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Este livro é a prova de que a intelectualidade é um universo multifacetado, divertido e

interessante, com Galáxias e planetas que se aproximam e distanciam nos atordoando com sua
complexidade. Em dez momentos de leituras, somos levados ao passado e ao futuro, ao local e
ao distante, somos lembrados do que mais amamos e do que desprezamos avidamente por
meio de elementos da comunicação e das artes.

Como pode a escrita, em um mundo tão duro, apresentar-se tão bela? Como pode, em tempos
ligeiros, estudos científicos serem tão convidativos em suas páginas de reflexão e argumentos?
Essas são algumas das perguntas que

“A intelectualidade negra nasce do processo de escrevivência dos que produzem pensamento,


memórias e ações na sociedade“ na iconografia do intelectual negro brasileiro trazida por
Marcele Franceschini e Daniel Camargo.

Renata Caleffi e Nádia Moccelin falam de Pacto Brutal: uma relação entre memória,
telejornalismo e consumo em telas na construção de novas narrativas midiáticas – um capítulo
just in time com nossos dias;

Robson Souza dos Santos fala de novela. O Clone, um sucesso nacional e internacional,
apresenta aos milhões de espectadores os elementos da ficção científica na linguagem da
telenovela cotidiana.

Aqui, também, encontramos cinema.

A mais influente publicação voltada à crítica e ensaística cinematográfica do século 20, a


politique des auteurs, é o foco de Luis Fernando Severo; uma obra que tratou de Orson Wells e
Rosselini, Hitchcock e Ingmar Bergman, John Ford e Luis Bruñuel.

Taxi Driver (1967), Blade Runner (1982) e Léon: The Professional (1994) fazem parte da
investigação sobre “A construção da Enfant Fatale no Cinema Neo-Noir”, proposta por Bárbara
dos Reis e Victor Lachowski.

Carolina Fornazari Zene e Éverly Pegoraro analisam a série Outlander e questionam,


apresentando elementos sobre a cultura do estupro: qual a necessidade de tamanha
violência?

Estevan da Silveira e Salete Sirino nos convidam para Uma viagem pela literatura, cinema e
educação ao apresentarem “O legado do pirata Zulmiro”: “Inesperadamente, tudo começou
por volta de 2015, por ocasião de uma conversa do cineasta Estevan Silvera com alguns
amigos, durante a qual toma conhecimento de uma lenda sobre um pirata que viveu na cidade
de Curitiba. As pessoas o tinham como um saqueador de riquezas e diziam que seu tesouro
havia sido ocultado entre os vários túneis que atravessam a cidade – uma história antiga e
instigante”. Como resistir?

O cinema também faz parte dos escritos de Cristiane Wosniak. Desta vez, ao lado da dança no
capítulo A mise-en-scène em “A Alma do Gesto”: diálogos entre o cinema documental e a
dança. Wosniak demonstra diferenças entre o cinema ficcional e o documentário pelo olhar
proposto ao filme produzido a partir da união entre grupos de pesquisa.
Aqui viajamos no tempo, com suas máquinas, seus paradoxos e as dezenas de filmes que nos
levam e trazem aos futuros e passados (não necessariamente nesta ordem) do presente. José
Custódio e Carlos Rocha nos conquistam com as possibilidades do capítulo “O futuro é tão
inevitável quanto o passado”, em que confessam: “Quem me dera ao menos uma vez”.

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