Você está na página 1de 4

Prólogo

Olhei para aquela estrutura abandonada e com a expressão mais confusa do


mundo falei.

— É acho que é aqui — disse.

— Você ainda acha? Jake você endoideceu, olha pra onde nós estamos. Sabia
que aquela garota não era boa influência para você — Desabafou Ethan.

Queria descobrir o que tinha de errado naquele prédio. Sabia que ele não estava
ali por acaso. Sabia. Sabia. Sentia. No momento em que Ethan desabafou, senti
uma sensação estranha. Passos.

— Sh, escuta — no momento em que disse isso, Ethan me olhou com a cara mais
assustada que ele já fizera na vida.

— Isso são... Passos?

— Eu disse que tinha algo errado com esse prédio.

Eu sabia que não devia ter confiado neles. Eles nunca estiveram do meu lado.

Capítulo I

Jake Harris

Acho que vocês precisam saber de algumas coisas antes de nós começarmos a
embarcar nessa jornada — “Embarcar nessa jornada” é bem filme de sessão da
tarde, mas enfim. — Meu nome é Jake Harris, tenho 16 anos e desde pequeno
tenho espírito de aventureiro. Não sou muito de ficar pensando, gosto de agir
rápido, se der errado pede desculpa e dá tudo certo. Hoje eu vá presenciar o dia
mais temido de todo estudante. O primeiro dia de aula, em uma escola nova
dizem que a StoneHeaven é a melhor escola de TrashWood.

Desço as escadas e, chegando na sala de estar, encontro meu avô, Benjamin,


sentado na poltrona lendo o jornal local

– Animado para o seu primeiro dia de aula na escola mais mal assombrada de
TrashWood? – Falou o meu avô.

Minha mãe diz que eu e o senhor Benjamin temos muito incomum. Ele gosta de
histórias macabras e eu gosto de escutar todas. Lembro-me de uma viagem que
fizemos para uma praia distante de TrashWood, a minha parte favorita foi a de
ficar sentado à beira mar com o senhor Benjamin e escutar as histórias
inventadas dele.

– Vô, isso é só uma lenda antiga que contam sobre essa escola, não é verdade –
Falo em tom de riso pegando meu casaco na ombreira.

– Que isso meu filho, você desacredita na lendo? Logo você que sempre me
acompanha nas histórias, companheiro?

– Senhor Benjamin, tenho uma missão a cumprir, prometo que se eu escutar


algum boato sobre alguma história mal assombrada eu te aviso, certo?

– Está certo filho, se cuida – Disse o senhor Benjamin.

Saio em direção à cozinha para tomar meu café da manhã. Sinto um frio na
barriga ao pensar que daqui alguns instantes, eu vou atravessar o pátio de uma
escola sem conhecer ninguém – Não que isso nunca tenha acontecido comigo
antes, mas agora é diferente. Entro na cozinha e vejo minha mãe preparando
waffles pra mim, enquanto meu pai está sentado na mesa comendo.

— O senhor está com

fome, hein senhor Thomas?

— Olhe o jeito que você

fala comigo hein pirralho — Disse ele num tom mais bravo que ele pôde, mas

sabia que ele estava brincando.

— Desculpe ai Mr. Thomas.

Como o senhor está?

— Bem, e você? Ansioso

para o primeiro dia de aula? — Disse ele comendo um pedaço de pão.

— É né, mais um pra

coleção, resta saber se ele vai estar em boa colocação ou não. — Falei em um

tom forçado.

— Tenha calma filho,

tenho certeza de que vai ser bom. Preparei uns muffins para você levar! — Disse
Sarah, a minha mãe. A mulher mais importante da minha vida.

— Te amo mãe. Tchau para

vocês, estou atrasado para o ônibus.

Todos me deram tchau e eu

saí.

Capitulo II

Jake Harris

StoneHeaven era perto de casa. Fui andando para a escola com o pensamento
em algum lugar distante que ainda não conheço. Chegando lá vi uma passagem
com pequenos arbustos muito bem cortados. No meio da passagem havia um
girador com um bonsai bem baixo. Nas extremidades da escola haviam árvores
com folhagens amarelas. Subi as escadas que estavam mais preservadas do que
o prédio e dei de cara num corredor. Eu esperava encontrar um corredor típico
de seriado americano. Mas não. O corredor era muito formoso, com copias de
quadros famosos como a Monalisa, A Noite Estrelada e outros quadros famosos.
Chegando na biblioteca fiquei impressionado com a organização dela. Estantes
muito grandes que iam do chão ao teto repletas de livros. Espaços de estudo
milimetricamente organizados com cadeiras extremamente alinhadas. Todas as
estantes estavam com identificação para ajudar a encontrar o livro. Fiquei meio
desconfortável de desarrumar as mesas para ler ali no máximo 50 minutos, então
peguei um livro e fui para a parte externa da escola e sentei-me ali para ler.

Quase perdi a hora. Quando olhei no relógio eram 08:25, me apressei para ir para
a minha sala. Tinha um problema. Eu não sabia onde era a minha sala. Como eu
iria encontrar uma sala de aula numa escola daquele tamanho em menos de
cinco minutos? Procurei em todos os corredores e finalmente, num corredor do
lado da área posterior da escola encontrei a minha sala. Entrei de 08:30 em
ponto. Alguns segundos depois o professor entra e eu começo a suar frio. Nunca
gostei de primeiros dias de aula. Só de pensar naquela vez que a professora
pediu para cada um dizer o nome e eu, pelo fato de não ter entendido o que ela
disse falei "presente" pensando que ela estava fazendo a frequência — Passei a
maior vergonha da minha vida. Todos riram de mim. Depois da aula ter
começado um garoto loiro com vestes um pouco amassadas entrou na sala.

— Posso entrar?

— Não deveria, mas, pode sim. — Respondeu o professor


— Muito obrigado, professor.

A sala estava cheia, o único lugar disponível era o do meu lado — talvez ninguém
quisesse sentar ao meu lado, ainda bem. O garoto que acabara de entrar
procurava alguma coisa na mochila como se sua vida dependesse disso.
— Você tem uma caneta para me emprestar? — Indagou ele.

— Claro — Respondi emprestando a caneta para ele.

Fiquei pensando depois do acontecido: Quem vai no primeiro dia de aula sem
uma caneta?

Depois da aula de - - - tinha aula de Biologia, por sorte eu já passara em frente à


ela quando procurava a sala de - - -. Entrei e o mesmo menino estava lá sentado.
Tentei sentar o mais longe dele possível. Não queria socializar naquele
momento.

— Bom dia a todos, meu nome é Flynt Cartney e sou professor de Biologia de
vocês, espero que gostem da aula.

E daí se prolongaram longos minutos de uma aula de biologia sobre células do


corpo humano.

Você também pode gostar