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RESUMO
Palavras chaves: Treliça, método dos elementos finitos, Scilab, Ftool, análise.
ABSTRACT
The present work consists of the comparison of the finite element method (FEM) numerical
analysis with the Scilab software and the analysis with the Ftool software. For this purpose, an
adaptation of the Ferreira Code (2008) was implemented, which uses the FEM and then
compares it with the results obtained in Ftool for the variables relating to shifts and support
reactions. Finally, there was a compatibility between the methods, and it was found that the
analysis of trusses with calculation methods adds dynamism to the process, streamlines the
design and supports the interpretation of the results.
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Graduando em Engenharia Civil, IFPB, Cajazeiras, Paraíba, geovany.barrozo@academico.ifpb.edu.br
2
Graduando em Engenharia Civil, IFPB, Cajazeiras, Paraíba, dias.leonardo@academico.ifpb.edu.br
3
Graduando em Engenharia Civil, IFPB, Cajazeiras, Paraíba, andresousa.ec3@gmail.com
4
Graduando em Engenharia Civil, IFPB, Cajazeiras, Paraíba, alexandra.abreu@academico.ifpb.edu.br
5
Graduando em Engenharia Civil, IFPB, Cajazeiras, Paraíba, alexiury@hotmail.com
6
Docente em Engenharia Civil, IFPB, Cajazeiras, Paraíba, lucaspessoa.engcivil@gmail.com
1
INTRODUÇÃO
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Além disso, uma boa parcela desses programas é de acesso restrito, em que necessita-
se à aquisição de licenças para sua utilização. Assim, recentemente vem crescendo bastante o
desenvolvimento de softwares de código aberto, superando o impasse dos altos valores para
acesso, como o Scilab, software esse disponível para computação de dados numéricos,
oferecendo um ambiente propício às diversas aplicações cientificas.
Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo a implementação de código na
linguagem de programação Scilab para a resolução de treliças 2D, através do Método dos
Elementos Finitos, realizando um comparativo das variáveis referentes aos deslocamentos e
reações de apoio, com os valores obtidos pelo software Ftool.
1. REVISÃO DA LITERATURA
3
1829), Saint-Venant (1797-1886), Kirchhoff (1824-1887), Kelvin (1824-1907), Maxwell
(1831-1879) e Mohr (1835-1918).
Desde as contribuições de Galileu Galei em seu livro Duas Ciências, em 1638, até o
desenvolvimento do Cálculo Diferencial e Integral por Isaac Newton (1642-1726) e Gottfried
Leibnz (1646-1716), a matemática e a engenharia não mais se dissociaram, criando um processo
denominado atualmente por Martha (2017) como modelagens matemática e discreta, com a
função de elaborar modelos capazes de representar matematicamente a estrutura em análise
com todas as devidas hipóteses, leis e parâmetros considerados, além da sua simplificação em
elementos isolados buscando viabilizar os dimensionamentos das estruturas mais simples ou
complexas.
Entretanto, apesar das evoluções abrangentes nos conhecimentos matemáticos e físicos,
ainda haviam grandes limitações devido à ausência de materiais capazes de suprir o que se era
idealizado. Logo, no final do século XIX com a Revolução Industrial, a engenharia ganhou
materiais como o concreto armado, o aço e o ferro fundido, que possibilitaram a realização dos
projetos idealizados e findaram elevando a construção civil a um patamar nunca antes atingido
(MARTHA, 2017). A partir de então o desenvolvimento de materiais para a engenharia não
cessou e rapidamente deu oportunidade aos projetistas estruturais do século XX e XXI
conceberem estruturas cada vez mais audaciosas, como as grandes contribuições de Eugene
Freyssinet ao estudo do concreto protendido (CARVALHO, 2010).
O grande entrave nos dimensionamentos estruturais no século XX passou a ser as
complexas modelagens e cálculos matemáticos que se elevavam exponencialmente em
dificuldade e tempo, de acordo com o porte da estrutura a ser calculada. Porém, a partir da
segunda metade do século começaram a surgir mecanismos que impactaram significativamente
os cálculos projetuais, como as calculadoras HP-41 e os primeiros computadores e softwares
de cálculo: o STRESS, para estruturas prismáticas, e o STRUDAL utilizando conceitos de
Elementos Finitos (CARVALHO et al., 2000).
As treliças são amplamente utilizadas nos mais diversos campos da construção civil,
observa-se a utilização destas principalmente em obras de estruturas metálicas como galpões,
postos de combustíveis, cobertura de estacionamentos, cobertura de depósitos e até mesmo em
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residências, porém nesta última é bem mais comum o emprego de treliças de madeira nas
estruturas de telhados para moradias de médio e pequeno porte.
Das treliças mais convencionais, utilizadas em telhados, podemos citar: a treliça
triangular (Fink) que é simplesmente apoiada e calculada para atuar em pequenos vãos; treliça
banzo paralelo (Warren) para vãos de maior comprimento entre 20 e 100 m; ainda temos a
treliça trapezoidal que é utilizada quando se deseja colocar a estrutura da coberta diretamente
sobre esta, uma vez que o banzo superior possui declividade equivalente a queda d’água do
telhado e por fim a treliça do tipo Pratt utilizada em galpões abertos, este tipo de estrutura atende
vãos de até 100 m. Segundo Tisot (2010) é comum se utilizar treliças metálicas em obras de
grande porte onde se deseja obter uma estrutura resistente e leve ao mesmo tempo. O uso de
treliças é corriqueiro em obras de pontes, viadutos e nos equipamentos utilizados em diversos
setores da engenharia como gruas, guindastes, andaimes, etc.
A Engenharia civil busca frequentemente novas tecnologias dentro do mercado que
venham a otimizar a relação custo benefício, dentro desse aspecto pode-se citar, por exemplo,
as lajes do tipo pré-moldadas, sistema relativamente novo desenvolvido na Europa que
atualmente vem substituindo modelos de lajes mais antigos como as lajes maciças. Dentre as
diversas aplicações das treliças, pode-se citar o seu emprego na construção de lajes pré-
moldadas em que se utilizam vigotas treliçadas, esse sistema construtivo possui emprego
frequente, sendo amplamente difundido no Brasil.
De acordo com Oliveira (2010), um dos motivos pela preferência da utilização de lajes
treliçadas é o ganho de monoliticidade na estrutura, uma vez que o material de enchimento entra
em contato diretamente com a treliça da vigota, garantindo uma boa aderência e reduzindo o
risco de trincas e fissuras, propiciando assim sua utilização para vãos maiores, em comparação
aos convencionais em que se faz uso de vigotas do tipo trilho, por exemplo. Há também grande
praticidade no transporte e colocação dos trilhos devido a presença da treliça nestes.
Em conformidade com o disposto no trabalho de Bastos (2015) pode-se afirmar que a
função estrutural desenvolvida pela treliça neste tipo de laje é fornecer a resistência necessária
aos esforços de tração provocados pelos momentos fletores positivos atuantes nas placas de
lajes, este tipo de vigota é formada por uma treliça com duas barras no banzo inferior e uma
barra no banzo superior, sendo ligadas por uma armadura diagonal soldada, de geralmente 4.2
ou 5 mm de diâmetro, ao longo do comprimento da peça, a principal utilidade desta última é
promover a ligação entre os banzos, porém estudos apontam que a armadura diagonal confere
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certa resistência ao cisalhamento atuante nas lajes. Observa-se deste modo a importância da
treliça para este modelo de construtivo de placa de laje.
A escolha pelo tipo de treliça deve ser feita analisando as diversas condições do meio
em que elas serão inseridas, parâmetros como classe de agressividade, tipos de carregamentos,
vãos necessários a serem atendidos, vento, etc. devem ser cuidadosamente considerados na
etapa anterior a escolha do modelo de treliça, para que sejam definidas as características
necessárias que o elemento estrutural deverá atender, tais requisitos referem-se ao tipo de
material, forma da treliça, dimensões das barras e ainda o tipo de ligação entre as estas que
comporão o quadro treliçado.
Com o atual nível de competitividade do mercado é necessário que os engenheiros
adequem seus projetos de forma que garantam o cumprimento das exigências de segurança e
qualidade atreladas ao custo-benefício das construções, desta forma a utilização de elementos
de rápido manuseio e execução, que consumam uma menor quantidade de materiais torna-se
amplamente vantajosa do ponto de vista econômico (TISOTI, 2010).
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O método numérico matricial mais conhecido que pode ser desenvolvido através de
técnicas computacionais é o Método dos Elementos Finitos. Contudo são inúmeras as
possibilidades para a composição de arranjos estruturais, sendo necessário cada vez mais,
melhor precisão nos cálculos da estrutura. Dessa forma torna-se indispensável o entendimento
de métodos que conduzam a soluções mais próximas da realidade, a fim de garantir um projeto
estrutural elaborado com clareza e exatidão.
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elementos que constituem as treliças são: Corda ou banzo, conjunto das barras que delimitam
em seus limites superior ou inferior; montante, barra vertical das treliças; diagonal, elementos
que apresentam seu eixo de forma coincidente com a diagonal de um painel; painel, região que
engloba dois alinhamentos consecutivos de montante; nó, ponto de interseção das extremidades
das barras.
As treliças possuem larga aplicação na construção civil, uma vez que apresentam leveza
e resistência. São compostas por elementos conectados entre si por meio de ligações flexíveis,
caracterizadas por articulações sem atrito, assemblada a partir de arranjos triangulares que
agregam rigidez a estrutura, tornando-a mais resistente de modo a não perder a forma quando
submetida ao estresse. Nelas são predominantes os esforços axiais na existência de
carregamentos nos nós (SAMPAIO; GONÇALVES, 2007).
Em geral, estruturas de alta complexidade de cálculo podem ser dimensionadas de forma
aproximada. O Método dos Elementos Finitos é um dos mais utilizados para essa finalidade,
baseado no princípio da discretização, que consiste na resolução de um problema complexo a
partir da combinação de diversos problemas mais simples. Nos nós, as forças e os
deslocamentos são discretizados afim de resultarem em um sistema de equações algébricas que
será tratado matricialmente (BORGES, SILVA e BEZERRA, 2016).
Uma análise matricial de estruturas se baseia no Método dos Deslocamentos, ou Método
da Rigidez, esse consiste em determinar a matriz de rigidez da estrutura, para a partir dessa
obter os demais parâmetros como deslocamentos, reações e forças internas por meio de cargas
externas aplicadas à estrutura. (LAGE; PELLEGRINO NETO, 2018).
Este método parte da conjectura de que os deslocamentos são as incógnitas
fundamentais. Dessa forma, inicialmente são calculados os deslocamentos nodais da estrutura
e, em seguida, os esforços, formando um sistema de equações relacionando forças, rigidez e
deslocamentos sob um enfoque matricial, considerando a deformação elástico-linear das
estruturas, baseando-se na Lei de Hooke (RAMALHO, 1990). A equação fundamental do
método está representada a seguir:
Onde {𝐹} é o vetor de forças; [𝐾] é a matriz de rigidez da estrutura; {𝑈} é o vetor de
deslocamentos.
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Grau de liberdade é a incógnita que corresponde à movimentação de um nó numa dada
direção, existindo a viabilidade de ser um deslocamento - no caso de uma translação - ou uma
rotação em relação a um eixo. O número de graus de liberdade de uma estrutura será equivalente
a soma dos graus de liberdade de todos os seus nós (GONÇALVES, 2009). Para análise
realizada neste trabalho, em que se considera apenas treliças planas, os graus de liberdade
consistiram em translações nas direções horizontal ou vertical.
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fácil compreensão. Outras linguagens conhecidas são a Python, C e Fortran, as duas últimas
apresentando desenvolvimento mais rápido que a primeira.
O software MATLAB também é muito utilizado, oferecendo uma ampla biblioteca de
funções predefinidas que tornam a programação mais eficiente e prática. Desse modo a
implementação utilizando-se da linguagem MATLAB, em que os programas podem ser escritos
e modificados com grande facilidade, apresenta-se como uma alternativa viável (CHAPMAN,
2003).
Um software semelhante ao MATLAB é o Scilab, utilizado no presente trabalho e que
apresenta a vantagem de ser totalmente gratuito. Este possui uma alta performance e é utilizado
em situações de cálculos de certa complexidade (LEITE; ROCHA, 2017).
Analisando uma barra treliçada é possível notar que seu comportamento assemelha-se
𝐴∙𝐸
ao de uma mola de constante elástica 𝑘 = . Nessa prerrogativa Alves Filho (2000) apresenta
𝐿
𝐴∙𝐸
Para os elementos de barra, onde 𝑘 = , temos:
𝐿
(2)
𝐴∙𝐸 𝐴∙𝐸
−
𝑓
{ 1} = [ 𝐿 𝐿 ] ∙ {𝑢1 }
𝑓2 𝐴∙𝐸 𝐴∙𝐸 𝑢2
−
𝐿 𝐿
Alves Filho (2000) destaca ainda que para se modificar essa matriz de rigidez local para
o sistema global se faz necessário o uso de um procedimento de modo a transformar a
representação do equilíbrio do elemento, para isso se introduz a matriz de transformação 𝑇.
Porém essa transformação carrega consigo um problema no que trata do número de
componentes de força e deslocamento, uma vez que sobre a representação do equilíbrio no
Sistema Global, essas passam de duas para quatro, fazendo com que a matriz rigidez tenha
dimensão 4x4.
Deste modo Alves Filho (2000) representa o equilíbrio da barra no sistema local,
também por quatro forças, tornando a matriz de Rigidez no Sistema Local e Global
hierarquicamente iguais de modo que correspondam entre si conforme apresenta-se:
(5)
𝑓𝑥1 1 0 −1 0 𝑢1
𝑓𝑦1 𝐴∙𝐸 0 0 0 0 𝑣1
= [ ] ∙ {𝑢 }
𝑓𝑥2 𝐿 −1 0 1 0 2
{𝑓𝑦2 } 0 0 0 0 𝑣2
Assim tem-se:
(6)
{𝑓} = [𝑘]𝑒 ∙ {𝛿}
Sendo {𝑓} as forças nodais, [𝑘]𝑒 a matriz de rigidez e {𝛿} os deslocamentos nodais,
todos no Sistema Local.
Para que se possa obter a Matriz Transformação é necessário fazer o equilíbrio dos
esforços globais sobre os nós, conforme demonstra Alves Filho (2000) a partir da Figura 01:
11
Figura 01: Equilíbrio sobre os nós do elemento para a determinação da matriz que transforma forças
do sistema local para o sistema global.
Sendo,
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𝜆 = 𝑐𝑜𝑠𝛼
{
𝜇 = 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑓𝑥1 𝜆 𝜇 0 0 𝐹𝑋1
𝑓𝑦1 −𝜇 𝜆 0 0 𝐹
=[ ] ∙ { 𝑋2 }
𝑓𝑥2 0 0 𝜆 𝜇 𝐹𝑌1
𝑓
{ 𝑦2 } 0 0 −𝜇 𝜆 𝐹𝑌2
Logo:
(7)
{𝑓} = [𝑇] ∙ {𝐹}
Onde [𝑇] é a matriz Transformação e {𝐹} contém as forças nodais no Sistema Global.
Uma vez que se verifica a semelhança entre a relação das componentes de deslocamentos com
as de força:
(8)
{𝛿} = [𝑇] ∙ {∆}
A fim de utilizar-se dos artifícios matemáticos em que [𝑇]−1 ∙ [𝑇] = [𝐼], onde [𝐼] é uma
matriz identidade e [𝑇]−1 = [𝑇]𝑇 , multiplica-se em (9) ambos os membros por [𝑇]−1 , deste
modo:
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(10)
[𝐾]𝑒 = [𝑇]𝑇 ∙ [𝑘]𝑒 ∙ [𝑇]
2. METODOLOGIA
E=30e6;
A=2;
EA=E*A;
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// # VETOR DE FORÇA
GL=2*NumeroDeNos;
// GL: número de graus de liberdade total
Deslocamentos=zeros(GL,1);
Força=zeros(GL,1);
// Carga apliacada no nó (X) onde Força (X*2)
Força(8)=-10000.0;
// # MATRIZ DE RIGIDEZ
Rigidez=zeros(GL,GL);
for e=1:NumeroDeBarras;
// elementGL: graus de liberdade do elemento (GL)
indice = Barras(e,:);
elementGL=[ indice(1)*2-1 indice(1)*2 indice(2)*2-1 indice(2)*2];
xa=xx(indice(2))-xx(indice(1));
ya=yy(indice(2))-yy(indice(1));
comprimento_element=sqrt(xa*xa+ya*ya);
C=xa/comprimento_element;
S=ya/comprimento_element;
k1=EA/comprimento_element*[C*C C*S -C*C -C*S; C*S S*S -C*S -S*S;
-C*C -C*S C*C C*S;-C*S -S*S C*S S*S];
Rigidez(elementGL,elementGL)=Rigidez(elementGL,elementGL)+k1;
end
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deslocamentos(ativosGL)=U;
// Reações de apoio
F=Rigidez*deslocamentos;
reações=F(prescritaGL);
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parte dos seus graus de liberdade. O primeiro é representado pelo vetor força composto de
cargas concentradas atuantes sobres os nós (Força), e o segundo limita-se a um vetor constituído
pelos graus de liberdade prescritos (prescritaGL).
Após inicialização dos parâmetros de entrada, o código irá proceder ao cálculo da matriz
de rigidez do elemento, através de suas propriedades pré-definidas, em seguida realizará a
assemblagem da matriz de rigidez geral da estrutura por meio da associação das rigidezes de
cada elemento, já dispostas em formato matricial. O processo termina com a obtenção dos
resultados, deslocamentos, reações e tensões, calculados a partir da matriz de rigidez geral.
Com o intuito de realizar a aplicação do Método dos Elementos Finitos, por meio do
código implementado afim de constatar sua eficiência para resolução de estruturas simples,
como treliças planas, utilizou-se de exemplos construídos e também resolvidos no software
Ftool, para posterior comparação dos resultados obtidos com os encontrados no Scilab,
propiciando dessa maneira uma análise do desempenho e aplicabilidade do método para
resolução de problemas do tipo.
3. RESULTADOS
Para obtenção dos resultados, definiu-se como exemplos de aplicação, duas treliças
planas representadas no Ftool. A escolha das treliças fundamentou-se em uma gradação de
complexidade de modo que a princípio facilitasse o entendimento do processo corrente, e
posteriormente que se tivesse o emprego de exemplos capazes de proporcionar uma situação
mais próxima da realidade.
Para acompanhamento e verificação dos resultados também se fez uso do Ftool, a partir
de que se obteve as reações de apoio das treliças lançadas e os deslocamentos dos seus nós.
Abaixo serão apresentadas duas situações de treliças planas que tiveram suas soluções
implementadas no Scilab e comparadas no software Ftool.
Em todos os exemplos aplicou-se um critério para numeração dos nós, obedecendo a
seguinte ordem: esquerda para direita e de cima para baixo. Na Figura 02, temos a representação
da primeira situação com a ilustração da treliça 01, essa contém 11 barras e 7 nós, dispostas
sobre dois apoios simples, a estrutura encontra-se carregada por uma força concentrada na
direção vertical, apontando para baixo, atuando em seu segundo nó.
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Figura 02: Treliça 01.
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A Figura 03 abaixo ilustra a representação gráfica das reações e deformações da treliça
01 fornecidas pelo Ftool.
O Quadro 02 a abaixo, aborda os valores obtidos pelo Scilab para as reações, em que
verifica-se o mesmo resultado para todos os apoios, quando se avalia a resolução dos dois
softwares.
Na Figura 04, apresenta-se a segunda situação por meio da ilustração da treliça 02, essa
estrutura consiste em um arranjo de 13 barras e 8 nós, simplesmente apoiada, e carregada por
meio de três forças concentradas, todas com linha de ação pertencente a direção vertical, com
sentido para baixo, atuando nos segundo, quarto e sexto nós.
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Figura 04: Treliça 02.
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A representação gráfica das reações e deformações da treliça 02, fornecidas pelo Ftool,
está ilustrada abaixo na Figura 05.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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