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PINOQUITA

1. Pinóquita

2. Dona Geppina

3. Fada Azul

4. Grilo falante

5. Sr. Raposilda (o) Honesto (Raposa)

6. Milo Gatito (a) (Gato)

7. Maximuns Maravilha (Dono do teatro de fantoches)

8. Traquinildo(a) Pimentinha (menino arteiro)

9. Lolo

10. Valentino (a)

11. Comandante Zig Zag (entra na hora do mar quando gepeto vai procurar pinoquita)

12. Papagaio jack – Entra junto com o comandante zig zag

12. Morgana Transmuta – Dona do parque de diversões, vou trocar as próximas falas do gato e
do raposildo por ela e pelo caco o caco faz as falas do gato.

14. Caco Macaco

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CENA 1 – CASA DE GEPPINA

GRILO - Olá, amiguinhos! Cri cri Sou o Grilo Falante, o inseto mais divertido e tagarela que
vocês já viram. Cri cri! E hoje vou contar uma história talvez vocês já conheçam, ou não.

Era uma vez uma costureira chamada dona Geppina. Ela vivia triste e solitária, sempre com a
agulha na mão e o tecido na outra. Cri Cir! Coitada, não tinha ninguém para bater um papo
animado. Mas um belo dia, dona Geppina teve uma ideia brilhante (ou seria costurante?
hehe). Ela criou uma boneca de pano chamada Pinoquita, uma boneca tão bonita, mas tão
bonita que até as agulhas se apaixonaram por ela! Cri Cir...

GEPPINA - Quem está ai? (Grilo se esconde e faz cri – cri!) Ah, é só um grilo! Pinóquita, que
nome maravilhoso! É perfeito para minha linda bonequinha. Mas como eu queria que ela fosse
uma criança de verdade. Sinto-me tão sozinha aqui. Passo meus dias na companhia do meu
gatinho Figo, que é um verdadeiro festeiro. Vem cá, Figo, meu querido gatinho festeiro, (gato
imaginário). Deixe esse novelo de lá, gato arteiro... Ai ai, que sono, hoje o dia rendeu. Boa
noite, Figo. Boa noite, Lua. Boa noite, estrelas. Boa noite, minha bonequinha linda. Como eu
gostaria que você ganhasse vida de verdade (Pausa) olhem só, uma estrela cadente! Dizem
que quando uma estrela cadente passa, podemos fazer um pedido. Eu sei exatamente o que
desejar!

GRILO - Gepeto queria tanto, mas tanto um filho que do céu desceu uma estrela transformada
em fada. Ela era toda azul e bonita. Eu vi quando ela entrou e disse:

FADA - Ah, Geppina! Sei que você é uma pessoa boa. Conserta as bonecas das crianças, costura
as camisetas dos meninos. Tenho certeza de que seria uma boa mãe. Por isso, darei à sua
bonequinha o dom de falar e andar. E você, Grilo Falante, será a consciência de Pinóquita.

GRILO - Que honra! Serei a consciência do Pinóquio!

FADA – Está confundindo a história, essa é a história da Pinóquita!

GRILO – E não é a mesma coisa?

FADA – É, e não é... Agora vigie a Pinóquita! E quando ela tiver uma prova de amor e coragem,
se tornará uma menina de verdade. Adeus!

GRILO - E lá se foi ela, de volta ao céu, deixando-me com a responsabilidade de cuidar de


Pinóquio, digo da Pinóquita. Que responsabilidade, hein?

PINOQUITA TENTA SE LEVANTAR E CAI, GRILO TENTA AJUDAR MAS OUVE DONA GEPPINA E
SAI CORRENDO E SE ESCONDE.

GEPPINA – Meu Deus, o que é isso? Acho que ainda estou sonhando. Vou entrar de novo. (Sai
e entra novamente) Meu Deus, é você mesmo, Pinóquita! Vejam, ela está viva! Está viva! Meu
sonho se realizou. Obrigado, estrelinha. Vem aqui,(ajudando Pinoquita a se sentar) Pinoquita,
senta aqui. Que bonitinha! Cuti, cuti, cuti!

Ah, vocês viram só? Ela está viva! Mamãe Gepetita vai ensinar muitas coisas bonitas para você.
Vai aprender muitas coisas boas. A primeira é andar. Levante-se, essa aqui é sua perninha.
Coloque uma perninha para frente. Pinoquita deu o primeiro passinho. Agora a outra
perninha, dois passinhos. Agora, vamos tentar sozinha. Aí, que maravilha! (Pinoquita cai, Dona
Geppina corre e ajuda) Ai, Pinoquita, minha filha. Não fica chateada, na vida também é assim.
Às vezes, a gente cai, mas levanta e dá a volta por cima. Vamos dar a volta por cima? Cuti, cuti,

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cuti. Sempre olhando para frente com pensamentos positivos. Vá, isso, isso, isso! Veja, ela
conseguiu! Aplaudam! Vejam só que maravilha, aprendeu a andar muito rápido.

Agora, você vai aprender algo muito importante: falar. Para falar, tem que pensar antes de
falar. Quem fala tudo o que quer acaba ouvindo o que não quer. A primeira coisa que você vai
aprender a falar é o seu nome. Está bem? Veja aquelas bonecas ali ao lado. Cada uma tem um
nome (apontando pra pessoas da plateia) Aquela é a Zuleica traposinha, Aquela outra é a Bela
remendada e tem a Gertrudes estampada. Mas o seu é Pinóquita,

GEPETO – Pi-nó-quita.

PINOQUITA – Pi-pó-quinha.

GEPPINA – (para plateia) Não repare, ela é muito pequena. Vamos tentar de novo, Pinoquita.

PINOQUITA – Paçoquita-ta.

GEPPINA – Sente-se aqui. Calma, vamos lá, com calma. Pinoquita.

GRILO FALANTE – Cri, cri, cri Durante dias e dias, mamãe Geppina com muito amor ensinava
Pinoquita a falar e a andar

GEPPINA – Vamos lá, mais uma vez. (para plateia) Eu vou contar até três e todo mundo diz
Pinoquita bem alto!

Muito bem agora, eles vão contar até três e você fala bem alto: "Meu nome é Pinoquita",
entendeu

PINOQUITA – Sim

GEPPINA – Que menina inteligente, Cuti, cuti, cuti, vamos lá... Um, dois, três,

PINOQUITA – Meu nome é Pinoquita.

GEPPINA – Que maravilha! Já aprendeu a falar, já aprendeu a andar...

PINOQUITA – Eu posso correr!

GEPPINA – Parece o Rubinho Barrichelo!

PINOQUITA – Eu posso pular

GEPPINA – Parece uma pipoquinha

PINOQUITA – Eu posso brincar?

GEPPINA – Toda criança tem que brincar.

PINOQUITA – Eu posso voar sei voar! (Pula e cai)

GEPPINA – Não, Pinoquita, não minha filha. Voar não, voar é coisa de passarinho. Você é
apenas uma boneca de pano. Machucou? Olha rasgou aqui, deixa eu pegar uma linha e dar um
pontinho. (MUSICA) Pronto, agora você vai pra escola

PINÓQUITA– Mas eu não gosto de ir para a escola.

GEPPINA – Mas você nunca foi para a escola. Não podemos gostar de coisas que não
conhecemos. Essas crianças, cada uma. "Não gosto de legumes, não gosto de verduras, não

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gosto de escola." A escola é um lugar muito bacana, Pinoquita. Lá você vai ficar muito
inteligente.

Olha, Pinoquita, eu guardei essa cartilha com muito amor e carinho para quando tivesse um
filho. "Caminho Suave". Ah! E como é seu primeiro dia de escola, você pode fazer uma
gentileza para a professora. Porque a professora é muito importante em nossas vidas, é com
ela que aprendemos a ler e escrever. É com a professora que recebemos nossos primeiros
ensinamentos. Leve essa maçã e dê de presente para a professora Maria Rosa.

Uma coisa muito importante: não pare na rua para falar com estranhos. Dê um beijinho na
mamãe. Cuti, cuti, cuti! Puxa vida, vocês viram? Agora eu tenho uma filinha e ela já foi para a
escola. Como eles crescem tão rápido! Ah que dia feliz! Que dia feliz

GRILO – E lá se foi o Pinoquita para a escola. Ele passou por uma rua, virou uma esquina, virou
outra e lá se foi Pinoquita para a escola. Ela e seu fiel guardião grilo falante (pausa, percebe
que ficou para trás) Me espera, Pinoquita, eu também vou com você, me espere

CENA 2 – RUA NA FRENTE DA ESCOLA

MUSICA ESCOLA

PINOQUITA – Que lugar bonito! Eu vou entrar lá e aprender muitas coisas, vou deixar a mamãe
orgulhosa!

RAPOSA – Olha, uma boneca de pano!

PINOQUITA – Olá, um cachorro

RAPOSA – Mais respeito sou Raposita da Silva Honeta, uma Raposa

GATO – Eu sou Milo Miado, um gato Você é uma boneca de pano? É diferente

PINÓQUITA – Sim, sou, mas eu ando e falo.

GATO – Você viu ela anda e fala!

RAPOSA – (irritada) é claro que eu vi, eu não sou surda e nem cega (analisando Pinoquita)
interessante, interessante

GATO – Interessante, muito interessante.

PINÓQUITA – Eu me chamo Pinoquita, senhoras. (RAPOSA E GATO SE OLHAM) desculpem-me,


mas não estou interessada em vocês. Se me dão licença, preciso ir para a escola.

RAPOSA – Um momento, amiga Pinoquita.

GATO– Dois momentos, amiga Pinoquita. (Pegando a maçã da mão de pinóquita)

RAPOSA – Por que perder tempo indo para a escola? Você está perdendo a oportunidade da
sua vida.

GATO – Sim, a oportunidade da sua vida, a chance de ganhar muita fama e dinheiro.

RAPOSA – Imagine milhares de crianças pedindo fotos e autógrafos. Você será a artista
principal. Imaginem só, “ senhores e senhoras, o Teatro de Fantoches orgulhosamente
apresenta o espetáculo da noite, as aventuras de... as aventuras de quem? De quem Milo
(apontando para Pinóquita)

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GATO – Ah! As aventuras de Pinóquio!

PINÓQUITA – Pinóquio?

RAPOSA – A aventura de Pinoquita, Pinóquita seu burro!

PINÓQUITA – Ei! Eu vou pra escola, não vou ficar burra não!

RAPOSA – Calma, espere pequena, claro que não, você é muito inteligente, e uma menina
inteligente como você não vai perder essa oportunidade. Seus bolsos vão encher de dinheiro,
Pinoquita você vai ficar milionária.

GATO – Bilionária.

RAPOSA – Trilhonária

GATO – Secretária

RAPOSA – Fica quieto, só fala besteira, seja pelo menos simpático para ninguém desconfiar
(gato sorri escancaradamente para plateia) então Pinoquita o que nos diz?

PINOQUTA – Sinto muito, mas seu eu aceitar não poderia mais morar com minha mãezinha

RAPOSA- Isso é uma pena

GATO – Isso é uma galinha inteira!

PINOQUITA – Obrigado, mas eu não posso aceitar isso

RAPOSA – Mas pense Pinoquita, se você aceitar isso, você vai pode dar para sua mãe, mil duas
mil, três mil e até 10 mil moedas de ouro por mês. É isso que sua mãe queria, e você também
quer isso, querer é poder!

GATO – Isso querer é perder! (Raposa, olha bravo! Gato, volta pro canto e sorri)

PINOQUITA – Eu vou ser famosa, adeus escola, o sucesso me espera!

GRILO – Espera, Pinoquita, espera! Lembre-se do que sua mãe disse: cuidado com os
estranhos!

PINOQUITA – Você está com inveja porque eu serei rica e famosa. E além do mais, eles não são
estranhos. Esse é Rapozilda Honesta da Silva e esse é o Milo Miado. E quando chegar em casa
eu falo que fui para a escola, mamãe nem vai desconfiar.

GRILO – Não faça isso Pinoquita a mentira tem perna curta, não vai muito longe, mais cedo ou
mais tarde alguém descobre!

PINÓQUITA - Você está com inveja porque eu serei rica e famosa! (Grilo tenta impedir)

GATO – E não venha atrás de nós. É melhor você ficar quieta aí, vagalume palmeirense!

GRILHO – Que desaforo, vagalume! Pinoquita esqueceu mesmo dos conselhos da sua
mãezinha e caiu na lábia desses dois. Acho que isso não vai dar muito certo. Eu preciso de
ajuda. Já sei, vou chamar a Fada Azul! Fada Azul, Fada Azul, você não vai acreditar... (SAI)

RAPOSA – Ai ai, que demora! Anda logo, Gato!

GATO – Calma!

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RAPOSA – Esse foi o melhor golpe da história. Quando o a senhora Maximuns Maravilha
chegar, vai nos pagar muito por essa atração.

GATO – Vai vender prepara a Maximuns Maravilha? Faz isso não, ela é tão pequenininha.

RAPOSA – Está com dó da boneca? O que você quer fazer agora, quer soltá-la?

GATO – Sim.

RAPOSA – Depois de tanto trabalho, olha aqui, tá escrito "otário" na minha testa.

GATO – Deixa eu ver.

RAPOSA – (furiosa) não, Não está escrito! Olha, eu vou chamar a Maximuns Maravilha.
Enquanto isso, você fica de olho colado nesta boneca.

GATO – Tá bom, eu fico de olho. (RAPOSA SAI) Eu olho nada, ela só sabe me humilhar. Se ela
aparecer aqui, eu vou, eu vou...

RAPOSA – (Voltando) vai fazer o que?

GARO – Vou fazer o que você mandou. (RAPOSA SAI) Eu vou soltar minha amiguinha, isso sim.
Ela é tão pequenininha. (Gato solta boca de Pinoquita que grita Socorro, então ele amarra de
novo)

GEPPINA – (Entra pela plateia), Pinóquita, minha filinha desapareceu. Foi um descuido meu. Eu
não deveria ter deixado ela ir sozinha para a escola. Deveria ter colocado ela na carroça
escolar. Pinoquita, Pinoquita, alguém sabe onde ela está? Está ali na praça. Obrigado, foi a
primeira informação que eu tive. Vou lá ver. (Apontando para o Gato que tenta esconder
Pinóquita)

GEPPINA – O Senhor viu minha filinha uma boneca de pano

GATO – Não vi não

GEPPINA – (Para plateia) Alguém viu (espera respostas). Está lá atrás, eu vou lá ver então
obrigado, (sai por traz do cenário)

GRILO – Ali está ela Fada Azul!

GATO - Quem é essa mariposa

FADA – Mariposa? Oras seu, (laça feitiço e gato fica paralisado) Pinoquita o que está fazendo ai
presa não deveria estar na escola? (Lança um novo feitiço a jaula abre)

PINOQUITA- (saindo da jaula) estava indo para a escola quando esse menino malvado me
prendeu, do nada!

FADA – Não mente Pinóquita

PINOQUITA – É verdade, eu falei que que não queria vir com eles...

FADA – Pinoquita olha suas pernas, estão encolhendo

PINOQUITA – Meu Deus o que está acontecendo?

FADA – É que a mentira tem perna curta, não precisa mentir o grilo já me contou tudo

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PINOQUITA – tudo? Tudo o que? Fofoqueiro

FADA – Não diga assim Pinoquita, eu escolhi ele para ser a sua consciência e pedi para que
cuidasse de você

GRILO – Ela acha que não precisa de consciência!

FADA – Claro que precisa, eu como sua fada madrinha não deixei nada faltar, você ganhou
consciência, movimentos e até fala, e por fala em fala, peça desculpas para o grilo, ele se
arriscou para salvar você!

PINOQUITA- Desculpas grilo falante

FADA- Muito bem agora vou consertar as suas pernas. (Feitiço e a perna volta normal) agora
nada de mentiras

PINOQUITA – Eu prometo, não vou mais faltar na escola e vou obedecer a minha mamãe!

FADA - muito bem, mas agora você vai voltar para casa e contar para sua mamãe tudo que
aconteceu, ela vai te ensinar como agir nessas situações, lembre se para se uma menina de
verdade não basta apenas falar e andar é preciso ter um grande coração, mas isso só vai
ganhar quando provar que realmente merece (olha com desdenho para o gato congelado)
mariposa, hum (sai)

GRILO - O que você está fazendo, Pinóquita não faça isso (Pinoquita gira o gato congelado e
chuta a traseira dele, ele persegue a dupla que consegue escapar- Todos saem de cena)

CENA 3 – RUA TEATRO DE FANTOCHE

(Entra Maximuns, uma figura imponente e autoritária, enquanto a Raposa se aproxima com
um ar furtivo.)

RAPOSA - (com um sorriso malicioso) Ah, Maximuns, meu amigo! Tenho uma oferta que você
não pode recusar.

MAXIMUNS - (desconfiado) O que você quer, Raposa? Já conheço suas artimanhas.

RAPOSA - (fingindo inocência) Artimanhas? Eu? Nada disso, meu caro. Eu estou aqui para lhe
oferecer uma oportunidade única para seu espetáculo de fantoches. Uma boneca mágica que
anda e fala sozinha!

MAXIMUNS - (cético) Uma boneca mágica? Isso parece mentira, Raposa. Não acredito que
você possa ter algo assim.

RAPOSA - (desafiadora) Ah, mas eu tenho, Maximuns! E posso lhe provar. Ela logo ali, com o
Gatito.

MAXIMUNS MARAVILHA - não tente me enganar

RAPOSA – jamais

MAXIMUNS MARAVILHA – Eu conheço um bom fantoche

RAPOSA – Mas esse você nunca viu, e tem muita gente querendo comprar.

MAXIMUNS MARAVILHA – Então toma 5 moedas de ouro adianta, As outras cinco quando eu
tiver a boneca.

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RAPOSA - Senhora Maximuns eu deixei o boneco preso ali na jaula, (olha o gato sem o boneco
faz sinal de negativo par a raposa). Mas ela é muito tímida.

MAXIMUNS MARAVILHA – Mas se ela é tímida como vai participar de um show de fantoches,
as crianças vão querer vê-la!

GATO – (Fingindo voz de criança) Mas eu só sou tímida, quando é segunda-feira, no fim de
semana eu dou um descanso pra timidez

MAXIMUNS MARAVILHA – Quem disse isso?

RAPOSA – A boneca, está vendo, no final de semana ela estará pronta pra o show, agora
descanse senhora Maximuns que o show será um estouro.

GATO – Bum!

MAXIMUNS MARAVILHA – O que foi isso eu ouvi um barulho estranho.

RAPOSA – Barulho estranho? Não! Não tem nenhum barulho estranho, deve ter sido um gato

GATO – Mi-a-u

RAPOSA – Viu só

MAXIMUNS MARAVILHA – Eu hein, esse gato deve ter sido atropelado. Olha se essa boneca
não estiver comigo no final de semana!

GATO – Ai Danou tudo

MAXIMUNS MARAVILHA – Quem disse isso

GATO – Mi-a-u

MAXIMUNS MARAVILHA – Esses gatos sarnentos estão empesteando a cidade (sai gato vai
atrás nervosa raposa segura)

RAPOSA – E aí gato? Está tranquilo

GATO – Agora estou

RAPOSA – Cadê o boneco

GATO - Tomou Doriu e sumiu

RAPOSA- Sumiu, ou será que você vendeu para outra pessoa e agora quer me enganar

GATO- Calma, calma, vou te contar a história

Raposa – Ah! Mas para me convencer vai ter que ser uma história muito boa

GATO- Ah, você não vai acreditar no que aconteceu! Estava eu aqui, tranquilão, quando, do
nada, aparece uma fada maluca, gigante! Ela tinha mais braços do que um polvo, mais pernas
do que uma centopeia e uma varinha mágica do tamanho de uma árvore! E sabe o que ela fez?
Me deu um tapa bem aqui, ó! Ai, ai, está doendo até agora! (Apontando para o bumbum)

RAPOSA- Milo! Você espera mesmo, que eu acredite numa história desta? Está escrito otário
aqui na minha testa

GATO – deixa eu ver

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RAPOSA – Não! Não está! Você deixou o boneco fugir e agora?

GATO – Agora Você vai ter que devolver o dinheiro da senhora Maximuns Maravilha

RAPOSA – Está escrito otário aqui na minha testa, não responda! O negócio é o seguinte eu
sou esperta, a gente dá o pé daqui antes que ele descubra, mas como sou honesta vou dividir
as moedas de ouro com você, eu ganhei 5 moedas de ouro a metade é sua toma uma moeda

GATO – Não raposa, está errado! Eu não ganhei metade, você está com quatro metade de
quatro são dois

RAPOSA – E metade de dois é um

GATO - Então está certo!

CENA 4 – NA FRENTE DA ESCOLA

GEPINNA – Pinoquitaaaaaaaa, Cadê você minha filha! A dona Maria Rosa me disse que a
Pinoquita nem se quer apareceu lá na escola, eu não deveria ter deixado ir sozinha, o que eu
fui fazer, essa cidade está cada dia maior, já tem quase 15 casas é bem provável que Pinóquita
se perdeu. Eu não posso voltar para a casa sem minha bonequinha!

GRILO – Quando Pinoquita voltou para casa Geppina não estava, mais lá, Pinóquita voltou para
a cidade atrás de sua mãezinha Cri, cri... Espera Pinóquita preciso te encontra... Não vá por ai...
me espere!!!!

PINOQUITA – (triste senta na praça e conversa com a plateia), quando cheguei em casa minha
mãezinha não estava mais, lá será que ele se aborreceu comigo e me abandonou, mas eu
prometi para ela que eu ia para a escola e não ia mais mentir... eu vou ser uma boa menina!

TRAQUINILDO – Que ódio que raiva, que ódio que raiva, por isso que não gosto de chegar
atrasado, eu chego atrasado está todo mundo aqui, (olha não tem ninguém) está vendo por
isso não gosto de chegar adiantado, eu chego adiantado não tem ninguém aqui, sabe o que
que é vou contar para vocês, é uma coisa (pausa vê Pinóquita) é aquela menina de pano, como
é o nome dela mesmo? (para Pinoquita) O que aconteceu?

PINOQUITA – Minha mãe me abandonou, por que eu não fui uma boa criança, eu prometi pra
fada azul, que eu seria uma boa menina e ia pra escola.

TRAQUINILDO – Escola, a escola é muito chata, eu estou indo para a terra dos brinquedos!

PINOQUITA – Terra dos brinquedos onde fica isso?

TRAQUINILDO - você não sabe onde fica, é um lugar muito legal, não precisa tomar banho,
nem escovar os dentes, você pode comer doce e brincar o dia inteiro.... Essas coisas de
crianças que adulto não entende, quem sabe lá você não vira uma criança de verdade

PINOQUITA – Eu não posso – prometi para a fada azul que eu ia para a escola

TRAQUINILDO – E daí eu prometo para minha mãe um monte de coisa e não cumpro

PINÓQUITA - E não acontece nada?

TRAQUINILDO – Acontece, fico de castigo todo dia .... Se você não quiser ir tudo bem, eu só
estou convidando crianças bonitas e inteligente

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PINOQUITA – Sendo assim então eu vou!

TRAQUINILDO – Tudo bem eu estou esperando a galera chegar

LOLO – Oi Cara de Boi

TRAQUINILDO – Vocês chegaram atrasado

LOLO – Eu demore, por que minha mãe fez eu tomar banho e escovar os dentes

VALENTINO – Eu estava no banheiro fazendo coco conta de matemática.

TRAQUINILDO – Está vendo, no pais dos brinquedos adeus banho, escovar os dentes e lição de
casa! Vamos logo que a gente estamos atrasados.

LOLO – Agente não estamos atrasados.

TRAQUINILDO – Estamos sim!

LOLO _ É Nós estamos atrasados.

TRAQUNILDO – Não foi isso que eu disse?

VALENTINO – Deixa a ortografia para escola, na terra dos brinquedos não vamos precisar
estudar, lá é só brincar!

LOLO – Terra dos brinquedos vamos lá ( MUSICA) Todos saem

CENA 5 – TERRA DOS BRINQUEDOS

TRAQUINILDO – quem chegar por último é a mulher do sapo! Ei esperem por mim

GRILO – Outra vez o Pinóquita iludida, Cri, Cri lá foi ela para a terra dos brinquedos com as
outras crianças, esqueceu da sua mãezinha, aposto que vai mentir outra vez! Cri, Cri

LOLO –Eu comi dois pastel de frango, cachorro quente, não estou nem aguentando mais

TRAQUINILDO – Olha ali que é roda gigante, a maior atração do parque vamos lá

VALENTINO – (com medo) Acho melhor não a Lolo tem medo

LOLO _ Eu não tenho medo não você que é medroso

VALENTINO – Eu sou Valentino valente nada me assuta

LOLO – Nem barata

VALENTINO – Socorro onde?

LOLO – Ta vendo medroso!

(BRIGA E DISCUSÃO)

TRAQUINILDO – Agente veio aqui pra brincar ou pra brigar?

VALENTINO – Verdade vamos brincar do que?

LOLO – Vamos brincar de esconde-esconde (todos saem) Ei traquinildo onde você pensa que
vai?

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TRAQUINILDO – Me esconder

LOLO – não você conta

TRAQUINILDO – Por que?

LOLO – Por que sim... fui

TRAQUINILDO – Vou contar, bem rápido, é um, é dois são três, vou contar até 100, é quatro, é
cinco e é 100, lá vou eu quem não se escondeu não se escondeu

LOLO– Lolo salvo pique um dois três (entra com orelha de burro)

TRAQUINILDO – Olha lá virou um burrinho

LOLO – você que é um burrinho

PINOQUITA - (com orelha de burro) um dois três Pinoquita salva!

TRAQUINILDO – . Olha lá outro burrinho, ioooooo, (SE IRRITAM) que foi tem senso de humor
não agora vou procurar o Valentino

VALENTINO – ENTRA COM ORELHA DE BURRO, olha lá dois burrinhos io io!

TRAQUINILDO – E não percebeu ainda, vou falar com jeitinho para não traumatizar, Lolo você
está com orelha de burro!

LOLO – É verdade estamos virando burros olha a culpa é sua você que falou para a gente vir
aqui

VALENTINO – (Chorando) é verdade disse que era legal

LOLO – Que seria divertido

PINOQUITA – eu não estou me divertido

VALENTINO – a culpa não é minha foi ela que me convenceu apontando pra Lolo

LOLO – Mas o seu raposo e o gato disseram que aqui era o pais da diversão, até mostrou o
caminho, e eles não iam mentir para mim, gente grande não mente!

TRAQUINILDO – sabe de nada inocente... vamos nos reunir (reúnem) o conselho decidiu, você
está expulsa, traidora, judas carioca!

LOLO – Eu não vou ficar aqui, eu vou voltar para minha casa, obedecer aos meus pais e ir para
a escola!... socorro sai correndo

TRAQUINILDO – calma, calma eu já sei o que vamos fazer

VALENTINO – você?

TRAQUINILDO – Sim quem é o único que não virou burrinho

VALENTINO– não precisa já é

TRAQUINILDO – eu sou o mais esperto eu decido, vamos sair daqui socorro, socorro todos
correm

CENA 6 – MORGANA E CACO TERRA DOS BRINQUEDOS

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MORGANA – Foi muito fácil enganar aquela menininha, foi só contar um monte de bobeira
que ela saiu espalhando pra cidade inteira

CACO- Agora nós temos, um monte de burrinhos pra vender, estamos ricos

MORGANA - Mas cadê eles

GEPINA – PINOQUTAAAAAA

CACO – o Senhor está procurando alguém

GEPINA – sim estou procurando minha filha a Pinoquita, é uma boneca de pano, mas é como
se fosse minha filha ela desapareceu, ela foi para a escola e até agora não voltou, mas a culpa
foi minha

CACO– não a culpa foi nossa, a gente enganou as crianças para vir para a cidade dos
brinquedos e como eles pararam de estudar viraram burrinhos e vamos vender (MORGANA
INTERROMPE)

GEPINA – Vender? Como assim?

MORGANA – nós vendemos, nós vendemos frutos do mar está interessada?

GEPPINA – São trabalhadores, mas não eu só queria encontrar a minha filinha

MORGANA - mas saiba que nós também somamos detetives, detetives especializados em
encontrar bonecas de pano desaparecidas, exclusivamente bonecas de pano desaparecida que
começa com Pe

CACO – E Acaba com Penoquita

GEPINA – E vocês tem notícias dela!

CACO – Sim

GEPINA – (DESESPERADA) me conta, me diz!

CACO – Virou burrinha (MORGANA INTERROMPE)

MORGANA – Se virou sozinha, ele disse que ela se virou sozinha, muito triste, ela voltou para
casa e não encontrou a senhora então decidiu ir embora

GEPINA – Ir mar ir para onde?

MORGANA – Não sei, pegou um barco e partiu!

GEPINA - vamos atrás dela

MORGANA – O senhor vai precisar alugar um barco

GEPINA - Eu não tenho muito dinheiro para alugar um barco (tirando um saquinho de moedas)

MORGANA – É o suficiente! (PEGANDO O SAQUINHO DE MOEDA)

CACO – Mas nós também não temos um barco (MORGANA INTERROMPE)

MORGANA – Pode ir no cas procure pelo capitão zig zag, ele e seu papagaio vão ajudar a
chegar até a Pinoquita

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GEPPINA – Obrigado, obrigado meus amigos, quem me dera se todo mundo fossem pessoas
boas como vocês, o mundo seria um lugar melhor para se viver!

CACO – Mas, minha senhora, esse dinheiro não é suficiente para alugar o barco do capitão Zig
Zag

MORGANA – E quem disse que vamos alugar o barco do capitão

CACO – E como é que ela vai encontrar a filha?

MORGANA – Às vezes eu tenho dúvidas se você é um burro ou um macaco!

CACO – Um macaco!

MORGANA – Ele não, vai encontrar a filha, por que ela deve estar com as crianças que viraram
burrinhos, agora vamos que temos que encontrar essas crianças

CACO – Ah! Entendi a senhora enganou ele para pegar o dinheiro, assim como enganou as
crianças

MORGANA – Veja temos um detetive aqui

CACO – Cuidado, a mentira tem perna curta

MORGANA – (SAI ENCOLHENDO AS PERNAS) isso é conversa que o povo inventa, agora vamos,
estou com pressentimento que as crianças deram mesmo no pé!

GEPPINA – Onde vocês vão, ei esperem eu já sou uma senhora não consigo andar rápido – sai

CENA 7 – NO PORTO DO CAPITÃO ZIG ZAG

GRILO _ Neste instante Dona Geppina, perdeu os picaretas de vista, Cri Cri quando chegou
para pegar o barco do capitão Zig Zag , Cri cri, que decepção.

GEPPINA – Eu imploro me ajudem, não tenho mais dinheiro, eu já aluguei o barco, deve estar
tudo certo vou falar com o capitão!

PAPAGAIO – O capitão anda muito ocupado, curropaco! Se ele tivesse alugado o barco eu
saberia! Curropaco papaco!

GEPPINA – Mas eu tenho certeza de que paguei! Eu entreguei o dinheiro!

PAPAGAIO – Curropaco! Se você entregou o dinheiro, onde está o recibo? Curropaco papaco!
Eu não recebi nada!

GEPPINA – Mas eu não sabia que precisava de um recibo! Eu confiei nas pessoas!

PAPAGAIO – Curropaco! Confiança é uma coisa, comprovante é outra! Curropaco papaco! Sem
recibo, não tem prova de pagamento!

GEPPINA – Ah, meu Deus ! Eu devia ter pedido um recibo! Mas tenho certeza de que paguei o
aluguel

PAPAGAIO – Curropaco! Certezas não enchem a barriga, só o pagamento enche o bolso!


Curropaco papaco! Sem dinheiro, não há aluguel!

GEPPINA – Mas o barco já está lá fora, pronto para partir!

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PAPAGAIO - O capitão vai ficar furioso pegarmos o barco e não pagarmos, curropaco!

GEPINA – Mas é uma emergência!

PAPAGAIO – Curropaco! Se o capitão ficar furioso, eu vou levar a culpa! Curropaco papaco! Eu
sou o intermediário, e se não recebi o dinheiro, como posso pegar o barco?

GEPPINA – Eu entendo, papagaio. Mas eu realmente acredito que paguei. O que podemos
fazer para resolver isso, curropaco?

PAPAGAIO – Curropaco! A única solução é encontrar o recibo ou pagar novamente! Curropaco


papaco! Não podemos partir sem pagar o aluguel!

GEPPINA – Mas eu não tenho dinheiro! Entra capitão

CAPITÃO - O que está acontecendo aqui

PAPAGAIO – O capitão quer saber o que está acontecendo aqui!

GEPPINA – Eu aluguei o barco do senhor para ir atrás de minha filha, que está em perigo no
alto mar!

PAPAGAIO – Currupaco! Capitão eu não recebi nenhum dinheiro!

CAPITÃO – (BRONQUEIA COM O PAPAGAIO)

PAPAGAIO –Sim capitão! Currupaco papaco! Desculpa capitão! Eu sei capitão! (CAPITÃO SAI E
VOLTA COM LEME DE BARCO) o capitão disse que se for pra salvar a sua filha ele empresta o
barco, mas tome cuidado com o terrível monstro do mar!

GRILO – Enquanto a Dona Geppina partia em busca da Pinóquita a fada azul tratava de salvar
as crianças das mãos da terrível Morgana Transmuta Cri, cri... Mas se o monstro atacar o
barco da Dona Geppina, nem a fada azul poderá salva-la.

PINOQUITA – Salvar minha mãe de que?

GRILO – Pinoquita, você está ai? Que bom te ver, Cri Cri... me escute sua mãe está no mar, te
procurando, Cri Cri e

PINOQUITA – Mamãe! Eu vou te salvar! Não se desespere!

GRILO – Pinoquita! Volta aqui! Cri Cri, me escuta, você não pode ir, é Perigoso.

CENA 8 - BALEIA

CENA DA BALEIA ENGOLINDO O BARCO!

PINOQUITA – Mamãe Geppina cade você

GEPPINA – Aqui! Cuidado pinoquita atrás de você – Gritos

PINOQUITA – Eu vou salva-la segura minha mão

CENA NADANDO PARA AFORA DA BALEIA.

GEPPINA – Conseguimos, Pinoquita! Vamos para casa. (Pinoquita não responde, está muito
quieta.) Santo Deus, vou cuidar de você, vou costurar os pedaços que a balei rasgou, por favor
fale comigo, vai ficar tudo bem... (Geppina sai de cena.)

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CENA 9 CASA DA GEPINA!

GRILO – Geppina trouxe Pinoquita para casa e tentou cuidar dela. Rezou muito para que ela
melhorasse, e eu também. Rezamos muito, mas nada adiantava. A tristeza era tanta, tudo
parecia em vão. Já era tarde, e Geppina continuava acordada, na esperança de que Pinoquita
acordasse.

GEPPINA – Ai ai ai ai ai... Coitadinha da minha bonequinha Pinoquita. Ela está lá atrás, tão
quieta. Já não anda mais, já não fala mais, já não me chama mais de mamãe. Não sei o que
será da minha vida sem minha filhinha. O que será da minha vida? O que eu vou fazer...

(Entra a Fada Azul.)

FADA AZUL – Minha boa Geppina.

GEPPINA – Quem é você?

FADA AZUL – Sou a estrela, sua estrelinha, você me pediu um milagre uma vez, e eu atendi,
Pinoquita provou ter amor e coragem, assim como uma boa menina de verdade!

GEPPINA – Eu não entendo, por que isso tudo aconteceu

FADA AZUL – A males nesta vida que vem para o bem, tem coisas que só entenderemos depois
de algum tempo. A sua menina está bem, pode descansar, minha boa senhora.

GEPPINA – Vocês viram isso? Tive um sonho acordada. Sonhei que a estrela era uma linda fada
azul!

PINOQUITA – Mamãe Geppina! Mamãe Geppina! Veja, veja! A Fada Azul me transformou em
uma menina de verdade.

GEPPINA – Eu não acredito! Este será o melhor dia da minha vida! (Se abraçam.)

PINOQUITA – Mamãe, eu te amo.

GEPPINA – Eu também te amo.

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