Você está na página 1de 50

BRUNA CRISTINA HENRIQUE RIZZO

DOUGLAS DE ALMEIDA SOARES BISPO


ELDA SOUSA CACCAVO
FERNANDA AUGUSTO DE LIMA
KEVELLYN GABRIELA M. DA CUNHA
RODRIGO TRAJANO DA SILVA
VINICIUS BERTUCCELLI DE SOUZA
VIVIAN BERTUCCELLI DE SOUZA

FEBRE AMARELA NO BRASIL

COLÉGIO 24 DE MAIO
SÃO PAULO
2018
BRUNA CRISTINA HENRIQUE RIZZO
DOUGLAS DE ALMEIDA SOARES BISPO
ELDA SOUSA CACCAVO
FERNANDA AUGUSTO DE LIMA
KEVELLYN GABRIELA M. DA CUNHA
RODRIGO TRAJANO DA SILVA
VINICIUS BERTUCCELLI DE SOUZA
VIVIAN BERTUCCELLI DE SOUZA

FEBRE AMARELA NO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso Técnico


de Enfermagem, do Colégio 24 de maio,
realizado sob orientação da Prof .ª Daniela
A Lacerda.

SÃO PAULO
2018
BRUNA CRISTINA HENRIQUE RIZZO
DOUGLAS DE ALMEIDA SOARES BISPO
ELDA SOUSA CACCAVO
FERNANDA AUGUSTO DE LIMA
KEVELLYN GABRIELA M. DA CUNHA
RODRIGO TRAJANO DA SILVA
VINICIUS BERTUCCELLI DE SOUZA
VIVIAN BERTUCCELLI DE SOUZA

FEBRE AMARELA NO BRASIL

Banca examinadora:
______________________________________
______________________________________
______________________________________

São Paulo, ____de______________ de 2018.


Dedico a nossa família que esteve presente
nessa trajetória nos dando forças para seguir e
realizar ainda mais.
AGRADECIMENTOS

 Agradecemos primeiramente a Deus, por nos guiar e ajudar nessa jornada, não
nos deixando desistir.
 Agradecemos a nossa orientadora Prof.ª Daniela A. Lacerda Siqueira, pela
sabedoria com que nos guiou nesta trajetória.
 Gostaríamos de deixar registrado também, o reconhecimento à nossa família,
pois acreditamos que sem o apoio deles seria muito difícil vencer esse desafio.
 Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização deste
trabalho.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção”.
(PAULO FREIRE)
RESUMO

A Febre Amarela (FA) trata-se de uma doença infecciosa não contagiosa de curta
duração causada por vírus. Existem duas formas da doença: a Febre Amarela urbana
(FAU) e a Febre Amarela silvestre (FAS), tendo como vetor os gêneros Aedes e
Haemagogus. Tanto a Febre Amarela urbana ou silvestre pode variar de assintomática
a grave. A principal medida de controle da infecção, após o controle de vetores é a
vacinação. A vacinação tem importância na prevenção e controle da doença que
interrompe o ciclo de transmissão da forma silvestre para a forma urbana através da
geração de uma barreira de imunidade coletiva. No ano de 2017, foram notificadas ao
Ministério da Saúde 1170 casos de suspeita de Febre Amarela no Brasil. A pesquisa
foi realizada por revisão bibliográfica desenvolvida através de publicações cientificas
preferencialmente, no período 2017, utilizando para levantamento dos dados as bases
de dados, BVS/Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde) e livros acadêmicos. Esta revisão
permitiu detalhar SCIELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura
Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) as práticas de atuação do
enfermeiro nos casos de Febre Amarela no Brasil, enfatizando sua importância.
Palavras-chave: Febre Amarela, manifestações clinicas, etiologia, epidemiologia e
tratamento.
ABSTRACT

Yellow Fever (FA) is a non-contagious, short-lived infectious disease caused by a


virus. There are two forms of the disease: urban yellow fever (FAU) and wild yellow
fever (FAS), with the genera Aedes and Haemagogus as the vector. Both urban or wild
yellow fever can range from asymptomatic to severe. The main measure of infection
control after vector control is vaccination. Vaccination is important in the prevention
and control of the disease that interrupts the cycle of transmission from the wild to the
urban form through the generation of a barrier of collective immunity. In the year 2017,
1170 cases of suspected yellow fever in Brazil were notified to the Ministry of Health.
A bibliographical review developed, in the period 2017, using for data collection the
databases, BVS/Bireme (Virtual Health Library) and academic books carried out the
research. Using data from the Scielo (Scientific Electronic Library Online), Lilacs (Latin
American and Caribbean Literature in Health), VHL / Bireme (Virtual Health
Library).This review made it possible to detail the Nursing practices in cases of yellow
fever in Brazil, emphasizing its importance.
Keywords: yellow fever, clinical manifestations, etiology, epidemiology and treatment.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – CICLOS EPIDEMIOLÓGICOS ............................................................ 16


FIGURA 2 – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS EPIZOOTIAS .......................... 17
FIGURA 3 – DISTRIBUIÇÃO DOS ÓBITOS POR FEBRE AMARELA ................... 18
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – QUADRO 1 – DISTRIBUIÇÃO DAS EPIZOOTIAS EM PNH


NOTIFICADAS À SVS/MS POR UF ........................................................................ 19
QUADRO 2 – DISTRIBUIÇÃO DAS EPIZOOTIAS EM PNH NOTIFICADAS À
SVS/MS POR UF ..................................................................................................... 23
QUADRO 3 – DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS HUMANOS SUSPEITOS DE FA
NOTIFICADOS À SVS/MS POR UF ........................................................................ 24
QUADRO 4 – MANIFESTAÇÕES CLINICAS E LABORATORIAIS ....................... 26
QUADRO 5 – MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DA FEBRE AMARELA ...................... 27
QUADRO 6 – EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINAÇÃO ..................................... 31
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA


2017/2018 ................................................................................................................ 20
GRÁFICO 2 – CASOS HUMANOS SUSPEIROS DE FA NOTIFICADOS NO
PERÍODO DE 2017/2018 ......................................................................................... 21
GRÁFICO 3– DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS CONFIRMADOS POR SEXO E FAIXA
ETÁRIA, UTILIZANDO CRITÉRIOS DO MS ........................................................... 22
LISTA DE TABELA

TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE DEBRE AMARELA


SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO. ESTADO DE SÃO PAULO 2017/2018 .................. 20
SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................ 13
1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 13
1.2 Objetivo Específicos .................................................................................... 14
2. Desenvolvimento ................................................................................................. 15
3. Histórico da Febre Amarela ........................................................................... 15-16
4. Dados Epidemiológicos ................................................................................. 17-22
5. Vigilância de Epizootias em Primatas não Humanos (PNH) ....................... 22-24
5.1 Monitoramento Epizootias ...................................................................... 24-25
5.2 Vigilância Epidemiológica ............................................................................ 25
6. Quadro Clinico..................................................................................................... 26
7. Diagnóstico Laboratorial ............................................................................... 27-28
8. Tratamento ........................................................................................................... 28
9. Imunização ..................................................................................................... 28-29
9.1 Dose Fracionada da Vacina contra Febre Amarela ...................................... 29
9.2 Precauções .............................................................................................. 29-30
9.3 Contra Indicações ......................................................................................... 30
10. Eventos Adversos ....................................................................................... 31-32
10.1 Considerações ....................................................................................... 32-33
11. Contra Indicações para Vacina ....................................................................... 33
12. Medidas de Proteção......................................................................................... 34
13. Educação em Saúde ......................................................................................... 35
Conclusão ................................................................................................................ 36
Referências bibliográficas ................................................................................. 37-38
Glossário ............................................................................................................. 39-41
Anexos ................................................................................................................ 42-48
13

1. INTRODUÇÃO

A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa febril aguda não contagiosa, a
infecção pode ser caracterizada por duas formas: no ciclo silvestre, em áreas
florestais, o vetor da Febre Amarela é principalmente o mosquito Haemagogus, no
meio urbano, a transmissão acontece por meio do mosquito Aedes aegypti. Sua
transmissão é pela picada dos mosquitos transmissores e infectados.

Sua etiologia pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus que
significa amarelo), vírus RNA.

A Doença costuma ser transmitida por mosquitos, ou seja, o mosquito infectado ao


picar uma pessoa ou animais com a doença e então é desenvolve a doença e a
transmiti para quem ele picar. A pessoa picada permanece em estado de viremia, ou
seja, é capaz de transmitir o vírus para o mosquito, por até 7 dias após ter sido picado.

Quanto aos seus fatores de risco as pessoas que nunca entraram em contato com a
Febre Amarela ou nunca se vacinaram elas correm o risco de contraria a doença ao
viajar para locais onde a doença está ativa. O risco para pessoas com mais de 60
anos de idade e qualquer pessoa com imunodeficiência grave devido a HIV/AIDS.

As primeiras manifestações clinicas da doença repentina são: febre alta, calafrios,


cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A
forma mais grave da doença é bem rara e aparece por um breve período de bem-estar
(até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepáticas e renal, icterícia (olhos
e pele amarelada), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso, podendo levar até
a morte.

No ano de 2017, foram notificadas ao Ministério da Saúde 1170 casos de suspeita de


Febre Amarela, sendo que desses 847 estão sob investigação, 93 foram descartados
e 230 foram confirmados, nos estados de Minas Gerais (201), Espírito Santo (25) e
São Paulo (4).
14

1.1 Objetivo Geral

Conscientizar e alertar a sociedade sobre os riscos e números alarmantes que a Febre


amarela vem apresentando.

1.2 Objetivo Geral

 Apresentar e definir a Febre Amarela;


 Definir os graus da doença, e seus fatores de risco;
 Mostrar dados epidemiológicos;
 Orientar quanto a importância do diagnóstico rápido, e métodos de
diagnósticos;
 Abordar tratamento e incentivar a tomar a vacina contra febre amarela.
 Incentivar a inclusão de medidas de Educação em Saúde para diminuir o
principal causador da doença.
15

2. DESENVOLVIMENTO

A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, a infecção
pode ser caracterizada por duas formas: no ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor
da Febre Amarela é principalmente o mosquito Haemagogus, no meio urbano, a
transmissão acontece por meio do mosquito Aedes aegypti. Sua transmissão é pela
picada dos mosquitos transmissores e infectados.

Sua etiologia pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus que
significa amarelo), vírus RNA.

O vírus da Febre Amarela (FA) apresenta dois ciclos epidemiológicos de transmissão,


sendo o silvestre e o urbano, no ciclo urbano o Aedes aegypti é seu principal vetor,
tanto na América do Sul como na África, no ciclo silvestre a Febre Amarela é uma
zoonose transmitida no continente americano, por mosquitos de hábitos silvestres, do
gênero Haemagogus (H. janthinomys e H. almomaculatus) e Sabethes (S.
chloropterus).

A principal fonte de infecção são os primatas não humanos, hospedeiros e


amplificadores do vírus, outros mamíferos podem ser reservatórios como alguns
marsupiais e roedores.

3. HISTÓRICO DA FEBRE AMARELA

O primeiro relato da Febre Amarela foi encontrado em um manuscrito maia de 1648


em Yucatan, México. Na Europa, a Febre Amarela já tinha se havia manifestado antes
dos anos 1700, mas no ano de 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira
epidemia, causando a morte de 2.200 pessoas. Nos séculos XVIII e XIX os Estados
Unidos foram acometidos repetidas vezes por epidemias devastadoras, onde a
doença era levada através de navios procedentes das índias Ocidentais do Caribe.

Já no Brasil os primeiros registros da doença remontam a 1685, quando a primeira


epidemia foi registrada em Recife (PE), e permaneceu durante 10 anos. A cidade de
16

Salvador também foi atingida, causando aproximadamente 900 mortes durante os seis
anos.

Em 1850, foi implementada uma campanha pelo governo imperial no qual foi capaz
de controlar a epidemia, foi criada então uma comissão de engenheiros e uma junta
de Higiene Pública que resultou em uma lei de defesa sanitária no país. Como não
conheciam o seu agente etiológico e a forma de transmissão, foram realizadas
medidas de controle, ou seja, foi realizado desinfecção de navios, isolamento,
quarentena, medidas sanitárias coletivas, como por exemplo: aterramento de valas e
limpeza de esgoto.

Neste período a Febre Amarela (FA) era predominante urbano. Com o avanço do
conhecimento da doença, isolamento viral e definição do agente etiológico, foram
realizadas medidas de controle direcionadas a controle de vetor, pela liderança de
Oswaldo Cruz. Foi então nesta época identificado os dois ciclos da doença.

No ano de 1937 foi introduzida a vacina, no qual foram realizadas campanhas de


erradicação do vetor, no qual foi controlado e eliminada a doença de áreas urbanas,
sendo os últimos casos registrados na cidade de Sena Madureira (AC), em 1942.

A Febre Amarela apresenta dois ciclos epidemiológicos de acordo com o local de


ocorrência e a espécie de vetor, ou seja, urbana ou terrestre. O registro de Febre
Amarela urbana no Brasil, foi em 1942, no Acre. Após esse período, o principal vetor
urbano da Febre Amarela, Aedes aegypti, foi declarado erradicado no Brasil em 1958
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), voltando a reinfestação no Brasil a partir
de 1976. O ciclo silvestre foi identificado em 1932, desde então são localizados surtos
classificados como áreas de risco.

Abaixo figura (1) com os dois ciclos epidemiológico: silvestre ou terrestre:

Figura 1 Ciclos Epidemiológicos.

Fonte: Guia de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde – 2016.


17

4. DADOS EPIDEMIOLOGICO NO BRASIL

No ano de 2017, foram notificadas ao Ministério da Saúde 1170 casos de suspeita de


Febre Amarela, sendo que desses 847 estão sob investigação, 93 foram descartados
e 230 foram confirmados, nos estados de Minas Gerais (201), Espírito Santo (25) e
São Paulo (4).

Na figura (2) é realizada a distribuição geográfica das epizootias em primatas não


humanos notificadas a SVS/MS, até 9 de fevereiro de 2017.

Figura 2: Distribuição geográfica das epizootias em primatas não humanos suspeitas de Febre Amarela notificadas à SVS/MS
até 9 de fevereiro de 2017, às 13h, com data de ocorrência a partir de 1 dezembro de 2016, por município do Local Provável
de Infecção (LPI) e classificação.

Fonte: Ministério da Saúde, 2017.

Os casos confirmados estão distribuídos em três estados: Minas Gerais (288), Espírito
Santo (79) e São Paulo (4). A figura abaixo mostra os munícipios com casos
confirmados e sob investigação, bem como as epizootias confirmadas e em
investigação.
18

Do total de casos notificados, 186 evoluíram para óbito, sendo que 104 óbitos
permanecem em investigação, 79 óbitos confirmados e 3 foram descartados. A taxa
de letalidade entre os casos confirmados foi de 34,3%.

Figura 3: Distribuição dos óbitos suspeitos de Febre Amarela entre o total de casos notificados a SVS/MS até 13 de março de
2017, as 13h, com início dos sintomas a partir de 01 de dezembro de 2016, por UF do local provável da infecção (LPI) e
classificação.

Fonte: Ministério da Saúde

No período de 2016/2017, foi registrado um dos eventos mais expressivos da história


da FA no Brasil. O vírus foi dispersado alcançando a costa leste brasileira, na região
do bioma Mata Atlântica, no qual abriga uma ampla diversidade de primatas não
humanos e de potenciais vetores silvestre. De acordo com o Boletim epidemiológico
n°28/2017, período monitorado julho/2016 a junho/2017, foram confirmados 777 casos
humanos e 261 óbitos, além de 1412 epizootias confirmadas em PNH (Fig.3)

No quadro (1) é possível ver a distribuição dos casos de Febre Amarela notificados no
período de 01/07/2017 a 23/01/2018.
19

Quadro 1: Distribuição dos casos de Febre Amarela notificados: 1º/7/2017 a 23/01/2018

F (LPI)* Notificados Descartados Em Investigação Confirmados Óbitos


AP 2 2 - 0 -

AM 1 1 - 0 -
PA 18 11 7 0 -
RO 5 5 - 0 -
RR 2 2 - 0 -
TO 7 6 1 0 -
BA 11 6 5 0 -
CE 1 1 - 0 -
MA 1 1 - 0 -
PE 1 0 1 0 -
PI 3 1 2 0 -
RN 1 0 1 0 -
DF 22 17 4 1 1
GO 20 14 6 0 -
MT 1 0 1 0 -
MS 4 3 1 0 -
ES 53 31 22 0 -
MG 123 55 18 50 24
RJ 22 3 1 18 7
SP 277 132 84 61 21
PR 14 13 1 0 -
RS 7 3 4 0 -
SC 5 2 3 0 -
Total 601 309 162 130 53
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42366-ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-febre-amarela-3

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Febre Amarela (FA), atualizado em


05/02/2018, foram reportados 501 casos suspeitos de Febre Amarela desde de janeiro
de 2017, sendo 195 (45,3%) casos confirmados, 161 autóctones (82,6) e 32
descartados (16,4%). (Tabela 1).
20

Tabela 1 Distribuição dos casos notificados de Febre Amarela segundo classificação. Estado de São Paulo, 2017-2018

Classificação Casos Óbitos


N° % N° %
Confirmados 195 38,9 72 68,6
Autóctones 161 59
residentes do ESP
Importados 32 9
Não residente do 2 2
ESP c/ LPI no ESP
Descartados 127 25,3 12 11,4
Investigação 179 38,8 21 20
Total 501 100 105 100
Fonte: Sinan; CVE/CCD/SES-SP Atualizado em 05/02/108

Dos 161 casos autóctones, 59 evoluíram para o óbito, com letalidade de 36,6%. A
maioria dos casos é do sexo masculino (82,6%) e a mediana da idade é de 43,4
anos (2 – 89 anos).

No Gráfico 1 é feita a distribuição dos casos e óbitos de Febre Amarela autóctone


segunda semana epidemiológica. Estado de São Paulo 2017/2018.

Fonte: Sinan; CVE/CCD/SES-SP - Atualizado em 05/02/2018


21

No Gráfico 2 é feito o monitoramento de casos humanos de Febre Amarela durante o


período 2017/2018

Gráfico 2 - Casos humanos suspeitos de FA notificados durante o período de monitoramento 2017/2018, por semana
epidemiológica de início de sintomas e classificação.

Fonte: Fonte: CIEVS/SVEA/SES-RJ.

Dos casos confirmados 85% (n=40) são do sexo masculino e apenas 15% (n=7) do sexo
feminino. A idade mediana dos casos dos casos confirmados é de 50 anos, sendo o limite
mínimo 17 e o máximo 92. Para efeito de vigilância são consideradas Áreas Afetadas
municípios com evidência de circulação viral, seja por confirmação de caso humano e/ou
epizootia confirmada laboratorialmente.
22

No Gráfico 3 é possível ver a distribuição dos casos confirmados por faixa etária,
utilizando critérios do Ministério da Saúde (MS).
Gráfico3–Distribuiçãodos casos confirmados por faixa etária e sexo, utilizando critério do MS.

Fonte: CIEVS/SVEA/SES-RJ.

Obs.: Dados atualizados em 05/02/2018 - Informações sujeitas à alteração

5. VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIAS EM PRIMATAS NÃO HUMANOS –


PNH

A vigilância de epizootias em primatas não humanos (PNH) capta informações sobre


o adoecimento ou morte de PNH (macacos) e realiza investigações oportunamente,
para detectar precocemente a circulação do vírus amarílico e subsidiar a tomada de
decisão para a adoção das medidas de prevenção e controle, de modo a reduzir a
morbimortalidade da doença na população humana prioritariamente nas áreas
afetadas (com transmissão ativa) e ampliadas (áreas adjacentes).

No período monitorado de 2017/2018 (julho/2017 a junho/2018), até a semana


epidemiológica (SE) 03, foram notificadas ao Ministério da Saúde 2.653 epizootias em
PNH, das quais 487 foram descartadas, 920 foram indeterminadas (s/ coleta de
amostras), 793 permanecem em investigação e 453 foram confirmadas por FA (por
laboratório).
23

Foram registradas epizootias de PNH confirmadas no Mato Grosso [1]; no Rio de


Janeiro [4], em Minas Gerais [58] e em São Paulo [390], com o maior número de
epizootias confirmadas na região Sudeste (99,7%; 452/453) (Quadro 2).

Quadro 2 Distribuição das epizootias em PNH notificadas à SVS/MS, por UF do local provável de infecção e classificação,
monitoramento 2017/2018, Brasil, SE-03 (jul/17 a jun/18).

Região UF Epizootias Epizootias Epizootias Epizootias Epizootias


notificadas descartadas indeterminadas em confirmadas
investigação
Norte Pará 19 2 10 7
Rondônia 6 2 4
Roraima 2 1 1
Tocantins 31 1 27 3
Nordeste Alagoas 25 5 17 3
Bahia 118 20 52 46
Ceará 2 1 1
Pernambuco 10 1 7 2
Rio G. do Norte 27 2 9 16
Sergipe 5 3 2
Centro-Oeste Distrito Federal 62 30 5 27
Goiás 69 11 20 38
Mato Grosso 25 7 15 2 1
Mato G. do Sul 6 6
Sudeste Espírito Santo 35 0 9 26
Minas Gerais 685 121 367 139 58
Rio de Janeiro 144 45 45 50 4
São Paulo 1306 299 299 380 390
Sul Paraná 22 0 11 11
Rio G. do Sul 10 0 6 4
Santa Catarina 44 1 12 31
Total 2653 487 920 793 453
Fonte: Sinan; GT-Arboviroses/CGDT/DEVIT/SVS/MS.

A vigilância de casos humanos é feita por meio da notificação de casos com


sintomatologia compatível com FA. Todo caso suspeito deve ser prontamente
comunicado por telefone, fax ou e-mail às autoridades, (até 24 horas), por se tratar de
doença grave com risco de dispersão para outras áreas do território nacional e
internacional. É importante preencher a ficha de Investigação, do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

No período de monitoramento 2017/2018 (julho/2017 a junho/2018), até a SE-03,


foram notificados 601 casos humanos suspeitos de FA, dos quais 309 foram
descartados, 162 permanecem em investigação e 130 foram confirmados. Do total de
casos confirmados, 53 evoluíram para o óbito (letalidade de 40,8% [53/130]). A maior
24

parte dos casos em investigação foi notificada na região Sudeste (77,1% [125/162])
(Quadro 3).

Quadro 3 Distribuição dos casos humanos suspeitos de FA notificados à SVS/MS por UF de provável infecção e classificação,
Brasil, monitoramento 2017/2018 SE 03 (jul/17 a jun/18).

Região UF (LPI) Casos Casos Casos TOTAL CURAS Óbitos Letalidade


Notificados descartados Investigados (%)
Norte Amapá 2 2 0
Amazonas 1 1 0
Pará 18 11 7
Rondônia 5 5 0
Roraima 2 2 0
Tocantins 7 6 1
Nordeste Bahia 11 6 5
Ceará 1 1 0
Maranhão 1 1 0
Pernambuco 1 0 1
Piauí 3 1 2
Rio G. Norte 1 0 1
Centro- Distrito F. 22 17 4 1 1 100,0
Oeste Goiás 20 14 6
Mato G 1 0 1
Mato G do sul 4 3 1
Sudeste Espírito Santo 53 31 22
Minas Gerais 123 55 18 50 26 24 48,0
Rio de Janeiro 22 3 1 18 11 7 38,9
São Paulo 277 132 84 61 40 21 34,4
Sul Paraná 14 13 1
Rio G. do Sul 7 3 4
S. Catarina 5 2 3
Total 601 309 162 130 77 53 40,8
Fonte: Sinan; GT-Arboviroses/CGDT/DEVIT/SVS/MS.

5.1 Monitoramento das Epizootias

O Ministério da Saúde (MS), considera epizootias como: ocorrência de um


determinado evento em um número de animais ao mesmo tempo e na mesma região,
podendo levar a morte ou não. Podendo ser classificadas como:

 Epizootia em primata não humano confirmada para FA por critério


laboratorial: epizootia em primatas não humano com resultado laboratorial
conclusivo para FA em pelo menos um animal do PLI (aplicam-se as mesmas
técnicas utilizadas em amostras de humanos.
25

 Epizootia em primata não humano confirmada para FA por vínculo


epidemiológico: Epizootia em primatas não humanos associada a evidencia
de circulação viral em vetores, outros primatas não humanos no LPI. Devem
ser considerados o tempo e a área de detecção, avaliando caso a caos, em
conjunto com as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS).

 Epizootia em primata não humano indeterminada: Informação sobre


adoecimento ou morte de macaco, com histórico consistente, sem coleta de
amostras para diagnostico laboratorial. Incluem-se nessa classificação aqueles
eventos com histórico consistente em que o animal não foi avistado ou foi
encontrada a ossada ou carcaça em decomposição, sem amostra disponível
para o diagnóstico laboratorial.

Todo o caso de epizootia suspeita deve ser notificado, e preenchida a Ficha de


Notificação/Investigação de Epizootia, com base nas características levantadas a
partir de achados da investigação, as epizootias notificadas devem ter classificação
especificada.

5.2 Vigilância Epidemiológica

A redução dos casos silvestres e a manutenção da eliminação de casos urbanos são


os dois principais objetivos do controle da Febre Amarela no Brasil. O principal objetivo
da vigilância e orientar as medidas e controle da doença.

A notificação compulsória é imediata, portanto qualquer caso classificado como


suspeito deverá ser comunicado por telefone, faz ou e-mail as autoridades, ou seja,
centros de autoridades epidemiológicas e secretarias de saúde dos estados e
municípios.

Essa notificação deverá ser registrada por meio do preenchimento da Ficha de


Investigação de Febre Amarela do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN).
26

6. QUADRO CLÍNICO

As manifestações clinicas são classificadas de leves a graves, cerca de 90% dos


casos clínicos é assintomático ou oligossintomático. A Febre Amarela (FA) podem ser
assintomáticas, leves, moderadas, graves e malignas, sua letalidade entre 5% a 10%,
podendo atingir 50% nos casos graves, com manifestações icterohemorrágica e
hepatorrenal.

A Febre Amarela pode involuir completamente ainda que ocorra persistência de


mialgia e astenia por semana. Podendo ocorrer óbitos por lesões cardíacas tardias.

No Quadro 4 apresentaremos as manifestações clinicas e laboratoriais comuns da


Febre Amarela.

Quadro 4: Manifestações clínicas e laboratoriais comuns da Febre Amarela

Forma Sinais e Sintomas Alterações Laboratoriais


Leve/Moderada Febre, cefaleia, mialgia, náuseas, Plaquetopenia
icterícia ausente ou leve Elevação moderada de transaminases
Bilirrubinas normais ou discretamente
elevadas (predomínio de direta).
Grave Todos os anteriores Plaquetopenia intensa
Icterícia intensa Aumento de creatinina
Manifestações hemorrágicas Elevação importante de transaminases
Oligúria
Diminuição de consciência
Maligna Todos os sintomas clássicos da forma Todos os anteriores
grave intensificados Coagulação intravascular disseminada
Fonte: SAS/MS.

O período de incubação médio varia de 3 a 6 dias, podendo ser de até 10 a 15 duas,


este período significa o tempo entre a infecção pela picada do mosquito e o
aparecimento do quadro clinico.

O período de transmissibilidade (é o tempo em que o indivíduo com Febre Amarela


possui o vírus no sangue e pode infectar um mosquito vetor se picado por este),
período de 24 a 48h até 3 a 5 dias após o início de sintomas. Já o mosquito infectado
pode transmitir o vírus por seis a oito semanas.

O espectro clinico da Febre Amarela pode variar desde infecções assintomáticas até
quadros graves e fatais (ver quadro 4).
27

7. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

O vírus é identificado por testes de fixação do complemento e imunofluorescência


indireta. É realizada a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). O diagnóstico poderá
ser confirmado com a detecção de antígenos virais e do RNA viral, além de sorologia
com captura de IgM em ensaio enzimático, o MAC-ELISA em pessoas vacinadas ou
com o aumento de quatro vezes ou mais os títulos de anticorpos pela técnica de
inibição da hemaglutinação (IH), em amostras pareadas.

Já em casos fetais, sem tempo para obtenção de amostras in vivo, é realizado a


detecção de antígenos específicos por imonuhistoquímica em tecidos, no qual deverá
ser coletado dentro das primeiras 8h após o óbito.

No quadro 5 mostraremos os métodos diagnósticos da Febre Amarela.

Quadro 5. Métodos diagnósticos da Febre Amarela

Exame Amostra Quantidade N° de Amostras Período de Coleta Coleta


Sorologia Sangue Total: Criança: 2-5 mL 1 ou 2 1ª Amostra: Após o 5° Frasco estéril de
Obtenção da amostra Adulto: 10 mL dias de início de plástico ou vidro com
por punção venosa ou sintomas. tampa de rosca.
intracardíaca (óbitos). Ou
Amostras única: Após
o 5° dia de início dos
sintomas.
Isolamento Viral Sangue Total: Criança: 2-5 mL 1 Até o 5° dia após o Tubo estéril de plástico
Obtenção de amostra Adulto: 10 mL início dos sintomas com tampa de rosca
por punção venosa ou ou a vácuo.
intracardíaca (óbitos).

Tecido: Fígado, rins Fragmento de 1 cm³ 1 Fragmento de cada Logo após o óbito, no Frasco estéril de
coração, baço, víscera máximo até 24 horas plástico ou vidro com
linfonodos. Obtenção tampa de rosca, a
da amostra por fresco (sem adição de
necropsia, viscerotomia conservantes).
ou agulha de biópsia.

Histopatologia/ Tecido: Fígado, rins Fragmento de 1 cm³ 1 Fragmento de cada Logo após o óbito, no Frasco estéril de
Imonohistoquímica coração, baço, víscera máximo até 12 horas plástico ou vidro com
linfonodos. Obtenção tampa de rosca, com
da amostra por solução de Formalina
necropsia, viscerotomia a 10% tamponada.
ou agulha de biópsia.

Fonte: Ministério da Saúde - 2017.


28

Em formas graves de Febre Amarela, é observado leucopenia, linfocitose e


plaquetopenia sem correlação direta com níveis e sangramentos. Nos casos
assintomáticos ou oligossintomáticos, o hemograma pode apresentar-se normal.

Nos casos graves, é observado leucocitose acentuada, aminotransferases muito


elevada, alteração dos fatores de coagulação, protombina, fator VIII e tromboplastina,
os tempos de sangria e de coagulação é alterado.

Na análise urinária é observado bilirrubinúria, hematúria, proteinúria acentuada, com


valores acima de 500 mg/1000 mL de urina.

8. TRATAMENTO

 Não existem tratamentos específicos contra o vírus da Febre Amarela.


 Não devem ser administrados anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico (AAS).
 Em casos graves, estes deverão ser encaminhados e tratados na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), para hidratação endovenosa e reposição do sangue
perdido, podendo ser necessária dialise quando houver insuficiência renal.

9. IMUNIZAÇÃO

A vacina contra Febre Amarela (VFA – atenuada) é a medida de prevenção e controle


da doença. A vacina utilizada no Brasil é produzida pelo Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e consiste
do vírus atenuado da subcepa 17DD, cultivados em embrião de galinha. Os anticorpos
aparecem entre o sétimo e o décimo dia após aplicado a vacina, já a imunização deve
ocorrer dez dias antes do ingresso em áreas de risco.

A VFA é um imunobiológico seguro e eficaz na proteção contra a doença, com a


imunogenicidade de 90% a 98%.
29

O ministério da Saúde, no ano de 2017 até o momento, encaminhou a todas as


Unidades Federadas o quantitativo de aproximadamente 57,4 milhões de doses da
vacina. Para o estado de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e
Bahia foram enviadas 48,4 milhões de doses da vacina Febre Amarela (VFA), seu
objetivo é intensificar as estratégias de vacinação de forma seletiva. Está programado
vacinar cerca de 2,5 milhões de pessoas.

O esquema da vacinal consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade.

Via de administração é subcutânea o volume da dose é de 0,5 mL.

9.1 Dose Fracionada da Vacina Contra Febre Amarela

A estratégia de fracionar a vacina é recomendada pela Organização Mundial da Saúde


(OMS), quando ocorre um aumento de epizootias e caos de Febre Amarela silvestre
de forma intensa. A dose fracionada tem a mesma proteção que a dose padrão, a
diferença está no volume, a dose padrão é de 0,5 mL no qual protege por toda a vida,
enquanto a dose fracionada 0,1 mL protege por pelo menos oito anos, segundo estudo
realizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).

9.2 Precauções

 Doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação


até a resolução do quadro com intuito de não se atribuir a vacina as
manifestações da doença.
 Primovacinação de pessoas com mais de 60 anos.
 Doadores de sangue ou órgãos: pessoas vacinadas devem aguardar quatro
semanas após a vacinação para dor sangue ou órgãos.
 Pessoas infectadas pelo HIV, assintomáticos e com imunossupressão
moderada, de acordo com a contagem de célula CD4.
 Pessoas com doenças de etiologia autoimune devem ser avaliadas.
30

 Pessoas com doenças hematológicas devem ser avaliadas caso a caso.


 Pessoas que tenham desencadeado doença de natureza desmielinizante
(SGB, ADEM e esclerose múltipla), no período de seis semanas após a
aplicação de dose anterior da VFA.
 Gestantes e lactantes não é recomendada em áreas sem circulação viral, nas
áreas que circulam o vírus, as gestantes e lactantes devem ser vacinadas. É
recomendada a suspensão do aleitamento materno por dez dias após a
vacinação.

9.3 Contraindicações

 Crianças menores de 6 meses de idade.


 Pessoas com histórico de eventos adversos anteriores.
 Pessoas com histórico de anafilaxia comprovada em doses anterior ou
relacionada a substancia presente na vacina (ovo de galinha e seus derivados,
gelatina bovina ou a outras).

 Pacientes com imunossupressão grave de qualquer natureza:


 Imunodeficiência devido a câncer ou imunodepressão terapêutica.
 Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com
contagem de células CD4<200 células/mm³ ou menor que 15% do total
de linfócitos para crianças menores de 13 anos.
 Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras
(corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores.

 Pacientes submetidos a transplante de órgãos.


 Pacientes com histórico pregressa de doenças do timo (miastenia gravis,
timona, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
 Pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico tendo em vista a
possibilidade de imunossupressão.
 Gestantes. A administração da VFA deve ser realizada uma análise de cada
caso na vigência de surtos.
31

10. EVENTOS ADVERSOS

No quadro 6 descreve os eventos adversos pós-vacinação e vacina Febre Amarela.

Quadro 6: Eventos adversos pós-vacinação e vacina Febre Amarela

EAPV Descrição Intervalo pós- Frequência do Notificação Revacinação


vacina EAPV
Manifestações Dor, eritema, 1-2 dias -4% Notificação de Não há
locais enduração por 1-2 abscessos ou contraindicações
dias lesões extensas
Manifestações Febre, mialgia e A partir do 3º dia 1-6% (menor em Notificar Não há
gerais cefaleia por 1-2 revacinados) contraindicações
dias
Hipersensibilidade Urticária, sibilos, Menos de 2 1,9-7,7: Notificar Contraindicada
1.000.000
laringoespasmos, horas
vacinados
edema de lábios,
hipotensão e
choque
Encefalite Febre, torpor, 7-21 dias 0,4-1,0: Notificar Contraindicada
1.000.000
meningismo,
doses
paresia e
convulsões
Doença Síndrome Primeiros 10 0,19-5,0: Notificar Contraindicada
1.000.000 doses
Viscerotrópica ictericohemorrágica dias
aguda
Fonte: Adaptado do Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação – 2014.

Eventos adversos associados à VFA podem ocorrer como manifestações locais e


sistêmicas, estas últimas variando de moderadas a graves inclusive com óbito.

Eventos adversos graves e VFA (EAG-VFA)

 As reações de hipersensibilidade - É definida como reação aguda de


hipersensibilidade do tipo I de Gell & Coombs, mediada por IgE, com
envolvimento de múltiplos sistemas e com progressão rápida, grave e com
risco de morte e sua gravidade implica em envolvimento cardiovascular e
respiratório intenso além do envolvimento de outros sistemas.
 Doença viscerotrópica aguda associada à vacina Febre Amarela (DVA-VFA) -
É definida como disfunção aguda de múltiplos órgãos que ocorre após a
vacinação. Os sintomas iniciais de DVA-VFA são inespecíficos, incluindo febre,
cefaleia, astenia, mialgia, artralgia, náusea, vômitos, diarreia e dor abdominal
semelhantes às manifestações da doença Febre Amarela.
32

 Doença neurológica aguda associada à vacina Febre Amarela (DNA-VFA) - As


manifestações neurológicas surgem de uma a quatro semanas após a
vacinação e em 29 geral têm bom prognóstico. As manifestações clínicas dos
eventos adversos neurológicos causados pela vacinação são variadas e se
assemelham àquelas comumente verificadas entre os indivíduos não
vacinados. Febre, cefaleia, alterações do nível de consciência e rigidez de
nuca podem estar presentes nos pacientes com meningoencefalite asséptica.
A cefaleia intensa e prolongada é um sintoma frequente e pode ocorrer na fase
inicial após a vacinação, sendo sinal de alerta para possíveis complicações
neurológicas. A paralisia flácida, simétrica e ascendente é um sintoma
comumente encontrado nos pacientes com SGB. Convulsões, alterações da
consciência e desordens motoras (hemiplegia, ataxia, entre outras) também
podem estar presentes nos pacientes com Adem. São consideradas DNA:
meningite asséptica, encefalite, meningoencefalite, encefalomielite
disseminada aguda (Adem), síndrome de Guillain-Barré (SGB) e outras
manifestações autoimunes.
 Qualquer morte súbita inesperada ocorrendo até 30 dias após o término de
campanhas de vacinação contra a Febre Amarela em que as circunstâncias e
dados clínicos sugerem um evento adverso à vacina .
 Interação com outras vacinas - em crianças menores de 2 anos de idade, não
vacinadas contra a Febre Amarela, não administrar as vacinas TRÍPLICE
VIRAL ou TETRA VIRAL simultaneamente com a VFA. Considerando a
situação epidemiológica atual da Febre Amarela, priorizar a vacinação contra
essa doença, neste momento. O intervalo entre as vacinas é de 30 dias.
33

10.1 Considerações

 A aplicação é subcutânea (0,5 mL). A administração é realizada, de preferência,


na região do deltoide, na face externa superior do braço, se o individuou for
febril, é recomendado adiar a aplicação.
 A um aumento limitado e reversível de enzimas hepáticas nas duas primeiras
semanas de vacinação, sem manifestações clínicas.
 Eventos neurotrópicos relatados são Síndrome de Guillain Barré, paralisia de
Bell, mononeurite e doença autoimune com envolvimento do sistema nervoso
central ou periférico.
 Doenças viscerotrópicas aguda é caracterizada por quadro clínico semelhante
a Febre Amarela silvestre com febre, astenia, mialgias, icterícias, oligúrias,
instabilidade cardiovascular, insuficiência renal, insuficiência respiratórias,
hemorragia e necrose hepática.

11. CONTRAINDICAÇÕES PARA VACINAÇÃO

 Crianças menores de 9 meses de idade;


 Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação;
 Paciente com HIV sintomáticos ou CD4 abaixo de 200 células/mm³;
 Pacientes com neoplasias em quimioterapia ou radioterapia;
 Pacientes que tenham apresentado doença neurológicas desmielinizante no
período de seis semanas após a aplicada a dose anterior da vacina;
 Pacientes que realizaram transplante de órgãos em uso de terapia
imunossupressora;
 Pacientes que realizaram transplante de medula óssea deverá ser avaliado,
considerando seu estado imunológico e o risco de epidemiologia, respeitando
o período de 24 meses após a cirurgia;
 Pessoas com histórico de reação anafilática relacionada a substâncias
presente na vacina, se alérgico ao ovo de galinha e seus derivados, não poderá
tomar a vacina.
 Pacientes com histórico pregressa de doença do timo.
34

12. MEDIDAS DE PROTEÇÃO – PREVENÇÃO CONTRA


PICADAS DE MOSQUITOS

A Febre Amarela faz parte da lista de doenças de notificação compulsória e como tal,
qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado à autoridade sanitária local,
estadual ou nacional e está notifica os organismos internacionais. Posteriormente,
havendo confirmação laboratorial, a notificação do caso é confirmada e a autoridade
nacional ratifica a autoridade sanitária internacional.

A vacinação é a principal medida de controle da Febre Amarela, durante um surto da


doença é recomendada a vacinação das pessoas não vacinadas que residam ou vão
se descolar para áreas de risco.

Medidas de proteção:

 Usar repelente de insetos, este deverá ser aplicado em toda área de pele
exposta respeitando os intervalos orientados pelo fabricante.
 Proteger a maior extensão possível da pele por meio de uso de calça comprida,
blusas de mangas compridas e sem decotes, meias e sapatos fechados.
 Não usar repelentes por debaixo das roupas.
 Passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados, com portas e
janelas fechadas ou protegidas por telas com trama adequada para impedir a
entrada de mosquitos.
 Dormir sob mosquiteiros corretamente arrumados para não permitir a entrada
de mosquitos, preferencialmente dormir debaixo de mosqueteiros impregnados
com permetrina.
 Usar repelentes ambientais, durante todo o tempo em que estiverem em
ambientes domiciliares ou de trabalho, inclusive a noite.
35

13. EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A Febre Amarela, é fundamental o controle de todos os agravos, visando difundir e


informar sobre a prevenção, ressaltar a importância da vacinação e outras medidas
de proteção individual. Principalmente a população que reside em áreas endêmicas,
migrantes e a grupos de risco em seus locais de procedência, antes de seu
deslocamento para essas áreas.

Deverá ser estimulada a participação da comunidade no controle efetivo da Febre


Amarela, sensibilizando-as sobre o impacto social e magnitude do dano sanitário que
essa doença representa.

No qual devem participar todas as instituições envolvidas, organizações não


governamentais, empresas de transporte aéreo e terrestre, bem como agências de
turismo entre outras, priorizando as áreas de saúde, educação e saneamento.

Por tanto é necessário aprender que a educação em saúde, mantida a margem do


Programa de Vigilância e Controle da Febre Amarela, deverá ser vista como uma
necessidade de compreender a gravidade do assunto com vista a mudar a sua
conduta em relação a cuidado e prevenção.
36

CONCLUSÃO

Podemos concluir que a Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por
vírus e transmitida por vetores. A transmissão urbana da febre amarela só é possível
através da picada de mosquitos Aedes Aegypti. O vírus é um vírus ARN do
gênero Flavivirus.

Foi possível perceber que o retorno da Febre Amarela como surto no Brasil em no
primeiro semestre de 2017, desde então, foram confirmadas pelo Ministério da Saúde
ocorrências de mortes nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio
de Janeiro. Registrados no Brasil o recorde de casos da doença.

Foi disponibilizado a vacina como prevenção da Febre Amarela a dose integral (0,5
ml) no qual tem validade para a vida toda e a dose fracionada (0,1 ml) valendo por
pelo menos 8 anos, e foi aplicada nas campanhas de vacinação de SP, RJ e BA.

A eficácia da vacina chega a ser 99%, porem pode causar reações adversas como
qualquer outro medicamento. Entre outras medidas para prevenir a infeção estão a
diminuição da população dos mosquitos que a transmitem. O tratamento de pessoas
infectadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas
eficazes contra o vírus. A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte a
metade das pessoas que não recebem tratamento.

A imunização de indivíduos residentes em áreas endêmicas ou ameaçadas, bem


como de turistas, alvos de infecção e vetores potencias da Febre Amarela em seu
retorno para áreas susceptíveis é uma recomendação da Organização Mundial da
Saúde.

No entanto a Febre Amarela no Brasil nos anos de 2017 e início de 2018 foi possível
verificar um surto em determinadas áreas, e como prevenção foi realizada campanhas
de vacinação para imunizar a maior parte da população, neste contexto, pode ser
observado que a Educação em Saúde, deve divulgar mais métodos informativos a
população, para o combate da mesma, conscientizando o indivíduo.
37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Técnica sobre a Febre Amarela no Estado de São
Paulo 2017. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-
vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-
zoonoses/doc/famarela/famarela17_nota_tecnica.pdf>. Acesso em: 22 janeiro 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Febre Amarela. Guia para profissionais da Saúde.


Ministério da Saúde. Brasília 2017. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/febre_amarela_guia_profissionais_saud
e.pdf>. Acesso em: 25 janeiro 2018.

Franco O. História da Febre Amarela no Brasil. Rev bras malariol doenças trop. 1969
21:315-520. Acesso em: 26 janeiro 2018.

BRASIL. Ministério da Sáude. COES – Febre Amarela. Disponível em:


<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/maio/04/COES-FEBRE-
AMARELA---INFORME-39---Atualizacao-em-04maio2017.pdf>. Acesso em:
1 fevereiro 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde atualiza casos de Febre Amarela. Disponível em:


<http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42366-ministerio-da-saude-
atualiza-casos-de-febre-amarela-3>. Acesso em: 05 fevereiro. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da saúde: orientações quanto à vacinação contra


a Febre Amarela. c2017. Acesso em: 05 fevereiro. 2018.

Vasconcelos, PFC. Febre Amarela: reflexões sobre a doença, as perspectivas para o


século XXI e o risco da reurbanização. Rev Bras Epidemiol 1996;5(2):244-58. Acesso
em: 05 fevereiro 2018

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Febre Amarela. Atualizado em


05/02/2018. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-
vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-
zoonoses/doc/famarela/fa18_boletim_epid_0502.pdf>. Acesso em: 7 fevereiro 2018.
38

BRASIL. Ministério da Saúde. SINAN - Ficha de Investigação de Febre Amarela.


Governo do Rio de Janeiro. Secretaria do Estado da Saúde. 2017. Disponível em:
<http://riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=RwvAJ1gvVAo%3d>.
Acesso em:7 fevereiro 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. SINAN – Sistema de Informação de Agravos de


Notificações. Ficha de Notificação/Investigação. Epizootia. Governo do Rio de Janeiro.
Disponível em:
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=LZA66Y6Tcn8%3
d. Acesso em:7 fevereiro 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe nº 11 -


2017/2018. Disponível em:
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/25/af-informe-febre-
amarela-10-25jan18.pdf. Acesso em: 7 fevereiro. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Febre Amarela. Informe nº 39 – 2017. Disponível em:


http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/maio/04/COES- FEBRE-AMARELA--
-INFORME-39---Atualizacao-em-04maio2017.pdf. Acesso em: 7 fevereiro 2018.

CHEBADO, A. ERNESTO F. S. CARLOS A. E. Febre Amarela - Informativo para


profissionais de Saúde. Sociedade Brasileira de Infectologia. Disponível em:
<https://sbim.org.br/images/files/sbi-famarela-saude.pdf>. Acesso em: 7
fevereiro 2018.
39

GLOSSÁRIO

Área Com Recomendação Permanente de Vacinação (ACRV): Área com registro


histórico de Febre Amarela (FA) silvestre e, portanto, com recomendação permanente
de vacinação.

Área Sem Recomendação de Vacinação (ASRV): Área sem registro histórico de FA


silvestre e, portanto, sem recomendação de vacinação.

Área Com Recomendação Temporária de Vacinação (ACRT): Áreas contíguas


e/ou próximas às áreas com registro recente e, portanto, com risco de transmissão da
doença e recomendação temporária de vacinação em caráter cautelar. Algumas áreas
sem registro de casos e não contíguas às áreas com registro de FA estão inseridas
nessa classificação por questões geográficas e/ou operacionais (áreas próximas).

Área afetada: Municípios com evidência recente (período de monitoramento – julho a


junho) de transmissão do vírus da FA.

Área ampliada: Municípios contíguos à área afetada. Adicionalmente, também


poderão ser incluídos nessa área aqueles municípios dispostos entre distintas áreas
de transmissão (afetada e ampliada).

Caso humano suspeito de FA: Indivíduo com quadro febril agudo (até 07 dias), de
início súbito, acompanhado de (I) icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, (II) não
vacinado contra a FA ou com estado vacinal ignorado, (III) residente em (ou
procedente de) área de risco para Febre Amarela ou de locais com ocorrência de
epizootia confirmada em primatas não humanos ou (IV) isolamento de vírus em
mosquitos vetores, nos últimos 15 dias.

Caso humano confirmado para FA por critério clínico-laboratorial: Todo caso


suspeito que, além dos critérios clínicos e epidemiológicos compatíveis, apresente
pelo menos uma das seguintes condições: (I) isolamento do vírus da FA em tecidos
ou sangue/soro; (II) detecção do genoma viral em tecidos ou sangue/soro; (III)
detecção de anticorpos da classe IgM em soro pela técnica de MAC-ELISA em
indivíduos não vacinados ou com aumento de 4 vezes ou mais nos títulos de
anticorpos pela técnica de inibição da hemaglutinação (IH), em amostras de soro
40

pareadas; (IV) achados histopatológicos com lesões em tecidos compatíveis com FA.
Também será considerado caso confirmado o indivíduo assintomático ou
oligossintomático, originado de busca ativa, que (i) não tenha sido vacinado e que (ii)
apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva ou positividade por outra técnica
laboratorial conclusiva para a FA. Importante avaliar para além dos resultados
laboratoriais, os critérios clínicos e epidemiológicos para encerramento de casos,
considerando a elevada incidência e prevalência de outros Flavivirus como Dengue,
Zika, Saint Louis e o vírus do oeste do Nilo, além da vacinação contra a FA, em virtude
da elevada frequência de reações inespecíficas e/ou cruzadas entre esses vírus, além
do uso de técnicas laboratoriais não utilizadas anteriormente.

Caso humano confirmado para FA por vínculo epidemiológico: Caso suspeito de


FA que evoluiu para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, em
período e área compatíveis com surto ou epidemia, em que outros casos já tenham
sido confirmados laboratorialmente.

Caso humano descartado: Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo,


desde que comprovado que as amostras foram coletadas em tempo oportuno para a
técnica laboratorial realizada; ou caso suspeito com diagnóstico confirmado para outra
doença.

Epizootia de primata não-humano com suspeita de FA: Primata não humano de


qualquer espécie, encontrado morto (incluindo ossadas) ou doente, em qualquer local
do território nacional. Os eventos notificados devem ser classificados em:

1) Epizootia de primata não-humano “em investigação”: Morte de macaco,


constatada em investigação local, com coleta de amostras do animal objeto da
notificação ou com coleta de amostras secundárias na investigação (amostras de
primatas remanescentes da área, contactantes do animal doente ou morto).
Adicionalmente, a investigação na área do Local Provável de Infecção (LPI) pode
reunir amostras indiretas para contribuírem na investigação, tais como vetores para
pesquisa de vírus, casos humanos sintomáticos ou indivíduos assintomáticos não
vacinados, identificados na busca ativa.

2) Epizootia em primata não-humano confirmada para FA por critério


laboratorial: Epizootia em primatas não humanos com resultado laboratorial
41

conclusivo para a FA em pelo menos um animal do LPI (aplicam-se as mesmas


técnicas utilizadas em amostras de humanos).

3) Epizootia em primata não-humano confirmada para FA por vínculo


epidemiológico: Epizootia em primatas não humanos associada a evidência de
circulação viral em vetores, outros primatas não humanos ou humanos no LPI. Devem
ser considerados o tempo e a área de detecção, avaliando caso a caso, em conjunto
com as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS).

4) Epizootia em primata não-humano indeterminada: Rumor do adoecimento ou


morte de macaco, com histórico consistente, sem coleta de amostras para diagnóstico
laboratorial. Incluem-se nessa classificação aqueles eventos em que a investigação
epidemiológica não reuniu amostras para investigação da causa da epizootia.

5) Epizootia em primata não-humano descartada: Resultado laboratorial negativo


para FA ou com confirmação por outras causas.
42

ANEXOS - A

ANEXO I- FEBRE AMARELA - INFORMATIVO


43

ANEXO II – ÁREAS DE RECOMENDAÇÃO PARA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE


AMARELA
44

ANEXO III – FICHA DE NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO EPIZOOTIAS - SINAN


45

ANEXO IV – FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE FEBRE AMARELA - SINAN


46
47

ANEXO V – INFORMATIVO DA PREFEITURA DE SÃO PAULO


48

ANEXO VI – MUNICÍPIOS COM DOSE FRACIONADA DA VACINA CONTRA


FEBRE AMARELA

Você também pode gostar