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NBR 9062 – PROJETO E EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS EM CONCRETO

PRE-MOLDADO

A Norma abrange PROJETO/EXECUÇÃO/CONTROLE de estruturas premoldadas, seja concreto


armado ou protendido.

É aplicável a estruturas mistas/compostas = estrutura q combina molde in-loco + premoldado

Definições:

Desvio: diferença entre dimensão nominal de projeto e dimensão executada

Folga: diferença entre tamanho da peça e vão para seu encaixe, sempre nominais

OBS:

folga é diferente de tolerância, ela é prevista em projeto.

As tolerâncias são: variação volumétrica ou locação e são definidas em norma

Tolerância: valor máximo aceito para o desvio entre projeto e execução


Tolerância global do elemento: superposição das tolerâncias de forma estatística (por
propabilidade de ocorrência)
Variação volumétrica: variação de dimensões correspondente à variação térmica,
retração e fluência
Colarinho: parte de paredes salientes no elemento de fundação, para contornar a
cavidade onde se encaixa os pilares (cálice)
Cálice: cavidade onde se encaixa o pilar
OBS: há varias combinações de cálice + colarinho:

Elemento delgado: elemento com dimensão <= 12cm


Elemento linear: possui 1 dimensão preponderante em relação às outras 2
Elemento em placa: possui 2 dimensão preponderante em relação à outra 1
Elemento pré-moldado:
Elemento moldado FORA DO LOCAL DE UTILIZAÇÃO, pode ser dentro ou fora do canteiro

Elemento pré-fabricado:
Elemento moldado FORA DO LOCAL DA OBRA, com transporte posterior -> elemento
fabricado industrialmente, numa fábrica, em instalações permanentes q objetivam esse fim

Inserto: qlqer peça incorporada no elemento p/ função estrutural/fixações

Peças compostas/mistas: elementos q trabalham de maneira única, porém com


execução parcial moldada in-loco

Rugosidade: irregularidade na superfície do concreto, por conta de processos abrasivos


Pode ser por apicoamento do concreto endurecido

Pode ser por processos especiais ou própria moldagem/desmondagem do concreto

Projeto de estruturas pré-moldadas:

Estabilidade:

Normalmente a estabilidade de um sistema estrutural é garantida por combinação dos


seguintes fatores:

a) Pilares engastados na fundação (pode haver vigas articuladas de fundação)


b) Ação de pórtico (pilares + vigas) com ligação dimensionada p/ resistir a flexão
c) Elementos de contraventamento – paredes, cabos X
d) Efeito de diafragma de pisos/cobertura – transfere esforços horizontais p/ elementos
verticais
Deslocabilidade:

Reduzida – efeitos 2ª ordem desprezíveis <10% ef. 1ª ordem

Moderada - efeitos 2ª ordem não desprezíveis entre 10% a 30% ef. 1ª ordem

Acentuada - efeitos 2ª ordem indicam deslocamentos horizontais significativos (mais do que


30% ef. 1ª ordem)

Critérios de projeto:

No dimensionamento, deve-se considerar o ELU pelo esgotamento de resistência dos


elementos estruturais e não pelas ligações. Não pode romper nas ligações!

Deve-se analisar a estabilidade da estrutura, mesmo na fase de construção, podendo ainda


projetar contraventamentos provisórios/construtivos conforme necessidade

Tolerâncias para fabricação:


Aumenta conforme o tamanho das peças

OBS: a tolerância de fabricação é fixa para todas em:

10mm para posição do cabo de protensão

5mm para centro resultante de protensão

15mm para locação de insertos

Tolerâncias para montagem:


Quanto a montagem em planta

Quanto a verticalidade

Quanto ao nível dos apoios


Quanto aos pilares (1cm) e blocos premoldados (4cm)

Projeto de alças de içamento:


Alças e pinos de içamento são ligações provisórias apenas para montagem

Na parte externa funcionam a tração, na interna por cisalhamento por aderência

Deve haver ângulo mínimo de 45º entre a peça da alça e a peça da barra q recebe a alça

Deve ser verificada a necessidade de armadura complementar à alça de içamento

É necessário verificação de comprimento de ancoragem mínimo, conforme a 6118

É PROIBIDO USO DE AÇO CA25/CA50/CA60 PARA ALÇAS DE IÇAMENTO

DEVE SER UTILIZAÇO BARRA SÓLIDA DE OUTROS TIPOS DE AÇO. CASO AÇO ASTM A36 –
BITOLAS DE 10MM OU 25MM, SOMENTE

É PERMITIDO USO DE CABOS DE AÇO NA CONFECÇÃO DE ALÇAS, PORÉM TODOS DEVEM


TRABALHAR EM CONJUNTO

É PROIBIDO USO DE CORDOALHAS ENGRAXADAS OU CABOS ENGRAXADOS

Na confecção de alças (além de cabo, cordoalha e barra de aço ASTM A36), pode ser
utilizado qlqer outro material com ductilidade adequada, porém dando prioridade a furos de
içamento

Deslocamentos:

Para fins de dimensionamento, a NBR pede verificação do ELU e ELS nos estados de
deslocamento e vibrações.

Quando aos deslocamentos, devem ser atendidos os deslocamentos mínimos


Projeto de elementos pré-moldados:

Pilares vazados:

Pode ser utilizado como condutor de água

Se for condutor de água pluvial direto no concreto – espessura mínima da parede é 12,5cm

É proibido uso de pilar como conduto forçado, por isso é necessário sempre ter a abertura de
saída do pilar

Na regra geral, a espessura mínima do pilar vazado é 7,5cm

Cintamento de topo de pilar:

Deve-se distribuir reforço de estribos nos 2/3 superiores da altura h1<b:


Ligações:

Ligações a compressão:

Permitem o assentamento dos elementos pré-moldados pelos seguintes métodos:

a) Com junta a seco


pressão de contato não deve ultrapassar 1Mpa, mas se houver 100% de restrição dos
apoios, pode 1,5Mpa

b) Com intercalação de camada de argamassa


Uso de argamassa para correção de pequenas imperfeições entre as peças
assentamento não pode ser executado após início de pega da argamassa
pressão de contato não deve ultrapassar 5Mpa – deve haver controle tecnológico da
argamassa
Na argamassa:
agregado miúdo
“fck” da argamassa > 30MPa
c) Com concretagem local
deve-se prever dimensões que permitam a concretagem
usar concreto/graute com fck igual ou menor q o fck das peças de concreto
d) Com dispositivos metálicos
são grapas ou parafusos devidamente ancorados
pode ser executada via solda em chapa aparente
deve ser avaliado o efeito do calor da solda no concreto
e) Com aparelhos de apoio elastoméricos (Neoprene/borracha)
os aparelhos de apoio podem ser constituídos de camada únida de elastômero
pode ser fretado – qndo é camada de elastômero intercalado com chapa metálica,
solidarizada por vulcanização/colagem especial
os elastômeros fretados não devem ter mais de 25mm de espessuras e as chapas em
aço inox.

Ligações a tração:

São utilizados predominantemente para suspensão de tirantes de concreto

Podem ser utilizados dispositivos metálicos chumbados no concreto e suspensos em


elementos verticais de vedação, como placas, barras, parafusos ou perfis laminados, com
ligações por chapas ou dobras, parafuso porca ou rebites

Podem ser utilizados resinas adesivas ou chumbadores mecânicos, caso sejam feitos ensaios
de arrancamento e respeitadas as distancias mínimas de borda

Ligações a flexão:

Ligações a cisalhamento:

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