Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Já em 1629, referia Miguel Leitão de Andrada na obra
“Miscellanea”, os Mouros que D. Afonso Henriques deixou ficar por
todo o termo de Lisboa, e dos quais precedem, segundo ele, os
Saloios.
2
justifica, em parte, a menção que todos, ou quase todos, os que têm
falado dos saloios fazem, de que eles provêm dos Mouros que D.
Afonso Henriques, após a conquista de Lisboa (1147), deixou ficar
em seus lugares e fazendas, mediante certo tributo que lhe
pagariam (Mouros forros)». «Digo em parte porque há-de entender-
se que em Lisboa e arredores não havia então somente Mouros,
Havia ao mesmo tempo cristãos, isto é, Moçárabes, que constituíam
a população autóctone».
3
Como refere Maria Teresa Caetano, esta individualização do
saloio, no contexto da população portuguesa, radicará na
presumível integração do rústico arrabaldino num grupo étnico
específico, teorização que foi abandonada ao constatar-se as
inúmeras afinidades do saloio com a restante população
estremenha.
4
gentes’ do tempo dos Descobrimentos e do comércio das
especiarias, sucedeu actualmente uma mistura não menos
complexa, feita de pessoas cujos ascendentes já viviam na cidade
há muitas gerações, ao lado daqueles que vieram há pouco do
campo e que ainda não se libertaram das suas raízes rurais.”
5
Bibliografia