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NATAL/RN
2018
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NATAL/RN
2018
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BANCA EXAMINADORA
NATAL/RN
2018
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DEDICATÓRIA
A meu pai (in memoriam) que permanece em meu coração e minhas lembranças em todos
os momentos.
A minha Família, onde encontro meus primeiros mestres, pelo apoio incondicional em todos
os momentos da minha vida e por me guiarem nessa jornada educacional.
A meu noivo Antônio Henrique que me incentivou a prestar a seleção do programa e por me
apoiar a avançar em meus estudos e me tornar mais feliz.
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Profª Dra. Ana Elza Oliveira de Mendonça pelo carinho, apoio
incondicional e orientações esclarecedoras nos momentos mais difíceis.
A minha Família e em especial a Elí, por representarem o começo, meio e fim de tudo.
Aos meus colegas de trabalho que me apoiaram nessa jornada, especialmente aos
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva pediátrica do
Hospital Universitário Onofre Lopes por confiarem em mim e possibilitarem a realização
desse sonho.
EPÍGRAFE
“Pedras
no caminho?
vou contruir
um castelo...”
(Fernando Pessoa)
4
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
MEDICAMENTOS, 2018.
4
LISTA DE FIGURAS
PEDIÁTRICA, 2018.
QUALIDADE, 2018.
4
LISTA DE QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS
RESUMO
ABSTRACT
1 ANEXAÇÃO DO ARTIGO
14
1.1 Introdução
A preocupação com a qualidade nos serviços de saúde não é assunto recente, porém
vem crescendo nos últimos anos frente à enorme demanda não equivalente à oferta das
suas atividades, o que tem gerado sobrecarga de serviço, atendimento abaixo do esperado,
infindáveis filas, impossibilidade de marcação de consultas, entre outros. Se antes esta
preocupação advinha enquanto estratégia de diferenciação entre as organizações, com o
passar do tempo, tem se transfigurado em condição de pré-existência das mesmas.1
Desta forma, para se alcançar a qualidade, é importante prever as necessidades e
superar as expectativas dos usuários do serviço.1 Maior rigor quanto a esse aspecto tem
sido exigido gradativamente, tendo em vista o fato de observarmos mudanças nos valores
dos clientes assistidos, os quais se tornaram cada vez mais conscientes de seus direitos
dentro das instituições de saúde, requerendo maior comprometimento destas. 2
Um dos grandes desafios, porém, para o alcance da qualidade no seu mais alto nível,
são os riscos potenciais que toda prática assistencial tem de causar danos ao paciente,
considerando a complexidade do ambiente onde é ofertada. Todo aquele que procura por
um serviço de saúde deseja, no mínimo, alcançar uma condição clínica melhor que a
anterior. A ocorrência dos chamados eventos adversos relacionados à assistência
caminham na mão oposta às expectativas do cliente, gerando grande insatisfação e,
consequentemente, queda no nível de qualidade do serviço em questão.3
Os eventos adversos nos serviços de saúde, por sua vez, tem sido motivo de grande
afligimento nas últimas décadas pela sua frequente ocorrência em todo o mundo. Jonn
2 Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Professora do Mestrado Profissional em Gestão da Qualidade nos Serviços de Saúde –
PPGQUALISAÚDE/ UFRN.
15
ou outro mecanismo para se alcançar a dose e a preparação desejadas. Tudo isso contribui
para aumentar significativamente a possibilidade de erro18.
Essa forma de utilização de medicamentos recebe a denominação off-label, termo
que se refere ao uso de forma diferente da recomendada em bula ou uso de produto não
registrado no órgão regulatório de vigilância sanitária do país. Ele engloba também a
administração de formulações extemporâneas ou de doses elaboradas a partir de
especialidades farmacêuticas registradas; indicações e posologias não usuais;
administração do medicamento por via diferente da preconizada; administração em faixas
etárias para as quais o medicamento não foi testado; e indicação terapêutica diferente da
aprovada para o medicamento20.
A utilização de medicamentos off-label faz-se bastante presente no âmbito da
pediatria, como revelado no estudo de Borges, Campos e Pereira21, no qual até 72,7% das
crianças internadas em um hospital de alta complexidade necessitaram de uso de pelo
menos um fármaco não licenciado para população pediátrica.
Outros fatores como idade, estatura, massa corporal e estágio do desenvolvimento
exercem influência na resposta farmacológica ou na farmacocinética dos medicamentos no
paciente pediátrico22. A maior parte dos seus sistemas orgânicos encontram-se em fase de
desenvolvimento e maturação, e, portanto, não dispõe da mesma capacidade de absorção,
distribuição, metabolização e excreção das drogas que os indivíduos adultos. Por
conseguinte, as crianças, de modo especial as mais jovens e doentes, geralmente
apresentam uma capacidade reduzida de tolerar fisiologicamente um erro de medicação.
Como fator dificultador, é preciso considerar, ainda, que crianças muito pequenas não
conseguem exprimir com clareza eventos adversos aos medicamentos que venham a
ocorrer18.
Uma revisão sistemática realizada em 2014 identificou que os problemas de
segurança do paciente pediátrico mais prevalentes estavam associados à medicação. As
pesquisas utilizadas nessa revisão revelaram que 5% a 27% das prescrições médicas em
pediatria resultam em erro de medicação23. No estudo de Abuelsoud (2018) 24, conduzido na
Arábia Saudita, a taxa de erros de administração alcançaram 60% em pacientes pediátricos.
Uma pesquisa que comparou os erros de medicação em adultos e crianças encontrou
resultados semelhantes entre os dois grupos, entretanto, o potencial em causar danos foi
três vezes maior em crianças25. Agalu et al. (2012) encontraram uma prevalência de erros
na administração de medicamentos de 51,8% na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto
19
1.2 Metodologia
análise da oportunidade de melhoria, o qual pode ser usado quando não há dados, além de
constituir uma ferramenta simples e eficiente para nos aprofundarmos nas causas do
problema31. Tal ferramenta possibilita uma análise profunda do problema, com a
identificação das causas que levam a sua ocorrência e, consequentemente, auxilia na
definição de propostas para evitá-lo32.
Na etapa de realização do estudo do nível de qualidade, efetuou-se a mensuração do
nível de qualidade em que se encontra o serviço no qual se identificou o problema, por meio
da medição do cumprimento de critérios de qualidade.
Tais critérios foram definidos partindo-se do conceito de que eles constituem os
requisitos do serviço que nos levará à satisfação das necessidades e expectativas dos seus
usuários. Isto posto, buscou-se selecionar critérios válidos e confiáveis a partir da utilização
de parâmetros essenciais mínimos adaptáveis ao contexto dos profissionais33.
Desta forma, foram escolhidos os chamados “nove certos na administração de
medicamentos”, os quais se constituem em práticas seguras a serem seguidas pelos
profissionais para a prevenção dos erros de administração de medicamentos. São eles:
paciente certo; medicamento certo; dose certa; via certa; hora certa; registro certo; ação
certa; forma certa; resposta certa.
O “Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos” da
ANVISA10 traz os nove certos como itens essenciais na etapa de administração promovendo
maior segurança e melhorando a qualidade da assistência prestada. A razão da escolha,
portanto, foi a validade aceita nacional e internacionalmente desses critérios como aspectos
chaves que devem ser realizados em toda e qualquer atividade de administração de
medicamento, constituindo barreiras aos diversos riscos existentes nos próprios processos
assistenciais.
Para cada “certo”, foram definidos os critérios essenciais, com um olhar mais voltado
à área da pediatria, de acordo com o que é apresentado no protocolo da ANVISA e com a
opinião de especialistas. As recomendações do protocolo foram transcritas, reelaboradas e
organizada até chegar a estrutura contida no Quadro 1, totalizando 18 critérios
estabelecidos:
Medicamento certo
7. Deve ser verificado se a forma farmacêutica Sem exceções. Formas farmacêutica é a forma
do medicamento é adequada à via de física de apresentação do
administração e à condição clínica do medicamento, e pode ser
paciente. classificada em sólida, líquida,
semisólida e gasosa.
Paciente certo
10. Deve ser avaliada a compatibilidade do Sem exceções. São exemplos de produtos e
medicamento com os produtos e dispositivos: seringas, cateteres,
dispositivos utilizados para a administração sondas, equipos, entre outros.
pela via prescrita.
Orientação certa
Hora certa
Registro certo
15. Deve ser feito o registro completo do Sem exceções. Conforme orientação do
procedimento de administração do COFEN, o registro deve conter:
medicamento realizado, conforme o nome do medicamento, a via
orientação do Conselho Federal de de administração, o local do
Enfermagem. corpo e o tipo de dispositivo
utilizado.
Resposta certa
1.3 Resultados
Figura 1 – Diagrama de Ishikawa dos fatores que influenciam os erros de medicação em uma UTI pediátrica, 2018.
32
Tabela 1 – Distribuição dos critérios de qualidade segundo o nível de cumprimento (c) dos
critérios avaliados, 2018.
As exceções foram Total de
Cumpri- consideradas cumpri- %C
Critério Exceções
mentos cumprimentos? mentos (IC95%)
C1: Todo medicamento, antes de
ser preparado e administrado,
95,5%
deve ter seu nome e apresentação 63 - - 63
(90,4-100)
farmacêutica conferidos com a
prescrição médica.
C2: No caso de medicamentos já
reconstituídos e/ou diluídos
anteriormente, deve ser verificado
72,7%
se está dentro do prazo de 3 45 SIM 48
(62,2-83,2)
estabilidade, bem como em
condições de armazenamento
adequadas.
C3: Deve ser averiguada a
existência de alergias antes de toda 0 - - 0 0%
administração de medicamento.
C4: Durante o preparo, deve ser
conferido o tipo e o volume do
diluente do medicamento, e 59 3 SIM 62 93,9%
realizado a diluição conforme (88,2-99,6)
prescrição médica.
C5: A dose do medicamento deve
ser conferida atentamente e 93,9%
62 - - 62
administrada conforme a (88,2-99,6)
prescrição.
C6: Todo medicamento deve ser
administrado conforme a
64 - - 64 98,5%
velocidade e tempo de infusão
(95,8-100)
prescritos.
C7: Deve ser verificado se a forma
farmacêutica do medicamento é
58 - - 58 87,9%
adequada à via de administração e
(80,1-95,7)
à condição clínica do paciente.
C8: Antes de administrar
qualquer medicamento, deve ser
conferida a identificação do
paciente (no mínimo dois
identificadores) existente na 0 - - 0
0%
prescrição médica com os dados da
pulseira de identificação e/ou
perguntando diretamente ao
paciente/acompanhante.
33
Tabela 1 – Distribuição dos critérios de qualidade segundo o nível de cumprimento (c) dos
critérios avaliados, 2018.
As exceções foram Total de
Cumpri- consideradas cumpri- %C
Critério Exceções
mentos cumprimentos? mentos (IC95%)
Quadro 4 – Distribuição dos critérios de qualidade segundo o nível de cumprimento (c) dos
critérios avaliados, 2018.
CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL CRITÉRIOS
DE CUMPRIMENTO
C3: Deve ser averiguada a existência de alergias antes de toda administração de
medicamento.
0% a 24% C11: Deve ser informado ao paciente/ acompanhante sobre o medicamento que será
(Muito ruim) administrado, esclarecendo suas dúvidas a respeito do objetivo terapêutico, posologia,
efeitos esperados, entre outros.
C16: Devem ser registrados em prontuário todos os casos de não administração seja por
rejeição do paciente/acompanhante ou outro motivo, queixas, adiamento, intercorrências
e providências adotadas.
75% a 94% C9: Deve ser verificado se a via de administração prescrita corresponde a via
(Bom) tecnicamente recomendada para administrar o medicamento.
C1: Todo medicamento, antes de ser preparado e administrado, deve ter seu nome e
apresentação farmacêutica conferidos com a prescrição médica.
95% a 100%
(Excelente) C6: Todo medicamento deve ser administrado conforme a velocidade e tempo de infusão
prescritos.
11) são designados por “poucos vitais”, segundo o princípio de Pareto, os quais são
responsáveis por grande parte dos defeitos e devem ser priorizados nas intervenções para
a melhoria, evitando o desperdício de esforços em causas que tem pouca influência no
problema de qualidade em questão38.
Para a etapa de planejamento das intervenções para a melhoria do problema de
qualidade em estudo, o cenário identificado anteriormente foi apresentado aos profissionais
da equipe de enfermagem dos turnos matutino e vespertino. O impacto dos resultados e a
reflexão sobre o desempenho do processo de trabalho atual desafiou os trabalhadores a
buscarem propostas de ações para a melhoria da qualidade do serviço. A intervenções
sugeridas foram construídas em conjunto, discutidas e distribuídas em um Diagrama de
Afinidades (Quadro 5) composto por cinco linhas estratégicas, a saber:
1.4 Discussão
Vários estudos relatam uma maior frequência de erros nas etapas de prescrição e
administração de medicamentos, embora acredite-se que estes últimos estejam mais
subestimados devido as limitações dos próprios mecanismos de detecção, além dos erros
de prescrição terem mais chances de não atingir o paciente, tendo em vista as barreiras
impostas pelos processos que os sucedem 16. Desta forma, a convivência dos profissionais
de enfermagem com os erros de administração é mais recorrente, o que torna compreensível
que consigam reconhecer melhor os riscos assistenciais relacionados a essa prática.
É possível perceber na Figura 2 que o grande número de causas evidenciadas para
a ocorrência desses erros está relacionado a categoria genérica dos Métodos.
Etimologicamente, a palavra “método” tem sua origem do grego “methodos”, formado
por “metá”, que significa “por meio de” e “hodós”, que quer dizer “caminho” 41. Portanto, pode-
42
O foco desses certos, em geral, tem permanecido nos fatores humanos individuais,
incluindo seu desempenho e responsabilidades. Entretanto, pode haver uma concordância
de que a adesão para eles possibilita uma melhoria na segurança do paciente, embora
existam poucas evidências de que o aumento do seu número se converta no resultado
almejado48.
Retomando os resultados obtidos na avaliação da qualidade mediante a quantificação
da aplicação dos nove certos, observamos ora grau de divergência ora de convergência
entre os achados deste estudo com outras literaturas. É importante destacar, porém, que as
pesquisas encontradas tiveram como objetivos a busca pela identificação dos erros de
medicação, ao contrário desta que objetivou constatar a aplicação das barreiras para a
prevenção desses erros.
Entre os critérios relacionados ao “medicamento certo”, foram encontrados resultados
variados, classificados de excelente a muito ruim.
A conferência do nome e apresentação farmacêutica do medicamento alcançou um
nível de cumprimento de 95,5% (90,4-100). No entanto, é necessário considerar a forma
como esse processo é realizado no serviço em estudo. Como foi dito, o primeiro passo para
o preparo do medicamento é a transcrição dos dados da prescrição médica para uma
etiqueta adesiva. É a partir dos dados contidos nessas etiquetas que o profissional de
enfermagem confere se o medicamento que está em posse é o mesmo que foi prescrito.
Elas também são utilizadas para identificar e rotular seringas, copos, frascos de soluções
parenterais, entre outros dispositivos utilizados para a administração dos medicamentos.
Um estudo observacional sobre o preparo e administração de antibacterianos
identificou um grau de conformidade satisfatório quanto ao uso da prescrição durante o
preparo (83,8%) para confirmação da identificação do paciente. Entretanto, observou que a
maior frequência de não conformidades no grupo das etapas de cada fase do processo
estive relacionada à ausência de rotulagem do medicamento, ocorrendo em 100% dos casos
observados49.
45
barreira aos erros de prescrição, capaz de intercepta-los antes de chegar até o paciente por
meio da administração do medicamento inadequadamente prescrito.
O peso da criança é um dado extremamente relevante ao se pensar no processo de
medicação na área de pediatria. Isto pode ser comprovado a partir de um estudo realizado
nos Estados Unidos, no qual foram identificados erros nas doses dos medicamentos
prescritos decorrentes de erros no valor do peso das crianças em unidade de emergência 56.
É necessário que a enfermagem compreenda a importância de realizar uma técnica de
pesagem de maneira adequada e manter os equipamentos sempre calibrados e
funcionantes.
Em um estudo realizado em um hospital de pequeno porte do Rio Grande do Sul, os
profissionais de enfermagem consideraram os medicamentos que necessitam de rediluição
os mais suscetíveis à ocorrência de erros, ficando atrás somente dos medicamentos pouco
utilizados na instituição54. Em pediatria o uso de medicamentos que necessitam de rediluição
são bastante frequentes devido a falta de formulações específicas de diversos
medicamentos para essa faixa etária e, consequentemente, a necessidade de aplicar essa
técnica para se chegar a sua concentração final e dose adequada às características da
criança, como peso, idade, comorbidades, entre outras.
Isto posto, é imprescindível destacar a importância, nas tarefas de reconstituição e
diluição, do uso do diluente adequado para cada medicamento. Um estudo avaliou os erros
de medicação envolvendo o processo de diluição pelo método observacional. O erro com a
terceira maior incidência foi a utilização de diluente inapropriado, enquanto que o não
emprego do diluente, juntamente com a associação em uma mesma seringa de
medicamentos incompatíveis foram os erros menos frequentes 57. O não uso do diluente ou
utilização de diluente inadequado pode alterar as propriedades farmacológicas do
medicamento, podendo resultar em sérias consequências e, principalmente, em falhas
terapêuticas.
O critério relacionado à “forma certa” obteve um nível de cumprimento bom, embora
muitos sejam os obstáculos a essa atividade na pediatria, principalmente quando falamos
dos medicamentos em forma sólida para administração por via oral ou por sonda gástrica ou
enteral, tendo em vista o restrito número de formulações adequadas a essa população.
Um estudo realizado em um Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos observou
o preparo de medicamentos que iriam ser administrados por sonda, identificando a forma
farmacêutica e o perfil dos erros cometidos nesse processo. Os seus achados revelam uma
taxa de 92% das doses envolvendo na forma sólida e 67,71% das doses preparadas de
48
Retomando o achado desta pesquisa, acredita-se que um fator contribuinte para essa
situação possa ser justificado em parte pelo tamanho reduzido da unidade com capacidade
para apenas cinco leitos e dimensionamento de pessoal de enfermagem adequado com
equipe fixa, o que pode levar o profissional a crer que é capaz de reconhecer todas as
crianças internadas, dispensando, portanto, a etapa de conferência da pulseira de
identificação. Ademais, a implantação das pulseiras de identificação ocorreu de forma
concomitante com a realização do presente estudo, e, por conseguinte, os trabalhadores
encontravam-se em fase de treinamento quanto ao seu uso. Porém, o fato de não ser
habitual a checagem dos dados da pulseira não exime o profissional da responsabilidade de
conferir, pelo menos, com os acompanhantes os dados da criança, havendo em vários casos
observados com essa oportunidade e, no entanto, a ação não foi executada.
Parte disso corrobora com o estudo de Pereira, Aquino, Melo, Praxedes e Caetano
(2016)49 que revela a criação do vínculo entre a equipe de enfermagem e o paciente, devido
o longo tempo de internação, como justificativa dada por esses profissionais para considerar
a conferência do nome do paciente desnecessária. Os autores concluem também que, como
não houve diferenças significativas entre as unidades estudadas, esse fato pode estar
associado ao processo de trabalho da instituição e, portanto, tem origem sistêmica49.Por
outro lado, há estudos que apontam o inverso: quanto maior a duração do período que o
paciente fica hospitalizados maior é a probabilidade de ocorrer um erro de medicação 60-61.
Na pesquisa de Filho, Júnior e Veloso (2014)59, realizada por meio da técnica de
observação estruturada em uma unidade pediátrica hospitalar, também foi identificado um
elevado percentual de casos onde não foi conferida a identificação do paciente (63,16%),
constituindo o segundo item com maior número de inconformidades dentre aqueles reunidos
na categoria referente à técnica de administração de medicamentos 59.
Em relação à “via certa”, identificou-se um nível de cumprimento satisfatório, mas
ainda com margem para incentivar a busca para a melhoria. Tanto o critério de verificação
se a via prescrita corresponde a via recomendada para a administração, quanto a avaliação
da compatibilidade dos medicamentos com os produtos e dispositivos utilizados para a
administração da via prescrita, atingiram um nível de cumprimento considerado bom. De
forma divergente a esses achados, alguns estudos apontam os erros de via como eventos
comumente encontrados51,53. Tais incidentes, de uma forma geral, tem grande potencial para
causar danos graves ao paciente, podendo até mesmo levar ao óbito.
A orientação da criança e/ou acompanhante sobre as informações relacionadas ao
medicamento apresentou uma adesão muita baixa. Um estudo corrobora com essa
50
é imprescindível que esta etapa seja realizada para o paciente, visando a sua segurança e
a eficácia do tratamento terapêutico68.
estudo de Pichler, Garcia, Seitz, Merino, Gontijo, Merino (2014)11 e de Björkstén, Bergqvist,
Andersén-Karlsson, Benson e Ulfvarson52.
Quanto à padronização da reconstituição e diluição de medicamentos injetáveis, na
realidade, a instituição já dispõe de um guia elaborado conforme as recomendações dos
fabricantes e das evidências científicas para isso, porém nem sempre é seguido à risca pelo
profissional médico. Tal fato leva ao desperdício dos medicamentos com recipientes do tipo
frasco-ampolas, pois inviabiliza a utilização do mesmo frasco para doses de pacientes
diferentes, tendo em vista que o volume de diluente para reconstituição ter sido prescrito de
forma diferente.
A proposta de promover mudanças no sistema informatizado de prescrição médica se
deve a uma perigosa característica desse documento. O software envolvido limita as
informações para uma única diluição do medicamento. Caso seja necessário rediluições ou
outros processos para o preparo do medicamento, é preciso incluir no item de observações.
Ademais, no campo do diluente aparece o volume colocado pelo prescritor e, na frente do
seu nome, o volume presente no frasco que será dispensado. Devido as dúvidas geradas, a
equipe entrou em consenso para que o prescritor descrevesse a prescrição correta no item
das observações e a equipe de enfermagem despreza o que está escrito antes. Para melhor
compreensão, segue um exemplo, para um medicamento que deve ser administrado por via
endovenosa, de estrutura do modelo adotado no Quadro 6:
Para algumas formas de intervenção, já foi constatada a sua efetividade para superar
os obstáculos existentes nos serviços de saúde. Entre elas, tem-se a elaboração de
programas de treinamento de habilidades para a comunicação, simulações práticas e
padronização de formas de transmissão de informações acerca do paciente81. Além disso,
também é considerado dever do estabelecimento definir uma política com foco no trabalho
em equipe de maneira a melhorar a segurança do uso de medicamentos10.
1.5 Conclusões
generalizados, mas, certamente serão utéis para comparação com outras unidades de
terapia intensiva pediátricas.
Destaca-se, ainda, o escasso número de estudos sobre as causas dos erros de
medicação, qualidade dos serviços de enfermagem no uso de fármacos e intervenções de
melhoria no preparo e administração de medicamentos com o olhar voltado especificamente
para a pediatria, dificultando o diálogo e o embasamento científico dos achados. Tal fato
indica a necessidade e importância do desenvolvimento de novas pesquisas nessa área,
com enfoque direcionado às ações de gerenciamento dos riscos e com vistas a contribuir
para o exercício profissional e a saúde da população pediátrica.
61
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2 APÊNDICES
70
2.1 Apêndice 1
2.2 Apêndice 2
73
74
2.3 Apêndice 3
Esclarecimentos
Natal, ___/____/2018.
_______________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
Natal, ___/____/2018.
_______________________________________________
Éricka Cecília Resende de Souza
77
2.4 Apêndice 4
Esclarecimentos
Estamos solicitando a você a autorização para que o menor pelo qual você é
responsável participe da pesquisa: Avaliação e melhoria da prevenção de erros
de mediação em unidade de terapia intensiva, que tem como pesquisador
responsável Éricka Cecília Resende de Souza.
Esta pesquisa pretende avaliar e melhorar a prevenção de erros de medicação
em unidade de terapia intensiva pediátrica, analisar o protocolo de segurança no
uso e administração de medicamentos em prontuários de crianças hospitalizadas,
bem como desenvolver um ciclo de melhoria da prevenção de erros de medicação na
unidade de terapia intensiva pediátrica.
O motivo que nos leva a fazer este estudo são os números alarmantes
relacionados aos erros de medicação e a necessidade de conhecer mais
profundamente a forma como a administração de medicamentos ocorre e como
melhorar sua qualidade buscando à segurança dos pacientes.
As crianças se encontram em uma condição de maior risco aos erros de
administração de medicamentos por motivos, tais como: o uso de medicamentos
testados e com benefícios comprovados em adultos; fatores como idade, altura, peso
e desenvolvimento, que diminuem a capacidade de absorver e eliminar os
medicamentos, bem como de tolerar menos um erro de medicação; e a dificuldade
de crianças pequenas de falar com clareza os sinais e sintomas de alterações
relacionadas a medicamentos.
Caso você decida autorizar, ele(a) deverá ser observado durante as
administrações de medicamentos que irá receber no seu tratamento, enquanto
durar sua internação na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Em cada
observação, haverá uma pessoa treinada analisando os passos realizados pelo
profissional responsável pela administração, desde o preparo do medicamento até o
78
Se você tiver algum gasto pela participação dele(a) nessa pesquisa, ele será
assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.
Se ele(a) sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa,
ele(a) será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá entrar em contato
com o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, telefone:
3342-5003, endereço: Av. Nilo Peçanha, 620 – Petrópolis – Espaço João Machado –
1° Andar – Prédio Administrativo - CEP 59.012-300 Nata/Rn, e-mail:
cep_huol@yahoo.com.br.
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra
com o pesquisador responsável Éricka Cecília Resende de Souza.
Natal, ___/____/2018.
_______________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
80
Natal, ___/____/2018.
_______________________________________________
Éricka Cecília Resende de Souza
81
2.5 Apêndice 5
Se seus pais gastarem dinheiro por causa desta pesquisa, nós daremos de
volta o mesmo valor em dinheiro.
Ninguém saberá que você está participando da pesquisa; não falaremos a
outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos der. Os
resultados da pesquisa vão ser publicados em revistas e em grandes aulas
chamadas congressos, simpósio, jornadas, entre outros, mas sem identificar as
crianças que participaram.
Natal, ___/____/2018.
_______________________________________________
Assinatura do menor
Natal, ___/____/2018.
_______________________________________________
Éricka Cecília Resende de Souza