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LAUDOS PERICIAIS

Aula 5 – Poeiras Minerais

Profª. Larissa Pinto – larisspinto@gmail.com

Escola Técnica Aberta do Brasil (ETEC)


Instituto Federal do Ceará (IFCE)
Fortaleza - CE
2014

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Sumário

Apresentação .................................................................................................... 3
Tópico 1: Poeiras minerais e sua classificação ............................................. 4
Tópico 2: Avaliação da exposição ocupacional ao asbesto. ........................ 6
Tópico 3: Avaliação da exposição ocupacional ao manganês
e seus compostos........................................................................................... 11
Tópico 4: Avaliação da exposição ocupacional a sílica livre
cristalizada. ..................................................................................................... 15
Conclusão ....................................................................................................... 22
Referências ..................................................................................................... 23

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Apresentação da aula

Caro aluno, bem-vindo à nossa quinta aula!

Na aula de hoje, daremos continuidade aos agentes químicos


estudando as poeiras minerais. Dessa vez, aprenderemos a
classificação das poeiras, bem como a caracterizar a
insalubridade desses agentes químicos, através do limite de
tolerância apresentado no anexo 12 da NR-15.

Objetivos da aula

 Identificar e classificar as poeiras;


 Definir e identificar asbesto, manganês e seus compostos
e sílica livre cristalizada;
 Conhecer os limites de tolerância de cada um desses
agentes químicos;
 Apresentar as medidas de controle relacionadas a cada
um desses agentes químicos.

3
Tópico 1: Poeiras minerais e sua classificação

Objetivo(s)
 Identificar e classificar as poeiras.

Como vimos na aula passada, poeiras são partículas sólidas


produzidas pelo rompimento mecânico de sólidos, como ocorre
em processos de moagem, atrito, impacto, etc., ou por dispersão
secundária, como o arraste ou agitação de partículas
sedimentadas. Geralmente possuem partículas com diâmetros
maiores que 1 μm.

As poeiras são classificadas quanto à origem, forma e tamanho


das partículas. Vejamos detalhadamente cada uma dessas
classificações:

 Quanto à origem – as poeiras podem ser de origem


orgânica (animal ou vegetal) ou inorgânica (mineral ou
sintética);

 Quanto à forma – as partículas das poeiras podem ser


fibrosas (quando tem relação comprimento/diâmetro igual
ou maior que 3) ou não fibrosas (esféricas ou particuladas);

 Quanto ao tamanho – as poeiras estão divididas em


inalável (apresenta fração em massa que realmente entra
pelo nariz e pela boca durante a inalação e que pode
depositar em qualquer parte do trato respiratório, é

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composta por partículas menores do que 100 mm);
torácica (partículas menores do que 25 mm e capazes de
penetrar além da laringe) e respirável (partículas menores
do que 10 mm e capazes de penetrar na região alveolar),
conforme apresenta a figura 1.

Figura 1: Local de deposição das partículas no sistema respiratório humano – ref. [1].

A inalação da poeira pode apresentar efeito imediato, como por


exemplo, uma irritação do nariz e garganta, ou retardado, como
no caso das pneumoconioses.

Até o momento estudamos sobre poeira e suas classificações.


Nos próximos tópicos, estudaremos quais são as poeiras minerais

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apresentadas como agentes insalubres, seus limites de tolerância
e medidas de controle.

Para as poeiras minerais, a caracterização ou não da


insalubridade deverá ser realizada por análise quantitativa de
substâncias que, em função de sua natureza (origem e
composição), possam estar nelas presentes.

O anexo 12 da NR-15 fixa limites de tolerância para três tipos de


poeiras minerais: asbestos, manganês e seus compostos e
sílica livre cristalizada. A partir de agora, estudaremos
individualmente cada uma delas. Vamos começar?

Tópico 2: Avaliação da exposição ocupacional ao


asbesto.

Objetivo(s)
 Definir e identificar o asbesto;
 Conhecer os limites de tolerância desse agente
químico;
 Apresentar as medidas de controle relacionadas ao
asbesto.

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De acordo com a NR-15, anexo 12, entende-se por asbesto –
também denominado amianto – a forma fibrosa dos silicatos
minerais pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das
serpentinas, isto é, a crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios,
isto é, a actinolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a
crocidolita (asbesto azul), a tremolita ou qualquer mistura que
contenha um ou vários destes minerais (Figura 2).

Figura 2: Formas de asbesto (mineral bruto e telhas de amianto)

O asbesto, ou amianto como é popularmente conhecido, é uma


fibra mineral natural sedosa que, por suas propriedades físico-
químicas (alta resistência mecânica e às altas temperaturas,
incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade,
flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos,
álcalis e bactérias, facilidade de ser tecida, etc.), abundância na
natureza e, principalmente, baixo custo tem sido largamente
utilizado na indústria. É extraído fundamentalmente de rochas
compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de
5 a 10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse
comercial (ABRAE, 2014).

Voltando para o anexo 12 da NR-15, esse aplica-se a todas e


quaisquer atividades nas quais os trabalhadores estão expostos

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ao asbesto no exercício do trabalho, em que "exposição ao
asbesto" é entendido como a exposição no trabalho às fibras de
asbesto respiráveis ou poeira de asbesto em suspensão no ar
originada pelo asbesto ou por minerais, materiais ou produtos que
contenham asbesto.
O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto
crisotila é de 2,0 f/cm3, sendo "fibras respiráveis de asbesto"
aquelas com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento
maior que 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro
superior a 3:1.

A avaliação ambiental deve ser realizada pelo método do filtro


de membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500 vezes, com
iluminação de contraste de fase (Figura 3). O método de
avaliação a ser utilizado será definido pela ABNT/INMETRO.

Figura 3: Sistema de coleta de poeira de asbesto – ref. [3]

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A ABNT, em sua norma, NBR 13.158, estabelece toda a
metodologia de coleta de fibras respiráveis de asbestos
inorgânicos em suspensão no ar. A coleta de amostra de asbesto
deverá ser feita com filtro membrana de nitrato de celulose ou
mistura de éster de celulose, com 0,8 mm a 1,2 mm de poro,
diâmetro de 25 mm e quadriculado impresso. O porta-filtro deve
ter face aberta com tubo de extensão contra contaminação
acidental. E bomba de amostragem é a mesma descrita para
outros tipos de poeira, sendo recomendada a vazão de coleta de
1 L/min.

As amostras coletadas devem ser analisadas por microscopia


óptica de contraste de fase.

Os empregadores deverão realizar a avaliação ambiental de


poeira de asbesto nos locais de trabalho, em intervalos não
Atenção! superiores a 6 meses e eles são obrigados a afixar o resultado
Os registros
das avaliações dessas avaliações em quadro próprio de avisos para
deverão ser
mantidos por conhecimento dos trabalhadores.
um período
não inferior a
30 anos. As medidas de controle da exposição dos trabalhadores ao
asbesto, os empregadores deverão fornecer gratuitamente toda
vestimenta de trabalho que poderá ser contaminada por asbesto,
não podendo esta ser utilizada fora dos locais de trabalho.
O empregador será responsável pela limpeza, manutenção e
guarda da vestimenta de trabalho, bem como dos EPIs utilizados
pelo trabalhador. As trocas dessas vestimentas de trabalho
deverão ser realizadas com frequência mínima de duas vezes por

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semana e os empregadores deverão dispor de vestiário duplo
para os trabalhadores expostos ao asbesto.

Todos os trabalhadores, que desempenham ou tenham funções


ligadas à exposição ocupacional ao asbesto, deverão ser
submetidos a exames médicos previstos no subitem 7.1.3 da NR-
7, sendo que por ocasião da admissão, demissão e anualmente
devem ser realizados, obrigatoriamente, exames
complementares, incluindo, além da avaliação clínica:
telerradiografia de tórax e prova de função pulmonar
(espirometria).

As empresas ficam obrigadas a informar aos trabalhadores


examinados, em formulário próprio, os resultados dos exames
realizados.

Mesmo após o término do contrato de trabalho envolvendo


exposição ao asbesto, os empregadores deverão manter
disponível a realização periódica de exames médicos de controle
dos trabalhadores durante 30 anos e esses exames deverão ser
realizados com a seguinte periodicidade:

- a cada 3 anos para trabalhadores com período de


exposição de 0 a 12 anos;
- a cada 2 anos para trabalhadores com período de
exposição de 12 a 20 anos;

10
- anual para trabalhadores com período de exposição
superior a 20 anos.
Saiba mais!
Aqui você
encontra as Além das medidas de controle citadas acima, os empregadores
demais medidas
de controle a devem garantir informações e treinamento aos trabalhadores, com
exposição ao
asbesto e o anexo frequência mínima anual, priorizando os riscos e as medidas de
12 na íntegra:
http://portal.mte.go proteção e controle devido à exposição ao asbesto.
v.br/data/files/FF8
080812BE914E60
12BEF43234B23D
6/nr_15_anexo12.
pdf

Tópico 3: Avaliação da exposição ocupacional ao


manganês e seus compostos.

Objetivo(s)
 Definir e identificar o manganês;
 Conhecer os limites de tolerância desse agente
químico;
 Apresentar as medidas de controle relacionadas ao
manganês.

O manganês, Mn, (Figura 4) é um metal distribuído nos ambientes


geológicos nas formas de óxido, hidróxido, silicatos e carbonatos.
Porém, os óxidos constituem as mais importantes fontes
comerciais tais como: pirolusita (MnO 2) e uma forma coloidal,
psilomelana; manganita (Mn2O3H2O) e hausmannita (Mn3O4).

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Figura 4: Manganês bruto – ref. [4]

Os minérios estão divididos segundo teor de Manganês contido


(DNPM, 2014):
- Minério de manganês: Mn > 35%
- Minério ferruginoso: 10% <Mn< 35%
- Minério de ferro manganesífero: 5%<Mn<10%

Exposições ocupacionais a este metal ocorrem em mineração,


fundição, solda por arco voltaico (o fluxo contém Mn em pó),
fabricação de baterias de células secas, tintas, vernizes e
corantes. Manufatura de ligas de aço para aumentar a dureza. Na
fabricação de vidro e cerâmica para remover a cor amarela e
verde devida ao ferro.

O manganês é um irritante respiratório causando uma inflamação


pulmonar aguda depois de exposições mais intensas. A irritação
tanto da parte superior do aparelho respiratório como da inferior
pode resultar da inalação crônica.

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O anexo 12 da NR-15 estabelece dois limites de tolerância para
as operações com manganês e seus compostos: um referente à
extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda a
outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de
seus compostos, que é de até 5mg/m3 no ar, para jornada de até
8 horas/dia; e o outro referente à metalurgia de minerais de
manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de
baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e
cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de
produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras
operações com exposição a fumos de manganês ou de seus
compostos, que é de até 1mg/m3 no ar, para jornada de até 8
horas/dia.

Sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, as


atividades e operações com o manganês e seus compostos serão
Atenção!
Conforme previsto
consideradas como insalubres no grau máximo. E o pagamento
no Art. 195 da CLT, do adicional de insalubridade por parte do empregador não o
as avaliações de
concentração desobriga da adoção de medidas de prevenção e controle que
ambiental e
caracterização da visem minimizar os riscos dos ambientes de trabalho.
insalubridade
somente poderão
ser realizadas por
engenheiro de Vejamos, a partir de agora, as recomendações e medidas de
segurança do prevenção de controle que são indicadas para as operações com
trabalho ou médico
do trabalho. manganês e seus compostos, independentemente dos limites de
tolerância terem sido ultrapassados ou não:

- Substituição de perfuração a seco por processos úmidos;

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- Perfeita ventilação após detonações, antes de se
reiniciarem os trabalhos;
- Ventilação adequada, durante os trabalhos, em áreas
confinadas;
- Uso de equipamentos de proteção respiratória com filtros
mecânicos para áreas contaminadas;
- Uso de equipamentos de proteção respiratórios com linha
de ar mandado, para trabalhos, por pequenos períodos, em
áreas altamente contaminadas;
- Uso de máscaras autônomas para casos especiais e
treinamentos específicos;
- Rotatividade das atividades e turnos de trabalho para os
perfuradores e outras atividades penosas;
- Controle da poeira em níveis abaixo dos permitidos.

Além das medidas de controle acima aplicadas no trabalhador ou


nos ambientes de trabalho, algumas precauções de ordem
médica e de higiene são de caráter obrigatório para todos os
trabalhadores expostos às operações com manganês e seus
compostos (independentemente dos limites de tolerância terem
sido ultrapassados ou não). Vejamos quais são:

- Exames médicos pré-admissionais e periódicos;


- Exames adicionais para as causas de absenteísmo
prolongado, doença, acidentes ou outros casos;
- Não-admissão de empregado portador de lesões
respiratórias orgânicas, de sistema nervoso central e

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disfunções sanguíneas para trabalhos em exposição ao
manganês;
- Exames periódicos de acordo com os tipos de atividades
de cada trabalhador, variando de períodos de 3 a 6 meses
para os trabalhos do subsolo e de 6 meses a anualmente
para os trabalhadores de superfície;
- Análises biológicas de sangue;
- Afastamento imediato de pessoas com sintomas de
intoxicação ou alterações neurológicas ou psicológicas;
- Banho obrigatório após a jornada de trabalho;
- Troca de roupas de passeio/serviço/passeio;
- Proibição de se tomarem refeições nos locais de trabalho.

Tópico 4: Avaliação da exposição ocupacional a


sílica livre cristalizada.

Objetivo(s)
 Definir e identificar a sílica livre cristalizada;
 Conhecer os limites de tolerância desse agente
A sílica é encontrada na natureza em abundância, pois constitui a
químico;
maior parte da crosta terrestre. Sua fórmula química é constituída
 Apresentar as medidas de controle relacionadas à sílica
por um átomo de silício e dois de oxigênio (SiO 2).
livre cristalizada.

Esses átomos, por sua vez, unem-se a outros formando diversas


estruturas cristalizadas, resultando em diferentes classes de

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sílicas cristalizadas. Desse modo, a sílica cristalizada pode
apresentar-se em forma de quartzo, cristobalita, tridmita, amorfa.
A nocividade das partículas de SiO2 é maior de acordo com a sua
forma. A cristabalita e a tridmita possuem um maior potencial
fibrogênico do que o quartzo. Já a sílica amorfa e a fundida são
menos nocivas que as cristalizadas.

A sílica é a substância causadora da enfermidade silicose e,


evidentemente, quanto maior o percentual de sílica, maior será a
nocividade da poeira. Outro fator importante na ocorrência da
silicose é o tamanho das partículas. As partículas maiores são
selecionadas pelo sistema respiratório, enquanto as menores
podem chegar aos alvéolos pulmonares (SALIBA, 2000).

A exposição ocupacional à poeira contendo sílica ocorre em


diversos ambientes de trabalho e ramos de atividade, tais como:
mineração de ouro, ferro, extração de calcário, dentre outras.
Nessas indústrias, tanto na extração como no beneficiamento, há
presença de particulados que podem conter sílica. Outros ramos
de atividade em que há a presença de poeira sílica: construção
civil, fundição, indústria de refratários, siderúrgicas.

A caracterização da insalubridade por exposição é definida


através do limite de tolerância para poeiras respiráveis e
poeiras totais.

O limite de tolerância, expresso em milhões de partículas por


decímetro cúbico, é dado pela seguinte equação:

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LT = _8,5__ mppdc
% quartzo + 10

Esta fórmula é válida para amostras tomadas com impactador


(impinger) no nível da zona respiratória e contadas pela técnica
de campo claro. A percentagem de quartzo é a quantidade
determinada através de amostras em suspensão aérea.

O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m 3,


é dado pela Equação 2:

LT = _ _8 __ mg/m3
% quartzo + 2

No caso de poeira respirável, a norma estabelece que, tanto a


concentração como a porcentagem de quartzo para aplicação
deste limite, devem ser determinadas a partir da porção que
passa por um seletor com as características da figura 5
apresentado no anexo 12 da NR-15.

Figura 5 – Fator de desvio para cada faixa de limite de tolerância (Quadro nº 2 do Anexo 11 da NR-15) – ref. [5]

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Já o limite de tolerância para poeira total (respirável e não-
respirável), expresso em mg/m3, é dado pela seguinte equação:

LT = __ 24__ (mg/m3)
% quartzo + 3

A Norma define que quartzo deverá ser sempre entendido como


sílica livre cristalizada.

Os limites são válidos para 48 horas semanais, sendo que as


jornadas excedentes a esses valores deverão ser reduzidas pela
autoridade competente.

EXEMPLO: Em uma empresa foi realizada coleta de amostra de


poeira, visando caracterizar a exposição ocupacional à poeira do
ajudante de britador e obteve-se os seguintes resultados:

Poeira respirável = 4,3 mg/m3


Poeira total = 6,8 mg/m3
Sílica Livre Cristalina = 0,13

Vejamos como se deve verificar se a poeira respirável e a poeira


total do ambiente estão acima ou abaixo dos limites de tolerância
(LT) estabelecidos no anexo 12 da NR-15:

Para poeira respirável o LT é dado pela formula,

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LT = _ _8 __ mg/m3
% quartzo + 2

Para aplicarmos a fórmula acima e mediante os dados


apresentados precisamos obter a % de quartzo na amostra.

% quartzo = 0,13*100 = 3 %
4,3
% quartzo = 3 %

Agora, aplicando esse valor na fórmula do LT para poeiras


respiráveis temos,

LT = _8_ = 1,6 mg/m3.


3+2

De forma análoga podemos calcular o LT para poeira total o LT,

% quartzo = 0,13*100 = 1,91 %


6,8
% quartzo = 1,91 %

Agora, aplicando esse valor na fórmula do LT para poeiras


respiráveis temos,

LT = __24__ = 4,8 mg/m3.


1,91 + 3

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CONCLUSÃO:
Os limites de tolerância de poeira respirável, 1,6 mg/m3, e de
poeira total são menores do que os resultados obtidos da análise,
4,3 mg/m3 e 6,8 mg/m3, respectivamente, logo a atividade é
insalubre.

As recomendações e medidas de prevenção de controle indicadas


para as operações com sílica livre cristalizada, de acordo com o
Saiba mais!
anexo 12 da NR-15, são:
Para complementar
seus estudos sobre
sílica, leia o material
- Proibição do processo de trabalho de jateamento que
disponível no link
utilize areia seca ou úmida como abrasivo; abaixo. Ele tem como
objetivo informar ao
- As máquinas e ferramentas utilizadas nos processos de trabalhador e às
empresas sobre o risco
corte e acabamento de rochas ornamentais devem ser da exposição à poeira
contendo sílica, que
dotadas de sistema de umidificação capaz de minimizar ou pode provocar uma
grave doença pulmonar
eliminar a geração de poeira decorrente de seu
chamada silicose. O
funcionamento. manual apresenta as
situações onde a poeira
de sílica pode ocorrer,
bem como quais as
As demais medidas de controle já vistas aqui e em aulas medidas de controle e
de proteção que devem
anteriores (Figura 6) também podem e devem ser adotadas, a fim ser adotadas.
de minimizar ou eliminar a neutralização dessas poeiras minerais. http://www.fundacentro.
gov.br/biblioteca/bibliote
ca-
digital/publicacao/detalh
e/2013/3/silica-manual-
do-trabalhador-2-edicao

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Figura 6: Medidas de controle a exposição de sílica – ref. [6].

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Conclusão

Na aula de hoje, aprendemos a identificar e classificar as poeiras.


De acordo com o anexo 12 da NR-15, conhecemos as poeiras
minerais, cuja caracterização da insalubridade deve ser realizada
de forma quantitativa, bem como seus limites de tolerância e as
medidas de controle que devem ser implantadas, a fim de eliminar
ou neutralizar a presença dos agentes químicos nos ambientes de
trabalho.

Na próxima aula, daremos continuidade aos agentes químicos,


será a vez de estudarmos os agentes químicos em que a
insalubridade é decorrência de inspeção realizada no local de
trabalho. Conto com sua participação. Até lá!

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Referências

[1]. A Sílica. Disponível em


http://www.zirtec.com.br/areia/silica.htm. Acesso em 28/07/2014.

[2]. ABREA. Amianto ou Asbesto. Disponível em


http://www.abrea.com.br/02amianto.htm. Acesso em 28/07/2014.

[3]. Norma de Higiene Ocupacional – NHO 08.

[4]. PARAGUAI, Leonice. Manganês (Mn). Disponível em


http://quipibid.blogspot.com.br/2012/01/manganes-mn.html.
Acesso em 28/07/2014.

[5]. BRASIl. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma


Regulamentadora 15: atividades e operações insalubres.
Disponível em
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF432
34B23D6/nr_15_anexo12.pdf. Acesso em 28/07/2014.

[6]. FUNDACENTRO. Sílica: Manual do Trabalhador. Disponível


em http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-
digital/publicacao/detalhe/2013/3/silica-manual-do-trabalhador-2-
edicao. Acesso em 28/07/2014.

COSTA, Maria do Rosário M., FIGUEIREDO, Romulo Castro.


Manganês. Disponível em:
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2
001/manganes.pdf. Acesso em 28/07/2014.

23
SALIBA, Tuffi Messias. Manual prático de avaliação e controle de
poeira e outros particulados – PPRA. Ed. LTr. São Paulo, 2000.

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