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T.L.B. III
2002/2003
ECOSSISTEMAS
“Na terra existe uma intima relação entre todos os seres vivos e o meio físico, no
qual se desenvolvem”
Índice:
Introdução 4
Estrutura dos ecossistemas 5
Variedade de ecossistemas
2
Ecossistemas terrestres 6
Ecossistemas aquaticos 6
Diferentes constituintes de um ecossistema 6
Relações abióticas
Relações intra-especificas
Cooperação 7
Competição 7
Relações inter-especificas
Relações favoráveis
Mutualismo 7
Simbiose 8
Cooperação 8
Comensalismo 8
Relações desfavoráveis
Competição 8
Predação 8
Antibiose 8
Parasitismo 9
Relações abióticas
Luz solar 10
Solo 11
Água/ humidade 11
Temperatura 12
Outros factores abióticos 13
Circulação de matéria e fluxo de energia
Cadeias alimentares 14
Teias alimentares 14
Transferência de energia 15
Evolução do ecossistema 17
Interferência do homem nos ecossistemas
Recursos naturais
Recursos biológicos 19
Recursos hídricos 19
Recursos energéticos renováveis
Energia solar 20
Vento 20
Água 20
Energia geotermica 20
Energia das ondas 20
Biomassa 21
Recursos energáticos não renováveis 21
Consequência do uso excessivo dos recursos naturais
Poluição das águas 22
Poluição dos solos 22
Preservação de ar, água e solo 24
Reciclar, o quê? E para quê? 25
Conclusão 26
Bibliografia 27
Introdução
3
determinado ecossistema. Vamos também ver como o meio pode influenciar nas actividades
dos seres vivos, e como estes são entidades em constante transformação e com um elevado
dinamismo. Vamos ver que nos ecossistemas existe um fluxo de matéria e de energia, e
vamos tentar compreender estes fluxos.
Vamos dar uma olhadela em como o homem tem tratado os diferentes ecossistemas, e as
consequências da sua intervenção. Outro aspecto importante e ainda relacionado com a acção
humana, os diferentes tipos de poluição, e por fim vamos tentar descobrir como melhorar o
nosso ambiente.
Estes assuntos irão ser todos desenvolvidos ao longo do trabalho. Alguns deles estão
inseridos dentro de outros assuntos, pelo que a sua compartimentarão é complicada, daí
alguns temas serem desenvolvidos ao longo de todo o trabalho e não, só num local especifico,
como é o caso dos diferentes tipos de poluição e de como solucionar os problemas.
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Variedade de ecossistemas
5
Os ecossistemas não têm limites, nem dimensões definidas. Um charco, um bosque, um mar,
um tronco de árvore, um aquário são ecossistemas, pois em todos eles têm lugar interacções
de seres vivos entre si e com o seu meio físico.
Os ecossistemas são, por conseguinte, muito diferentes, pois a variação dos factores
abióticos, obriga os seres vivos a adaptar-se ao mundo inorgânico que os rodeia e, por outro
lado, eles devem manter relações, de cooperação ou de competição, com outros seres que
povoam esse ambiente.
Ecossistema terrestre
Todo o ambiente natural, como uma floresta, um
bosque, um prado ou um simples tronco de arvore,
apresenta características próprias bem definidas.
Para conquistarem o meio terrestre, os seres vivos
tiveram que resolver alguns problemas de adaptação
(ex: perderam as guelras, desenvolvimento de pulmões
e de tecidos que evitam a desidratação.
Ecossistema aquático
Em termos de funcionamento são idênticos aos
ecossistemas terrestres, tendo como principal
diferença a percentagem de água (cerca de 100%).
Tem como características o tipo de fauna (peixes
em particular), a salinidade, a luminosidade, a
distância à costa e a profundidade.
A vida no meio aquático é mais fácil do que em
outros meios. Daí que os seres vivos daquele
ambiente tenham desenvolvido menos adaptações
que os do meio terrestre.
Relações bióticas
6
Nenhum organismo está isolado, mas, pelo contrário, ele mantém
muitos tipos de relações com o meio. Todos os seres vivos sofrem, no
ecossistema em que estão inseridos, a influência de factores ecológicos,
ou seja, de todos os elementos bióticos ou abióticos, capazes de agir
directamente sobre eles, pelo menos durante uma fase do seu ciclo de
desenvolvimento.
As relações bióticas, determinadas pela presença dos próprios seres
vivos dentro do ecossistema, conduzem ao estabelecimento de relações
tanto entre os indivíduos da mesma população, como entra os que
fazem parte de populações diferentes da mesma comunidade.
Destas relações resultam benefícios para o desenvolvimento dos seres
vivos, estas relações podem ser do tipo alimentar, de defesa e de
reprodução.
Distingue-se essencialmente dois grandes grupos de relações, as intra-
especificas – indivíduos da mesma espécie, dentro de uma mesma população – e inter-
especificas – indivíduos de diferentes populações, mas do mesmo ecossistema. São relações
do tipo animal/animal, animal/ vegetal e vegetal/vegetal.
Relações intra-especificas
Cooperação
Relação na qual os indivíduos envolvidos beneficiam
mutuamente, como por exemplo na procura do
alimento, protecção do habitat, defesa, cuidados com
os indivíduos jovens, etc.
Competição
Os indivíduos da mesma espécie travam lutas entre si
quer pela posse do mesmo território, quer da, mesma
fêmea.
Entre os vegetais pode haver com petição entre si,
por exemplo para captar melhor luz solar.
Relações inter-especificas
Relações favoráveis
Os seres são ambos beneficiados, ou apenas um é beneficiado e o outro não é nem
prejudicado nem beneficiado.
Mutualismo- relação em que ambos são beneficiados.
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Cooperação- relação favorável a ambas as espécies mas
não obrigatória (ex: insectos polinizadores e as plantas)
Comensalismo-
apenas um é
beneficiado, no entanto, o outro ser não é
prejudicado (ex: peixes palhaço e as
anémonas)
Relações desfavoráveis
São as relações que envolvem seres vivos de espécies diferentes em que, pelo menos um é
sempre prejudicado e o outro beneficiado, ou não.
São relações no âmbito da exploração (parasitismo e predação).
Existe casos em que ambas as espécies podem ser prejudicadas, é o caso da competição.
Predação- relação
alimentar em que a
espécie mais fraca, a
presa é comida pela
espécie mais forte, o
predador. (raposa >
galinhas , planta
carnívora > insectos ,
vaca > erva)
8
Parasitismo- o inverso da predação, no parsitismo é o mais fraco que explora o
mais forte.
O parasita vive à custa de um hospedeiro, na ausência deste o parasita não consegue
sobreviver durante muito tempo.
No entanto o parasita na maioria dos casos não causa a morte do hospedeiro.
Nota: tal como já foi referido é importante salientar mais uma vez que estas relações
acontecem entre animais, vegetais e animais, e entre vegetais.
9
Relações abióticas
A luz solar
A luz solar desempenha um papel importante, influenciando e controlando a vida dos seres
vivos, quer de origem vegetal, quer de origem animal.
Esta é importante para os seres vivos, principalmente
para as plantas, pois sem a luz solar seria impossível o
mecanismo da fotossíntese desencadear-se.
Quando falta a luz solar as plantas ficam amareladas e
crescem muito, ocorrendo o que se designa por
estiolamento. O movimento das plantas na direcção da
luz designa-se por fototropismo (ex: girassóis).
Existem plantas que só dão flor na primavera, ou no verão, ou no Inverno.
Esta característica deve-se à duração do fotoperíodo, isto é da duração do dia e da noite, que
está relacionada com a posição do sol. O fotoperiodismo, ou seja, o efeito controlante da
duração do dia, determina diferentes períodos para que se dê a floração, assim as plantas de
Inverno dizem-se plantas-de-dias-curtos, às de verão plantas-de-dias-longos e por fim às
plantas intermédias dizem-se plantas indiferentes.
A luz solar é ainda um factor importante na vida animal. Quando expostos ao sol, ocorre a
estimulação da melanina (pigmento cutâneo), associado a este fenómeno existe a produção de
vitamina D, cuja substância que a origina encontra-se na pele.
No caso das lebres do Ártico a dor da pelugem varia com o
fotoperiodo, resultando uma pelugem branca no Inverno e
castanha no verão. A luz solar também influência a
reprodução de alguns animais (ex: as trutas) e na migração
de alguns animais.
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Solo
Água/ humidade
Temperatura
12
Outros factores abióticos
13
Circulação de matéria e fluxo de energia
Cadeias alimentares
O sol é a fonte universal de energia fornecida aos seres vivos, mas só os seres clorofilinos
têm o poder de captar a energia luminosa e de a converter em formas utilizáveis pelos
diferentes elos das cadeias alimentares. É esse fluxo de energia percorre todo o ecossistema e
mantém o ciclo da matéria entre o mundo inerte e o mundo vivo.
Aos organismos independentes de quaisquer fontes externas de matéria orgânica, pois eles
próprios a produzem , dizem-se produtores ou autotróficos.
Aos seres que necessitam de receber do ambiente, mediante a alimentação, a meteria
orgânica necessária para a realização das suas actividades vitais, denominamos por seres
consumidores ou heterotróficos.
Quando um ser vivo morre, vários microorganismos, bactérias e fungos, decompõem a
matéria morta em matéria mineral, que virá a ser utilizada pelos produtores. Estes pequenos
seres heterotróficos denominam-se por decompositores.
Assim vários seres vivos num ecossistema estão relacionados pelo alimento, permitindo que
aja assim um fluxo de matéria e de energia de um nível trófico – posição ocupada por um ser
numa cadeia alimentar – para outro.
assim se estabelece-se uma cadeia
trófica.
Os produtores e os decompositores
constituem sempre a base da cadeia
alimentar.
Os produtores normalmente servem
de alimento aos herbívoros ou
consumidores primários, estes servem
de alimento aos carnívoros ou
consumidores secundários, estes aos
terciários e assim sucessivamente.
Os animais supercarnívoros tanto se
alimentam de herbívoros como de
carnívoros. Outros animais como o
homem tanto se alimentam de vegetais
como de animais, são os chamados
omnívoros. Estes podem ser por isso
consumidores de várias ordens.
As cadeias alimentares também
podem ser representadas por
pirâmides, em que cada patamar é um
nível trófico.
Em cada comunidade há diversas
cadeias ou pirâmides alimentares.
14
Teias alimentares
produtores consumidores
decompositores
Nos ecossistemas aquáticos o funcionamento das teias alimentares é semelhante aos dos
ecossistemas terrestres. Para além de existir um ciclo de materiais, pode evidenciar-se um
ciclo de energia isto é, um ciclo em que cada ser vivo fornece energia ao ser vivo do nível
trófico seguinte.
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Transferência de energia
Regar geral, a maneira mais comum de representar o ciclo de energia á por meio das cadeias
alimentares, como já vimos. Estas consistem numa série continua de diversos organismos,
cada um dos quais se alimenta do anterior, ou seja cada organismo ou grupo de organismos
representa um nível trófico.
Ao nível dos produtores a quantidade de matéria e de energia disponível é muito elevada,
mas à medida que se vão produzindo transferências de um nível para o outro, as
disponibilidades energéticas diminuem. Parte dessa energia perde-se na realização das
funções vitais dos organismos (respiração e excreção), para o nível trófico seguinte apenas
para a energia que foi armazenada pelo organismo para a construção de matéria orgânica
(novos tecidos), e tem como máximo apenas 10% da energia do nível anterior.
Assim é fácil de ver que as cadeias alimentares são curtas, apenas com cerca de 5 níveis
tróficos, máximo 6.
Como se pode ver, a matéria ao descrever um ciclo fechado dentro do ecossistema, pode
reciclar-se, pelo contrária, a energia flui numa só direcção e não pode ser reciclada. O fluxo
de energia constitui, pois, um ciclo unidireccional.
A perda progressiva de energia e de matéria em cada
um dos níveis tróficos pode representar-se por uma
pirâmide, denominada pirâmide ecológica. Da sua
observação pode verificar-se que cada nível trófico,
além de produzir energia que se perde no seu próprio
nível, tem de proporcionar ao nível imediatamente
superior a energia que este necessita para se manter.
Assim a representação gráfica tem que ser
necessariamente em forma de pirâmide. a base é
formada pelos produtores e o topo pelos
superpredadores.
A energia usada, de forma unidireccional, para manter
e repara os ecossistemas, aliada a circulação cíclica da
matéria, conduz a natureza a uma constante correcção
do seu equilíbrio, por isso chamado equilíbrio
dinâmico.
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Evolução do ecossistema
17
Interferência do homem nos ecossistemas
Foi a partir dos anos 90 que o homem começou a tomar consciência dos deveres a ter para
com o seu planeta.
Até agora estivemos a abordar duas ciências que ajudam a compreender as leis que explicam
os fenómenos. Elas são a geologia e a ecologia. A geologia tenta explicar o que se passou, o
que se passa e o que poderá passar nos nossos ecossistemas, a ecologia estuda essencialmente
as relações entre os seres vivos e o meio em que eles se encontram.
Assim a pesquisa, a exploração e a gestão dos recursos naturais, tais como as matérias
primas minerais, a fauna e a flora, a preservação e a conservação do ambiente e da qualidade
de vida são tarefas comuns à geologia e à ecologia.
Os recursos renováveis são aqueles que, depois de utilizados, podem regenerar-se natural ou
artificialmente. Para serem considerados renováveis a terra tem que ter a capacidade de os
produzir num intervalo que não exceda os 100 anos, ou seja, estes mantêm na natureza em
quantidades mais ou menos estáveis.
Os recursos não renováveis são aqueles cuja velocidade de consumo é maior que a de
regeneração, pelo que o consumo exagerado pode levar ao esgotamento deles. Estão, neste
caso, os combustíveis fosseis (carvão, petróleo), cujos ciclos podem atingir milhões de anos.
Recursos naturais
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Recursos biológicos
Recursos hídricos
Os recursos energéticos renováveis, como já foi dito, são todos aqueles que não se esgotam,
por isso podem ser usados sem restrições. É o caso da energia solar, do vento, da água, da
energia geotermica, da energia das ondas e da biomassa. Estas energias são baratas e não
poluentes. No entanto, ainda são pouco utilizadas, uma vez que a tecnologia ainda não
permite um aproveitamento eficaz destas energias.
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Energia solar
Vento
Água
Energia geométrica
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Biomassa
21
Consequência do uso excessivo dos recursos naturais
Poluição atmosférica
Para além da poluição temos outros factores responsáveis pela alteração do ecossistema,
nomeadamente:
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- o crescimento brusco da população;
- a superexploração dos solos, com o uso abusivo de produtos químicos (herbicidas,
adubos, etc.);
- a desflorestação quer pelo abate de árvores (madeiras para fins industriais), quer pelos
incêndios lamentavelmente tão vulgarizados no nosso país.
23
Preservação do ar, água e solo
Todos os cidadãos têm o direito a ter um ar sadio, mas também têm o dever de o manter em
boas condições.
Este principio é de grande importância na medida em que vem alertar para o facto de um
bom ambiente conduzir à saúde, ao desenvolvimento social cultural e das comunidades, bem
como à melhoria de qualidade de vida.
Uma das formas de proteger o ambiente é utilizar transportes colectivos, e que utilizem
energias renováveis e não poluentes.
A utilização de catalisadores nos carros, e o uso de gasolina sem chumbo, torna os carros
menos poluentes.
Proteger o ambiente não é só lutar contra a poluição, reciclar materiais, mas, também,
conservar os espaços verdes que possuímos, bem como os seres vivos que neles têm o seu
habitat.
Conclusão
25
Todos os objectivos inicialmente propostos foram atingidos.
Assim podemos dizer que todo o trabalho foi concluído com êxito.
Mas não sem antes fazer uma pequena retrospectiva sobre o assunto tratado.
Vimos que os organismos organizam-se em indivíduos, populações, comunidades,
ecossistemas, biomas e por fim na biosfera.
Existem vários ecossistemas entre os quais o terrestre e o aquático.
Os ecossistemas são constituídos por seres bióticos e abióticos.
Os diferentes seres num determinado ecossistema relacionam-se entre si, as chamadas
relações bióticas e abióticas. As bióticas podem ser intra-especificas e inter-especificas. Nas
abióticas temos o sol, o solo, a água/ humidade, a temperatura, entre outros.
Nos ecossistemas existem cadeias alimentares, teias alimentares (são o mesmo que as
cadeias mas mais complexas) e existe ainda transferência de energia através dos seres vivos.
Vimos que um ecossistema inicialmente é dominado por uma comunidade pioneira.
Vimos ainda que o homem tem vindo a explorar a terra utilizando os recursos que dela
advêm, são os biológicos, os hídricos e os energéticos renováveis e não renováveis.
Como consequência do uso excessivo de determinados recursos temos vários tipos de
poluição, a atmosférica, poluição dos solos e das águas.
Por fim vimos alguns métodos para suspender a poluição, como por exemplo a incineração,
os aterros, os tratamentos dos lixos e por ultimo a reciclagem.
Assim passamos a saber mais sobre o mundo que nos rodeia.
Bibliografia
26
Baptista, J.P.; ente outros; ciências naturais 7; editorial o livro; porto;1992
Freitas, M; entre outros; natura; ciências naturais 7º ano; porto editora; porto; 1998
Metelo, A.; entre outros; técnicas laboratoriais de biologia III; didáctica editora
Pinto A.M.; entre outros; técnicas laboratoriais de biologia III; texto editora
Ruivo, M.L.; entre outros; vamos conhecer a terra; ciências naturais 7º ano; Lisboa editora;
1998
Silva, A.D.; entre outros; planeta vivo; ciências naturais 7º ano; porto editora; porto; 1997
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