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COLÉGIO 24 DE MAIO
SÃO PAULO
2018
BRUNA CRISTINA HENRIQUE RIZZO
DOUGLAS DE ALMEIDA SOARES BISPO
ELDA SOUSA CACCAVO
FERNANDA AUGUSTO DE LIMA
KEVELLYN GABRIELA M. DA CUNHA
RODRIGO TRAJANO DA SILVA
VINICIUS BERTUCCELLI DE SOUZA
VIVIAN BERTUCCELLI DE SOUZA
SÃO PAULO
2018
BRUNA CRISTINA HENRIQUE RIZZO
DOUGLAS DE ALMEIDA SOARES BISPO
ELDA SOUSA CACCAVO
FERNANDA AUGUSTO DE LIMA
KEVELLYN GABRIELA M. DA CUNHA
RODRIGO TRAJANO DA SILVA
VINICIUS BERTUCCELLI DE SOUZA
VIVIAN BERTUCCELLI DE SOUZA
Banca examinadora:
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______________________________________
Agradecemos primeiramente a Deus, por nos guiar e ajudar nessa jornada, não
nos deixando desistir.
Agradecemos a nossa orientadora Prof.ª Daniela A. Lacerda Siqueira, pela
sabedoria com que nos guiou nesta trajetória.
Gostaríamos de deixar registrado também, o reconhecimento à nossa família,
pois acreditamos que sem o apoio deles seria muito difícil vencer esse desafio.
Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização deste
trabalho.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção”.
(PAULO FREIRE)
RESUMO
A Febre Amarela (FA) trata-se de uma doença infecciosa não contagiosa de curta
duração causada por vírus. Existem duas formas da doença: a Febre Amarela urbana
(FAU) e a Febre Amarela silvestre (FAS), tendo como vetor os gêneros Aedes e
Haemagogus. Tanto a Febre Amarela urbana ou silvestre pode variar de assintomática
a grave. A principal medida de controle da infecção, após o controle de vetores é a
vacinação. A vacinação tem importância na prevenção e controle da doença que
interrompe o ciclo de transmissão da forma silvestre para a forma urbana através da
geração de uma barreira de imunidade coletiva. No ano de 2017, foram notificadas ao
Ministério da Saúde 1170 casos de suspeita de Febre Amarela no Brasil. A pesquisa
foi realizada por revisão bibliográfica desenvolvida através de publicações cientificas
preferencialmente, no período 2017, utilizando para levantamento dos dados as bases
de dados, BVS/Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde) e livros acadêmicos. Esta revisão
permitiu detalhar SCIELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura
Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) as práticas de atuação do
enfermeiro nos casos de Febre Amarela no Brasil, enfatizando sua importância.
Palavras-chave: Febre Amarela, manifestações clinicas, etiologia, epidemiologia e
tratamento.
ABSTRACT
1. Introdução ............................................................................................................ 13
1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 13
1.2 Objetivo Específicos .................................................................................... 14
2. Desenvolvimento ................................................................................................. 15
3. Histórico da Febre Amarela ........................................................................... 15-16
4. Dados Epidemiológicos ................................................................................. 17-22
5. Vigilância de Epizootias em Primatas não Humanos (PNH) ....................... 22-24
5.1 Monitoramento Epizootias ...................................................................... 24-25
5.2 Vigilância Epidemiológica ............................................................................ 25
6. Quadro Clinico..................................................................................................... 26
7. Diagnóstico Laboratorial ............................................................................... 27-28
8. Tratamento ........................................................................................................... 28
9. Imunização ..................................................................................................... 28-29
9.1 Dose Fracionada da Vacina contra Febre Amarela ...................................... 29
9.2 Precauções .............................................................................................. 29-30
9.3 Contra Indicações ......................................................................................... 30
10. Eventos Adversos ....................................................................................... 31-32
10.1 Considerações ....................................................................................... 32-33
11. Contra Indicações para Vacina ....................................................................... 33
12. Medidas de Proteção......................................................................................... 34
13. Educação em Saúde ......................................................................................... 35
Conclusão ................................................................................................................ 36
Referências bibliográficas ................................................................................. 37-38
Glossário ............................................................................................................. 39-41
Anexos ................................................................................................................ 42-48
13
1. INTRODUÇÃO
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa febril aguda não contagiosa, a
infecção pode ser caracterizada por duas formas: no ciclo silvestre, em áreas
florestais, o vetor da Febre Amarela é principalmente o mosquito Haemagogus, no
meio urbano, a transmissão acontece por meio do mosquito Aedes aegypti. Sua
transmissão é pela picada dos mosquitos transmissores e infectados.
Sua etiologia pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus que
significa amarelo), vírus RNA.
Quanto aos seus fatores de risco as pessoas que nunca entraram em contato com a
Febre Amarela ou nunca se vacinaram elas correm o risco de contraria a doença ao
viajar para locais onde a doença está ativa. O risco para pessoas com mais de 60
anos de idade e qualquer pessoa com imunodeficiência grave devido a HIV/AIDS.
2. DESENVOLVIMENTO
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, a infecção
pode ser caracterizada por duas formas: no ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor
da Febre Amarela é principalmente o mosquito Haemagogus, no meio urbano, a
transmissão acontece por meio do mosquito Aedes aegypti. Sua transmissão é pela
picada dos mosquitos transmissores e infectados.
Sua etiologia pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus que
significa amarelo), vírus RNA.
Salvador também foi atingida, causando aproximadamente 900 mortes durante os seis
anos.
Em 1850, foi implementada uma campanha pelo governo imperial no qual foi capaz
de controlar a epidemia, foi criada então uma comissão de engenheiros e uma junta
de Higiene Pública que resultou em uma lei de defesa sanitária no país. Como não
conheciam o seu agente etiológico e a forma de transmissão, foram realizadas
medidas de controle, ou seja, foi realizado desinfecção de navios, isolamento,
quarentena, medidas sanitárias coletivas, como por exemplo: aterramento de valas e
limpeza de esgoto.
Neste período a Febre Amarela (FA) era predominante urbano. Com o avanço do
conhecimento da doença, isolamento viral e definição do agente etiológico, foram
realizadas medidas de controle direcionadas a controle de vetor, pela liderança de
Oswaldo Cruz. Foi então nesta época identificado os dois ciclos da doença.
Figura 2: Distribuição geográfica das epizootias em primatas não humanos suspeitas de Febre Amarela notificadas à SVS/MS
até 9 de fevereiro de 2017, às 13h, com data de ocorrência a partir de 1 dezembro de 2016, por município do Local Provável
de Infecção (LPI) e classificação.
Os casos confirmados estão distribuídos em três estados: Minas Gerais (288), Espírito
Santo (79) e São Paulo (4). A figura abaixo mostra os munícipios com casos
confirmados e sob investigação, bem como as epizootias confirmadas e em
investigação.
18
Do total de casos notificados, 186 evoluíram para óbito, sendo que 104 óbitos
permanecem em investigação, 79 óbitos confirmados e 3 foram descartados. A taxa
de letalidade entre os casos confirmados foi de 34,3%.
Figura 3: Distribuição dos óbitos suspeitos de Febre Amarela entre o total de casos notificados a SVS/MS até 13 de março de
2017, as 13h, com início dos sintomas a partir de 01 de dezembro de 2016, por UF do local provável da infecção (LPI) e
classificação.
No quadro (1) é possível ver a distribuição dos casos de Febre Amarela notificados no
período de 01/07/2017 a 23/01/2018.
19
AM 1 1 - 0 -
PA 18 11 7 0 -
RO 5 5 - 0 -
RR 2 2 - 0 -
TO 7 6 1 0 -
BA 11 6 5 0 -
CE 1 1 - 0 -
MA 1 1 - 0 -
PE 1 0 1 0 -
PI 3 1 2 0 -
RN 1 0 1 0 -
DF 22 17 4 1 1
GO 20 14 6 0 -
MT 1 0 1 0 -
MS 4 3 1 0 -
ES 53 31 22 0 -
MG 123 55 18 50 24
RJ 22 3 1 18 7
SP 277 132 84 61 21
PR 14 13 1 0 -
RS 7 3 4 0 -
SC 5 2 3 0 -
Total 601 309 162 130 53
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42366-ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-febre-amarela-3
Tabela 1 Distribuição dos casos notificados de Febre Amarela segundo classificação. Estado de São Paulo, 2017-2018
Dos 161 casos autóctones, 59 evoluíram para o óbito, com letalidade de 36,6%. A
maioria dos casos é do sexo masculino (82,6%) e a mediana da idade é de 43,4
anos (2 – 89 anos).
Gráfico 2 - Casos humanos suspeitos de FA notificados durante o período de monitoramento 2017/2018, por semana
epidemiológica de início de sintomas e classificação.
Dos casos confirmados 85% (n=40) são do sexo masculino e apenas 15% (n=7) do sexo
feminino. A idade mediana dos casos dos casos confirmados é de 50 anos, sendo o limite
mínimo 17 e o máximo 92. Para efeito de vigilância são consideradas Áreas Afetadas
municípios com evidência de circulação viral, seja por confirmação de caso humano e/ou
epizootia confirmada laboratorialmente.
22
No Gráfico 3 é possível ver a distribuição dos casos confirmados por faixa etária,
utilizando critérios do Ministério da Saúde (MS).
Gráfico3–Distribuiçãodos casos confirmados por faixa etária e sexo, utilizando critério do MS.
Fonte: CIEVS/SVEA/SES-RJ.
Quadro 2 Distribuição das epizootias em PNH notificadas à SVS/MS, por UF do local provável de infecção e classificação,
monitoramento 2017/2018, Brasil, SE-03 (jul/17 a jun/18).
parte dos casos em investigação foi notificada na região Sudeste (77,1% [125/162])
(Quadro 3).
Quadro 3 Distribuição dos casos humanos suspeitos de FA notificados à SVS/MS por UF de provável infecção e classificação,
Brasil, monitoramento 2017/2018 SE 03 (jul/17 a jun/18).
6. QUADRO CLÍNICO
O espectro clinico da Febre Amarela pode variar desde infecções assintomáticas até
quadros graves e fatais (ver quadro 4).
27
7. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Tecido: Fígado, rins Fragmento de 1 cm³ 1 Fragmento de cada Logo após o óbito, no Frasco estéril de
coração, baço, víscera máximo até 24 horas plástico ou vidro com
linfonodos. Obtenção tampa de rosca, a
da amostra por fresco (sem adição de
necropsia, viscerotomia conservantes).
ou agulha de biópsia.
Histopatologia/ Tecido: Fígado, rins Fragmento de 1 cm³ 1 Fragmento de cada Logo após o óbito, no Frasco estéril de
Imonohistoquímica coração, baço, víscera máximo até 12 horas plástico ou vidro com
linfonodos. Obtenção tampa de rosca, com
da amostra por solução de Formalina
necropsia, viscerotomia a 10% tamponada.
ou agulha de biópsia.
8. TRATAMENTO
9. IMUNIZAÇÃO
O esquema da vacinal consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade.
9.2 Precauções
9.3 Contraindicações
10.1 Considerações
A Febre Amarela faz parte da lista de doenças de notificação compulsória e como tal,
qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado à autoridade sanitária local,
estadual ou nacional e está notifica os organismos internacionais. Posteriormente,
havendo confirmação laboratorial, a notificação do caso é confirmada e a autoridade
nacional ratifica a autoridade sanitária internacional.
Medidas de proteção:
Usar repelente de insetos, este deverá ser aplicado em toda área de pele
exposta respeitando os intervalos orientados pelo fabricante.
Proteger a maior extensão possível da pele por meio de uso de calça comprida,
blusas de mangas compridas e sem decotes, meias e sapatos fechados.
Não usar repelentes por debaixo das roupas.
Passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados, com portas e
janelas fechadas ou protegidas por telas com trama adequada para impedir a
entrada de mosquitos.
Dormir sob mosquiteiros corretamente arrumados para não permitir a entrada
de mosquitos, preferencialmente dormir debaixo de mosqueteiros impregnados
com permetrina.
Usar repelentes ambientais, durante todo o tempo em que estiverem em
ambientes domiciliares ou de trabalho, inclusive a noite.
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CONCLUSÃO
Podemos concluir que a Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por
vírus e transmitida por vetores. A transmissão urbana da febre amarela só é possível
através da picada de mosquitos Aedes Aegypti. O vírus é um vírus ARN do
gênero Flavivirus.
Foi possível perceber que o retorno da Febre Amarela como surto no Brasil em no
primeiro semestre de 2017, desde então, foram confirmadas pelo Ministério da Saúde
ocorrências de mortes nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio
de Janeiro. Registrados no Brasil o recorde de casos da doença.
Foi disponibilizado a vacina como prevenção da Febre Amarela a dose integral (0,5
ml) no qual tem validade para a vida toda e a dose fracionada (0,1 ml) valendo por
pelo menos 8 anos, e foi aplicada nas campanhas de vacinação de SP, RJ e BA.
A eficácia da vacina chega a ser 99%, porem pode causar reações adversas como
qualquer outro medicamento. Entre outras medidas para prevenir a infeção estão a
diminuição da população dos mosquitos que a transmitem. O tratamento de pessoas
infectadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas
eficazes contra o vírus. A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte a
metade das pessoas que não recebem tratamento.
No entanto a Febre Amarela no Brasil nos anos de 2017 e início de 2018 foi possível
verificar um surto em determinadas áreas, e como prevenção foi realizada campanhas
de vacinação para imunizar a maior parte da população, neste contexto, pode ser
observado que a Educação em Saúde, deve divulgar mais métodos informativos a
população, para o combate da mesma, conscientizando o indivíduo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Técnica sobre a Febre Amarela no Estado de São
Paulo 2017. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-
vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-
zoonoses/doc/famarela/famarela17_nota_tecnica.pdf>. Acesso em: 22 janeiro 2018.
Franco O. História da Febre Amarela no Brasil. Rev bras malariol doenças trop. 1969
21:315-520. Acesso em: 26 janeiro 2018.
GLOSSÁRIO
Caso humano suspeito de FA: Indivíduo com quadro febril agudo (até 07 dias), de
início súbito, acompanhado de (I) icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, (II) não
vacinado contra a FA ou com estado vacinal ignorado, (III) residente em (ou
procedente de) área de risco para Febre Amarela ou de locais com ocorrência de
epizootia confirmada em primatas não humanos ou (IV) isolamento de vírus em
mosquitos vetores, nos últimos 15 dias.
pareadas; (IV) achados histopatológicos com lesões em tecidos compatíveis com FA.
Também será considerado caso confirmado o indivíduo assintomático ou
oligossintomático, originado de busca ativa, que (i) não tenha sido vacinado e que (ii)
apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva ou positividade por outra técnica
laboratorial conclusiva para a FA. Importante avaliar para além dos resultados
laboratoriais, os critérios clínicos e epidemiológicos para encerramento de casos,
considerando a elevada incidência e prevalência de outros Flavivirus como Dengue,
Zika, Saint Louis e o vírus do oeste do Nilo, além da vacinação contra a FA, em virtude
da elevada frequência de reações inespecíficas e/ou cruzadas entre esses vírus, além
do uso de técnicas laboratoriais não utilizadas anteriormente.
ANEXOS - A