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DREAM?

Me peguei certa vez tendo mais um devaneio do que seria eu, em uma neura eterna com
a senhora paralisia do sono.
mas o que dessa vez ocorreu de diferente para tamanha importância dessa que vos
escreve.
nada do que meu subconsciente já tenha percorrido nesses últimos 05 anos, deveria me
afetar, ou me perturbar mais, certo?
Uma certa vez escutei um moribundo proferindo algumas palavras sem a menor
importância para quem passara pela rua. ele dizia “ Vocês se ocupam de seus trabalhos,
seus amores, suas guerras, como se essa fosse sua única vida.mas quando o mundo
desperto deixar vocês exaustos e insatisfeitos, o sono os atrai aqui, para encontrar
liberdade e aventura”
Confesso, que essa frase me acompanha desde então. Palavras sem a menor importância,
“rum”!
Vai contra minha natureza não pensar o tanto que eu tenho lutado para que; por favor!
Venha só sonhos bons, agradáveis e que me cause uma certa frustração na hora de abrir
os olhos, e só então perceber… que era apenas um sonho !
Liberdade e aventura….
O que contarei a vocês não se enquadra de maneira nenhuma nessas trivialidades. Te
convido a desbravar essas terras desconhecidas, pelo menos para mim!
Como já é de praxe em uma certa noite de sono intenso e delicioso, acabei ficando presa
no meu próprio sonho. Eu me recordo de avistar uma bela mulher, (desconhecida por
mim, pelo menos eu nunca a vi!) ela tinha uma pele clara, cabelos longos e escuros.
Me perdoem não dar mais detalhes, pois, foi apenas um vislumbre. O vislumbre mais
visoso que minha memória pôde captar.
Eu só me recordo dela me dando um abraço tão apertado que eu sentir ela me sufocar, e
eu lhe perguntava; “ Você quer me amar ou ferir?
sem entender o porquê, ela se soltou dos meus braços e começou a me sufocar pelo
pescoço.
Só me recordo dela me encarar e simplesmente desaparecer da vista dos meus olhos.
Por infelicidade do destino nossos corpos se separaram, e a partir daí ela apenas
permaneceu no meu consciente, mesmo eu lutando para não acordar, fiquei com meus
membros paralisados, estava vagamente consciente da sensação de algo quente
escorrendo pelo meu rosto, entretanto eu não conseguia fazer nada para impedir.
Em outras ocasiões certamente eu estaria desesperada gritando por socorro, mas não
desta vez. E por que?
Depois desse fato me correu pela minha memória uma lenda que minha avó costumava me
contar quando eu ainda era criança. a lenda do ícaro: que para fugir do labirinto em que
estava preso, Icaro usou asas feitas de penas de aves para voar. Seu pai havia alertado
sobre o perigo de chegar muito perto do sol, já que o calor poderia derreter a cera que
unia as penas. Porém, no dia da fuga, Ícaro estava tão feliz com a sensação de voar, que
se esqueceu do conselho do pai e voou bem alto. Assim, a cera derreteu e ele acabou
perdendo as asas e se afogando no mar.
Assim como Ícaro eu arriscaria o impossível para ter a sensação de liberdade e
preenchimento. Ou pelo menos ter a chance de lhe perguntar se ela só queria partir ou
me partir. E assim ela o fez, mesmo sem querer, sem deixar entre entrelinhas, apenas o
fez de maneira brusca e impiedosa. Te Disse nada mais maldita sorte, ou maldito destino
por olhar seusbolhoa sem querer.

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