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POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ

6º COMANDO REGIONAL
28º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR
ROTAM

NORMAS GERAIS DE AÇÃO


1ª Edição

LAPA
2023

1
Índice
1.Aspectos Históricos e Legais........................................................................................................................4
2. Da Simbologia do Brasão ROTAM..............................................................................................................5
3. Doutrina (Valores Doutrinários)...................................................................................................................6
3.1 Objetivos............................................................................................................................................7
3.2 Estágio................................................................................................................................................7
3.3 Entrega do Braçal...............................................................................................................................8
4. Missão..........................................................................................................................................................9
4.1 Missão Principal.................................................................................................................................9
4.2 Missão Secundária..............................................................................................................................9
5. Doutrina de ROTAM...................................................................................................................................9
5.1 Composição das equipes...................................................................................................................10
5.2 1º Homem (Comandante da Equipe)................................................................................................10
5.3 2º Homem (Motorista)......................................................................................................................11
5.4 3° Homem (segurança).....................................................................................................................12
5.5 4° Homem (segurança/anotador)......................................................................................................12
5.6 5° Homem (anotador/estagiário).......................................................................................................13
5.7 Zonas De Observação.......................................................................................................................14
6. Equipamentos e armamentos......................................................................................................................15
6.1 Equipamentos Individuais................................................................................................................16
7. Assunção do serviço...................................................................................................................................16
8. Comunicação..............................................................................................................................................17
9. Patrulhamento............................................................................................................................................18
10. Atendimento de ocorrências.....................................................................................................................22
10.1 Procedimentos em confrontos armados..........................................................................................24
10.2 Boletins de Ocorrência...................................................................................................................26
11. Abordagens..............................................................................................................................................28
11.1 Busca Pessoal.................................................................................................................................30
11.2 Busca Ligeira..................................................................................................................................30
11.3 Busca Minuciosa............................................................................................................................30
11.4 Busca Completa..............................................................................................................................31
11.5 Busca Pessoal Em Mulheres...........................................................................................................31
11.6 Abordagem a Veículos...................................................................................................................31
11.7 Abordagem a veículos lateral.........................................................................................................34
11.8 Abordagem a Motocicletas.............................................................................................................35
11.9 Abordagem a coletivos...................................................................................................................36
11.10 Abordagem a outros veículos.......................................................................................................37
12. Acompanhamento tático e realização de cercos.......................................................................................37

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12.1 Fuga em veículos............................................................................................................................37
13. Pontos base (PBs).....................................................................................................................................39
14. Realização de Bloqueio............................................................................................................................41
14.1 Realização de Bloqueio Relâmpago...............................................................................................42
15. Comboio...................................................................................................................................................42
15.1 Deslocamentos curtos.....................................................................................................................43
15.2 Deslocamentos longos....................................................................................................................44
16. Operações em Controle de Multidões Motorizadas – Choque Motorizado ou Choque Ligeiro...............45
17. Retorno do patrulhamento e encerramento do turno.................................................................................46
18. Procedimentos em Ocorrências que Exigem uma Resposta Especial da PMPR.......................................47
18.1 Procedimentos Operacionais Padrão (POP)....................................................................................47
19. Prescrições Diversas.................................................................................................................................48
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................50
ANEXO A......................................................................................................................................................51

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1. Aspectos Históricos e Legais

A ROTAM (Rondas Ostensivas Tático Móvel) é uma força policial qualificada para dar
atendimento a ocorrências de maior potencial de risco. Criada pela Diretriz 006/2004 do Comando-
Geral da Polícia Militar do Paraná substituiu as antigas RONE, e surgiu diante a necessidade de
recobrimento do policiamento ostensivo e patrulhamento tático nas unidades operacionais de área e
de uma pronta resposta em situações de maior complexidade em detrimento do crescimento da
criminalidade e da violência em nosso Estado.
Tradicionalmente as ROTAM’s têm sua estruturação baseada nas Normas Gerais de Ação RONE
(BPRONE), adaptando-se naquilo que lhe for necessário, de acordo com a peculiaridade do efetivo,
missão, localidade etc.
As nomenclaturas utilizadas foram TMA (Tático Móvel Auto), GOE (Grupo de Operações
Especiais), RONE Genérica (Rondas Ostensivas de Natureza Especial), a partir de 2004 criadas as
ROTAM.
As Normas Gerais de Ação da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE) por usa vez,
teve sua primeira edição no ano de 1995, escrita à época pelo então Tenente Hudson, com base na
doutrina da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) da Polícia Militar do Estado de São
Paulo, foi aperfeiçoada com novos conceitos em se falando de patrulhamento tático, advindos de
vários outros grupos de patrulhamento tático, como por exemplo ROTA PMESP e ROTAM
PMGO. O BPRONE é o responsável pela padronização e difusão da doutrina de Patrulhamento
Tático Motorizado, realiza por meio de Diretriz regulada pelo Comandante-Geral - a fiscalização,
controle, orientação e suporte técnico e logístico das Subunidades de ROTAM no âmbito da PMPR.
Temos ainda em se falando de legalidade e criação da ROTAM que esta encontra sustentação
embrionária na Lei de Organização Básica da PMPR (Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de
2010) onde está previsto o que segue:
1. Art. 39: Em razão dos diferentes objetivos da missão policial-militar, da diversidade de
processos a serem empregados para o cumprimento dessa missão e em razão de características
fisiográficas do Estado, as unidades operacionais da Polícia Militar são dos seguintes tipos:
2. § 1º: As Unidades de Polícia Militar poderão estruturar Rondas Ostensivas Tático Móvel
(ROTAM), e as Unidades de Operações Especiais poderão estruturar Rondas Ostensivas de
Natureza Especial (RONE), operacional e administrativamente subordinadas diretamente ao
Comandante da Unidade, caracterizadas pela ação de patrulheiros especialmente instruídos e
treinados, encarregadas do policiamento ostensivo preventivo qualificado de uma determinada
área, destinada a realizar operações presença, controle de distúrbios civis, bloqueios, grandes
eventos e patrulhamento motorizado em viaturas, respeitadas as peculiaridades de cada
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Organização Policial-Militar (OPM).
2. Da Simbologia do Brasão ROTAM

A Espada

Antigo símbolo do policiamento de rádio patrulha. A força, a


energia, a luz, o comando, a rapidez. Ela também simboliza o
poder da justiça, pois é usada para estabelecer e manter a lei e a
ordem.

O Raio

Simboliza a virtude, a bravura e o poder, e representa os


militares. Representa a velocidade, o pronto e rápido
atendimento

Entrelaçados Espada e Raio

Simbolizam a pronta resposta. O Poder fulminante da Justiça.

Os Fuzis Cruzados

O Poder de Fogo, as Forças Terrestres.


Cruzados Representam a guarda fechada, a interdição a criminalidade.

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3. Doutrina (Valores Doutrinários)

Algumas características consagram uma tropa ROTAM como um grupo diferenciado, de


maneira que um dos mais relevantes deve ser a moral elevada de seus integrantes.
Neste contexto, temos como característica marcante, a doutrina de RONE/ROTAM, a qual é
responsável por forjar o espírito do policial-militar pertencente àquela subunidade e aos pelotões
ROTAM.
Em linhas gerais a Doutrina é um conjunto de regras não formais, não escritas e desprovidas
de sanções administrativas, mas aceitas tácita e voluntariamente pelos Policiais de Rotam, por
serem consideradas como o elemento fundamental e diferenciador na qualidade da prestação de
serviço. Assim sendo evidente que o voluntariado em aceitar a doutrina é quesito primordial para
um integrante de grupo ROTAM.
A Doutrina abrange aspectos técnicos e profissionais voltados à formação do Policial de
ROTAM, objetivando a máxima segurança e eficiência do serviço prestado, pautando por ações em
consonância com os ditames legais e visando sempre a preservação da Ordem Pública.
Sua aplicação inclui detalhes desde a postura do policial durante o patrulhamento, o fornecimento
de uma simples informação ou o preenchimento de documentos, até o desenrolar de ocorrências
complexas envolvendo a vida de civis e policiais, inclusive com a participação de outras Unidades
Policiais ou Entidades Estatais.
Desta forma, o cerne da formação do Profissional de ROTAM encontra guarida nos Valores
Doutrinários que lhe são transmitidos, não apenas Valores Profissionais, mas também Valores
Morais, Éticos e até Sociais, que constituem um verdadeiro arcabouço de Princípios regentes da
Atividade Policial Militar, e que também se aplicam na vida particular do homem. Assim, sua
conduta deve ser pautada pela discrição, educação, devendo o Policial de ROTAM jamais tecer
comentários pessoais e sem critérios argumentativos, relativos a assuntos polêmicos; não devendo
deixar de ser um criador/formador de opinião, contudo agir com sabedoria, esperando o momento
oportuno para expor tais opiniões.
O Policial de ROTAM deve ter a conscientização de zelar por sua honra e sua imagem, pois,
onde quer que esteja, representará a “Rondas Ostensivas de Tático Móvel”, bem como a própria
PMPR, de tal sorte que sua vida não lhe pertence mais com exclusividade, uma vez que suas
atitudes, mesmo fora de serviço, sempre trarão reflexos à Instituição que integra.
Neste prisma, a fidelidade aos Valores Doutrinários constitui o elemento de equilíbrio para o

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exercício da Atividade Policial, o fundamento sobre o qual repousam a eficiência e o
profissionalismo que caracterizam o Policial de ROTAM.
A doutrina reforça a importância da apresentação, disciplina e postura, pois são qualidades
básicas de quem serve no Pelotão. A cobrança é com todos os policiais que ostentam o braçal de
ROTAM portanto deve ser de forma horizontal e vertical, desde o comandante até o policial mais
moderno.
A lealdade para com a instituição, comandante, pares e subordinados estimulando sempre a
espírito de corpo, camaradagem, irmandade, visando um ambiente agradável e harmônico.
A atenção, austeridade, sagacidade e a coragem no cumprimento das missões, através da plena
dedicação ao serviço, mesmo que para isso seja necessário enfrentar o perigo e a morte.
A motivação em trabalhar por uma causa nobre e justa, qual seja servir e proteger aqueles
que não conhecemos.
Humildade para não se considerar superior aos demais; à honestidade como parâmetro essencial, à
discrição e à confiabilidade ao tratar de questões próprias e exclusivas do âmbito profissional.
O treinamento físico constante, no mínimo bom, para realizar as instruções e o patrulhamento
com qualidade, visando sempre a saúde do policial militar.
Por fim, o orgulho em ostentar a condição de Policial de ROTAM, ao apreço pela correção de
atitudes, à responsabilidade do policial para com o batalhão e todos aqueles que contam com seus
serviços, à satisfação pelo dever cumprido e à afeição pela Justiça.

3.1 Objetivos

Assim sendo tais parâmetros visam doutrinar os procedimentos administrativos e


operacionais, bem como as missões a serem adotadas por um policial de ROTAM, e
consequentemente por guarnição de ROTAM, por meio de critérios técnicos e táticos, que se
diferenciam, ante a população, o meio, e a ação desencadeada pelo meliante.
O objetivo principal é a padronização das condutas, através de ações e procedimentos os
quais possibilitam tornar o Policial Militar pertencente à ROTAM, treinado e preparado para a
atuação em Ações/Operações Policiais Militares, em especial no que diz respeito ao atendimento de
ocorrências de vulto, uma vez que o ânimo eminente de violência e/ou periculosidade dos
envolvidos recomende o emprego de guarnições policiais mais capacitadas tecnicamente.

3.2 Estágio

A fase da execução é o serviço operacional, estagiando na viatura de ROTAM, inicialmente


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na função de 5º Homem e na sequência nas funções subsequentes.
Durante o período de estágio o policial será submetido ao Teste de Aptidão Física, conforme
a Portaria do Comando-Geral n.º 076, de 22 de janeiro de 2016 que disciplina os Exames de
Capacidade Física, e à prova escrita, na qual será cobrado sobre a história da unidade, normas,
regras e procedimentos essenciais ao serviço de ROTAM.
Durante os serviços operacionais os adjuntos e oficiais confeccionarão o Relatório de
Avaliação conceitual do estagiário, em que serão avaliados a atuação profissional, a atividade
Policial Militar e a disciplina conforme quesitos abaixo:

 Pontualidade e assiduidade
 Apresentação Pessoal
 Iniciativa/Humildade
 Acatamento às Normas (Respeito às Tradições ROTANEANAS)
 Capacidade de Comunicação (Público Externo)
 Atitudes para com seus Superiores, Pares e/ou Subordinados
 Conhecimento das Técnicas de Abordagem
 Conhecimento da Doutrina de ROTAM
 Conhecimento dos Equipamentos/Armamentos de ROTAM
 Postura/Compostura no Patrulhamento

O policial militar estadual que não for considerado apto no estágio será cientificado pelo
comandante e será permutado com outro policial militar que seja voluntário.
As demais particularidades do estágio estão descritas de forma detalhada no Procedimento
Operacional Padrão (POP) “Rotina do estágio ROTAM” nº 001/23.
O militar estadual que já foi braçal de ROTAM e retorna à unidade realizará o período de
ambientação e a fase de execução conforme a programação acima, porém sua duração será de 30
dias. As demais particularidades do militar estadual que já foi braçal de ROTAM estão descritas de
forma detalhada no Procedimento Operacional Padrão (POP) “Rotina do estágio ROTAM” nº
001/23.

3.3 Entrega do Braçal

Historicamente os gladiadores que lutavam sem temor empunhavam escudo em uma das mãos e
espada ou lança na outra. Porém, alguns bravos guerreiros destemidos passaram a empunhar

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pequenos escudos encaixados em um dos braços para poder empunhar a lança e espada em ambas
as mãos, a fim de atingir um maior número de oponentes. Esses pequenos escudos, valorizados por
ser a única proteção, passaram a ser chamados pelos gladiadores de braçal.
O policial militar que finaliza o estágio passa por diversos treinamentos e por uma dura forja
de provações, tornando-se apto e tendo o privilégio de conquistar o braçal de ROTAM. A data da
cerimônia de entregue do braçal é avisada previamente ao policial militar pela tropa da ROTAM.
Durante o evento, o policial militar permanece em frente à tropa, o comandante é chamado para
colocar o braçal no policial. Ato contínuo, a tropa presta continência, em respeito ao novo policial
braçal de ROTAM. Na sequência a tropa retira a cobertura e entoa a oração da ROTAM.

4. Missão

4.1 Missão Principal

Atuação de patrulhamento tático em áreas urbanas e rurais com forte capacidade de ação e
reação na prevenção e repressão ao crime, recobrimento das áreas de policiamento da unidade em
apoio às unidades do policiamento ostensivo, a localização de presos e criminosos, segurança em
áreas conflagradas tanto rurais quanto urbanas, atuando diretamente nos bairros e locais com alto
índice de criminalidade, principalmente por meio das abordagens e busca pessoal; atuações em
regiões elencadas como áreas de tráfico de entorpecentes, atuação em ocorrências que ultrapassem
a capacidade de resposta do policiamento ordinário e em situações que exijam o emprego de tropa
especializada, operações em guarnições solidárias e em conjunto com realização de abordagens a
estabelecimentos comerciais, bloqueios, incursões a pé em áreas não trafegadas por veículos;
pontos base em locais estratégicos, escoltas de dignitários e numerários (quando for o caso),
atuação em ocorrências envolvendo indivíduos homiziados; realização de cercos policiais,
cumprimentos de mandados judiciais de alto risco, entre outras de caráter preventivo e/ou
repressivo, conforme determinação do Comandante da OPM.

4.2 Missão Secundária

Atuação em ações de choque sob a constituição de pelotão de ROTAM em formação de


choque ligeiro para realização de Controle de Distúrbios Civis (CDC), em eventos esportivos,
shows, escolta de torcidas, rebeliões, reintegrações de posse, contraguerrilha urbana e rural,
ocupação, defesa e retomada de pontos sensíveis, precedendo o emprego de tropas especializadas
RONE e CHOQUE, ou ainda atuando em conjunto com estas.
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5. Doutrina de ROTAM

5.1 Composição das equipes

Durante o Patrulhamento, cada Equipe de ROTAM é composta por 04 (quatro) ou 05 (cinco)


Policiais Militares, sendo o Comando da Equipe exercido preferencialmente por Graduado ou
Oficial. Cada um dos componentes possui uma designação numérica para sua identificação e
consequentemente distribuição de atribuições específicas, sendo estruturada da seguinte forma:

5.2 1º Homem (Comandante da Equipe)

Velar pela postura e compostura de seus subordinados, dentro do aquartelamento e


principalmente durante o patrulhamento, ocasião em que o Policial Militar está diretamente em
contato com o público, portanto, alvo de crítica que poderá ofuscar o bom nome da Corporação e da
ROTAM;
a) Inteirar-se com o Comandante da Equipe que saiu, com o oficial CPU, demais equipes de
serviço, ou ainda mediante o monitoramento via SISCOP acerca das principais ocorrências;
b) Supervisionar o preenchimento de documentos referentes à ocorrência, Relatório de
Abordagem, Relação de Veículos com alerta, preenchimento de cautela de armamentos, entre
outros;
c) Verificar se todos os Policiais estão em condições físicas e psicológicas de trabalhar, bem
como a apresentação pessoal de cada um sob seu comando direto (braçal limpo, farda limpa e
passada, cabelo cortado, barba feita e coturno engraxado);
d) Cobrar fidelidade dos dados estatísticos da guarnição;
e) Verificar se algum Policial possui grande quantidade de dinheiro consigo e o motivo,
visando evitar possíveis reclamações;
f) Fiscalizar se todo armamento, equipamento e material disponível para equipe estão em
condições de utilização e acondicionados de maneira segura;
g) Atentar com o que se passa a sua volta e auxiliar o motorista na condução da viatura, cobrar
que o mesmo dirija de forma defensiva, determinar o itinerário de deslocamento e cobrar atenção e
postura no patrulhamento.
h) Estar sempre à frente da equipe no atendimento de ocorrências, para que todas as decisões
sejam tomadas pelo comandante, auxiliado pelos demais;
i) Coibir o uso de força desnecessária, mas, quando o uso desta for inevitável, tomar todas as
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medidas cabíveis e legais para que a ação esteja respaldada pelo ordenamento jurídico vigente;
j) Colher todas as informações necessárias para atendimento da ocorrência da forma mais
segura para informar as demais viaturas ROTAM ou da área que estão deslocando para a mesma,
pois a primeira viatura ao chegar ao local de crime é a mais importante, pois com base nas
informações desta equipe, é que as demais viaturas poderão direcionar o patrulhamento;
k) Providenciar, em ocorrências envolvendo a ROTAM, o isolamento dos locais de crime, bem
como se possível arrolar testemunhas;
l) Acionar as autoridades competentes para cada tipo de ocorrência (SIATE, Criminalística,
Perícia, IML etc.);
m) Fazer às vezes de “Policiamento comunitário” da ROTAM, através do bom e pronto
atendimento a sociedade, de forma educada e cordial;
n) Manter elevado o moral da equipe;
o) Preservar a integridade física, exigindo o uso correto dos equipamentos, dos armamentos e
das técnicas de imobilização e de condução de presos;
p) Quando houver envolvimento de outras unidades da PMPR em determinadas ocorrências
e/ou operações, tratar com o máximo de respeito e camaradagem os companheiros, mesmo que a
recíproca não seja a mesma, lembre-se que: a POLÍCIA MILITAR é uma só e não importa quem vá
realizar a prisão ou condução do meliante, nem tão pouco quem estará como responsável pela
divulgação da prisão/apreensão para imprensa, o que importa é que mais um crime foi elucidado, e
quem ganha é o cidadão de bem.

5.3 2º Homem (Motorista)

a) Verificar no início de cada turno de serviço a manutenção de 1° escalão da Viatura (nível de


óleo, nível de água, calibragem dos pneus, entre outros), além de ser o responsável pela sua
limpeza;
b) Em não sendo fornecido pela instituição, procurar munir a viatura com um Localizador por
Satélite (GPS), com seu mapa devidamente atualizado para fazer o uso durante o turno de serviço;
c) Durante o patrulhamento conciliar os dois lados da função, ou seja, dirigir a viatura de
forma segura e patrulhar com vista principalmente a veículos e pessoas suspeitas;
d) Dirigir defensivamente com cortesia e respeito aos demais motoristas e transeuntes,
procurando não transgredir normas previstas no Código de Trânsito Brasileiro;
e) Usar racionalmente a Viatura, evitando desgastes desnecessários, pois bom condutor policial,
não é o que corre mais e sim o que dirige de forma segura, conhece bem os caminhos que podem
ser usados para chegar rapidamente ao local de ocorrência sem pôr em risco a vida da equipe ou de
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terceiros e sem danificar a viatura desnecessariamente;

f) No atendimento de ocorrências auxiliar o Comandante na segurança da equipe, estando


sempre atento ao rádio para possíveis chamadas ou para solicitar apoio, principalmente quando a
equipe estiver desembarcada;
g) Vistoriar o camburão sempre que realizar a entrega de algum preso e/ou transporte de
objetos, e no fim ao passar o serviço.
h) Preferencialmente ter realizado o Curso de Capacitação em Condução de Viatura de
Patrulhamento Tático (CCVPT)
i) Em casos de emergência, deslocar com todos os cuidados e sinais de advertência acionados.

5.4 3° Homem (segurança)

a) É o policial mais experiente junto ao Comandante de Equipe e ao motorista;


b) Quando embarcado, se posiciona no banco situado a retaguarda do motorista, devendo
prestar atenção em tudo que passa em sua área de patrulhamento;
c) Tem como função fundamental a segurança da Equipe ROTAM, responsável pela
equipagem da viatura (materiais para CDC, armamentos portáteis e munições letais e não-letais),
devendo ter afinidade no manuseio das armas portáteis constantes na viatura, devendo em áreas de
risco empunhá-la durante o patrulhamento com seu cano voltado para fora e para cima (pronto
alto);
d) Auxiliar o 4° homem a equipar a viatura, obedecendo a todos os princípios de segurança no
manuseio de armamento na área de manejo;
e) Auxiliar o 4° homem no preenchimento de documentos pertinentes a ocorrência;
f) Durante abordagem, procurar local seguro para guarnecer a equipe, orientando o trânsito,
bem como alertando a equipe da aproximação de pessoas.

5.5 4° Homem (segurança/anotador)

a) É o policial mais moderno que compõe a Equipe, e posiciona-se na viatura no banco situado
atrás do comandante de equipe, devendo ter como característica básica a facilidade em escrever e
conhecimento de toda a documentação policial;
b) Juntamente com o 3° homem, equipar a viatura, tendo como responsabilidade principal,
manter a pasta de documentação em dia, bem como materiais que não são de responsabilidade do
terceiro homem, tais como: guia de endereços, luvas descartáveis, canetas, fitas de isolamento e
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equipamentos antidistúrbios (escudos, bastões), corta frio, aríete etc.;
c) Prestar atenção em tudo que se passa a sua volta dentro do campo de responsabilidade
durante o patrulhamento. Durante o patrulhamento e paradas no trânsito, deverá se atentar para
veículos a retaguarda da viatura, ao verificar qualquer veículo suspeito informar o comandante de
equipe;;
d) Anotar dados da ocorrência como: hora, km, endereço e veículos furtados ou roubados
repassados pelo COPOM (na ficha de relação de veículos com alerta) para preencher Boletim de
Ocorrência e documentos pertinentes, encerrando-os posteriormente junto ao COPOM;
e) Saber manusear com rapidez e facilidade aplicativos para auxiliar a equipe nos
deslocamentos para ocorrências bem como ter conhecimento da localização atual da equipe;
f) Ao chegar a uma ocorrência, tão logo tenha se esgotado os riscos para a equipe ou terceiros,
cabe a este policial anotar todos os dados pertinentes como: testemunhas, solicitante, endereços, o
fato, prefixos de viaturas de outras OPM e do policial mais antigo envolvido na ocorrência;
g) Auxiliar o motorista na manutenção da viatura;
h) Providenciar a relação de veículos furtados/roubados no início do
turno.
i) Acompanhar o Comandante da Equipe durante o atendimento de
ocorrências ou quaisquer outras situações, sempre munido de bloco para anotações, HT e
informações que possam se fazer úteis a fim de auxiliar seu comandante.
a) Deverá saber os hospitais e postos de saúde mais próximos da sua área de patrulhamento,
auxiliando o motorista caso precise deslocar com rapidez.
b) Preencher ao final do turno os relatórios com informações fidedignas para posterior análise
criminal e direcionamentos de operações pela seção de planejamento.

5.6 5° Homem (anotador/estagiário)

a) Caso a equipe seja composta por 05 (cinco) policiais, o quinto policial deve ser o que senta
no banco de trás, entre o 3° e o 4° homem, assumindo todas as funções do 4º homem relativas à
escrituração. Sendo estagiário tem como missão principal a de observação;
b) O quinto homem além de observar, deve auxiliar o terceiro e quarto homem a equipar a
viatura, e sendo estagiário não manuseia o armamento longo, nem mesmo para equipar a viatura
ROTAM;
c) A arma permanece coldreada, empunhando-a somente quando desembarcar para
abordagens e afins.
d) Auxilia o motorista e demais policiais na manutenção da viatura.
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e) Durante a abordagem deverá perguntar ao comandante qual será a sua função durante as
abordagens.

A função deverá obedecer ao critério de graduação do militar estadual, quando policiais


militares forem da mesma turma, a antiguidade será de braçal de ROTAM.
5.7 Zonas De Observação

2 1

3 5 4

1 2

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3 5

6. Equipamentos e armamentos

O Policial de ROTAM tem a obrigatoriedade de utilizar os Equipamentos de Proteção


Individual, estar com sua arma de porte, munição sobressalente, algema (com chave), lanterna
tática, kit de APHC, carregador de celular, cantil, canivete e colete de proteção balística, bem como
o fardamento a ser utilizado por um integrante da ROTAM está previsto no Regulamento de
Uniformes da Polícia Militar do Paraná 4º RUPM “ESPECIAL B 1-A OU “ESPECIAL B 1-B” –
POLICIAMENTO OSTENSIVO TÁTICO MÓVEL (Masculino e Feminino) (Acrescentado pela
Portaria do CG n.º 702, de 18 de agosto de 2022). Para os Policiais Estagiários o fardamento é o
mesmo, porém sem braçal ROTAM, sem a placa emborrachada ROTAM do colete modular e
utilizando-se de boné.
Toda viatura de ROTAM em serviços ordinários deverá ser equipada do seguinte
formato:

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a) 01 (um) Fuzil IA2 ou 01 (um) Fuzil T4, calibre 5,56 mm a disposição do comandante de
equipe com dois carregadores sobressalentes, alimentado, carregado e travado;
b) 01 (um) Fuzil IA2, calibre 5,56 mm a disposição do 3° homem da equipe com dois
carregadores sobressalentes, alimentado, carregado e travado;
c) 01 (uma) Submetralhadora, calibre 9mm, com um carregador sobressalente, alimentada,
carregada e travada, no compartimento de carga ou no suporte, a disposição do 4° Homem;
d) 01 (uma) Espingarda GAUGE 12, com 5 munições AM403P no tubo do depósito, alimentada,
telha e gatilho travado, no compartimento de carga ou no suporte, a disposição do 3° Homem;
e) 01 (um) Escudo de proteção balística (Nível II) no camburão da viatura;
f) 01 (um) Corta Frio no compartimento de carga;
g) 03 (três) Bastões de 90 cm no compartimento de carga;
h) 02 (dois) radiocomunicadores portáteis (HT). O primeiro permanecendo fixo na canaleta de
patrulhamento, e o outro HT no modo SCAN.
i) Um bornal contendo 30 munições SG, no console da viatura, entre o comandante e o motorista;
j) Um bornal contendo 36 munições AM 403P no compartimento de carga;
k) Um bornal de granadas, contendo 06 fulmígenas (GL-300/T) e 06 explosivas (GL-304/GL-
307), separados em bolsos diferentes;
l) Um bornal contendo KIT de APHC no encosto de cabeça do 5° Homem;
m) Quando um dos componentes da viatura tiver o curso de Atirador Designado a viatura poderá
ser equipada ainda com 01 (um) fuzil calibre 7,62 ou (um) fuzil calibre 5,56 dotado de sistema
especial de mira.
n) Conforme a particularidade da missão, o oficial ROTAM Comando poderá optar por equipar a
viatura com outros armamentos e materiais, capacete e caneleira anti-tumulto, aríete, aumentar a
quantidade de munições e granadas dos bornais.
o) Todos os componentes devem estar aptos a manusear quaisquer equipamentos ou armamentos
existentes na viatura.
p) A viatura, depois de equipada, mesmo no interior do aquartelamento, deve permanecer
trancada, ou sob os cuidados de um policial da equipe, podendo adentrar na mesma somente
integrantes da guarnição.

6.1 Equipamentos Individuais

a) O Policial de ROTAM tem a obrigatoriedade de utilizar e manter em condições os


equipamentos de uso individual, arma de porte, munição, algema (com chave), lanterna tática,
canivete e colete de proteção balística.
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 16
b) O policial poderá levar outros equipamentos e objetos que facilitem o serviço e atendam às
necessidades das missões, materiais estes os quais deve conhecer intimamente seu funcionamento,
além de mantê-lo constantemente em perfeitas condições de uso como por exemplo:
c) Canivete multiuso;
d) Faca pequena;
e) Kit de primeiros socorros individual com faixas, gazes, remédios, luvas descartáveis, entre
outro;
f) Torniquete;
g) Material para anotações/ escrituração;
h) Carregador de celular;
i) Baterias sobressalentes para equipamentos eletrônicos;
j) Cantil ou garrafa térmica.
k) Cabe ao 4º ou 5º homem equipar a viatura com sua Pasta Individual onde deve conter toda
documentação necessária atinente à formalização de ocorrências.

7. Assunção do serviço

a) O Serviço realizado pelo Pelotão ROTAM é desenvolvido no regime de escalas que variam
em conformidade com a missão a ser desempenhada, contudo costumeiramente é desempenhado
em turnos de 8 a 10hr, podendo ainda ocorrer acionamentos do efetivo sem prévio aviso.
b) A manutenção e equipagem das viaturas, bem como preparação do armamento são
realizadas pós o conhecimento das escalas de serviço e da missão a ser desempenhada, ou seja, após
a equipe tomar conhecimento da missão para o turno de serviço;
c) As áreas de atuação das Equipes variam diariamente, conforme distribuição da Seção de
Planejamento do Batalhão (P/3), com base em dados estratégicos desenvolvidos, a partir da análise
dos índices de criminalidade, podendo sofrer alterações a critério do Oficial ROTAM de serviço,
Oficial CPU (de acordo com a demanda do serviço), ou do Cmt da Unidade.
e) Todo Policial de ROTAM deve ser extremamente cauteloso quanto a sua apresentação
pessoal, e somente sai para o patrulhamento limpo e barbeado, farda limpa e passada, botas
engraxadas, Braçal limpo e com as letras polidas, colete e boina escovados. Sendo dever de todos
se fiscalizarem mutuamente neste sentido.
f) Antecedendo a saída para o patrulhamento, as Equipes entram em forma, a fim de receber as
últimas ordens e orientações;
g) O ROTAM Comando, escolherá a área a ser patrulhada no dia, ou o Comando ROTAM se
este estiver de serviço;
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 17
h) A saída das Viaturas da Unidade é feita em comboio, em direção à área de patrulhamento,
com a viatura do Comandante de Pelotão, ou Policial mais antigo de serviço no dia à frente, seguida
pelas demais viaturas, em ordem de antiguidade dos Comandantes de Equipe, com liberação a
critério do Comandante de Pelotão, ou Comandante de Equipe mais antigo de serviço;
i) O Comandante de Equipe mais antigo, na figura de seu quarto homem mantém contato com o
COPOM, cadastrando as equipes e viaturas de serviço, cientificando quanto a saída para
patrulhamento, e em tendo outra guarnição já de serviço, com Comandante mais antigo, via rádio
ou por contato pessoal, o cumprimenta, informando quanto à saída da guarnição para o
patrulhamento.

8. Comunicação

a) A fluidez de informações durante o patrulhamento depende do correto emprego do


equipamento de comunicação, sendo vedada sua utilização de maneira indisciplinada, observando-
se ainda que sempre a comunicação deva ser clara, rápida e concisa. Durante todo o serviço deve
ser corretamente empregado o código “Q” e os códigos utilizados pela ROTAM , sendo proibida a
utilização de gírias, palavrões, xingamentos e afins;
b) As ocorrências são repassadas pelo Operador do COPOM diretamente à rede, o Comando
ROTAM ou ROTAM Comando, (qual estiver de serviço) designará qual Equipe atenderá (ou não),
e de que maneira atuará (somente cerco, patrulhamento nas imediações, abordagem direta, entre
outros);
c) Uma guarnição ao se deparar com uma ocorrência deve transmitir as informações ao
ROTAM Comando ou Comando ROTAM, que então tomará suas providências, ou solicitará ao
COPOM retransmissão para toda a rede, se for o caso;
d) Para rapidez e fluidez operacional, as Equipes comunicam-se diretamente com o COPOM
para consultas sobre veículos, antecedentes criminais, contudo a autorização para deslocamentos
em apoio a ocorrências requer uma consulta prévia ao ROTAM Comando ou Comando ROTAM;
e) A utilização da rede rádio deve ser realizada com observância total dos códigos; não são
permitidas abreviações indevidas, qualquer tipo de comunicação que não seja operacional, uso de
nomes próprios de PM’s etc.;
f) A canaleta principal somente é utilizada para mensagens curtas, claras e precisas; quando há
necessidade de comunicações longas ou administrativas, usa-se outro meio de comunicação
(telefone, contato pessoal);
g) Uma Equipe ao ser chamada ou ao comunicar via rádio se expressa por: “ROTAM e os dois
últimos dígitos do prefixo da viatura, por exemplo, Prefixo 13694, ficará ROTAM 94”;
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 18
h) Quando ocorrer de outro componente da guarnição vir a comunicar no lugar do Comandante
da viatura, ele tem a obrigatoriedade em seguir os passos acima descritos, bem como ainda
complementar dizendo sua função na Equipe, por exemplo: “ROTAM 94 (motorista, 3º homem, 4º
homem, 5º homem) operando.

9. Patrulhamento

a) A velocidade de Patrulhamento deverá ser de 20/30 Km/h, permitindo completa visualização


da área de patrulhamento além de possibilitar um desembarque rápido;
b) A atenção dos componentes da viatura deve estar toda voltada para suas zonas de atuação;
c) Todos integrantes da equipe devem atentar-se para os cuidados, ao necessitar em utilizar os
meios eletrônicos pessoais de comunicação (celulares e afins), ou seja, em sendo objeto de serviço
somente o Comandante de Equipe está autorizado a utilizá-lo, já os demais integrantes em sendo
necessário sua utilização, tanto para fins de serviço quanto para uso de caráter pessoal devem de
imediato informar o Comandante de Equipe, o qual repassará a forma mais viável para utilização
(desembarcado, embarcado, mantendo PB, entre outros),
d) Os vidros da viatura devem permanecer abertos, principalmente em áreas de risco e onde haja
possibilidade de emboscadas contra a guarnição, sendo permitido o fechamento dos vidros com a
anuência do Comandante de Equipe, em situações adversas;
e) A Equipe deve prestar atenção no comportamento das pessoas de modo a detectar de
imediato a ocorrência de qualquer anormalidade, e ainda, sempre que possível fará PBs ou
Patrulhamento em Pátios de Postos de Combustível, em Estabelecimentos Bancários e Comerciais,
Terminais de Ônibus e outros;
f) Cada Equipe ROTAM deve estar munida de HT o qual deve permanecer ligado no modo
“SCAN”, pois desta forma poderá monitorar o andamento das ocorrências nas áreas dos batalhões
em que está atuando;
g) Durante o patrulhamento a equipe permanece sempre atenta para nomes de ruas, endereços e
outros pontos que sirvam como referência para solicitações de apoio;
h) O motorista obedece aos sinais e regras de trânsito, devendo em casos de emergência,
deslocar com todos os cuidados e sinais de advertência acionados;
i) Normalmente o motorista realiza a segurança da viatura quando a Equipe desembarca para
qualquer verificação; Quando o fluxo da via permitir deve-se transitar com a viatura próxima ao
contrafluxo da via, permitindo que o 3° Homem tenha condições de observar atitudes suspeitas em
veículos que se deslocam no sentido contrário, bem como para facilitar manobras de retorno em
caso de necessidade. Em vias de sentido único, ou sem possibilidade de retorno da viatura, o
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 19
deslocamento será pela faixa da direita;
j) O interior de estabelecimentos comerciais deverá ser observado pelos 3° e 4° Homens;
k) Atentar para as imediações desses estabelecimentos, tentando identificar veículos mal
estacionados, com as portas abertas, indivíduos em motocicletas, pessoas paradas à entrada do
estabelecimento ou do outro lado da via pública, pessoas que saem correndo de dentro do
estabelecimento, gritos e estampidos vindos do interior do local; observar o local onde fica o caixa
e pessoas que estejam ao seu redor; observar o fundo do estabelecimento (balcões, portas,
entradas), com atenção às atitudes e expressões das pessoas; atentar para estabelecimentos vazios
(especialmente à noite), quando ainda em funcionamento; portas abaixadas parcialmente ou
totalmente em horário anormal; pessoas carregando materiais, principalmente de madrugada;
pessoas próximas ao vigia do estabelecimento; vigias do banco com os coldres vazios ou todos
juntos em um dos cantos do local;
l) Em caso de averiguação, nunca parar a viatura à frente do estabelecimento, para evitar que a
Equipe fique exposta e sem abrigo;
m) Qualquer integrante da Equipe que detectar algo suspeito deve alertar os demais para
imediata averiguação;
n) O 4° ou 5° Homem serão responsáveis por pesquisar na relação de alertas de veículos
qualquer placa de veículo suspeito apontado por alguém da Equipe;
o) Ao manobrar a viatura em áreas de risco a guarnição deve desembarcar para maior
segurança; Deve agir também assim na saída da OPM.
p) A equipe quando desembarcar da viatura para verificar alguma situação, vindo a perder o
visual do Motorista, deverá munir-se de HT, a fim de solicitar possível apoio, o Motorista
permanece ao lado da viatura, desembarcado e atento ao rádio, bem como da aproximação de
pessoas suspeitas;
q) Durante o patrulhamento atentar para aparência em geral dos transeuntes, mãos, volumes na
cintura, tornozelos e objetos que portam; sua colocação no ambiente; uso inadequado de tipos de
roupas, aparência emocional (pessoa assustada, pouco à vontade, sobressalto ao ver a Equipe,
etc.), mudança repentina de comportamento (mudança de direção, parada em casas batendo
palmas ou fingindo chamar alguém, quando há mais de um e se separam, agacham, correm);
casais abraçados, parados ou andando (olhar as reações da mulher, se estiver assustada pode estar
sendo vítima de algum crime, atentar para as mãos do homem); homens portanto bolsas de
mulher; tatuagens típicas de presidiários e outros aspectos físicos (sangramentos, cicatrizes
aparentes de sinal de tiro, lesões que possam indicar escaladas de muros ou rastejamentos, entre
outros); pessoas que olham a viatura por trás após a sua passagem; pequenos volumes
abandonados quando a viatura está se aproximando;
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 20
r) Sempre observar as mãos dos indivíduos, principalmente quando da aproximação dos
patrulheiros, pois, é com as mãos que eles podem agir contra o policial (sacando alguma arma) ou
dispensar algum objeto ou instrumento de crime (porções de entorpecentes ou a própria arma);
s) Em veículos, atentar para o aspecto geral; veículos novos em péssimo estado de
conservação; chaves falsas no contato; sinais de violação; placas velhas em veículos novos;
veículos sem placas; reação dos ocupantes; arrancadas bruscas; excesso de velocidade;
cometimento de outras infrações de natureza grave; objetos no interior; faróis apagados à noite;
pessoas no banco traseiro do veículo e o banco do passageiro vazio; condutores que sinalizam com
farol alto ao cruzar com a viatura; táxi com passageiro e luminoso aceso; veículos à frente da
viatura que fazem uso constante de freios (luz de freio) sem necessidade aparente; veículo com um
passageiro apenas que está sentado atrás do motorista; pessoa com dificuldade de conduzir o
veículo; veículos com sinal de alerta acionado; por fim, veículos mal estacionados;
t) Em transportes coletivos, observar sempre a atitude de pessoas próximas ao cobrador e ao
motorista; sinais luminosos do motorista para a viatura; objetos arremessados pela janela;
u) As Equipes de ROTAM atraem constantemente a atenção do público. Assim todos os
componentes da Equipe devem manter autodisciplina com relação a sua postura, palavras e gestos,
mesmo no interior da viatura em patrulhamento;
v) Após condução de infratores, o compartimento no qual o detido for transportado deverá
sempre ser verificado antes de sua entrada e após sua saída, a fim de se visualizar a existência de
qualquer objeto que possa representar risco à Equipe, ou que eventualmente possa ter sido
abandonado pelo indivíduo no local;
w) Sempre que possível no mínimo 02 (dois) Policiais fazem a segurança da viatura, enquanto
os demais estiverem distantes. Se a situação exigir, e somente 01 (um) PM ficar na viatura, ele
deve fechar as portas e janelas, posicionar a viatura em local seguro, armar-se com uma arma
longa e radiocomunicador e colocar-se em posição estratégica onde tenha uma ampla visão,
ficando protegido. Não deve admitir que ninguém se aproxime da viatura ou de si próprio para não
ser rendido.
x) É terminantemente proibida a realização de serviços de cunho particular durante o
patrulhamento;
y) Uma Equipe de ROTAM atrai admiradores, bem como curiosos que costumam aproximar-
se da viatura estacionada. Assim devem ser tratados com cordialidade e respeito, mas não devem
conversar com o 3º homem (Segurança Principal). O Policial que conversar com estas pessoas,
apesar de dar-lhes atenção (quando a situação permitir, caso contrário são gentilmente convidadas
a se afastarem) não se desvencilha a atenção do que ocorre ao redor. Curiosos civis e/ou agentes
de segurança não podem entrar na viatura ou tocar em qualquer equipamento ou armamento.
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 21
Podem ser convidados a visitarem o Batalhão, onde terão a atenção devida;
z) Mesmo que esteja em outra Unidade da PM, Delegacias, Órgão ou Repartição Pública, a
atenção da Equipe com a segurança não pode diminuir, e a viatura de ROTAM nunca ficará
sozinha;
aa) A Equipe de ROTAM está sempre pronta para atendimentos emergenciais, logo se estiver
estacionada, ficará devidamente ligada e com a frente voltada para a via de saída;
ab) Os policiais devem estar cientes de todas as ocorrências passadas pela rede de rádio; devem
permanecer com a máxima atenção durante o patrulhamento, se precisar conversar com um
companheiro deverá fazer de maneira breve; as armas devem ser mantidas em prontas condições
de emprego, sendo empunhadas sempre com segurança (não direcionada para ninguém e dedo fora
do gatilho);
ac) Deve-se desembarcar da viatura sempre que atender qualquer pessoa; não fumar enquanto
estiver atendendo alguém; evitar a utilização de gírias policiais;
ad) Manter os critérios éticos e profissionais, jamais aceitando qualquer tipo de retribuição
material ou pecuniária ofertadas por civis, em virtude da função;
ae) As paradas para realizar refeições devem obedecer aos critérios de postura e compostura já
estabelecidas, e devem ser realizadas preferencialmente em base PM da área de atuação.
As paradas para realizar refeições devem obedecer aos critérios de postura e compostura já
estabelecida, sendo que o policial, ao término da refeição se aproxima com o dinheiro ou cartão
em mãos até o caixa para pagar a conta;
af) Por fim, a Equipe deve estar preparada para auxiliar os policiais que estejam necessitando
de apoio dentro de sua área de patrulhamento e para atender todos os tipos de ocorrências,
principalmente as de vulto.

10. Atendimento de ocorrências

a) Em grande parte as ocorrências atendidas por Equipes de ROTAM são aquelas com as quais
estas se deparam durante o patrulhamento ostensivo/preventivo.
b) As ocorrências repassadas via COPOM para as Equipes de ROTAM são as de maior
gravidade, onde há a necessidade do emprego imediato de maior efetivo, armamento e treinamento
especializado;
 Ao se dirigir para o local de ocorrência, a equipe deve estar munida da maior quantidade de
informações possíveis, disponibilizadas junto ao COPOM ou ao solicitante, atentando para
características dos indivíduos envolvidos, vestimentas, veículos utilizados, rotas de fuga,
armamento, tempo decorrido do fato; devendo se aproximar com cautela e com atenção às
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 22
proximidades, inclusive o contrafluxo, pois, os indivíduos podem estar se evadindo do local;
c) Uma Equipe de ROTAM nunca se desfaz e seus integrantes não adotam formações com
outros policiais militares, devendo permanecer sempre juntos, independentemente da presença de
outras Equipes de Policiais no local da ocorrência;
d) Quando a ocorrência chega a conhecimento da Rede, as Equipes conferem sua localização,
informando ao Oficial ROTAM Comando e/ou Comandante de Pelotão quanto à sua proximidade
do local e solicitando autorização para o deslocamento;
e) Durante o deslocamento em ocorrências de vulto, as viaturas deverão estar com os sinais
luminosos e sonoros acionados, entretanto, eles devem ser desligados nas proximidades do destino,
a fim de se manter a vantagem da surpresa, e melhor resposta pela Equipe ROTAM;
f) As viaturas não devem ser paradas em frente ao local da ocorrência, mas antes dele, de modo
que os eventuais infratores não possam vê-las;
g) A Equipe deve informar assim que chegar ao local de destino, repassando dados quanto à
ocorrência tão logo seja possível, de modo a evitar deslocamentos desnecessários, caso o fato não
seja constatado ou facilitar a realização do cerco, caso os indivíduos envolvidos no ilícito tenham se
evadido;
h) A utilização da arma de fogo pelo policial deve ser o último recurso, somente aceitável após
a adequada avaliação do uso escalonado da força;
i) Se um policial da Equipe for ferido, será socorrido ao PS mais próximo, mas
preferencialmente, àquele que terá melhores recursos para tratá-lo. Caso haja necessidade de
internação, o policial não ficará sozinho até novas orientações. Havendo necessidade de
preservação do local para perícia, o Comandante do Pelotão determina uma Equipe para este
encargo, enquanto a Equipe responsável pela primeira intervenção apresenta dados e partes no DP.
j) Ocorrências que necessitem de diligências serão sempre coordenadas pelo Comandante do
Pelotão.
k) É sempre importante a coleta de provas, o arrolamento de testemunhas e a preservação do
local do crime;
l) Qualquer pessoa ferida em confronto e/ou que necessite de cuidados médicos urgentes deve
ser socorrida por equipe especializada (SIATE/Ambulância), sendo permitida a remoção por outra
equipe policial em raras exceções após autorização do Comandante de Pelotão, consoante a Diretriz
do Comando-Geral, que rege tal circunstância;
m) Toda pessoa desconhecida que entrar na viatura será submetida a uma rápida busca pessoal
por PM da própria Equipe, mesmo que esteja ferida ou que já tenha sido submetida a esta
circunstância por outro PM participante da ocorrência;
n) Sempre que uma Equipe se desloca para o atendimento de uma ocorrência, seja por
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 23
solicitação direta ou outro motivo qualquer, o Comandante de Pelotão é imediatamente
cientificado, através do rádio, pelo Comandante de Equipe, que informa a natureza do fato e o local
de destino;
o) Ao se dirigir para o local de ocorrência, a Equipe deve estar munida da maior quantidade de
informações possíveis, disponibilizadas junto ao COPOM ou ao solicitante, atentando para
características dos indivíduos envolvidos, vestimentas, veículos utilizados e rotas de fuga,
armamento, tempo decorrido do fato; devendo se aproximar com cautela e com atenção às
proximidades, inclusive o contrafluxo, pois, os indivíduos podem estar se evadindo do local e suas
atitudes podem revelá-los;
p) O Comandante de Pelotão acompanha toda ocorrência encaminhada à DP por suas Equipes,
verificando a necessidade de eventuais apoios e ainda mantendo contato com o Delegado de
Plantão para conhecimento das providências de Polícia Judiciárias pertinentes;
q) Por razões técnicas e operacionais, se guarnições de área já estiverem no local de
ocorrência, as Equipes de ROTAM não deverão interferir, permitindo que os policiais que
prestaram o primeiro atendimento, prossigam na solução da ocorrência. Contudo caso seja
solicitado apoio, analisadas as circunstâncias, as Equipes ROTAM assumem a ocorrência como um
todo ou somente as auxiliam, ficando neste caso o encaminhamento das partes pela equipe titular da
ocorrência; Durante o atendimento de uma ocorrência, a postura da Equipe deve ser sempre
imparcial e serena, pautando pela técnica, profissionalismo e legalidade.
r) O Comandante da Equipe deverá conversar com as partes envolvidas e decidir sobre o
procedimento a ser tomado.
s) O 2º Homem (motorista) permanece próximo à viatura e atento ao rádio, o 3º homem assume
a segurança geral, o 4º homem acompanha o Comandante de Equipe e faz as anotações necessárias.
t) Encerrada a ocorrência, o Comandante de Equipe informa ao COPOM e o Comando
ROTAM/ ROTAM Comando, retornando ao patrulhamento.
u) Quando a ocorrência ultrapassa o horário de serviço, o Comandante do Pelotão pode liberar
as demais Equipes, já durante o turno de serviço, somente recolhe à Base após prestar todo o apoio
necessário para o encaminhamento da ocorrência na DP, e/ou sob a permissão do Cmdo
ROTAM/ROTAM Cmdo, devendo obrigatoriamente, nesse caso, estar em condições de saída
imediata, na eventual necessidade.

10.1 Procedimentos em confrontos armados

As ações quanto ao uso progressivo da força devem ser pautadas pelos ditames da lei, assim
quando ocorrências envolvendo Equipes de ROTAM, em que sua ação, estando pautada pelo

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 24


princípio da proporcionalidade à resistência, se justificará pela legítima defesa.
Uma equipe, ao intervir em ocorrência na qual o autor da conduta delituosa venha a resistir à
prisão, não resta aos policiais militares, alternativa senão a utilização de armamento de fogo, a fim
de cessar a injusta agressão.
Desta forma, observar as diretrizes vigentes dos Procedimentos Policiais Militares em Locais de
Crime, em resultando feridos dessa ação deve-se ser acionado o socorro o médico, e preservado o
local de crime.
 Em casos de confronto armado com as equipes ROTAM, todas as equipes do Pelotão,
orientadas pelo Oficial de serviço, também deslocarão em apoio, sendo liberadas posteriormente de
acordo com o exaurimento das missões no local;
 Em se constatando lesão de qualquer envolvido nessa ocorrência, deve- se através do
COPOM ser acionado atendimento médico;
 Após a chegada da ambulância no local se for constatado o óbito do indivíduo pela equipe
médica, o COPOM deverá acionar o Instituto de Criminalística, o Instituto Médico Legal e
demais órgãos e repartições necessárias;
 Em caso de encaminhamento ao Hospital o ferido será encaminhado em ambulância do
SAMU ou SIATE, sendo vetado o encaminhamento de ferido na viatura de ROTAM;
 A primeira viatura ROTAM que chegar no apoio da ocorrência, não envolvida na situação
do confronto, deverá, o policial na função de 4° Homem desta equipe, anotar todas as informações
necessárias, como viaturas que chegaram em apoio, nome e RG de pessoas que estiveram no local,
número do armamento dos policiais que estiveram na ação e quantidade de disparos, endereço e
identificar possíveis testemunhas;
 O isolamento do local deverá ser cumprido rigidamente, sendo que outras equipes policiais
e demais órgãos devem se apresentar ao oficial ROTAM Comando ou CPU e somente órgãos
autorizados poderão tirar foto do local;
 Findado a perícia em local de crime, a equipe do comando e a equipe envolvida seguem
para apresentação da ocorrência na Delegacia de Polícia da Área, as demais equipes apoiam na
condução das partes, ou outra tarefa determinada pelo comandante de pelotão;
 Após formalização junto à autoridade policial da área na DP, retorna-se ao batalhão para
confecção de documentação atinente ao fato (auto de apresentação espontânea, exibição e
apreensão de arma de fogo, parte e outros);
 Os policiais envolvidos no confronto deverão estar atentos para assinatura de documentos
confeccionados pelo oficial ROTAM Comando ou CPU atinentes ao confronto pelo E-protocolo
para não tardar o encaminhamento, visto que o prazo é pequeno.
 A ocorrência somente se encerra após o término dos procedimentos de polícia judiciária e
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 25
policial militar;
 Nenhum policial deve prestar depoimentos no local da ocorrência, bem como entrevistas,
que ficarão a cargo do comandante do pelotão e/ou ao Policial que delegar para tal função.
b) Como as viaturas ROTAM não atendem ocorrências rotineiras, têm uma incidência maior
em atender ocorrências com envolvimento de confrontos armados.
c) As ações quanto ao uso progressivo da força devem ser pautadas pelos ditames da lei; assim,
quando ocorrências envolvem Equipes de ROTAM, suas ações, estando pautadas pelo princípio da
proporcionalidade à resistência, se justificarão pela legítima defesa.
d) Assim, uma equipe, ao intervir em ocorrência na qual o autor da conduta delituosa venha a
resistir à prisão, não resta, aos policiais-militares, alternativa senão a utilização de armamento de
fogo, a fim de cessar a injusta agressão.
e) Desta forma, como previsão da Diretriz nº 011/2009 - PM/3, Procedimentos Policiais
Militares em Locais de Crime, em resultando feridos dessa ação deve-se ser acionado o socorro o
médico, e preservado o local de crime.
f) O Comandante do Pelotão deve deslocar ao local dos fatos, e, considerando esta modalidade
de ocorrência a de maior grau de complexidade em que as equipes ROTAM podem se envolver,
todas as equipes do Pelotão, orientadas pelo Comando ROTAM ou ROTAM Comando, também
deslocarão em apoio, sendo liberadas posteriormente de acordo com o exaurimento das missões no
local;
g) O Oficial ROTAM-Cmdo deve, tão logo seja possível, informar o Oficial Supervisor e o
Subcomando da unidade acerca da ocorrência;
h) Em se constatando lesão e/ou óbito de qualquer envolvido nessa ocorrência, independente se
ocorre no local dos fatos e/ou durante o socorro médico, deve-se através do COPOM ser acionado
os órgãos competentes e aguardado orientações acerca de qual providência a ser tomada;
i) Em havendo necessidade de escolta médica, deve-se seguir regulamentação vigente na
PMPR;
j) Findado a perícia em local de crime, a Equipe do Comando e a Equipe envolvida seguem
para apresentação da ocorrência na Delegacia de Polícia da Área, as demais Equipes apoiam na
condução das partes, ou outra tarefa determinada pelo Comandante de Pelotão;
k) O Comandante da Equipe envolvida, juntamente com o Comandante do Pelotão, apresentam
a ocorrência junto ao Delegado de Plantão;
l) Após formalização junto à autoridade policial da área na DP, retorna- se ao Batalhão para
confecção de documentação atinente ao fato (Auto de Apresentação Espontânea, Exibição e
Apreensão de Arma de Fogo, Parte e outros).
m) A ocorrência somente se encerra após o término dos procedimentos de polícia judiciária
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 26
(inclusive militar);
n) Comparecendo Equipe da Corregedoria da PMPR em local de crime e qualquer outra
repartição, deve-se solicitar que os Policiais da Corregedoria se apresentem ao Comandante do
Pelotão e/ou Comandante de Equipe para detalhes acerca da ocorrência;
o) Qualquer Equipe envolvida diretamente em confronto não deve prestar depoimentos no
local da ocorrência, bem como entrevistas, que ficarão a cargo do Comandante do Pelotão e/ou ao
Policial que o mesmo delegar para tal função.

10.2 Boletins de Ocorrência

Pela particularidade do serviço do ROTAM a unidade confecciona por turno de serviço uma
grande quantidade de boletins de ocorrências com naturezas variadas e complexas.
O policial militar de ROTAM deverá se atualizar constantemente das mudanças jurídicas e legais,
para um preenchimento correto dos boletins da unidade, evitando assim a nulidade do fato e
consequentemente responsabilização seja ela administrativa, civil ou penal ao policial militar.
A descrição do fato deverá ser detalhada, com o contexto da abordagem e o motivar de
forma objetiva as fundadas razões que levaram a equipe a realizar a abordagem policial.
Qualquer documentação que seja confeccionada de forma física deverá ser inserida em
anexo durante o preenchimento do boletim de ocorrência, como atestados médicos, termos e fotos e
vídeos que comprovem a ação.
Importante salientar que durante a audiência, mesmo aquelas realizadas decorrido tempo, o
policial deverá, caso não recorde do fato, reler o boletim de ocorrência para depor com convicção o
motivo do encaminhamento. Tal atitude demonstra profissionalismo do policial militar pertencente
a ROTAM, e evita nulidades do crime e responsabilização do policial por abusos e ilegalidades,
com dispêndio de esforços institucionais.

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL 27


11. Abordagens

Visando a antecipação ao cometimento do delito, bem como atuando de maneira


preventiva frente à criminalidade, as abordagens são o principal instrumento utilizado pelas
equipes de ROTA no serviço diário. O policial militar deve levar em consideração o fato de
que cada abordagem, por mais simples e rotineira que possa parecer, pode representar perigo
iminente tanto à sua vida como à vida de terceiros, sendo de extrema importância desenvolver
e praticar boas técnicas de abordagens.
As abordagens realizadas pelas equipes de ROTAM devem ser pautadas pelo ordenamento
jurídico vigente, fundamentado pela doutrina utilizada pela PMPR e sempre com cordialidade
as pessoas que estão sendo abordadas.
A sequência das ações antes de uma abordagem policial deverá seguir os passos abaixo:
a) Identificar as pessoas que se encontram em fundada suspeita ou em local que desperte
suspeição sob o aspecto de segurança pública, sempre observando os princípios de abordagem;
b) Observar o local e as circunstâncias em que será realizada a abordagem, sempre
considerando os riscos;
c) Verificar a possibilidade de reação do suspeito e quais prejuízos decorrentes desta;
d) Atentar-se para utilização dos Princípios de abordagem: Segurança, Surpresa, Rapidez,
Ação vigorosa e Unidade de comando;
e) Seguir as etapas que norteiam a Abordagem Policial: aproximação, saque e apresentação
da arma, abertura de ângulo, comandos verbais, aproximação para busca pessoal, busca
pessoal, verificação do terreno, verificação de documentos;
f) Realizada a voz de abordagem e os comandos verbais necessários para manter os
abordados em posição de revista, a equipe ainda posicionada em semicírculo (“leque”), se
dirige em direção ao abordado(s), sendo que o comandante de equipe assume a segurança
aproximada, enquanto o 4º Homem/5º Homem se aproxima para realização da busca pessoal. O
3º Homem se desloca a retaguarda e/ou lateral da viatura e realiza a

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL


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g) segurança da equipe, o 2º Homem (Motorista) permanece ao lado da viatura
acompanhando a movimentação de ocorrências, bem como é o responsável por fazer a
checagem de dados do abordado, podendo em dependendo do número de abordados, auxiliar
na busca pessoal;
h) A busca pessoal só será iniciada após o sinal do comandante de equipe, a qual deve ocorrer
primeiramente de maneira ligeira em todos abordados. Nesta fase, o abordado é posicionado
com as mãos apoiadas na própria cabeça (parte de trás), de costas para o policial, de forma a
minimizar as possibilidades de qualquer reação;
i) Na sequência é realizada a busca minuciosa, se necessário, os abordados são colocados de
frente, e com as mãos para trás, sendo iniciado uma revista em locais/pontos a procura de
objetos ilegais e entorpecentes que possam estar escondidos em pequenos bolsos ou nas vestes
do abordado;
j) Após a revista minuciosa o 4° homem pede ao abordado para colocar as mãos nas costas,
demonstrando para a equipe que aquele individuo já fora revistado, em casos de muitos
abordados em que o motorista irá apoiar na revista ou outra equipe que chegue para apoio, tal
atitude evita que os policiais realizem a revista pessoal nas mesmas pessoas duas ou mais
vezes;
k) Ao mesmo tempo, os policiais devem entrevistar os abordados separadamente, fazendo
perguntas para detectar algum detalhe que possa indicar contradições, e em constatando
alguma suspeição que requeira uma melhor coleta de dados, repassar imediatamente ao
comandante de equipe;
l) O abordado que estiver utilizando touca, boné, ou outro acessório na cabeça e óculos
escuros deverá retirar e segurar em suas mãos;
m) Na sequência deverá ser realizada uma varredura nas proximidades, pois os suspeitos
podem ter abandonado algum objeto ao perceber a aproximação da Equipe;
n) Realizada a busca e não sendo nada de ilícito constatado, o comandante de equipe
agradece a colaboração dos abordados liberando-os;
o) Por fim, havendo necessidade uma busca mais pormenorizada devido à suspeita de objetos
ilícitos escondidos nas partes íntimas do abordado, essa deverá ser feita em um ambiente
isolado, geralmente na presença de uma testemunha, na qual será retirada toda a roupa do
indivíduo.
p) Ao ser encontrado algum objeto ilícito, a busca pessoal não deve ser interrompida, pois
pode haver outros, os quais podem, por exemplo, expor a Equipe a uma situação de alto risco.
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
29
11.1 Busca Pessoal

O art. 244 do Código de Processo Penal dispõe que “A busca pessoal independerá de
mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na
posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a
medida for determinada no curso de busca domiciliar”. No entanto para a realização de busca
pessoal é necessário que a fundada suspeita a que se refere o artigo 244 do CPP seja descrita de
modo objetivo e justificada por indícios de que o indivíduo esteja na posse de drogas, armas
ou outros objetos ilícitos, evidenciando-se a urgência para a diligência.
Suspeita é uma desconfiança ou suposição, algo intuitivo e frágil, por natureza, razão pela qual
a norma exige fundada suspeita, que é mais concreto e seguro. Assim, quando um policial
desconfiar de alguém, não poderá valer-se, unicamente, de sua experiência ou pressentimento,
necessitando, ainda, de algo mais palpável, como a denúncia feita por terceiro de que a pessoa
porta o instrumento usado para o cometimento do delito, bem como pode ele mesmo visualizar
uma saliência sob a blusa do sujeito, dando nítida impressão de se tratar de um revólver.
O policial de ROTAM não tem pressa ao realizar uma abordagem policial, isso nos diferencia
de qualquer outra unidade policial. A busca em indivíduos suspeitos deve ser realizada de
forma tranquila e minuciosa para que qualquer pequeno delito seja encontrado

11.2 Busca Ligeira

É empregado para designar a busca preliminar que é realizada em abordagens a pessoas


sob suspeita, constituindo-se numa verificação rápida do corpo, normalmente na região da
cintura, para verificação da existência de armas em condição de saque rápido, só sendo dado
prosseguimento à busca pessoal, depois de confirmado que nenhum suspeito tem arma em
situação de rápido acesso para reações.

11.3 Busca Minuciosa

É realizada após a busca ligeira, de um modo geral a busca minuciosa é mais devagar e
constará de revista na cintura, axila, abdome, tórax, pescoço, ombros, braços, mãos, costas,
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
30
pernas, região pubiana e pés, e ainda, chapéu, boné, colarinhos, lapelas, gravatas, dobras e
costuras do vestuário, interior de bolsos, interior de meias, canos de botas, sapatos, com o
intuito de encontrar ilícitos menores e que podem ser facilmente escondidos.
11.4 Busca Completa

É a busca a ser realizada quando existe fundada suspeita de que o indivíduo esteja
portando objetos que constituam prova de delito, e quando do encarceramento de presos.
Normalmente é realizada em repartição policial ou em outro recinto adequado, para evitar
constrangimentos desnecessários ao revistado.

11.5 Busca Pessoal Em Mulheres

Conforme o art. 249 do Código de Processo Penal, a busca em mulheres será realizada
por outra mulher, restringindo-se aos casos de urgência a possibilidade da realização da
busca por policial masculino. No entanto, é preciso que em cada abordagem a mulher
permaneça sobre o controle da equipe policial, ficando sempre posicionada em local onde os
policiais possam observar os seus movimentos.

11.6 Abordagem a Veículos

a) Realizar a identificação do veículo cujos ocupantes se encontrem em atitude suspeita,


realizar um acompanhamento do veículo até um local e momento propício para abordagem;
b) Sinalizar com os dispositivos sonoros e luminosos no intuito de orientá-lo piscando os
faróis altos, e acionando a luz indicadora de direção a fim de estabelecer o lado da via em que o
veículo deverá parar;
c) Posicionar a viatura a aproximadamente 5 (cinco) metros atrás do veículo quando este
parar, o farol direito ou esquerdo da viatura deve estar alinhado com o eixo central do veículo a
ser abordado, o lado escolhido para abordagem dependerá do fluxo da via, em casos de pista
dupla a viatura deverá se posicionar do lado que traga mais segurança para o desembarque da
equipe;
d) A Equipe desembarca deixando as portas abertas, para que se necessário possa embarcar
com rapidez, e posiciona-se em semicírculo, formando um “Leque”;

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL


31
e) O comandante de equipe, em tom de voz adequado determina que o condutor do veículo
desligue o motor e desça juntamente com os seus acompanhantes, posicionando-se atrás do
veículo com as mãos para cima e sequencialmente que a posicionem atrás da cabeça;
f) A equipe formando um pêndulo, utiliza a técnica de tomada de ângulo, realiza uma
varredura no interior do veículo a fim de verificar se não há pessoas em seu interior, enquanto
os seguranças permanecem com vistas aos indivíduos posicionados atrás do veículo;
g) O lado escolhido para a tomada de ângulo será aquele que trouxer mais segurança a
equipe;
h) Caso o pêndulo seja realizado pela esquerda, conforme foto abaixo, o quarto homem
deverá realizar o pêndulo até o limite da lateral do veículo a esquerda, para que ninguém saia
ou arremesse objetos pela porta ou janela;

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL


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i) Ao sinal do comandante de equipe, inicia-se a busca pessoal. O comandante permanece na
segurança e o motorista posiciona-se ao lado da viatura, o 3º Homem permanece com a atenção
voltada à retaguarda.

j) Após a busca pessoal os abordados são posicionados em local seguro estando com as mãos
para trás, nesse momento o comandante da equipe permanece na segurança dos abordados;
k) Na sequência o 4º homem se aproxima do porta-malas, pela lateral do veículo, podendo
estar nesse momento com o armamento coldreado, para facilitar a abertura da porta-malas; o
motorista se aproxima para apoiar na segurança e realiza a primeira inspeção visual; depois
inicia uma revista no veículo abordado;
l) O comandante de equipe questiona quanto a possíveis irregularidades no veículo, quanto à
existência de armas, entorpecentes ou objetos de valor em seu interior, determinando ao
condutor do veículo que acompanhe visualmente a vistoria que será realizada;
m) Ao mesmo tempo, o comandante pode realizar uma conversação com os abordados
separadamente;
n) Ao terminar a vistoria no veículo, o 4º Homem irá verificar o compartimento do motor e,
conferência com a documentação apresentada;
o) Realizada a revista no veículo e não sendo nada de ilícito encontrado, os documentos dos
ocupantes são verificados (RG, CNH, CRLV, outros), e em nenhuma irregularidade sendo
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
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constatada são devolvidos a seus proprietários que devem ser orientados a conferir se está tudo
em ordem;
p) Por fim, o comandante de equipe agradece a colaboração dos abordados e somente
embarcam após os ocupantes do veículo retornarem as suas atividades normais.

11.7 Abordagem a veículos lateral

A abordagem lateral será realizada somente quando não for possível realizar a
abordagem frontal, pois a abordagem lateralizada reduz a segurança da equipe.
a) Quando a abordagem ocorrer do lado direito da viatura, a voz de abordagem será realizada
pelo comandante da equipe, devendo este e o 4° homem permanecer embarcado até obter o
controle da situação e desembarcar com segurança;
b) Durante a voz de abordagem o motorista e o 3° homem desembarcam rapidamente e se
posicionam na lateral do veículo, possibilitando que o comando e o 4° homem desçam com
segurança;
c) Quando ocorrer do lado esquerdo da viatura, a voz de comando será realizada pelo
primeiro policial que viu a atitude suspeita, seja ele o motorista ou o 3° Homem;
d) O comando e o 4° Homem irão desembarcar rapidamente e se posicionar na lateral da
viatura até que o motorista e o 3° homem desembarquem com segurança;
e) Quando toda a equipe está desembarcada realiza-se o semicírculo, formando o ”leque”, na
lateral da viatura;
f) O comandante orienta os abordados o local onde irão permanecer;
g) Na sequência realiza-se todo o procedimento padrão de abordagem ROTAM a veículos;

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL


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11.8 Abordagem a Motocicletas
A sequência dos passos para abordagem a motocicleta, em suma se resume nos mesmos
passos de abordagem a veículo (auto), diferenciando-se somente devido as particularidades do
veículo automotivo para a motocicleta.
a) O comandante de equipe, em tom de voz suficiente para ser ouvido determina que o
motociclista desligue o veículo e desça sem tirar o capacete, posicionando-se atrás da moto
com as mãos ao alto e sequencialmente que a posicionem atrás da cabeça;
b) Ao sinal do comandante de equipe, inicia-se a busca pessoal pelo 4° homem, o qual irá
pedir que o motociclista, ainda de costas, tire o capacete e passe devagar ao policial revistador
pela lateral do corpo; após a revista o policial solicita que o abordado coloque o capacete no
solo;
c) O comandante de equipe permanece na segurança e o motorista posiciona-se ao lado da
viatura, e com a atenção voltada à retaguarda permanece o 3º Homem;
d) Após a busca pessoal o(s) abordado(s) é posicionado em local seguro estando com as mãos
para trás, devendo o condutor permanecer ao lado do comandante de equipe;
e) O comandante de equipe pode solicitar que o condutor da moto destrave o banco e
acompanhe visualmente a busca que o policial militar procederá. O 4º Homem inicia a vistoria
da moto pelo compartimento do banco, compartimento de abastecimento, entre outros, por fim
o lacre da placa se estão intactos e vai à frente da moto, verificando a numeração do chassi com
vistas à adulteração, informando ao comandante de equipe a numeração para conferência com a
documentação que será apresentada;

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f) Realizada a revista na motocicleta e não sendo nada de ilícito encontrado, os documentos
dos ocupantes são verificados (RG, CNH, CRLV, outros), e em nenhuma irregularidade sendo
constatada são devolvidos a seus proprietários que devem ser orientados a conferir se está tudo
em ordem;
g) Por fim, o comandante de equipe agradece a colaboração dos abordados e aguarda a saída
dos ocupantes da motocicleta.

11.9 Abordagem a coletivos

A abordagem a coletivos é de alto risco em razão da grande quantidade de pessoas que


possam estar ocupando o veículo. Sendo assim, identificado o ônibus a ser abordado o ideal é
aguardar a chegada de outra viatura ROTAM para se proceder à abordagem, uma vez que
seguindo os princípios da abordagem o de segurança é primordial.
a) Realizar o acompanhamento do ônibus até um local oportuno para abordagem;
b) Sinalizar com os dispositivos sonoros e luminosos, acionando a luz indicadora de direção,
a fim de estabelecer preferencialmente o lado direito da via para realizar abordagem, em casos
de via duplas, com a intenção de utilizar a calçada para segurança da equipe e de abordados;
c) Com o ônibus suspeito estacionado, posicionar a viatura a aproximadamente 5 (cinco)
metros atrás, ligeiramente à esquerda, sendo que o farol direito da viatura deve estar alinhado
com o farol esquerdo do ônibus;
d) O Comandante de Equipe desloca até a porta do ônibus juntamente com o 4º Homem,
solicita que o motorista abra a porta; adentra o coletivo e anuncia a abordagem.
e) O 2º Homem posiciona-se na porta traseira do ônibus fazendo a segurança e orientando os
passageiros quanto ao posicionamento para a busca pessoal; orientará também a separação dos
diferentes sexos abordados.
f) O 3º Homem se posiciona ao lado esquerdo orientando o trânsito acerca da abordagem e
visualizando as janelas voltadas para a via, para verificar se nenhum objeto foi dispensado;
g) Com os passageiros desembarcados o comandante de equipe verifica o interior do veículo,
em um primeiro momento busca indivíduos homiziados e na sequência objetos dispensados,
retornando em seguida para a segurança da busca a ser realizada pelo 2º Homem e 4º Homem.
h) Realizada a busca pessoal e verificado os pertences de todos, em seguida, o 4º homem
poderá realizar vistoria minuciosa no interior do ônibus procurando objetos que possam ter
sido abandonados pelas pessoas que ocupavam o coletivo;
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i) Findo isto será realizado uma vistoria nos locais destinados ao motorista e cobrador do
coletivo, por fim requisitado a documentação pertinente a abordagem e em nada de ilícito
sendo localizado todos são liberados.

11.10 Abordagem a outros veículos

Temos uma grande diversificação de veículos nos dias de hoje, como veículos utilitários,
de carga, caminhos de grande porte e demais veículos que sejam suspeitos. Para todas as
abordagens a equipe de ROTAM deve seguir as mesmas orientações utilizadas para
Abordagem a Veículos, preservadas as particularidades de cada veículo automotivo,
respeitando sempre os princípios de abordagem, e quando for necessário para a segurança dos
policiais militares deverá solicitar apoio de outra equipe.

12. Acompanhamento tático e realização de cercos

12.1 Fuga em veículos

a) Em situação que ocorrer desobediência à ordem policial de parada, seguida de uma


tentativa de evasão, a equipe de ROTAM envolvida deve de imediato comunicar o COPOM,
repassando o endereço atual, possível itinerário, características do veículo em fuga e demais
informações que sejam importantes às equipes que estão no apoio;
b) Durante o acompanhamento tático, deve ser mantida uma distância de segurança, porém,
sem perder o contato visual e ainda ter o devido controle na direção da viatura a fim de evitar
acidentes;
c) Deve ser organizado um cerco policial, no qual através da comunicação via rádio, a equipe
que realiza o acompanhamento informa sua localização, direção e sentido de deslocamento,
permitindo que outras equipes se dirijam em apoio, cercando a área, bloqueando as rotas de
fuga e obrigando a rendição;
d) O cerco geralmente será organizado pelo comandante do pelotão, contudo, as equipes que
conhecem com maior afinidade o local onde está se passando o acompanhamento tático podem
intervir auxiliando no cerco, que, eventualmente e dependendo das proporções, contará com o
apoio de outras unidades;
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
37
e) Se o veículo estiver em direção à outra área, o COPOM deve alertar os patrulheiros da área
vizinha, com antecedência;
f) Durante o cerco, a prioridade não é a proximidade da viatura com o veículo acompanhado,
mas sim sua visualização constante e o envio de informações precisas e atuais. A velocidade da
viatura é ditada pela manutenção do contato visual, com um deslocamento seguro à equipe e
demais usuários da via;
g) Obtendo-se êxito na interceptação do veículo e abordagem dos suspeitos, proceder
conforme a técnica de abordagem e vistoria de veículos, comunicando de imediato o fato
através da rede de rádio, informando a necessidade ou não de outras viaturas para apoio;

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL


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h) O comandante de pelotão deverá comparecer ao local e orientar quanto à apresentação e
finalização da ocorrência junto ao órgão competente;
i) Findado esse momento inicial da abordagem ao veículo em fuga, deve-se averiguar as
imediações e itinerário utilizado com vistas a localizar algum objeto abandonado.
j) Para um resultado favorável e consequentemente uma realização eficiente do
acompanhamento tático e de cerco, há de se considerar alguns fatores, tais como:
Horário e condições climáticas;
Condições do terreno;
Comunicação eficiente e fidelidade no cumprimento das determinações (locais, trajetos,
rotas, pontos a serem interceptados);
k) Segurança como fator principal, uma vez que não se justificam ações de risco extremado
que embora resultem na localização e detenção dos fugitivos, culminem com acidentes
envolvendo os próprios policiais, bem como terceiros;
l) Despreparo durante o acompanhamento tático, ou seja, disparos efetuados sem justificativa
legal;
m) Jamais posicionar a cabeça e o tronco do corpo para fora da viatura, tampouco bater com a
mão na lataria da porta durante os acompanhamentos, pois, os sinais utilizados são a sirene,
high-light, farol alto e buzina.

13. Pontos base (PBs)

a) Durante a realização de PBs a Equipe ROTAM deverá permanecer desembarcada da


viatura e se posicionar de modo a obter plenas condições de observação e segurança;
b) A viatura permanece com o motor e “giroflex” ligados, todos permanecem próximo à
viatura e/ou em pontos de abrigo e que permitam melhor visualização, sendo que o condutor
deve permanecer próximo da viatura para possível acionamento via rádio;
c) O Comandante de Equipe, o 4° Homem e em existindo o 5º Homem formam uma célula,
já o 2º Homem (Motorista) e o 3º Homem formam outra célula, desta forma qualquer
deslocamento para contato deve ser feito nessa configuração, podendo variar em casos
excepcionais;
d) Quando toda a Equipe permanecer junto à viatura, cada componente se posicionara
formando 360º em torno da viatura, permitindo a total visualização;
e) A postura da Equipe deverá ser exemplar de modo a inspirar respeito e confiabilidade,
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
39
devendo o Policial de ROTAM permanecer com as mãos para trás, manter uma expressão de
seriedade e evitar sorrir ou gesticular em demasia, também deverão se atentar para a postura
com o aparelho celular, devendo atender e resolver a ligação o mais rápido possível, tratando
assuntos apenas de urgência particular, ou de trabalho, evitando se prolongar nos diálogos,
sempre se atentando com o que acontece ao seu redor;
f) Qualquer Policial de ROTAM, quando em PBs ou locais abertos ao público não deverão
manusear dinheiro, e quando houver necessidade em realizar tal manuseio, com vistas a fazer
compra de algo (lanche, refeição, etc.), deve-se realizar no interior da viatura e/ou local em que
não esteja nas vistas de terceiros, os quais poderão fazer uma errônea interpretação dessa ação
dos Policiais;
g) Quando a Parada (PB) ocorrer com destino à realização de refeição em qualquer
estabelecimento, o Policial de ROTAM tem a obrigatoriedade em seguir os passos descritos no
“item h”, bem como findada a refeição, se dirigir ao local destinado ao pagamento, já com o
(dinheiro, cartão de débito/crédito) em mãos, pois assim estará demonstrando a real intenção
em pagar, não só para o responsável pelo estabelecimento, mas também para os demais
frequentadores, que fazem um pré-julgamento que o Policial se alimenta de graça, em troca de
segurança privilegiada nos locais em questão;
h) Em qualquer realização de paradas devem ser observados os seguintes princípios:
1º) Antes de parar no local, observar a movimentação nas proximidades e o interior do
estabelecimento a ser frequentado (comércios em geral), devendo, uma dupla de Policiais
desembarcados realizar uma inspeção ligeira pelo ambiente a ser frequentado, uma vez que tal
ação antecipará a possibilidade de a Equipe ser surpreendida por infratores que estejam
realizando delito naquele local;
2º) Atentar para a fiel observância às normas de trânsito;
3º) A viatura deve parar de tal forma que esteja em condições de pronto deslocamento no caso
de emergências, ou seja, com a frente voltada para a rua, ou, quando paralela a guia da calçada,
com espaço suficiente para manobras rápidas de saída;
4º) As janelas da viatura voltadas para o lado da via pública devem ser fechadas;
5º) O 2º Homem (Motorista) deve permanecer próximo à viatura, atento à segurança e na
escuta do rádio;
6º) Assim que o Comandante de Equipe retornar à viatura, o componente que havia
permanecido na escuta do rádio deverá cientificá-lo das informações, exceto em casos de
urgência, quando deverá ser cientificado de imediato;
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
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7º) A viatura efetua manobras com a Equipe desembarcada fazendo a segurança e auxiliando
na manobra.
14. Realização de Bloqueio

a) Um bloqueio policial tem efetivo resultado durante um período de no máximo


01h30min, inclusos o tempo de montagem e desmontagem, pelo fato de que a notícia da ação
policial naquele local específico vem sendo rapidamente difundida através de meios
eletrônicos, sendo assim, muitos desviarão e procurarão caminhos alternativos;
b) Desta forma, a montagem do bloqueio deve ocorrer no menor tempo possível para
ampliar seu período de efetiva duração e simultaneamente proporcionar o fator surpresa que
pode levar a operação ao sucesso;
c) A realização de bloqueios por equipes de ROTAM possui característica preventiva,
visando aumentar a sensação de segurança pela ação de presença, e repressivo, com objetivo
principal de promover a prisão de infratores, localização de veículos produtos de ilícito,
apreender armas e entorpecentes, entre outros;
d) Assim, feito o planejamento prévio (estudo do local, tipo de bloqueio, mão única, mão
dupla, quantidade mínima de policiais, viaturas e material necessário para realização de tal),
deslocasse para o local escolhido;
e) Sequencialmente o Comandante de Pelotão define as funções e distribuição do efetivo no
bloqueio (Segurança, Anotador, Selecionador, Responsável por eventuais fugas, Revistador,
entre outras), mantendo viaturas antes e depois do bloqueio com guarnições em dupla de
policiais;
f) No bloqueio propriamente dito, sempre que possível, devem permanecer pelo menos
duas viaturas com os respectivos motoristas a postos, caso haja a necessidade de uma saída
rápida do local;
g) O selecionador deve atentar para os critérios objetivos e subjetivos que possam ensejar a
parada de um veículo, observando atentamente as características e o comportamento de seus
ocupantes;
h) Após a entrada no local destinado a vistoria do veículo, Comandante da Equipe de
vistoria determinará aos seus ocupantes para que desembarquem e se posicionem seguindo os
padrões normais de abordagem, ou seja, as ações relativas à abordagem e vistoria dos veículos
deverão obedecer aos procedimentos padrão descritos neste manual, conforme as
peculiaridades de cada um (veículo de carga, motocicleta, utilitários etc.);
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
41
i) Em não sendo constatada ilicitude criminal, porém verificado irregularidades de trânsito,
deve-se ser dado o devido encaminhamento conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro.
Por fim, não havendo nada de irregular constatado, os documentos são devolvidos a seus
proprietários, que após conferir seus pertences são liberados, com o agradecimento pela
colaboração prestada.

14.1 Realização de Bloqueio Relâmpago

Tal modalidade será abordada neste manual a título de conhecimento, pois não fazem
parte do mister de atuação de ROTAM, porém dependendo da necessidade do serviço, como
numa possível interceptação de veículo suspeito, pode ser utilizada, para tanto deve ser de
conhecimento de todo efetivo. Esta modalidade de bloqueio utiliza uma viatura ROTAM e tem
curta duração, no máximo 20 minutos, além de grande abrangência territorial, pois cada viatura
pode cobrir pontos estratégicos dentro da área de atuação; são necessários três cones.

15. Comboio

Para a realização do comboio os motoristas e os comandantes das equipes devem


planejar o melhor percurso para o deslocamento antes da saída e repassar para toda a tropa.
Se for possível deverá ser utilizado uma canaleta exclusiva para melhor comunicação das
viaturas. Todas as viaturas devem seguir o padrão abaixo, qualquer ação isolada poderá resultar
em acidente entre as viaturas e/ou veículos particulares.
Todo procedimento não se sobrepõe a segurança, se necessário o motorista deverá
abortar individualmente e momentaneamente uma manobra para privilegiar a segurança dos
demais condutores da via.

RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL


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15.1 Deslocamentos curtos

Os deslocamentos curtos são aqueles realizados geralmente dentro da cidade ou região


metropolitana. Normalmente são os comboios em direção a um outro batalhão.
O Comboio padrão de ROTAM é realizado em um sistema de rodízio, conforme padronização
abaixo:
a) A velocidade deve ser mantida de uma forma segura para todos os componentes do
comboio e terceiros;
b) Durante todo o percurso todas as viaturas estarão com sinais sonoros luminosos
ligados;
c) Durante todo o percurso as viaturas estarão com a luz baixa e o farol auxiliar ligados;
d) Todas as viaturas serão balizadoras não havendo a figura do carro-chefe;
e) As viaturas adotam um posicionamento intercalado umas das outras conforme a
dimensão da via;
f) Durante o bloqueio da via a equipe não desembarca;
g) O motorista deverá se atentar no posicionamento da viatura para não obstruir o fluxo
do comboio;
h) Usar sempre espelhos retrovisores, tendo contato visual constante com a viatura a
retaguarda evitando que este comboio flutue;
i) A viatura que bloqueou a via volta obrigatoriamente para a retaguarda;
j) Os motoristas evitam mudar de faixa e as ultrapassagens durante o deslocamento
sempre serão pela esquerda;
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
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k) Quando a última viatura passar pela equipe que está bloqueando a via, deverá avisar com
um sinal sonoro;

15.2 Deslocamentos longos

Os deslocamentos longos são aqueles realizados comumente para viagens. Neste tipo de
comboio teremos a figura do carro-chefe, que será sempre a viatura do policial mais antigo, e
as outras viaturas serão balizadoras.
Para esta modalidade de comboio o planejamento de rotas e paradas para abastecimento e
refeição deve ser realizada antes da saída. Todas as viaturas devem parar no mesmo local e
durante as refeições os dois policiais mais modernos permanecem realizando a guarda das
viaturas. Nas praças de pedágio todas as viaturas ficam na mesma cabine aguardando a
liberação.
Para segurança a quantidade numérica de viaturas no comboio é de no máximo 10. Em
casos de existir mais viaturas deverão ser divididos para manter o número máximo ou sendo o
caso de um deslocamento que envolva dois ou mais pelotões juntos cada pelotão seguirá o
comando de pelotão que servirá como carro chefe.
Os motoristas deverão estar atento no espelho retrovisor para não perder contato com a
viatura a retaguarda. Os sinais luminosos deverão estar sempre acionados bem como a luz
baixa e os faróis auxiliares. Já os sinais sonoros conforme ordem do comandante do comboio.
Durante o deslocamento qualquer alteração ou adversidade que seja constatada deverá
ser imediatamente informada via rádio.
Em casos de acidente ou pane, somente duas viaturas devem parar em local seguro para
prestar auxílio. As demais viaturas seguem viagem até um posto ou assemelhado, para se
necessário, acionar equipes de socorro e/ou órgãos competentes.
As ultrapassagens serão:
a) Em vias simples, seguindo as normas de segurança do trânsito, a primeira viatura
ultrapassa o veículo à frente, com a seta ligada para a esquerda, aguardando a viatura da
retaguarda iniciar a ultrapassagem, na sequência retorna à pista da direita para que os outros
motoristas tenham visão do contrafluxo, e segue o trajeto. As demais viaturas tomarão o lugar
de maneira sucessiva;
b) Quando a viatura que está na contramão da via ligar a seta para a direita e retomar o
sentido da via, indicará que não há condições de ultrapassagem; neste caso as demais viaturas
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
44
não realizarão a ultrapassagem. Assim que estiver em condições de ultrapassagem seguirá o
procedimento acima. O comboio só terá o seguimento normal após todas as viaturas estiverem
realizados a ultrapassagem, a última viatura do comboio deverá sinalizar com sinal sonoro e
sinal de luz;
c) Em rodovias com duas ou mais faixas, a viatura carro chefe irá sinalizar, com a seta
indicadora de direção, o lado da via em que deseja deslocar;
d) A viatura que está atrás tomará a faixa do lado indicado diminuindo a velocidade para que
as demais viaturas possam realizar a mudança de faixa, consequentemente retorna a retaguarda
do comboio a última viatura que passar indicara com sinal sonoro e sinal de luz;

16. Operações em Controle de Multidões Motorizadas – Choque Motorizado ou Choque


Ligeiro

O choque ligeiro é o emprego de tropa de ROTAM em controle de multidões ou


distúrbios civis motorizada de forma pontual e momentânea. Garante a primeira resposta das
unidades de patrulhamento tático em caso de acionamento, enquanto a tropa de choque, efetivo
especializado do batalhão de polícia de choque (BPCHOQUE), se mobiliza e efetua seu
deslocamento.
Durante o patrulhamento tático de alto risco, a equipe de ROTAM poderá se deparar
com diversas situações, dentre elas se destacam as ações com grupos de vândalos ou
manifestantes violentos, depredações, desobediência, equipe policial sitiada, e outras situações,
sendo nestes casos, necessário a pronta intervenção em ações de choque, visando diminuir ou
conter a agressão (ou iminente agressão) até a chegada de reforço policial ou da tropa de
choque.
a) O Pelotão encarregado de tal atribuição, quando tiver ciência antecipadamente da missão,
equipará as viaturas com material específico para CDC (capacete e caneleira), e poderá, sob
ordem do comandante, completar o bornal de granadas e outros materiais que entender
necessário;
b) Antecipando a aplicação direta no terreno, o comandante de pelotão, deverá
obrigatoriamente repassar a missão a ser seguida, as funções de cada integrante, bem como
RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MÓVEL
45
realizara uma instrução prévia, uma vez que são ações não rotineiras e ainda que podem sofrer
variações;
c) Se o caso permitir, por segurança, o pelotão deverá se equipar com materiais de CDC
(capacete e caneleira);
d) O policial que estiver na função de 1º Homem deve realizar a função de comandante e de
lançador do Pelotão;
e) O policial que estiver na função de 2º Homem (Motorista), deve permanecer com a
viatura, pois durante o deslocamento acompanhará a tropa formada, observando uma distância
segura;
f) O policial que estiver na função de 3º Homem (segurança) deve realizar a função de
atirador;
g) O 4º Homem deve realizar a função de escudeiro;
h) Em equipes com 5 (cinco) PPMM, a equipe será composta por 02 (dois) Escudeiros,
ampliando assim ainda mais a segurança.
i) A formatação será o policial escudeiro à frente, atirador, e por fim o lançador e
comandante;
j) De acordo com a ocorrência, terreno e demais adversidades, o comandante do pelotão
poderá adequar o emprego de tropa de ROTAM em situações de choque ligeiro.
k) A formação poderá ser alterada de acordo com a especialização de cada policial militar.

17. Retorno do patrulhamento e encerramento do turno

a) Ficará a critério do Comandante de Pelotão ROTAM ou Comandante de Equipe mais


antigo de serviço estipular, mediante a utilização de um horário e/ou local para a reunião das
equipes ao final do turno de serviço, para que então sejam repassadas e analisadas quaisquer
alterações que tenham ocorrido durante o patrulhamento e então baixar o serviço;
b) Encerrando o patrulhamento todas as viaturas devem ser abastecidas e manutenidas,
antecipando o recolhimento ao Batalhão, desta forma estarão em condições de pronto emprego,
caso haja acionamentos inesperados;
c) O deslocamento em retorno ao Batalhão ocorre em velocidade moderada, respeitando-se
a legislação de trânsito vigente;
d) A critério do Comandante de Pelotão, o deslocamento poderá ocorrer com os sinais
luminosos acionados, observada as características da área em que se encontram;
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e) Os Policiais responsáveis para tal devem baixar os equipamentos e armamentos na
furrielação ou sala ROTAM conforme o caso, bem como fechar os relatórios diários de
abordagem, os quais após passarem por conferência dos Comandantes de Equipe seguem para
confecção de relatórios, e sequencialmente serão vistados pelo Comandante de Pelotão;
f) Findadas as missões e estando todos cientes das ordens para o próximo serviço, o
Pelotão será liberado pelo Comandante de Pelotão ou Comandante mais antigo de serviço.

18. Procedimentos em Ocorrências que Exigem uma Resposta Especial da PMPR

18.1 Procedimentos Operacionais Padrão (POP)


Tem a finalidade de estabelecer os procedimentos a serem observados, pelas Equipes
ROTAM, durante o atendimento de ocorrências dessa natureza, ou seja, aquelas que exigem
uma resposta não rotineira da Unidade, tais como as que envolvem artefatos explosivos, reféns,
vítimas, mentalmente perturbados, roubos a caixas eletrônicos, atiradores ativos, entre outros.
Todos os Procedimentos Operacionais Padrão – POP, devem ser treinados e simulados
constantemente para os integrantes de ROTAM.
Nº Nome do POP SÉRIE 200
100.13 Uso de Espargidores Químicos em Ocorrências
100.14 Ocorrências envolvendo disparo de alarme em edificações
200.1 Primeira Intervenção em Crises Policiais
200.2 Primeira Intervenção em Crises Envolvendo Atiradores Ativos
200.3 Primeira Intervenção em Crises de Tentativa de Suicídio
200.4 Primeira Intervenção em Ocorrências do tipo “Novo Cangaço”
200.5 Primeira Intervenção em Manifestações e Tumultos
200.6 Primeira Intervenção em Ocorrências com Explosivos (Ameaça com Bomba)
200.7 Primeira Intervenção em Ocorrências com Explosivos (objeto Localizado)
200.8 Primeira Intervenção em Ocorrências com Explosivos (Explosão de Bombas)
200.9 Atendimento Pré-Hospitalar em Combate – APHC
200.10 Primeira Intervenção em Ocorrências de Incêndios, Afogamentos, Acidentes e
outras Situações Emergenciais
200.11 Primeira Intervenção em Crises em Estabelecimentos Prisionais

Todos os POP devem ser treinados a fim de ser assimilado o mais rápido possível, uma
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vez que estas ocorrências acontecem inesperadamente. Os Procedimentos devem ser seguidos
conforme estão descritos no POP.
Os arquivos dos POPs encontram-se na intranet, bem como na pasta do servidor do 28º BPM >
ROTAM > Legislação.

19. Prescrições Diversas

a) A referida NGA passa a vigorar a partir da aprovação do Comandante da Unidade, da


qual a ROTAM é subordinada, bem como publicação em boletim interno;
b) Alterações somente poderão ocorrer após sugestão do Comandante da ROTAM ao
Comandante da Unidade, e em sendo aprovadas, somente poderão alterar-se após edição e
publicação em boletim interno;
c) As condutas aqui expressas não sobressaem às normas, códigos, regulamentos, leis, e
afins que norteiam a atividade policial-militar, apenas se complementam e tem o fim de
padronizar as condutas a serem tomadas por um integrante da ROTAM do 28º BPM, bem
como servir como referência para pesquisas e instruções do efetivo, tornando o Policial de
ROTAM cada vez mais técnico e profissional em sua atividade-fim;
d) Qualquer ação contrária aos preceitos legais, que venha a ser realizada por um Policial
de ROTAM será objeto de apuração para possível responsabilização conforme prevê o
ordenamento jurídico vigente na PMPR;
e) As normativas quanto a estágios, reestágios, solenidade de braçal (símbolo do
Policiamento Especializado), teste de aptidão física de Policiais na ROTAM, e outros que
surgirão com a evolução da atividade policial-militar, serão tratadas em documentos apartados
em forma de complemento a presente NGA.

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Lapa, 1° de março de 2023

1º Ten. QOPM Sérgio William Valenga


Comandante da ROTAM do 28º BPM

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REFERÊNCIAS

Normas Gerais de Ação da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE), Policia Militar
do Paraná, 4ª Edição, Curitiba, 2023.

DORECKI, André Cristiano e LIMA, Alexsandro Rodrigo R.; Manual de Controle de Distúrbios
Civis, 2ª Edição - Ampliada, Curitiba, Ed. Optagraf, 2006.

Diretriz nº 004/2000 - PM/3, Diretriz Geral de Planejamento e Emprego,


Polícia Militar do Paraná, Curitiba, 2000.

Diretriz n°004 de 21 de setembro de 2015- Uso seletivo ou diferenciado da Força no âmbito da


PMPR

Diretriz nº 011/2009 - PM/3, Procedimentos Policiais Militares em Locais de Crime, Polícia


Militar do Paraná, Curitiba, 2009.

Diretriz nº 005/2011 - PM/3, Gerenciamento de Crises, Polícia Militar do Paraná, Curitiba,


2011.
Manual de ROTA, Princípios Doutrinários e Procedimentos Operacionais, Polícia Militar do
Estado de São Paulo (PMESP), São Paulo, 2019.

Apostila de Abordagem Policial - Módulo I, Polícia Militar do Paraná, Curitiba, 2008.

Procedimentos Operacionais Padronizados, Polícia Militar do Paraná, Curitiba, 2013.

Puglia, Anderson. Habilitações com Arma de Fogo: manual do instrutor. 2 ed. Curitiba, Intranet
PMPR, 2018.

Valla, Ilson Odirlei. Deontologia Policial Militar: ética profissional. Curitiba; AVM, 2003.
Portaria do Comando-Geral nº 432, de 30 de junho de 2015- Disciplina os Brasões de
Armas em uso na Corporação.

Portaria do Comando-Geral n.º 076, de 22 de janeiro de 2016- Disciplina os exames de


Capacidade Física.
Portaria do Comando-Geral Nº 1000, de 21 de novembro De 2022.- Alterada Pela Portaria Cg
195, de 10 de fevereiro de 2023- Regula as atribuições do Comando de Missões Especiais.
Portaria do Comando-Geral Nº 330, De 14 de Março de 2014- Aprova a Portaria de
Ensino da PMPR

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ANEXO A

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