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Introdução……………………………………………………………………………..2
Enquadramento Geográfico…………………………………………………………..3
Enquadramento Histórico…………………………………………………………….4
História………………………………………………………………………….4
A origem do nome……………………………………………………………..6
O Título Nobiliárquico………………………………………………………….6
Enquadramento Sociocultural……………………………………………………….7
Atividades económicas………………………………………………………...7
Festividades e Costumes………………………………………………………7
Pontos de Referência Locais…………………………………………………………9
Capela de Santo António………………………………………………………9
Fontes dos Namorados e Lavadouro……………………………………..…10
Igreja da Misericórdia e Pelourinho…………………………………………11
antigos Paços do Concelho…………………………………………………..12
Igreja Matriz de Sarzedas…………………………………………………….13
Campanário de São Jacinto…………………………………………………..14
Restaurante Fonte da Vila……………………………………………………15
Bibliografia / Fontes………………………………………………………………...17
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INTRODUÇÃO
Resido na freguesia de Sarzedas, mais concretamente na pequena aldeia de Gatas,
pertencente à mesma. Não sou nativa da Beira. Nasci em Lisboa em 1980 e por
lá vivi até ao ano de 2018, quando decidi sair da metrópole. Depois de
conhecermos vários lugares no nosso país e após medirmos quais seriam as
nossas necessidades mais importantes, eu e o meu marido decidimos que a Beira
seria o melhor sítio para vivermos. Buscámos um sítio que nos permitisse um fácil
acesso à cidade, mas com a rotina diária sempre tranquila do campo! E acabámos
por escolher Gatas, que está a 3km de Sarzedas, a freguesia a que pertence! E
Gatas não deixa de ter o seu jeito muito especial, mas sempre e diariamente ligado
a Sarzedas, tal é a proximidade (literalmente ao fim da estrada)!
Desde Fevereiro de 2022 que vivemos na localidade e nunca nos arrependemos
da escolha. Admito que ao princípio parecia apenas uma pobre aldeia/freguesia,
pois o ponto de vista era aquele de quem passa na estrada principal. Mas depois
de um ano a viver aqui, conhecer as gentes locais, muitos aqui nascidos e alguns
emigrados por amor (muitos deles estrangeiros), e de ter contato com as suas
tradições, hábitos e forma de ser enquanto povo, posso dizer que não me
arrependi um único dia ou momento! Pois ofereceram-me uma nova visão, não só
do que é viver numa aldeia, como do que é a aldeia!
Depois de ter realizado um trabalho numa outra UFCD sobre Sarzedas, e ter saído
desse trabalho com uma sensação de faltar algo (por força das exigências do
trabalho em si), optei por neste trabalho continuar a focar-me sobre a localidade.
A freguesia é muito ampla (uma das maiores do concelho de Castelo Branco) e
num dia não seria possível ir até todos os pontos de interesse que fazem parte
dela, pelo que me irei focar na aldeia em si e no que ela pode oferecer num passeio
de um dia.
Quando chegamos a Sarzedas parece uma aldeia muito simples, pobre e sem
qualquer tipo de interesse além das típicas igrejas, semelhantes a outras tantas
que se vão encontrando salpicadas enquanto percorremos a Beira!
Esta freguesia é antiquíssima, riquíssima em História! Infelizmente muitos dos
vestígios estão perdidos, mas os registos ainda se vão encontrando aqui e ali. É
um local com tradições interessantes e que são um reflexo da nossa história
enquanto povo.
Assim, vou tentar dentro deste trabalho refletir essa visão que tenho. Espero que
a consiga passar duma forma que seja fiel e justa ao que esta localidade merece.
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ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
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ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
Quem passa na Nacional 233 vê a aldeia apenas superficialmente. Aquilo que se
vê não reflete facilmente a história desta que é a única Aldeia de Xisto que já teve
um título nobiliárquico!
História
Começamos pela presença romana. Os vestígios não são visíveis, mas existem
registos de no final do século XIX, na encosta leste da aldeia, ter sido levantada
pelo arado de um lavrador uma pedra de xisto com uma inscrição em latim. Esta
pedra já se perdeu há muito, mas ela foi transcrita e um estudo recente da
transcrição indica que se tratava de uma lápide funerária, datável do século I. É,
por isso, um testemunho da presença do domínio romano no espaço desta aldeia.
O povoado deveria ter continuado a existir, mas as brumas da História não nos
permitem ver essas épocas antigas com mais clareza.
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Entre 1630 - por carta régia de Filipe III - e 1748, foi domínio dos Condes de
Sarzedas, título que passou por nove titulares e que terminou com a morte da
última condessa por não ter sucessores diretos. Com isto deu-se a integração de
Sarzedas e seu termo nos bens da Coroa.
Em 1762 - com Portugal envolvido na Guerra dos Sete Anos, por se ter recusado
a tomar parte na luta contra os seus velhos aliados ingleses - o País foi invadido
pelos exércitos franco-espanhóis. Sarzedas foi ocupada, tendo sido aqui que o
general invasor, o espanhol Conde de Aranha, estabeleceu o seu quartel.
Em 2012, Sarzedas comemorou 800 anos do seu primeiro foral e 500 anos do
foral manuelino.
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A origem do nome
O nome variou ao longo dos séculos:
Sarzedas no séc. XIV, Cerzedas no
séc. XV, Cercedas no séc. XVII.
Numa das versões do "Portugalliae"
de Fernando Álvaro Seco, datado de
1600 – tido como umas das
primeiras representações
cartográficas da totalidade do
território continental português –
encontramos Sarzedas na localização
da atual povoação.
O Título Nobiliárquico
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ENQUADRAMENTO SÓCIOCULTURAL
Atividades económicas
Festividades e Costumes
Existem ainda registos e são ainda contadas histórias pelos anciãos, da tradição
da Noite de São João. Em Sarzedas as jovens casadoiras, no dia 24 de julho
colhiam rosmaninho pelos campos, e chegando à meia noite, ao som da última
badalada do sino, partiam um ovo que colocavam num copo cheio de água.
Na manhã seguinte, antes do sol raiar, eram examinadas as formas que o ovo
tomara no decorrer da noite. Eram interpretadas essas formas a uma qualquer
ferramenta que estaria associada à atividade do ofício do futuro noivo.
A festa religiosa mais importante atualmente é a dedicada à padroeira de
Sarzedas, Nossa Senhora da Conceição. Festa que se realiza anualmente, ao 2º
domingo de setembro. Uma procissão com a imagem da Santa é realizada e todos
os habitantes locais assistem.
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IN https://www.youtube.com/watch?v=lSl3T8wXv60
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De Sarzedas, buscam agora planear estes eventos como uma forma não só de
dinamizar a freguesia, como também divulgar a mesma a quem vem de fora.
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Fontes dos Namorados e Lavadouro
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Igreja da Misericórdia e Pelourinho
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(antigos Paços do Concelho)
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Igreja Matriz de Sarzedas / Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Terá sido no século XVIII que teve lugar a recuperação da Igreja, que se encontrava
em muito mau estado, não só pela sua antiguidade como também pelos danos
causados pelo terramoto de 1755 e pela passagem do Conde de Aranha que
montou em Sarzedas o seu quartel-general antes de combater na Serra das
Talhadas, em 1762, por ocasião das Guerras Peninsulares.
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A 22 de Novembro de 1807 a divisão Loison passou por Sarzedas e existe registo
histórico em como as tropas francesas na sua passagem por Sarzedas, além dos
roubos e estragos aos particulares, também arrombaram e despejaram a igreja
principal. Feito que iriam repetir no ano seguinte, na sua passagem após serem
repelidas de Lisboa.
Assim, devido a todos estes acontecimentos, tanto a Igreja Matriz como muitas
das construções privadas, da Igreja ou da Monarquia, apresentam hoje os
resultados das reconstruções e recuperações datadas do século XIX.
Saindo da Igreja Matriz, mesmo ao lado temos o Monte de São Jacinto, aonde
podemos encontrar ainda o Campanário com a sua Torre Sineira, no local onde
até ao início do séc. XX existiu a Capela de S. Jacinto. Esta torre era a torre sineira
do antigo templo, hoje já não existente. Contam os anciãos que no início do século
XX, o padre muito afoito pelos ganhos monetários, vendeu a pedra da capela!
No Miradouro do Monte de São Jacinto (nome também dado a este local) com uma
altitude de apenas 400m, temos uma vista a 360º donde podemos ver a N: Serra
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da Estrela; a NE: Serra da Gardunha; a O: Serra das Talhadas; a E: Castelo Branco
e a SE: Portas de Ródão. Aqui também podemos encontrar um recanto com
assentos aonde poderemos não só admirar esta vista, respirar e sentir a calma e
descansar antes de nos dirigirmos à próxima paragem.
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Menu do Restaurante Fonte da Vila. Sarzedas.
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BIBLIOGRAFIA / FONTES
➢ https://www.cm-castelobranco.pt/municipe/juntas-de-freguesia/sarzedas/
➢ https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarzedas
➢ https://www.dargentleiloes.net.br/peca.asp?Id=4283634
➢ https://www.aldeiasdoxisto.pt/pt/aldeias/tejo-ocreza/sarzedas/
➢ https://www.wikiwand.com/pt/Conde_de_Sarzedas
➢ https://www.portugaldenorteasul.pt/11795/sarzedas-e-a-uma-aldeia-do-
xisto-guia-completo
➢ https://ordochristi.ipcb.pt/?p=1473
➢ https://www.e-konomista.pt/sarzedas/
➢ http://www.cancioneirocastelobranco.pt/freguesias/sarzedas/
➢ https://www.cm-castelobranco.pt/visitante/lazer-para-todos/percursos-
pedestres/
➢ https://www.cm-castelobranco.pt/municipe/juntas-de-freguesia/sarzedas/
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