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E a arte poderia ter o seu conteúdo na sua própria efemeridade.

É concebível e de nenhum modo


apenas uma possibilidade abstrata que a grande música – algo de tardio – só foi possível num
período limitado da humanidade. A revolta da arte, teleologicamente posta na sua ‘posição
relativamente à objetividade’ do mundo histórico, transformou-se na sua revolta contra a arte

Mesmo a obra de arte mais sublime adota uma posição determinada em relação à realidade
empírica, ao mesmo tempo que se subtrai ao seu sortilégio, não de uma vez por todas, mas
sempre concretamente e de modo inconscientemente polêmico contra a sua situação a respeito
do momento histórico. Que as obras de arte, como mônadas sem janelas, “representem” o que
elas próprias não são, só se pode compreender pelo fato de que a sua dinâmica própria, a sua
historicidade imanente enquanto dialética da natureza e do domínio da natureza não é da mesma
essência que a dialética exterior, mas se lhe assemelha em si, sem a imitar.

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