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Libânio Pinheiro
Prof. Winston Zumaeta
Módulo 2 – Pré-dimensionamento de
lajes, vigas e pilares
Setembro / 2020
www.wlcursos.com.br
A altura total (ℎ) e altura útil das lajes (𝑑) são mostradas na figura a seguir:
ϕ
h=d+ +c
2
Exercício proposto
1) Qual seria a bitola necessária na armadura principal para garantirmos uma altura
útil de 7,2 cm, aproximadamente, considerando uma laje de 10 cm e cobrimento de
2,5 cm?
Exercício resolvido
1) Qual seria a bitola necessária na armadura principal para garantirmos uma altura
útil de 7,2 cm, aproximadamente, considerando uma laje de 10 cm e cobrimento de
2,5 cm?
c = cmín + c
- cmín é o valor mínimo que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento;
- c é uma tolerância de execução.
Exercícios propostos
Exercícios resolvidos
Esta aula é uma introdução para a aula 3 que será apresentada em seguida, sobre
Pré-dimensionamento das lajes.
Nesta introdução, serão mostrados o critério e a definição dos vínculos das lajes.
Bordas livres são aquelas em que não há apoio, como em extremidades sem vigas
e em lajes em balanço.
Para cálculo serão usadas tabelas que indicam os momentos fletores nas duas
direções, dados por fórmulas do tipo:
pℓ2x
m=μ
100
- p é o valor característico da carga total, que em geral varia pouco de uma laje para
outra; L5 é exceção, por conta das cargas de paredes;
- ℓ𝑦 é o maior.
Os momentos nas bordas das lajes são muito influenciados por ℓ2𝑥 . Elas podem ser
consideradas engastadas se atenderem à seguinte regra:
Observações:
- Se a regra acima não for atendida, a laje com menor ℓ𝑥 pode ser considerada engastada
e a outra, apoiada;
- Se as lajes tiverem o mesmo ℓ𝑥 , a regra confirmará que as duas devem ser admitidas
engastadas;
Vínculos L1 – L2 e L6 – L7:
Vínculos L2 – L5 e L5 – L7:
Vínculo L1 – L3
Vínculo L4 – L5
Vínculo L3 – L4
Vínculo L3 – Escada
Vínculos L2 – L4 e L4 – L7
Exercícios propostos
1) Se o vínculo da laje L4 com a laje L3 tivesse 300 cm, a laje L4 poderia estar
engastada na L3?
2) Como uma análise rigorosa deveria ser feita para se determinar o tipo de
vinculação das bordas de lajes?
Exercícios resolvidos
1) Se o vínculo da laje L4 com a laje L3 tivesse 300 cm, a laje L4 poderia estar
engastada na L3?
2) Como uma análise rigorosa deveria ser feita para se determinar o tipo de
vinculação das bordas de lajes?
O critério para definição de borda engastada ou apoiada de lajes foi visto de forma
detalhada na aula anterior. No desenho unifilar a seguir, considera-se que ℓ𝑥 é sempre o
menor vão, e ℓ𝑦 , o maior.
LAJE L1 = L6 L2 = L7 L5
ℓx 394,5 394,5 396
ℓy 476 516 473
0,7 ℓy 333,2 361,2 331,1
ℓ* 333,2 361,2 331,1
n 1 2 2
dest 8,0 8,3 7,6
hest (a) 11,0 11,3 10,6
h 10 10 10
Dimensões em centímetros
ℓx é o menor vão da laje e ℓy, o maior
ℓ* é o menor valor entre ℓx e 0,7 ℓy
n é número de bordas engastadas
dest = (2,5 – 0,1 n) ℓ*/100 (Critério de Claudinei Pinheiro Machado)
hest = dest + 3 cm (c = 2,5 cm, adot = 10 mm = 1 cm, c + /2 = 3 cm)
(a) Pode ser adotado até 2 cm menos: verificar flecha no final
No caso do projeto deste curso, a espessura mínima das lajes seria de 8 cm.
Exercícios propostos
3) O critério mostrado durante a aula permite reduzir a altura da laje em até 2 cm.
Quais os fatores limitantes de sua aplicação, ainda na fase de pré-dimensionamento?
Exercícios resolvidos
3) O critério mostrado durante a aula permite reduzir a altura da laje em até 2 cm.
Quais os fatores limitantes de sua aplicação, ainda na fase de pré-dimensionamento?
Deve-se atentar para as ações às quais aquela laje está submetida, seja uma determinada
quantidade de paredes sobre ela, seja a sua finalidade. Além disso, a flecha final deve ser
verificada.
Nesse desenho, admite-se que os centros dos pilares coincidem com os encontros
dos eixos das vigas, e que as vigas se apoiam nos centros desses pilares.
V3 328 ℓ /10 = 33 40
Dimensões em centímetros
ℓ é o maior vão livre (de eixo a eixo das vigas)
Estimativa grosseira da altura:
- vigas contínuas: hest = ℓ/12
- vigas biapoiadas: hest = ℓ/10
- balanços: hest = ℓ/5
Observações:
Exercícios propostos
1) Pode-se dizer que quanto mais apoios uma viga possui, menor será a sua altura,
para um mesmo valor do vão?
2) Poderia ser adotada uma altura de 45 cm para a viga V2, considerando ainda a fase
de pré-dimensionamento?
Exercícios resolvidos
1) Pode-se dizer que quanto mais apoios uma viga possui, menor será a sua altura,
para um mesmo valor do vão?
As biapoiadas vem em seguida, dividindo-se o vão por 10, e por fim os balanços, em que o
vão é dividido por 5.
Mas deve-se ter em mente que a altura também dependerá da grandeza do maior vão da
viga.
2) Poderia ser adotada uma altura de 45 cm para a viga V2, considerando ainda a fase
de pré-dimensionamento?
Não, pois a viga V10 tem altura de 50 cm e se apoia na viga V2. Não se recomenda que a
viga que se apoia tenha altura superior à da viga de apoio.
Sim, mas não é recomendado, por prejudicar a execução da obra. Assim, busca-se
padronizar a altura das vigas em até duas alturas diferentes.
No contorno do edifício, as áreas de influência vão até as faces externas das vigas.
Como não são conhecidas as dimensões dos pilares, será considerado que o CG
dos pilares coincide com o encontro dos eixos das vigas.
Internamente, as áreas de influência são admitidas limitadas pelos eixos que passam
pela metade da distância entre os eixos dos pilares.
A figura a seguir indica a Forma Estrutural com as áreas de influência adotadas para
cada pilar.
P5=P8 3,14/2 + 0,14 + 5,02/2 = 4,22 4,59/2 + 0,14 + 3,78/2 = 4,325 18,25
Para estimar as cargas nos pilares do 1º pavimento, foi adotada carga média por
andar de pm = 12 kN/m2.
O cálculo dessa carga média será visto nas aulas seguintes deste Módulo 2.
Considera-se também que haja duas caixas d’água (CD) de 1000 litros cada (Peso
da água 20 kN).
Será adotado um valor 50% maior (inclui peso da água + peso próprio + estrutura de
apoio), resultando em 30 kN.
O Peso total da CD em cada pilar (P4, P5, P7, P8) será de 7,5 kN.
- hpar = 3,00 m;
- ppar = 2,8 kN/m2 (cálculo indicado na Aula 8 deste Módulo 2);
- ℓx = (0,14 + 3,14 + 0,14) ∙ 2 = 6,84 m;
- ℓy = 4,59 ∙ 2 = 9,18 m;
- ℓtot = 6,84 + 9,18 = 16,02 m.
Pilares P1 = P2 = P3 = P4 = P7 P5 = P8 P6 = P9
P10 P11 P12
Ai (m2) 5,10 10,32 5,51 10,40 18,25 11,46
pm Ai (kN) 61,20 123,84 66,12 124,80 219,00 137,52
3,5 pm Ai
214,20 433,44 231,42 436,80 766,50 481,32
(kN)
CD - - - 7,5 7,5 -
Paredes CD - - - 34 34 -
Nk,est (kN) 214 (a) 433 (b) 231 (a) 478 (b) 808 (c) 481 (b)
Observações:
(a) Cargas próximas nos pilares de canto P1 = P10 e P3 = P12 (diferença ± 8%), média
223 kN;
(b) Idem nos pilares laterais P2 = P11, P4 = P7 e P6 = P9 (maior diferença ± 11%), média
464 kN (± 2,1 vezes maior que nos de canto);
(c) Pilares centrais P5 = P8 têm carga bem maior que os demais (± 3,6 vezes maior que os
de canto e ± 1,7 vez maior que os laterais).
Exercícios propostos
Exercícios resolvidos
Foram adotadas duas caixas d’água com 10 kN cada, e uma majoração de 50% para levar
em conta o peso próprio dessas caixas e da respectiva estrutura de apoio, resultando um
total de 30 kN.
Calcula-se a carga referente a 3,5 x pm x Ai e soma-se a essa carga o valor total relativo às
caixa d’água e às paredes que as contornam. Deve-se atentar para quais pilares receberão
essas cargas adicionais.
- cd = 0,85 ∙ fcd (coeficiente 0,85 relativo aos efeitos de cargas de longa duração);
de cálculo;
Seção
19 / 15 19 / 30 19 / 16 19 / 33 19 / 55 19 / 33
estimada
Seção
19 / 30 (a) 19 / 40 (a, c) 19 / 30 (a) 19 / 40 (a) 26 / 40 (b, c) 19 / 40 (a)
adotada
Observações:
(a) Para padronizar, em geral foram admitidas seções com certa folga:
(b) P5 = P8 com lado maior 40 cm para P5 não prejudicar espaço da porta para o corredor.
(c) Maior atenção deverá ser dada ao dimensionamento de P5 = P8, em que Ac,adot ≅ Ac,est.
O cálculo definitivo pode levar a seções maiores.
Exercícios propostos
Exercícios resolvidos
Ele considera os efeitos de cargas de longa duração devido à fluência do concreto, que
reduz sua resistência ao longo do tempo.
Fixa-se uma das dimensões da seção transversal do pilar, em geral 19 cm, e divide-se o
valor da área de concreto estimada por esse valor adotado, de forma a obter uma estimativa
da outra dimensão da seção.
Será usada a Tabela 1 da ABNT NBR 6120:2019, que especifica, para blocos de
concreto vazados (item 2): 14 kN/m3 (função estrutural). A norma não indica valor para
blocos de vedação, portanto, será adotado 14 kN/m², a favor da segurança.
Exercício proposto
1) Para que devem ser calculadas as cargas de parede? Qual fonte deve ser utilizada?
Exercício resolvido
1) Para que devem ser calculadas as cargas de parede? Qual fonte deve ser utilizada?
As cargas de parede devem ser calculadas para fazer o pré-dimensionamento dos pilares
e o projeto das lajes e das vigas do edifício.
Isto deve ser feito considerando como fonte a norma ABNT NBR 6120, que trata de cargas
para o cálculo de estruturas de edificações.
V1 = V5 → hV1 = 50 cm = 0,50 m
V2 = V4 → hV2 = 50 cm = 0,50 m
V6 = V7 → hV6 = 40 cm = 0,40 m
V8 → hV8 = 50 cm = 0,50 m
V9 → hV9 = 50 cm = 0,50 m
hpar = hpp − hv
As cargas das paredes por metro quadrado foram obtidas no Módulo 2 – Aula 8, para
paredes com blocos de 19 cm e de 14 cm, respectivamente 3,5 kN/m² e 2,8 kN/m². Portanto,
as cargas de paredes sobre as vigas serão calculadas com os valores:
V1 e V5 → 3,5 kN/m²;
Além disso, entre as lajes L1 e L2, será considerada a existência de parede, apesar
de ela não ser indicada no projeto de arquitetura.
Agora, para determinar a carga média das paredes nas vigas, deve-se calcular a
carga total de paredes, obtida por meio da soma das parcelas:
Total: 568,91 kN
568,91
ppar,vig = → ppar,vig = 4,66 kN/m²
122,08
Exercícios propostos
1) Explicar por que foram adotadas paredes com altura de 2,5 m, sabendo que o pé-
direito (distância de piso a piso) é de 3,0 m.
2) Como é obtida a carga de paredes nas vigas dos pórticos e nas lajes, pelo método
simplificado mostrado na aula?
Exercícios resolvidos
1) Explicar por que foram adotadas paredes com altura de 2,5 m, sabendo que o pé-
direito (distância de piso a piso) é de 3,0 m.
Deve-se considerar que no espaço ocupado por vigas não haverá paredes. Assim, quando
há uma parede apoiada em uma viga, a viga imediatamente superior estará 2,5 m acima
da viga de apoio – com a altura da viga definida em 0,5 m, tem-se que a distância de piso
a piso é realmente 3,0 m; o espaço de 2,5 m, então, será ocupado pela parede.
2) Como é obtida a carga de paredes nas vigas dos pórticos e nas lajes, pelo método
simplificado mostrado na aula?
Com as cargas de parede nas vigas dos pórticos, deve-se calcular o peso das paredes,
descontando os volumes ocupados por vigas, lajes e pilares, e dividir esse valor pela área
total do pavimento, obtendo um valor de peso por área.
Para cálculo das paredes nas lajes, só serão consideradas as paredes sobre a laje
L5, ou seja, a parede do banheiro e a da área de serviço. As outras paredes foram
consideradas sobre as vigas.
A carga total dessas paredes será calculada considerando o peso por metro
quadrado mostrado na aula 8 deste módulo (2,8 kN/m2):
Dividindo essa carga pela área total do pavimento, resulta a carga média:
55,46
ppar,laj = = 0,45 kN/m²
122,08
A carga média de paredes por pavimento é dada pela soma das cargas médias das
paredes nas vigas e nas lajes, obtidas nas duas aulas anteriores.
568,91
ppar,vig = = 4,66 kN/m²
122,08
55,46
ppar,laj = = 0,45 kN/m²
122,08
Para calcular o peso das vigas, é preciso conhecer o comprimento de cada uma, que
é a distância de face a face dos apoios, sejam eles pilares ou vigas. Dessa maneira, as
vigas terão os comprimentos indicados a seguir.
V6 e V7: 3,78 m
V10: 4,59 m
Agora, para obter o peso próprio de cada viga, basta multiplicar as dimensões da
seção pelo comprimento e pelo peso específico do concreto armado (25 kN/m³).
Com isso, o peso das vigas por pavimento é obtido dividindo-se o peso total pela
área do pavimento (122,08 m²):
142,45
pvig = = 1,17 kN/m²
122,08
Na figura a seguir, pode-se observar uma viga interna com altura total de 50 cm, uma
laje de 10 cm e as paredes representadas pelas áreas hachuradas. As linhas verdes
representam o revestimento das paredes, que já foi considerado junto com as paredes. A
interface da viga com as paredes está destacada em azul e não possui revestimento. Por
fim, as linhas vermelhas mostram o revestimento da viga que será considerado nesta aula.
Será adotado valor indicado na NBR 6120 para o peso de revestimento: 19 kN/m³.
𝐕𝟐 𝐞 𝐕𝟒 (𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐏𝟓 𝐞 𝐏𝟔): 2 ∙ 0,02 ∙ [0,40. (5,02 + 0,14 − 0,40) + 0,40 ∙ (1,06 + 3,82 +
𝐕𝟖: 0,02 ∙ [0,50 ∙ (4,59 + 2 ∙ 0,14 − 2 ∙ 0,40) + 0,50 ∙ (3,20 + 0,14 − 0,40) +
𝐕𝟗 (𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐏𝟖 𝐞 𝐏𝟓): 0,02 ∙ [0,50 ∙ (3,20 + 0,14 − 0,40) + 0,40 ∙ (1,25 + 0,14 − 0,40) +
𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥: 6,20 + 0,97 + 2,85 + 0,90 + 1,02 + 2,01 + 1,48 + 1,33 + 2,30 + 1,40 + 4,12
𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥: 24,58 kN
Conhecendo o peso total do revestimento das vigas, 24,58 kN, e a área total do
pavimento, 122,08 m², o peso do revestimento das vigas por pavimento é dado por:
24,58
prev,vig = = 0,20 kN/m²
122,08
O peso próprio dos pilares é calculado multiplicando a área da seção transversal pelo
comprimento e pelo peso específico do concreto armado, 25 kN/m 3. Os valores obtidos são
indicados a seguir.
Sendo a área total do pavimento 122,08 m², o peso próprio dos pilares por pavimento
é obtido dividindo-se o peso total dos pilares pela área:
66,90
ppil = = 0,55kN/m²
122,08
Os pilares de canto P1, P3, P10 e P12 têm o mesmo peso de revestimento, cujo
valor está calculado abaixo.
P1, P3, P10 e P12: 4 ∙ 0,02 ∙ [(0,30 + 0,21) ∙ 3,00 + 0,14 ∙ 2,90] ∙ 19 = 2,94 kN
Para o pilar P2, mostrado na figura abaixo, haverá apenas dois comprimentos de
revestimento, um externo e um interno.
Os pilares P2 e P11 têm os mesmos revestimentos, logo, têm o mesmo peso, com
valor calculado a seguir.
Para o pilar P4, serão consideradas quatro faces com revestimento, indicadas na
figura.
Por fim, a face da direita, com revestimento representado na cor marrom, é interna
e seu revestimento equivale à soma do valor calculado no parágrafo anterior (0,24 m) com
o do comprimento do canto inferior direito (0,02 m). O resultado é 0,26 m.
O pilar P5, por sua vez, apresenta revestimento nas faces mostradas na figura.
Para saber o peso do revestimento dos pilares por pavimento, é necessário dividir o
peso total calculado pela área total do pavimento, que é 122,08 m², resultando:
9,13
prev,pil = = 0,075 kN/m²
122,08
Para encontrar a carga das lajes, é necessário conhecer o peso próprio, a carga de
piso mais revestimento e a carga de uso. Iniciando pelo peso próprio, basta multiplicar a
espessura da laje (h) pelo peso específico (25 kN/m³), conforme indicado abaixo:
A carga de piso mais revestimento é um valor adotado e, neste caso, será 1,0 kN/m².
A carga de uso é baseada na NBR 6120, que para edifícios residenciais é 1,5 kN/m².
De posse desses valores, calcula-se a carga das lajes:
Além disso, é necessário encontrar a área das lajes. Para isso, calcula-se o
comprimento horizontal sem as vigas, ou seja, o comprimento total menos a largura das
vigas V7, V9 e V11, sendo todas de 0,14 m, resultando o comprimento horizontal:
Antes de calcular a área das lajes, vale ressaltar que existem duas áreas a serem
subtraídas. A primeira é o vazio que se encontra à esquerda da caixa da escada (com
1,48 m na direção horizontal por 4,59 m na direção vertical), e a segunda é a região da
escada (3,14 m por 3,34 m). Logo, a área das lajes será o comprimento horizontal
multiplicado pelo vertical menos o vazio à esquerda e a região da escada, resultando:
Sabe-se que o peso próprio é a altura do elemento multiplicada pelo peso específico:
É adotada a mesma carga de piso mais revestimento considerada para as lajes, isto
é, 1,0 kN/m².
A carga de uso é baseada na NBR 6120, para edifícios residenciais, escadas de uso
comum: 3,0 kN/m².
25kN
- Peso próprio h(m) ∙ = 0,22 ∙ 25 = 5,5 kN/m²;
m3
A NBR 6120 não especifica um peso para guarda-corpo. Será feita uma analogia
com caixilho de ferro contendo vidro de 4 mm de espessura, que nesse caso a norma indica
um peso de 0,3 kN/m². Se o guarda-corpo não tiver vidro, será constituído por uma grade
e será considerado o mesmo peso.
Dessa maneira, o peso total do guarda-corpo será resultado do produto entre o peso,
o comprimento e a altura:
Com relação à diferença de carga da VE, sobre a viga V4 foi considerada parede
revestida com altura de 2,50 m, ignorando a existência da VE. Portanto, falta considerar a
diferença de peso entre o concreto da VE e a parede.
Inicia-se pelo peso próprio da viga V3, que é o produto das dimensões da viga, do
seu comprimento e do peso específico do concreto:
De posse de todas essas cargas, pode-se calcular a carga total da escada somando-
se as parcelas:
Pesc = 90,539 kN
Pesc 90,539
pesc = = = 0,74 kN/m²
Apav 122,08
Nas aulas anteriores, foram calculadas as cargas dos elementos específicos. Esses
elementos, as respectivas aulas e os resultados das cargas são resumidos a seguir.
O valor da carga total por pavimento será dado pela soma dessas parcelas:
É válido lembrar que, na aula 6 deste módulo, o valor utilizado para a carga média
foi 12 kN/m², menos de 1% maior que 11,92 kN/m².
Portanto, se for necessário diminuir o peso do edifício, devem ser adotadas paredes
e lajes mais leves, já que é relativamente pequeno o peso dos demais elementos.
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