na cidade de Resende. Corrêa diz que afirma Corrêa. O engenheiro lembra que a Lafem mantém trabalhadores
Corrêa, da Lafem: Estrutura trabalhar com estrutura metálica não de apoio na obra, entre os quais eletricistas, carpinteiros, serventes, além
até 30% mais leve exige mão de obra intensiva, como é de engenheiros e técnicos que fazem todo o acompanhamento e geren-
o caso da construção com concreto. “No pico da obra, 50 homens dão ciamento da obra do novo hotel em Resende.
conta do recado”, calcula. O engenheiro explica que toda a estrutura metálica é fabricada fora
da obra pela Codeme, em Minas Gerais. Segundo ele, as peças prontas chegam à obra apenas para
ser instaladas. “É um grande jogo de montar”, define Corrêa. Ele conta que, ao mesmo tempo em
que estavam sendo realizadas as obras das fundações do prédio, as estruturas metálicas já esta-
vam sendo fabricadas. “Tão logo se liberou espaço na obra, a estrutura começou a ser montada
no local”, diz.
Cerca de 30% do total da obra está concluído e metade da estrutura metálica já está mon-
tada, calcula o engenheiro. O término das obras está previsto para o primeiro semestre do ano
que vem.
O engenheiro conta que toda a estrutura metálica se apoia sobre as 70 estacas com hélice
contínua, escavadas a 13 m de profundidade, com diâmetro variando de 0,70 cm a 0,90 cm. “Arra-
samos todas as estacas em menos de uma semana com o uso de um arrasador hidráulico alugado
da Fantini, de São Paulo”, lembra Corrêa. Segundo ele, sem esse equipamento teria demorado
mais de um mês. Além disso, o custo foi menor e houve menos ruído para a vizinhança.
A escavação do subsolo exigiu a remoção de 5.800 m³ de terra. É lá onde ficarão casa de
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Rio de Janeiro | Sul Fluminense
bombas, reservatório de água potável, entre outras áreas de apoio, além Venit Hotel, em Resende, é uma obra mista. “De uma forma geral, o aço
da garagem do prédio, com 54 vagas. “Um sistema pressurizado vai fazer ganha em quase todos os quesitos do concreto, na parte da superestru-
a água chegar em todo o prédio, sem necessidade de reservatório no tura”, frisa. Porém, Corrêa ressalta que, no que se refere à infraestrutu-
alto do edifício”, afirma. No subsolo ainda ficará o reservatório de águas ra, caso da fundação, o concreto ainda é insuperável. “Não existe até o
cinza para reúso em descargas dos banheiros do hotel. momento nenhum elemento que o substitua”, pontua.
Corrêa frisa que não foi necessário o rebaixamento de lençol freático O engenheiro lembra ainda que as lajes dos pisos serão feitas com
no subsolo, pois a água está na cota menos dez. “Estamos a cerca de 500 concreto, tipo steel deck, com espessura de 15 cm, com manta acús-
m do rio Paraíba, a mais ou menos 20 m de altura com relação ao nível tica. “Conforme avançamos a estrutura metálica, aplicamos a laje”,
do rio”, afirma. “O terreno é bem consolidado e a obra das fundações foi ressalta Corrêa. Ele explica que é importante já ir aplicando a laje para
trabalhada toda no seco”, diz. o travamento na base, à medida que a estrutura metálica vai ganhando
altura, para ajudar na estabilização da edificação. “Enquanto a estru-
Cuidado tura não é travada até o teto, cabos de aço auxiliam nessa operação
Na avaliação do engenheiro responsável pelo empreendimento, o de montagem.”
Corrêa conta que um cuidado especial, no caso de estruturas metálicas, é com as interfaces
do aço e as vedações. Por exemplo, quando o aço entra em contato com a alvenaria, com blo-
co cerâmico, com drywall, entre outros elementos, é preciso tratamento e boa execução. “São
setores que podem rachar ou causar trincas”, adverte.
A obra do Venit Resende não vai precisar de juntas de dilatação, conta o engenheiro. “O edi-
fício tem 40 m de comprimento. Portanto, estamos dentro do limite da norma que exige juntas de
dilatação a cada 40 m de construção em estrutura metálica”, diz.
Desafio
O espaço útil no local da obra, segundo o engenheiro, foi um dos desafios enfrentados pela
equipe da Lafem Engenharia na obra do Venit, em Resende. O terreno de 1.686,72 m², onde estão
sendo erguidos 8.201,60 m² de obra total, permite pouca flexibilidade. “Nosso canteiro de obras
precisou avançar um pouco sobre a calçada, com autorização da Prefeitura”, diz.
Todo o içamento, que deverá chegar até 30 m, é feito com guindaste sobre rodas, estacionado
no local. “Optamos por não instalar grua e utilizar guindaste para ter mobilidade mais fácil dentro
da obra”, conta Corrêa. Segundo o engenheiro, se houver necessidade de içamento de alguma
peça mais pesada, a ideia é utilizar guindaste com maior capacidade, operado a partir da rua. “As
operações de içamento têm de ser realizadas com o máximo de cuidado e atenção, haja vista a
altura e o peso das peças” diz. Corrêa lembra que há vigas de aço com até 3 t de peso.
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Linhas de Transmissão
N
a prática é uma inovação que dá uma volta no tempo. E os estudos nhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
realizados para demonstrar a viabilidade dessa inovação mostram Os técnicos que defenderam o uso do zepelim naquelas operações con-
que os dirigíveis podem ser utilizados, com vantagens econômicas, sideraram que, por força de lei, as concessionárias que exploram ativida-
para resolver complexidades logísticas. É a constatação de que a invenção des ligadas ao setor elétrico precisam aplicar parte de seu faturamento em
do conde alemão Ferdinand Adolf Heirinch Von Zeppelin, nascido em 1839 e pesquisa e desenvolvimento de inovações capazes de melhorar a prestação
falecido em 1917, não ficou sepultada no tempo. Pode ser atualizada, repen- de seus serviços e reduzir custos para o consumidor final. É investimento
sada e empregada, desta vez com outros fins; não apenas para transportar que pode ser, depois, reembolsado pela Aneel, desde que o projeto se revele
cargas ou passageiros. comprovadamente eficiente e se traduza em ganhos reais para o mercado.
Em sua época, o conde produziu uma aeronave, em forma de charuto, Marcelo de Felippes, diretor de relações institucionais da ADB, informa
que sobrevoou o lago Constanza, na fronteira da Alemanha com a Suíça. De- que, pelo contrato firmado pela empresa com a Eletronorte, cabe à Airship
Os aspectos técnicos
Rômulo Antonio Frederico Lopes, gerente de Sistemas Estratégicos da
ADB, explica que o dirigível será construído com materiais modernos, cujas
principais características serão o baixo peso e a alta resistência. Nas partes
rígidas haverá emprego de materiais compósitos e, onde isso não seja pos-
sível, se optará pelo uso de ligas metálicas leves. Nas partes tênseis (não-
rígidas) haverá uso de materiais têxteis. O envelope, a parte que conterá o
gás mais leve do que o ar, e os balonetes (estruturas que ficam no interior do
que ele chama de envelope, destinados a controlar a pressão interna) serão
construídos com várias camadas de tecidos e filtros específicos.
Embora haja dados do projeto ainda em fase de estudos, a empresa
informa que a demanda da Eletronorte prevê que o dirigível ADB-3-30E terá
capacidade para transportar, além da tripulação (dois pilotos e dois mes-
tres de carga), uma equipe-padrão de manutenção formada de seis a oito
pessoas. Ele poderá, portanto, transportar entre dez e 12 pessoas, incluindo
passageiros e tripulantes.
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Edificação Hospitalar
O
projeto da ampliação do Sírio-Libanês,
pavimentos, sobre a estrutura antiga do prédio de oito andares. Naquela concebido e elaborado pelo escritório
e nas outras duas novas edificações houve uso de tecnologias de ponta de arquitetura L+M Gets, refere-se
apropriadamente a uma espécie de “implan-
Grua operando no estreito limite te arquitetônico”. O termo explica o êxito
da edificação antiga com a da obra, executada num hospital em opera-
construção da nova estrutura
ção normal, que ficou durante todo o tem-
po, mesmo no pico dos trabalhos, que reuniu
contingente de mais de 1.300 pessoas, imune
a qualquer possibilidade de interrupção. São
três torres: E (a maior – com 20 pavimentos),
F (com 14 pavimentos) e G (com 17 pavimen-
tos), somando área construída da ordem de
72 mil m². Na prática, o hospital, que antes
da reforma possuía 350 leitos, passa a dispo-
nibilizar 710, com maiores e mais modernas
instalações.
Desde o começo das obras, em 2011, es-
tava claro que a construção, a cargo de duas
empresas experientes, a Método Engenharia
e a Schahin Engenharia, exigiria um conjunto
de tecnologias novas e uma infinidade de pe-
quenos cuidados do ponto de vista de plane-
jamento, gerenciamento e exigências logísti-
cas. A rigor, elas não dispunham de área para
a instalação de canteiro. Os trabalhos teriam
de ser desenvolvidos no espaço da estrutura
do hospital, na Bela Vista, no enclave das ruas
Nicolau dos Santos e Barata Ribeiro e Daher
Cutait, junto à antiga praça 14 Bis, ao lado da
av. Nove de Julho. As construtoras teriam de
respeitar a história do bairro, da vizinhança
(grande parte residencial) e a especificidade
da rotina das atividades hospitalares.
As primeiras instalações foram inaugu-
radas em agosto de 1965. Resultaram de um
generoso trabalho humanitário da então So-
ciedade Beneficente de Senhoras, que convo-
cou empresários e médicos, entre eles o dr.
Daher Elias Cutait, hoje nome de rua no local
e que foi o primeiro diretor clínico do hospi-
tal, a fim de materializar a ideia da constru-
Fotos: Divulgação
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Edificação Hospitalar
quatro gruas e outros equipamentos, para manter o fluxo do transporte o projeto da expansão incluía na torre E uma quantidade de andares e
de homens e materiais.” cargas superiores ao que fora inicialmente previsto.
Alguns dos elevadores cremalheiras tiveram de ser instalados se- Para a manutenção desse programa de obras, houve necessidade de
gundo dimensões previamente especificadas para o transporte de pai- reforço nas fundações originais, recorrendo-se a diversas soluções técni-
néis de fachadas e de outros elementos. cas. Uma delas previa o aumento da seção do tubulão. Para isso, procedia-
Os dois engenheiros salientam que durante todo o tempo da cons- -se à escavação das laterais do tubulão, a execução de novos tubulões ad-
trução — e em especial antes desse processo — o trabalho mais no- jacentes para aumento da seção e, posteriormente, a concretagem de novo
tável de engenharia foi o planejamento. “Não dá para executar um bloco também com maiores dimensões. Em alguns casos houve também
serviço dessa natureza, considerando-se as restrições já menciona- o aumento de secção de pilares e, em outros, o reforço de pilares, vigas e
das, sem, antes, cuidar do planejamento em todas as suas fases e lajes com concreto de alto desempenho e fibra de carbono.
minúcias: as soluções logísticas, a entrada e saída dos trabalhadores, Fazer o reforço de um tubulão, cuidando-se ao mesmo tempo
a instalação de refeitório (selecionamos um local no meio da torre e, do bota-fora do material escavado, em uma área restrita onde não
depois, em outros lugares da torre em construção conforme o anda- havia como movimentar equipamentos, foi um trabalho de extre-
mento dos trabalhos). O refeitório, que funcionou nessas circunstân- ma complexidade. E deu certo. Há um pormenor que ilustra o grau
cias, operava em três turnos. E havia, paralelamente, os cuidados com dessa operação: era preciso reforçar o tubulão encravado na cen-
higiene e saúde, tomando-se precauções quanto a ruídos, difusão de tral de geradores, sem que estes fossem desligados. Os engenheiros
pó e prevenção para neutralizar fatores dessa ordem, que pudessem mandaram fazer o isolamento da área no espaço exíguo de 2 x 2
causar desconforto aos pacientes internados nas torres anteriormen- m, com um planejamento específico da parte de segurança do tra-
te construídas”. balho. Depois do reforço e da concretagem do bloco foi removido
o isolamento.
Um espaço construído em cima de outro A colocação de uma estrutura maior sobre uma estrutura an-
O projeto do bloco D, construído nos anos 90, já previa uma expan- tiga e menor implicava o planejamento para que os pavimentos ali
são futura. Tanto é que as fundações — tubulões e sapatas — tinham sido acrescentados tivessem peso específico menor. Por isso, optou-se,
concebidas e executadas levando em conta essa possibilidade. Contudo, na construção desses novos pavimentos, pelo emprego de estrutu-
As obras, já no avanço
da etapa final, na cobertura
ras metálicas, como laje steel deck, que dispensa escoramento, reduz internos. Foi empregada alvenaria somente na caixa da escadaria e
gastos com desperdício de material e facilita a execução, permitindo no poço dos elevadores (que somaram 29 novos equipamentos), para
maior rapidez construtiva. Além disso, tanto na torre maior (E) quan- o qual foi executada uma fundação específica. Até mesmo a concre-
to na torre F, que ancora oito pavimentos sobre uma estrutura antiga tagem das lajes e alguns elementos foi efetuada com concreto de
houve o uso da tecnologia drywall e steel frame nos fechamentos baixo peso específico.
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Edificação Hospitalar
À exceção das torres E e F, a G foi construída pelo método con- de aplicação também específica. Com essa solução foi executada a laje,
vencional, a partir de escavações, contenção com parede-diafragma e dotada de contrapisos armados em toda a área do pavimento de modo
fundação com estacas barretes, solução que permitiu simultaneamente a proporcionar a isolação acústica prevista e a produtividade necessária.
a construção do subsolo e a contenção do terreno, de modo a proporcio- Além disso, forro, paredes, portas e outros elementos são dotados de
nar proteção às fundações dos prédios vizinhos. No conjunto, são quatro solução acústica própria.
subsolos totalizando 17 pavimentos. A fachada também possui uma solução de alto desempenho. Adota
alumínio composto e vidro especial.
As instalações e segurança
As instalações hospitalares exigiram um cuidado especial. O su- Certificação LEED
primento de energia elétrica, gases medicinais, água fria, água quen- O empreendimento busca a certificação LEED Gold. E tem argu-
te e água gelada para o sistema de ar-condicionado foram ampliados mentos decisivos para a obtenção dessa conquista. O projeto, nesse
e interligados aos sistemas existentes do hospital em funcionamen- sentido, foi submetido ao Green Building Council, que validou pontos
to. Foi construída também uma usina de geração de energia com que ele especificou: utilização de águas de reúso, aquecimento das
capacidade de 8.750 kVA e instalados geradores backup com 4.500 instalações com placas solares, telhados verdes e outras soluções que
kVA de potência, além de nobreaks de 900 kVA de potência, que distinguem as edificações do ponto de vista da consciência da susten-
constituem um sistema seguro de abastecimento de energia. Para o tabilidade ambiental.
abastecimento de água gelada do sistema de ar-condicionado foram É dentro dessa conceituação que as três torres foram construídas,
instalados chillers com capacidade total de 3.040 TRs. O sistema de seguindo um cronograma segundo o qual elas vêm sendo liberadas e
água quente é suprido por aquecimento solar, trocadores de calor entregues para funcionamento, seguindo diversas etapas.
elétricos e caldeiras a gás, demonstrando a redundância necessária Os dois engenheiros dizem que, hoje, os acabamentos se encontram
para assegurar o abastecimento ininterrupto de que um hospital de na fase final e dentro de uma estratégia em que o planejamento dos
ponta necessita. trabalhos constitui uma grande lição, dentro da arquitetura e da enge-
nharia voltada para a humanização das edificações hospitalares.
No meio do caminho, uma estrutura protendida
Essas ampliações implicariam um sistema inteligente de circulação
entre as edificações, para que pacientes, visitantes e outros usuários não Ficha Técnica - Ampliação Hospital Sírio-Libanês
se sintam deslocados ao passar de um ambiente para outro.
- Obra: Ampliação do Hospital Sírio-Libanês, em SP
Em meio ao sistema de circulação há uma estrutura que requereu - Construção: Método Potencial Engenharia S. A. e Schahin
cuidado singular na construção. Trata-se de uma laje com vão-livre Engenharia S. A.
de 24 m. As construtoras executaram essa laje de ligação com vigas - Projeto de arquitetura, iluminação, caixilharia e fachada:
Escritório L+M Gets
de concreto protendido, porque exatamente naquele local não seria - Projeto da estrutura de concreto e metálica: ETCPL
possível fazer uma nova fundação. Ela se localiza em um subsolo, em - Projetos de instalações elétrica, hidráulica, automação
área em operação permanente. A solução foi construir uma estrutura e telecomunicação: MHA
livre, protendida, e engastá-la nas estruturas fixas laterais (blocos F e - Fundações: Consultrix
- Reforços estruturais: Escale
G). Para escorar o primeiro pavimento foi feita uma estrutura metálica - Projeto de acústica: Passeri Arquitetos Associados
provisória para apoio das escoras, sem comprometer as atividades do - Lajes steel deck: Metform
pavimento inferior. - Consultoria Leed: CTE
- Outros fornecedores:
Estruturas metálicas (Codeme e Usiminas)
Tecnologia de ponta Acústica (Sotreq, Harmonia, Isonar)
Gustavo Aguiar e Jorge Hercos são unânimes: da fundação à conclu- Fachada (Tecnofeal e Alubond)
Esquadrias (Alumitre, Dipanny, Metálika)
são das novas instalações, nunca se deixou de empregar tecnologia de Impermeabilização (Proiso e Proassp, Unimper)
ponta. Uma solução que reforça essa afirmativa é a execução do contra- Forro tensionado (Clipso e Diarco)
piso. A premissa do projeto, nesse sentido, é de que ele fosse considera- Contenção (Geofix)
do um contrapiso acústico. Além da laje, a concretagem seria realizada Mármores e granitos (Di Mármore)
Elevadores e escadas rolantes (Atlas Schindler)
sobre uma manta acústica. Iluminação (Trilux)
Como se dispunha de áreas muito amplas, os responsáveis pela Ar-condicionado (Servtec)
construção decidiram fazer alguns testes iniciais e observaram que po- Instalações elétricas e hidráulicas (Temon)
Sistemas eletrônicos (Bettoni, MML, JCI, Eritel, Teleinfo, Schneider)
deria haver o risco de empenamento. É que o concreto, consistindo de Gases Medicinais (Air Liquid)
uma placa muito fina, da ordem de 5 cm a 7 cm, resultaria num pano Correio Pneumático (Aerocon)
muito grande que se retrairia na face superior. Para evitar isso, foi desen- Consultor de concreto de alto desempenho (Prof. Paulo Helene)
Consultor de fachadas (Paulo Duarte)
volvida uma solução própria — um traço especial de concreto com um
aditivo, mantendo-se um controle tecnológico específico e uma forma
E
specialistas do setor de construção e engenharia avaliam que a cri- dades resilientes”, isto é, capazes de resistir a eventos climáticos extremos,
se hídrica, que atinge dramaticamente a Região Sudeste e a região como o de agora. Segundo ela, são três condições a ser observadas para a
metropolitana de São Paulo, em específico, é uma condição que cidade resiliente, do ponto de vista do consumo de água: 1) Enfrentar me-
veio para ficar e, por isso, exigirá a adoção de novas medidas e padrões lhor as ameaças, ou seja, adotar medidas estruturais, como a criação de mais
que configurem mudança de paradigma. reservatórios; 2) Diminuir as vulnerabilidades via identificação de pontos fra-
O “Fórum Água – Contribuições da Construção Civil para os Desafios cos e aumento da redundância do sistema, por exemplo interconectando os
da Crise Hídrica”, organizado pelo Sindicato da Construção Civil do Esta- sistemas produtores; e 3) Reduzir a exposição ao risco, com diminuição do
do de São Paulo (SindusCon-SP) no fim de fevereiro, na capital paulista, consumo por meio de uma série de medidas, como a construção de edifícios
foi lugar para compartilhamento dessa inteligentes e sustentáveis.
Foto: Divulgação
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Imagem: Odebrecht Realizações Imobiliárias
Desenvolvimento Urbano
A
zul. O céu é azul. Azul é o dia. Azul é o amor sereno. Azuis são um lado, e 150 m, de outro. A muralha
os olhos do homem. Os olhos desse homem, escorado no gradil é varejada por sete linhas de tirantes O mestre Agnelo Pereira
Casanova: Fundações
metálico sob o azul do dia. O homem de cabelos brancos e de aço, cada um deles com 20 m de
complexas exigem inovação
olhos profundamente azuis. O homem simpático, sorridente, a fala profundidade. A magnitude da parede
de um homem simples e sábio, capaz de rir de si mesmo e construir é condição contra a movimentação do solo, servindo, assim, de escora,
coisas belas. Os azuis por detrás das lentes translúcidas dos óculos. e faz as vezes ainda de barreira contra a infiltração de água, algo im-
O homem fala do trabalho, do aprendizado contínuo, da novidade, portante numa obra à beira-rio, na várzea. Os tirantes serão retirados
da questão que surge e com a qual precisamos lidar. Tanto na obra assim que a estrutura da edificação possa nela encostar e tudo se aco-
quanto na vida. mode. Esse edifício em execução, a propósito, será um shopping center
O homem de olhos azuis, carapinha branca, escorado no gradil, ca- no térreo (com área bruta locável de 22,4 mil m2), encimado por uma
pacete claro no cocuruto, é um mestre da vida prática, um mestre da torre corporativa de 28 andares, que, incluindo o subsolo e andares de
vida aprendida no chão firme e também movediço, como é o de tantos serviços, alcança cerca de 40 lajes. Compõe a segunda fase de execução
canteiros. Mestre Agnelo Pereira Casanova vai para 63 anos de vida e 40 do Parque da Cidade, pertencente à Odebrecht Realizações Imobiliárias.
anos de obra. “Estou começando”, sorri. O empreendimento se tornará um complexo multiúso com cerca de
A questão que o movimenta, assim como sua equipe de valentes 600 mil m² de área construída, distribuído por uma área total de 83,7
operários (sim, um operário, como o sertanejo, e muitos deles vêm mil m² na região da avenida Chucri Zaidan, na Zona Sul de São Paulo.
mesmo lá do sertão, é antes de tudo um forte), é a execução de estru- Ali grandes empresas vêm fixando escritórios em desmedidos arranha-
tura subterrânea que formará seis subsolos, quando o edifício estiver -céus desde o início dos anos 2000, sobretudo, transformando a região
pronto. Algo, dizem por aqui, no canteiro do empreendimento Parque numa nova centralidade paulistana. Processo que incluiu a demolição de
da Cidade, junto da marginal do rio Pinheiros, em São Paulo, inédito centenas de imóveis residenciais e o desmonte de grandes e pequenas
no País. “Isso nunca foi feito. É uma obra rara e complexa, comum favelas, como a do Canão, onde nasceu um dos grandes nomes da músi-
apenas no Japão”, sublinha o engenheiro Eduardo Muccia, gerente de ca nacional, o rapper Sabotage.
Foto: Divulgação/Odebrecht
corporativas (totalizando 180 mil m2), uma de escritórios (com 612 para a Odebrecht Realizações Imo-
escritórios e 27 mil m2), duas de apartamentos (com 399 unidades), biliárias, em que ingressou há três
um shopping e um hotel (com 25 mil m2). Também está projetada a anos e meio, Frare conduziu a for-
construção de seis restaurantes. O valor geral de vendas estimado pelo mulação e a submissão do pré-mó-
empreendedor é de R$ 4 bilhões. A expectativa é entregar todo o em- dulo de engenharia (nome dado ao
preendimento em 2020, quando se prevê a circulação diária de cerca projeto básico na empresa) do Par-
de 65 mil pessoas (empregados de escritórios locais, moradores e po- que da Cidade ao escrutínio de um
pulação flutuante). colegiado de engenheiros e técnicos,
As obras foram divididas em etapas. A primeira, que inclui a constru- espécie de sabatina tradicional na
ção de duas torres corporativas, está em fase final e deve ser entregue construtora, realizada presencial-
em outubro deste ano. O conjunto que engloba o shopping center e uma mente. Essa fase, segundo ele, feita Eduardo Frare, diretor
de construção, valoriza
torre corporativa deve estar pronto no fim de 2016. Os dois edifícios de idas e vindas, permitiu a identifi-
planejamento
residenciais devem ser executados por último, ou conforme demanda de cação e correção de possíveis falhas
mercado. Serão 399 unidades de alto padrão, que devem atrair cerca de de projeto, com a incorporação de sugestões de profissionais gabaritados,
mil moradores. com longa experiência de outras obras de grande porte. “Você precisa ir de
peito aberto [para essas reuniões] e foi muito legal.”
Sabatinas Sentado numa sala de reunião do conjunto administrativo construí-
O diretor de construção do Parque da Cidade, o engenheiro Eduardo do no canteiro, onde trabalham cerca de 80 pessoas, Frare vai situando o
Frare, sabe como e por que acertou até aqui: com o firme planejamento, direcionamento geral do trabalho: “Pensando no Parque da Cidade, que
fase chamada de pré-engenharia. Com Frare e parte de sua equipe já é um grande empreendimento imobiliário situado numa área urbana de
alocados no terreno do empreendimento, a pré-engenharia começou um São Paulo, nosso intuito foi estudar e viabilizar sistemas construtivos
ano antes do início da execução propriamente dita e incluiu estudos que pudessem não só ter uma viabilidade econômica, porque isso é im-
das melhores oportunidades, como escolha da logística de canteiro e de portante, como também reduzir o impacto da mão de obra do canteiro”.
soluções estruturais de construção. Hoje, são mais de mil operários trabalhando e no pico o número deve-
rá subir para 2,5 mil. Dificuldade dramática é a logística, tanto dentro
quanto fora do canteiro. A região do empreendimento, situado entre
a avenida Chucri Zaidan e a Marginal Pinheiros (avenida das Nações
Projeto inclui ponte Unidas), é altamente urbanizada e registra tráfego intenso de veículos e
congestionamentos nos horários de pico.
sobre rio Pinheiros
Concreto produzido no canteiro
Localizado numa área antes ocupada pela fábrica de bicicle- Daí uma das medidas adotadas ser exatamente a de reduzir a neces-
tas Monark, o Parque da Cidade deverá atrair um conjunto de 65 sidade de circulação de caminhões mediante a instalação de uma usina
mil pessoas todos os dias, quando estiver inteiramente pronto. Nas de concreto no canteiro, com fornecimento da Polimix. Ela serve direta-
contas dos empreendedores, serão 25 mil pessoas fixas (de traba-
mente a central de pré-moldados de concreto local, com a produção de
lhadores e moradores locais) e outras 40 mil flutuantes. As duas
torres residenciais totalizam 399 unidades, com 155 m2, 185 m2,
Foto: Divulgação/Odebrecht
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Desenvolvimento Urbano
pilares e pré-vigas, e os caminhões-betoneira para transporte interno, seu entorno. “Nós elevamos a régua de certificação no Brasil. Não temos
até a área de execução. As lajes alveolares, usadas na execução dos an- dúvida disso.” Observação a conferir, na evolução dos trabalhos.
dares, também pré-moldadas, já chegaram prontas ao local. A capacida-
de de produção diária da usina é de 500 m3 por dia. “Importante foi nós Ficha Técnica – Parque da Cidade
mitigarmos e reduzirmos os impactos de atraso com relação ao concreto.
- Propriedade: Odebrecht Realizações Imobiliárias
Você produz o seu concreto aqui, no canteiro. E se deixa de ter atrasos, - Valor do contrato: R$ 4 bilhões (valor geral de vendas)
se deixa também de ter custos extras”, contabiliza Eduardo Frare. A es- - Localização: Av. Nações Unidas, 14.401, Zona Sul de São Paulo
trutura inclui laboratório de ensaios e testes de qualidade, por exemplo, - Área do terreno: 83,7 mil m²
- Área construída: 600 mil m² de área
de resistência, com engenheiro especialista encarregado da tarefa. - Início da obra: março de 2013
- Conclusão da obra: primeira fase em outubro de 2015 /
Verde que te quero verde empreendimento completo em 2020
- Construção: Odebrecht Realizações Imobiliárias
Se azuis são os olhos, será verde o empreendimento? Engenheiros, - Consultoria em sustentabilidade: Arup
arquitetos, projetistas e operários têm seguido à risca preceitos de sus- - Projeto de arquitetura: Aflalo & Gasperini Arquitetos
- Projeto executivo: Pasqua & Graziano Associados e França
tentabilidade, como os de racionalização e redução do uso da água, da & Associados Engenharia
energia, da emissão de CO2, manejo inteligente de resíduos e otimização - Projeto de instalações hidráulicas e elétricas: Projetar
do uso do solo. Práticas integrantes da execução e que farão parte da - Paisagismo: Pamela Burton & Company e DW Santana
- Serviços de terraplenagem: Engeilha
operação do futuro empreendimento, de forma ampliada. O projeto do - Serviços de fundações: Geofix e Tecnogeo
Parque da Cidade foi incluído no Climate Positive Development Program, - Montagem industrial (pré-moldados para o shopping center):
iniciativa do grupo C40 Cities Climate Leadership, parceria da Fundação CPI Industrial
Clinton com o U.S. Green Building Council, como comunidade de baixa - Principais fornecedores de máquinas, equipamentos,
materiais e insumos: Locabens (gruas e cremalheiras);
emissão de carbono. É também candidato à certificação LEED-ND (Nei- IV Transportes (locadora de guindastes)
ghborhood Development), pela possibilidade de impactar positivamente
À
s margens da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em área de ex-
pansão comercial e residencial, ao lado do distrito industrial de Arquiteto Sérgio Matos e Ricardo Ferro:
Taubaté (SP), nasce complexo que poderá ter o maior centro de Expansão dobrará tamanho atual do empreendimento
convenções do Vale do Paraíba paulista. Trata-se do Tangaroa, formado e deve entrar em operação em abril. Composto de dois níveis, no su-
ainda por um hotel (com início de obra previsto para abril) e um futuro perior se localiza um grande salão, com pé-direito de 12 m e 44 m de
prédio comercial (projeto em desenvolvimento). vão; no nível inferior, cinco salas para reuniões e eventos menores, com
O centro de eventos tem um custo de R$ 12 milhões e o hotel, R$ pé-direito de 6 m.
15 milhões - parte dos recursos está sendo financiada pela Agência de Ricardo Ferro, proprietário do empreendimento, explica que já pro-
Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), do governo do Estado. A área jeta a ampliação do espaço, dobrando seu atual tamanho. “Isso fará com
total do complexo é de 30 mil m². que tenhamos o maior centro de convenções do Vale do Paraíba”, diz.
O centro de convenções está em fase de montagem eletromecânica Depois de expandido, o espaço terá no total 4,5 mil m².
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Indústria de Máquinas
da empresa foi ampliado de 12 para 30 veladoras e escavadeiras hidráulicas da Case, tem recursos para deter-
modelos de equipamentos em sete minar a profundidade considerada ideal, bem como o corte de terreno
linhas: retroescavaderias, pás-carre- ou mesmo o melhor ângulo de utilização da caçamba para a remoção de
gadeiras, motoniveladoras, escava- material em obras de terraplenagem e preparação do terreno.
deiras hidráulicas, miniescavadeiras, Disse que são grandes os ganhos de produtividade com a utilização
midiescavadeiras e minicarregadei- desse sistema. Calcula que podem ser até da ordem de 60%. “Automa-
ras. E salientou: “Nós agregamos tizando o controle da lâmina para as motoniveladoras, a qualidade de
máquinas mínis aos segmentos mais cada passada de máquina pelo terreno é bem maior, tanto retirando
pesados e continuaremos essa ex- quanto distribuindo o material de forma eficiente”, afirmou.
pansão, para oferecer maior opção Carlos França adiantou que o opcional estará também disponível
Roque Reis: O crescimento
não pode parar de escolha aos nossos clientes”. para tratores de esteiras, que a Case lançará no Brasil ainda este ano.
A
Caterpillar acaba de lançar duas novas máquinas “made in Bra- nalmente o VisionLink, que reúne dados de localização, acúmulo de
zil”: trator de esteira e escavadeira hidráulica. A multinacional horas, consumo de combustível, utilização, falhas, programação da
norte-americana investiu US$ 17 milhões para produzir os dois manutenção etc.
equipamentos no País, em sua planta de Piracicaba (SP), com disponibi- O sistema ainda pode receber o Accugrade, que conta com padrões
lização ao mercado por meio do Finame. 2D ou 3D para automatizar o posicionamento da lâmina, de modo a
Otimista, Odair Renosto, presidente da Caterpillar Brasil, ressaltou o gerar um trabalho mais preciso.
papel da empresa na inovação. “Devemos trabalhar para nos posicionar
no mercado independentemente do momento. Identificada uma neces- Especificações - trator de esteira D6K2
sidade, direcionamos para entregar um produto com mais qualidade e Motor: Cat C7.1 ACERT de gerenciamento eletrônico
Potência líquida (máxima): 97.0 kW
benefício ao cliente”, afirma. Peso operacional: 13.311 kg e 14.224 kg com o ríper
O trator de esteira D6K2 é uma evolução do D6K. Mais econômico Capacidade da lâmina: 3,07 m³
e com maior potência, teve um aumento de área da lâmina em 13% em Penetração máxima do ríper: 3,60 m
relação à versão anterior, gerando mais produtividade. Com novo con-
trole de estabilização de lâmina, permite que se execute o trabalho bem Já a escavadeira hidráulica 318D2 L substitui o modelo 315D L. Com
mais próximo do especificado em projeto. novo motor e sistema de injeção, o consumo de combustível tem 4% de
O novo sistema de injeção de combustível pode reduzir o consumo redução média na comparação com o modelo anterior, mas pode chegar
em até 18%. O gerenciamento eletrôni- a 15% se o modo econômico estiver ativado e a máquina for usada de
co do motor e da transmissão determina forma adequada.
a melhor potência para cada regime de O modelo pode vir com caçamba de 0,88 m³ até 1,00 m³, a maior
carga, ajudando na economia de com- disponível para este porte de máquina no mercado.
bustível. A Caterpillar ressalta também O sistema mecânico de injeção de combustível da 318D2 L e novo
a melhoria do material rodante, gerando motor tornam a máquina mais robusta para operar em regiões onde o
menos desgaste. combustível é de baixa qualidade.
Para melhorar o desempenho, o
D6K2 conta com controle de tração ele- Especificações - escavadeira hidráulica 318D2 L
Motor: Cat 3054CA
trônico. Este sistema alivia a carga nas Potência líquida (máxima): 82.0 kW
Odair Renosto: Permanente esteiras em situações de patinagem. Peso operacional: 17.200 kg
compromisso com o mercado A máquina já vem equipada de fá- Capacidade de caçamba: 0,88 m³ a 1,00 m³
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Indústria de Máquinas
New Holland lança trator de esteiras
com transmissão hidrostática
D
epois de testar quatro protótipos do D180C em seu campo de entre outros itens de desgaste que geram maior custo de manutenção”,
provas, em Sarzedo (MG), e ainda colocar em atividade práti- explica Fernando.
ca em alguns de seus clientes, totalizando mais de 2 mil horas Em vez de tudo isso, segundo ele, há somente um sistema de bomba
de trabalho experimental, a New Holland Construction lança agora no dupla de pistões (fluxo variável) conectado, de forma independente, a dois
mercado o primeiro trator de esteiras com tecnologia de transmissão motores hidráulicos. Todo o controle de deslocamento se faz por um joystick
hidrostática, com potência superior a 200 hp, produzido no Brasil. que possibilita virar com tração ambas as esteiras ou até mesmo a realização
Segundo o fabricante, força, baixo consumo e agilidade são alguns do giro em torno de um ponto – a chamada contrarrotação. Além disso, o
dos atributos presentes no D180C. A máquina reúne atributos das linhas D180C possui o motor NEF 6, da FPT Industrial, com 214 hp de potência
D150B e D140B, lançados pela marca ano passado na América Latina. líquida, acoplado diretamente ao sistema de transmissão hidrostática.
Fabricado na unidade industrial da New Holland em Contagem (MG), o
novo modelo pode ser adquirido pelas linhas de crédito do Finame. Lâmina adequada ao serviço
“O D180C carrega o DNA de inovação da New Holland, marca que O D180C tem duas opções de lâmina, sendo uma PAT, com seis
traz em seu histórico a introdução de diversas tecnologias ao mercado movimentos hidráulicos para elevação, inclinação e angulação; dois
de máquinas de construção”, afirma Nicola D’Arpino, vice-presidente da movimentos mecânicos (ângulo de passo) e uma bulldozer, com quatro
empresa para o continente. “Somos hoje a companhia com a maior linha movimentos hidráulicos para elevação e inclinação e dois movimentos
de tratores de esteiras de 0 a 250 hp fabricada no Brasil, sempre procuran- mecânicos (ângulo de passo). A lâmina PAT apresenta também uma
do apresentar aos nossos clientes novidades que representem ganhos em função exclusiva chamada shake, que permite a remoção de material
produtividade e eficiência, assim como a redução dos custos de operação”. pegajoso por meio da vibração da lâmina, ativada por um botão. “O
trator tem uma bomba hidráulica de pistões de fluxo variável para
Mais conforto e menor custo de manutenção realizar os movimentos da lâmina e ripper, o que reduz o aquecimento
De acordo com Fernando Neto, especialista de produto da marca, e o ruído, além de proporcionar a queda no consumo de combustível”,
a transmissão hidrostática é um dos principais atributos do D180C, di- destaca o especialista.
ferentemente dos sistemas de transmissão mecânicos comumente en- O novo trator da New Holland Construction é equipado com o pro-
contrados nos tratores de esteiras, principalmente nos de grande porte. pulsor NEF 6, da FPT Industrial, que não só garante menores emissões de
Para o operador, a inovação presente no D180C representa mais poluentes na aplicação de construção como também entrega um exce-
conforto e produtividade. Para a máquina, menos desgaste mecânico e, lente desempenho aliado a um baixo consumo de combustível. O diretor
consequentemente, queda nos custos de manutenção. de Engenharia da FPT Industrial na América Latina, Alexandre Xavier,
“Não há necessidade de passar marcha, pois a tecnologia de trans- afirma que a marca partiu de um projeto já bem-sucedido, que é a linha
missão hidrostática não possui os dispositivos mecânicos encontrados NEF, e realizou modificações e melhorias na combustão específicas para
em um trem de força tradicional, como transmissão mecânica, con- essa aplicação, por meio de um novo turbocompressor e calibração do
versor de torque, dumper, pacotes de freio, embreagem de direção, sistema Common Rail otimizados para o D180C.
A
Veneza Equipamentos, maior distribuidora John Deere Construção, pleta, com departamentos de venda,
inaugurou, em fevereiro, sua unidade matriz em Indaiatuba, interior pós-venda, assistência técnica e es-
de São Paulo. No local estão centralizadas todas as operações do toque”, ressalta Traldi. No local ainda
segmento de construção para o Estado de São Paulo do Grupo Veneza. funciona toda a parte administrativa-
A estrutura ocupa 6 mil m² de uma área total de 25 mil m², comporta -financeira da Veneza. “É daqui que
máquinas de até 90 t e demorou um ano e dois meses para ficar pronta. saem todas as decisões e alinhamen-
As novas instalações fazem parte dos cerca de R$ 40 milhões que o tos da companhia”, ressalta Traldi. Na
Grupo Veneza, com forte atuação na Região Nordeste, investe nas suas unidade, trabalham 60 funcionários,
oito unidades de equipamentos John Deere em operação pelo País. Nesse em todas as unidades da Veneza, são
montante estão incluídos investimentos em infraestrutura, treinamen- cerca de 200 pessoas. Com sede em Marcelo Traldi: Indaiatuba
é estratégica
to das equipes de vendas e suporte ao cliente. “Com a nova unidade, Recife (PE), o Grupo Veneza como um
buscamos nos destacar no mercado de construção do Brasil, nos próxi- todo emprega aproximadamente 3 mil funcionários.
mos anos”, afirma o diretor executivo da Veneza Equipamentos, Marcos O diretor de operações explica que a empresa não descuida do
Hacker Melo. Segundo ele, apesar da retração do mercado, a empresa pós-venda. Segundo ele, mantém 50 técnicos em campo para dar
espera crescer o faturamento em 25% neste ano. assistência aos clientes de toda a região. A matriz de Indaiatuba
A nova unidade está situada estrategicamente a 10 km das fábricas conta até com um simulador para o treinamento de operadores
John Deere/Hitachi, na região de Indaiatuba, e a 5 km do Aeroporto de máquina.
Internacional de Viracopos, em Campinas, onde fica o Centro de Dis- Traldi conta ainda que a unidade possui cinco boxes para atender até
tribuição de peças da John Deere. “Indaiatuba é estratégica para nossa dez máquinas simultaneamente. Além do piso em epóxi, que suporta 40
operação”, afirma o diretor de Operações, Marcelo Traldi. t por m², a unidade tem área destinada à entrada de tratores de esteira
A unidade comercializa todo o portfólio para os segmentos de cons- de grande porte. “Reforçamos o piso nesse local para sustentar até 110 t
trução e oferece serviços de pós-venda, pintura, implementação e cus- de peso dos equipamentos de esteira, sem prejudicar o piso, rodando ou
tomização das máquinas. Além das motoniveladoras e dos tratores de arrastando”, diz o executivo.
esteira, a Veneza tem em seu portfólio retroescavadeiras, escavadeiras
hidráulicas e pás-carregadeiras. Juntos, estes três equipamentos corres-
pondem a mais de 70% do volume total das vendas. A rede Veneza Equipamentos no Brasil
Enfileiradas na área frontal da matriz, com mais de 160 m de com- Indaiatuba (SP) Petrolina (PE)
primento, no km 59,8 da SP-075, rodovia que liga as cidades paulistas de Barueri (SP) Recife (PE)
Campinas e Sorocaba, cerca de 200 máquinas, com modelos de toda a li- Fortaleza (CE) Salvador (BA)
João Pessoa (PB) São Luís (MA)
nha John Deere/Hitashi, estão disponíveis para entrega imediata, garan-
tem os executivos da Veneza Equipamentos. “Nosso estoque de peças na Fonte: Veneza Equipamentos
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Índice de Anunciantes
Isoeste 23 Sandvik 31
Itubombas 45 SEFE8 43
JLG 9 Solaris 29
Klabin 13 Temon 53
Liebherr 35 XCMG 11